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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Medicina Veterinária Integrativa melhora qualidade de vida dos animais


Especialidades como Acupuntura e Homeopatia ganham cada vez mais espaço no tratamento de animais


Não são apenas os humanos que têm direito a tratamentos diferenciados para cuidar do corpo e da saúde. Nas últimas décadas, a Medicina Veterinária evoluiu em suas práticas, integrando conhecimentos que buscam tratar os animais de uma forma mais ampla. A chamada Medicina Veterinária Integrativa reúne várias especialidades que tem apresentado um apelo cada vez maior com a população, em especial a Acupuntura e a Homeopatia.

Para o médico-veterinário Fábio Manhoso, presidente da Comissão de Homeopatia Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), a busca por tratamentos holísticos - que analisam o animal como um todo - segue uma tendência da sociedade em geral. "As pessoas estão cada vez mais buscando equilíbrio mental, emocional, orgânico e metabólico e o cuidado com os bichos também segue esse olhar holístico para o animal como um todo e não apenas para a doença", afirma Manhoso.

Na Medicina Veterinária Integrativa a avaliação do estado de saúde de um animal leva em conta também aspectos sociais e emocionais. “A ideia é tratar o paciente de forma individualizada, considerando, inclusive, o contexto social do animal, controlando efeitos colaterais de medicações”, complementa a médica-veterinária Maira Rezende Formenton, integrante da Comissão de Fisioterapia Veterinária do CRMV-SP.

Entre as especialidades da Medicina Veterinária Integrativa se destacam a Acupuntura e a Homeopatia, reconhecidas pelo CFMV desde 1995. No entanto, outras linhas de tratamento têm conquistado destaque entre os donos de animais. "Também vamos encontrar a ozonioterapia, os florais de bach, a cromoterapia, a aromaterapia, kinesioterapia e até reiki em animais. Todos essas terapêuticas, visam, justamente, buscar o equilíbrio do paciente", relata o presidente da Comissão de Homeopatia.

Os benefícios da utilização dessas terapias são amplos e evidenciados cientificamente. “Observamos efeitos positivos, por exemplo, no controle das neoplasias e das doenças degenerativas em animais idosos, assim como em procedimentos cirúrgicos”, enfatiza Manhoso.

A médica-veterinária Maira Formenton destaca o alívio da dor e os cuidados paliativos como os principais benefícios da Medicina Veterinária Integrativa, auxiliando no manejo e na redução de analgésicos e de outros medicamentos. “Animais com traumas ou problemas comportamentais têm grandes avanços com as abordagens da Medicina Integrativa. Ela também aproxima o tutor do seu animal, e o ajuda a aceitar doenças graves ou incuráveis, com o incremento da relação homem-animal como um benefício secundário”, enfatiza.

Para encontrar médicos-veterinários habilitados a proceder com tratamentos da linha da Medicina Veterinária Integrativa a recomendação é buscar clínicas reconhecidas e profissionais devidamente especializados. “Os tutores devem procurar por profissionais com formação adequada, pós graduados e certificados nas técnicas, e fugir de profissionais aventureiros, que causarão tratamentos infrutíferos”, adverte Maira Formenton.




 
Sobre o CRMV-SP
Com mais de 37 mil profissionais registrados, o CRMV-SP é o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo. Tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional, em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. Além disso, auxilia os poderes públicos, em nível nacional, estadual e municipal, nos assuntos relacionados às categorias profissionais que representa.


Chocolate é tóxico para cães e gatos


 
Shutterstock

A Páscoa se aproxima e é importante lembrar que o chocolate é um dos maiores vilões dentre os alimentos tóxicos para cães e gatos. Tutores devem estar muito atentos pois não é raro ouvir relatos sobre animais intoxicados após o consumo da guloseima.

“É fundamental resistir aos olhares de súplica e apelos dos pets, além de orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima”, alerta a médica veterinária da PremieRpet®, Keila Regina de Godoy.

Substância tóxica - O fígado dos cães e gatos não metaboliza direito uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada com a quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e mais tóxico ele é.

 
Intensidade - Isso significa que os chocolates mais escuros e amargos, que contém maior percentual de cacau, são os mais tóxicos para os animais. No entanto, o chocolate ao leite e o chocolate branco também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets. 


Efeitos - Como a teobromina age intensamente no organismo, pode ocorrer aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia. A gravidade do quadro varia de acordo com a quantidade ingerida.

 
Riscos - Apesar dos casos letais serem raros, existe alta incidência de indisposições gastrointestinais, especialmente em animais pequenos e jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do pet.  Além do risco de intoxicação e do mal-estar, o chocolate pode trazer outros males ao organismo do animal, como a obesidade e suas complicações.


Prevenção - É importante ficar atento e não deixar ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os donos percebam. Também é fundamental não ceder aos olhares de súplica dos pets e orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima. 


Em caso de ingestão acidental, o animal deve ser avaliado por um médico veterinário.


Pets também têm direito perante a justiça



Especialista do Nakano Advogados Associados comenta as principais situações em que os animais domésticos e seus tutores podem contar com um advogado


Ter um animal doméstico nunca esteve tão em alta no país quanto nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), o Brasil é atualmente a 4ª nação em população pet no mundo, somando mais de 132 milhões de indivíduos. Como é possível prever, a maior parte desse grande grupo é composta por cães (55 milhões) e gatos (22 milhões).

Apesar de contribuir significativamente para a movimentação da economia e desenvolvimento da indústria, o crescimento do mercado pet no Brasil também traz desafios ligados à adaptação deste contingente de bichinhos à vida em sociedade. Um deles é o aumento da judicialização das questões especificamente relacionadas a esses animais dos lares.

A especialista em Direito à Saúde Humana e Animal, Dra. Claudia Nakano, do Nakano Advogados Associados, acredita que tais processos judiciais são, normalmente, ações de responsabilidade civil, com o intuito de pleitear compensações indenizatórias por danos aos pets ou mesmo conflitos familiares, que podem ser solucionados de forma mais célere.

"As ações envolvendo os pets podem ocorrer em função de situações que possam causar prejuízos físicos e morais aos animais, como erros médicos, acidentes no serviço de petshop, provocação de fatos traumáticos ou de risco, maus tratos, entre outras", explica a advogada.

Uma das questões que podem ser levadas aos Juizados Especiais Cíveis é o direito dos pets de viver e circular em condomínios residenciais. Há moradores que se incomodam com a presença dos bichos na vizinhança, em função de fatores como barulho, higiene e possíveis riscos de ataque, e chegam a fazem convenções para proibir a presença dos animais na propriedade. Mas mesmo que a maioria dos vizinhos concorde com o veto, o tutor e seu bichinho ainda podem recorrer à justiça.

"O tutor deve munir-se de documentos como laudo veterinário, atestando a boa saúde do animal, declarações de vizinhos favoráveis à permanência do pet, confirmando que ele não os incomoda, e até a declaração de adestração, caso haja, a fim de comprovar o comportamento seguro do bicho. Feito isto, os materiais devem ser apresentados por um advogado ao Juiz de Direito, que então definirá a sentença, explica a Dra. Claudia Nakano.

Algumas questões familiares que envolvem os direitos dos pets também podem exigir a orientação e/ou intervenção de um mediador. Uma delas é a guarda do animal, que pode ser definida mediante processo gratuito, realizado em Fóruns Nacionais. Dentro do mesmo contexto, ainda pode haver o requerimento de pensão, pelo portador da guarda, para colaboração com as despesas dos bichos, e a parte sem a tutela também pode reclamar o direito de visita ao bichinho, que embora garantido pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 2018, ainda pode ser contestado.

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi anunciada pela UNESCO em 27 janeiro de 1978, na cidade de Bruxelas, na Bélgica. O documento afirma no artigo 14°, parágrafo 2, que "os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem".




Dra. Claudia Nakano – Advogada especializada no Direito à Saúde Humana e Animal, Claudia Nakano é membro da Comissão OAB vai à Faculdade e do Consumidor 2019, Presidente da Comissão de Saúde Pública e Suplementar da OAB Santana/SP e membro das Comissões em Defesa dos Animais, Direito do Consumidor, Saúde, Planos de Saúde e Odontológico da OAB Santana/SP, 2016/2018. Porta-voz do Projeto Banco de Remédios, 2016/2018. Sócia e fundadora do escritório Nakano Advogados Associados, é pós-graduada em Direito Civil e Processual Civil e em Direito Médico, Hospitalar e Odontológico pela EPD – Escola Paulista de Direito.

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