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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Como a visibilidade em tempo real está impulsionando a inteligência de negócios


Tendência há vários anos, a Internet das Coisas (IoT, por sua sigla em inglês) vem se firmando como fator-chave no desenvolvimento de histórias de sucesso em diferentes setores. Mesmo na agricultura - em áreas como produção de carnes e proteína animal - a IoT já permitiu a criação de soluções inovadoras. De fato, algumas empresas que trabalham com áreas congeladas  estão usando sensores de RFID implantados nos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) dos trabalhadores para garantir que estes cumpram corretamente a jornada de trabalho em área congelada, realizando as pausas térmicas essenciais para a saúde do trabalhador e também evitar problemas com processos trabalhistas posteriores.

As soluções de IoT fornecem uma visualização completamente nova  dentro da cadeia congelada.  Além do controle da pausa, também é possível garantir que todos os EPIs utilizados estão com a validade correta e também que o funcionário esta com todos os necessários para completar a função evitando assim problemas de segurança.  Com o controle automatizado dos funcionários é possível entender a forma de movimentação dos mesmos dentro da planta produtiva e, por exemplo, otimizar o fluxo de movimentação dos centros de distribuição para garantir o melhor dimensionamento dos times de operação reduzindo desta forma os custos operacionais.

Soluções de IoT como essa já estão atendendo a vários propósitos em todos os setores. Segundo a Internacional Data Corporation (IDC), o número de dispositivos conectados no mundo aumentará em torno de 70% entre 2015 e 2020, passando de 12 bilhões para mais de 30 bilhões.

Os dados gerados a partir dessas "coisas", como o nome diz, são coletados e analisados ​​automaticamente por computadores, o que ajuda os seres humanos, e até mesmo máquinas de autoaprendizagem, a tomar decisões melhores baseadas em insights precisos.


IoT: uma força crescente

Milhares de novos casos de uso estão sendo desenvolvidos neste momento. Há ideias inovadoras que podem oferecer valor agregado real às empresas. De acordo com o Índice de Business Intelligence Zebra Technologies, apesar de a maioria das empresas ainda estarem na fase de exploração e planejamento de seus projetos de IoT, 36% já a implementaram em toda a empresa e tiveram enorme progresso na digitalização de seus negócios.
Este tipo de evolução é essencial, uma vez que o progresso tecnológico é rápido e irreversível. Algumas empresas podem até se sentir ameaçadas. No entanto, a digitalização e a IoT implicam grandes oportunidades e, se as empresas não querem ficar para trás, precisam agir. Uma empresa com ativos "inteligentes" conecta seu mundo físico ao digital, aumentando a produtividade, eficiência, visibilidade e inovação. Qualquer indústria pode se beneficiar da IoT.


A indústria de transporte e logística

Muitas empresas de logística usam a capacidade de seus caminhões de forma inadequada, o que tem um impacto negativo em sua eficiência. Com a ajuda de câmeras 3D em estações de recarga e com software apropriado de análise de informações, as empresas podem coletar e analisar uma variedade de dados sobre o processo de carregamento e obter valiosas métricas de espaço e velocidade, taxa de enchimento e técnicas de carregamento usadas pelos funcionários. Quando o sistema detecta erros ou ineficiências no processo, envia uma notificação ao administrador da doca, que a supervisiona por meio de um tablet ou de sua mesa. Com base nessas informações, o supervisor de cais pode intervir, se necessário, melhorar o treinamento de seus funcionários e, portanto, aumentar a qualidade do processo de carregamento e a eficiência da frota.

Outras soluções de logística usam sensores que utilizam a tecnologia  BLE - Bluetooth Low Energy em conjunto com dispositivos vestiveis e códigos de barras, para informar aos trabalhadores se estão carregando os pacotes corretos no caminhão correto. Carregar corretamente e melhorar a eficiência ajuda a agilizar as entregas e a aumentar a satisfação do cliente, ao mesmo tempo em que reduz os custos de combustível e de manutenção, além de reduzir o impacto ambiental das empresas.


O setor de varejo

Aproximadamente 4% da receita anual de uma loja é perdida porque não é possível satisfazer toda a demanda de seus clientes por falta de produto em seus estoques. Os varejistas do setor de moda têm sido particularmente afetados por esse problema, devido a itens que muitas vezes são deixados ou esquecidos no provador ou são acomodados nos lugares errados. Quando as peças de vestuário trazem etiquetas de radiofrequência (RFID) o pessoal da loja consegue localizá-las a qualquer hora ou local, acessar as informações de inventário em tempo real e melhorar a disponibilidade de itens na área de vendas. Da mesma forma, rotular os produtos evita o roubo, pois eles podem acionar um alarme quando se aproximam da saída sem passar pela área de pagamento. Essa funcionalidade nas lojas de marcas de luxo se torna algo relevante. Com os benefícios dessa tecnologia, os varejistas podem reduzir significativamente a perda de mercadorias e renda causada por falhas nos estoques.


O setor de saúde

Na área de saúde, a complexidade de ter inúmeros atores individuais na rede (médicos, enfermeiros, hospitais, seguradoras) torna extremamente difícil a consolidação, a troca e a análise de dados médicos. Mas a IoT e a análise de dados podem melhorar a coleta e o processamento de informações para garantir melhor atendimento ao paciente.

O Centro Médico da Universidade de Leiden (LUMC), na Holanda, usa uma solução de rastreabilidade para pacientes com infarto agudo do miocárdio. Pulseiras com Bluetooth Low Energy (BLE) dos pacientes enviam dados de frequência cardíaca para os médicos que acompanham pessoas com bloqueio cardíaco durante o período de espera, entre a admissão no hospital e a cirurgia para remover o bloqueio. Ao analisar esses dados, os provedores de serviços de saúde esperam entender melhor a velocidade com que os pacientes recebem tratamento, informar a equipe sobre o plano de procedimentos e fornecer informações críticas com mais precisão aos especialistas em tempo real.


O que segue: um futuro conectado e inteligente

Estes são alguns exemplos de como a IoT funciona nas empresas conectadas de hoje. O volume de dados disponíveis analisados em profundidade permite que as empresas desenvolvam um profundo conhecimento de seus processos, melhorem o planejamento e descubram novas oportunidades de vendas ou até mesmo novos modelos de negócios. As soluções de IoT criam visibilidade em tempo real, promovendo desenvolvimentos inovadores que aproximam as empresas de um futuro conectado e inteligente.

Para mais informações, visite as soluções Zebra Transport and Logistics, Retail e Health.






Levi Ferreira Lima Junior - Senior Sales Engineer para a América Latina, Zebra Technologies

Smartphones seguem como o dispositivo mais utilizado pelos brasileiros, conforme estudo da Deloitte


•Segundo a Global Mobile Consumer Survey, smartphone tem penetração de 92% entre os entrevistados, seguido pelo notebook, com 70%;

•Jovens de 18 a 24 anos se destacam no uso de e-readers;

•Metade dos consumidores entrevistados migrariam para o 5G tão logo esta tecnologia esteja disponível.


Não há exagero em dizer que o brasileiro adora celular. Ele é, de longe, o dispositivo móvel ao qual o brasileiro tem mais acesso. É o que aponta a edição deste ano da pesquisa Global Mobile Consumer Survey, da Deloitte, ao consultar 2 mil pessoas no país. O levantamento mapeia anualmente os hábitos, as expectativas e as oportunidades para o setor de telefonia móvel em diversos países, como Alemanha, Bélgica, Argentina, Estados Unidos e Japão, além, é claro, do Brasil.

"De acordo com dados do IBGE-PNAD, no país, o celular já é o equipamento mais utilizado para acesso à internet (95%), tomando a frente do computador (64%). Portanto, falar de telefonia móvel no Brasil é falar de um país continental e regulamentado repleto de oportunidades e com um povo apaixonado pela conectividade, como poderá ser visto nos expressivos – e por vezes curiosos – dados que trazemos neste relatório", ressalta Marcia Ogawa, sócia-líder da indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte.

Por mais um ano, o acesso ao smartphone segue crescendo no Brasil. O dispositivo é o que mais os brasileiros entrevistados tiveram acesso (92%), com larga distância do notebook (70%), que ficou em segundo lugar. Outro dado interessante é que, no ano anterior, o índice de pessoas com acesso ao smartphone era de 87% - um aumento de 5% em apenas um ano. Por sua vez, o desktop surpreende e é o equipamento que apresenta maior crescimento.


Para cada gênero e idade

Outros resultados da pesquisa mostram algumas diferenças de comportamento entre homens, mulheres e jovens. Por exemplo: em geral, a aderência de homens e mulheres aos equipamentos é igual – o destaque é um ligeiro aumento na utilização frequente de fitness band por homens (61%) em relação às mulheres (51%). Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aderência ao e-reader é maior (45%) do que entre a faixa etária de 45 a 55 anos (26%). 

As mulheres (83%) são um pouco mais engajadas no uso do WhatsApp do que os homens (76%). E os aplicativos de namoro, por sua vez, são usados com mais frequência pelos homens (10%) do que pelas mulheres (5%).

Ainda, quanto menor a faixa etária, maior será a propensão a usar um smartphone para assistir a vídeos de posts ou de histórias em tempo real. Quando perguntados se assistiram vídeos de posts/histórias em tempo real pelo smartphone nas últimas 24 horas, entre aqueles que se encontram na faixa etária de 18 a 24 anos o índice chegou a 67%, enquanto que, para o mesmo período, o índice entre os respondentes de 45 a 55 anos, ficou em 46%. 


A cada nova compra, uma doação

A maior parcela dos entrevistados (28%) doou seu celular antigo para um amigo ou familiar quando adquiriu um aparelho novo. As outras atitudes foram guardar (18%) e vender para um familiar ou amigo (12%). 


Biometria ganha espaço para acesso ao celular

Embora a utilização de PIN e senha ainda sejam o modelo de autenticação mais utilizado (61%), o reconhecimento por impressão digital cresceu fortemente, de 15% na amostra de 2017 para 35% entre os respondentes de 2018. Outras formas de biometria – como reconhecimento de voz, facial e ocular – também registraram aumento no período. E os jovens tendem utilizar mais a biometria por impressão digital – uma combinação de busca por praticidade ao maior acesso a smartphones com esta tecnologia.


Região Norte se destaca em preferência por 5G
 
Em relação à quinta geração da internet móvel – a rede 5G – praticamente metade dos consumidores (46%) declarou o interesse em migrar para esta tecnologia tão logo ela esteja disponível. Em uma análise geográfica, a região Norte do País é que mais tem interesse em migrar para o 5G assim que a tecnologia estiver disponível (58%).


Smartphone como ferramenta de trabalho...

Mais de 60% dos entrevistados do Brasil já utilizam o smartphone para fins profissionais fora do horário normal de trabalho com alguma ou muita frequência. É possível identificar um crescimento da utilização muito frequente do smartphone – tanto no ambiente de trabalho como fora dele – em relação à pesquisa de 2016. Como resultado, a distração com o smartphone durante o horário de trabalho ocorre com alguma ou muita frequência para 43% dos respondentes. Como ferramenta de trabalho, o smartphone é mais utilizado para o envio e o recebimento de e-mails (62%) e mensagens instantâneas para colegas ou clientes (60%). 


...e seu uso pessoal no ambiente de trabalho

O inverso também ocorre: 76% indicaram usar muito frequentemente ou frequentemente o smartphone para fins pessoais durante o horário de trabalho, o que também corrobora o dado de que mais de um terço dos entrevistados sente a necessidade de conferir constantemente o telefone, enquanto 30% responderam que não conseguem dormir no horário pretendido ou se distraem com o smartphone ao concluir uma tarefa.


Metodologia da pesquisa

Além do Brasil, a Global Mobile Consumer Survey 2018 foi realizada concomitantemente em outros 21 países: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Reino Unido, Rússia, Suécia e Turquia.

Para apurar os resultados sobre hábitos de consumo de tecnologias móveis, a Deloitte consultou, por meio de questionários eletrônicos, mais de 40 mil pessoas, de 18 a 55 anos, das quais 2 mil do Brasil.






Deloitte

 

Presídios femininos têm 466 grávidas ou lactantes


Dados do Cadastro Nacional de Presas Grávidas e Lactantes, criado e mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apontam que, entre as mulheres presas no Brasil, 466 estão grávidas ou são lactantes. Os dados são relativos a setembro e representam aumento de 10% em relação ao mês anterior. Do total, 294 eram gestantes e 172 amamentam seus filhos em estabelecimentos penais.

Lançado em outubro do ano passado, o sistema acompanha continuamente a situação das detentas nessas condições e, a partir de dados encaminhados pelos tribunais de Justiça, é atualizado mensalmente.

São Paulo é o estado que abriga o maior número de presas gestantes ou lactantes, respectivamente 107 e 57. O Ceará ocupa o segundo lugar, com 25 grávidas e 13 lactantes, enquanto Minas Gerais tem 12 gestantes e 27 lactantes. Nos estados do Amazonas, de Roraima, do Maranhão, do Tocantins e de Alagoas não havia detentas nessas condições no mês de setembro.


O cadastro, que está disponível no Portal do CNJ, é uma importante ferramenta para que os juízes possam cobrar dos executivos estaduais as providências necessárias para a custódia dessas mulheres, com o objetivo de garantir a proteção das crianças que vão nascer ou que já nasceram enquanto as mães cumprem pena em unidades prisionais.

Visitas

Entre janeiro e maio deste ano, uma equipe do CNJ coordenada pela juíza Andremara Santos, então juiza auxiliar da presidência do CNJ, esteve em 34 estabelecimentos penais, em 26 unidades da Federação, para ver de perto a situação dos locais que abrigam mulheres privadas de liberdade grávidas ou lactantes. Além disso, também foram inspecionadas as condições oferecidas aos bebês que, para serem amamentados, ficam com as mães em presídios. Somente o Amapá não foi incluído no estudo, uma vez que não havia no estado grávidas ou lactantes detidas durante o período do levantamento de dados.

Nas visitas, o CNJ encontrou mães e crianças em acomodações precárias e com alimentação inadequada. Constatou-se também, em algumas unidades, a falta de acesso ao atendimento por ginecologistas.

Os dados coletados deram origem ao Relatório Estatístico Visita às Mulheres Gestantes e Lactantes Privadas de Liberdade. O levantamento inédito aponta que mais de 75% dos estabelecimentos penais apresentavam condições gerais de conservação inadequadas. A respeito do acompanhamento médico das presas durante a gestação e no pós-parto, 64,1% das unidades ofereciam assistência dentro e fora do sistema carcerário, enquanto 20,58% exclusivamente fora do presídio e 14,7% apenas nos próprios estabelecimentos penais.

Parto com algemas

Na maioria das unidades (79,4%), as gestantes também recebiam acompanhamento psicológico. De acordo com o relatório, todos os partos foram realizados em hospitais fora das unidades prisionais. Pouco mais de 20% dos estabelecimentos declararam não assegurar o estabelecido na Lei n. 13.434/2017, que veda o uso de algemas em mulheres durante o trabalho de parto e na fase de puerpério imediato. São eles: Cadeia Pública Feminina de Boa Vista, Centro de Ressocialização Suely Maria Mendonça (RO), Complexo Médico Penal (PR), Conjunto Penal Feminino Consuelo Nassser (GO), Penitenciaria Feminina do Distrito Federal, Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco e Unidade Prisional Feminino de Tocantins.

Em relação à estrutura para os recém-nascidos, 58,82% dos locais visitados contavam com berçários. No entanto, apenas cinco presídios tinham pediatras para prestar atendimento às crianças. Sobre o tempo de permanência dos bebês nas unidades prisionais, foi constatado que 50% permitem a presença dos recém-nascidos até os seis meses de idade, enquanto, em 11% das unidades, as crianças podem ficar com as mães até 2 anos.

Durante as visitas, foram encontradas 33 crianças sem Registro de Nascimento e 10 sem a vacinação adequada. A respeito do destino das crianças após o período que podem permanecer com as mães no presídio, a maioria (92%) é encaminhada à família de um dos genitores.

A partir do resultado e da análise dos dados colhidos em todo o Brasil, o CNJ editou a Resolução CNJ n. 252 (4 de setembro de 2018), que estabelece princípios e diretrizes para o acompanhamento das mulheres mães e gestantes privadas de liberdade. Com base na legislação brasileira e em normas internacionais das quais o Brasil é signatário, como as Regras de Mandela e as Regras de Bangkok, a resolução determina a promoção da cidadania e a inclusão das mulheres privadas de liberdade e de seus filhos nas políticas públicas de saúde, assistência social, educação, trabalho e renda, entre outras.

A norma prevê ainda que o poder público garanta a convivência entre mães e bebês e respeite o período de amamentação exclusiva, no mínimo, nos primeiros seis meses de vida da criança. Além disso, a resolução estabelece que devem ser desenvolvidas ações de preparação da saída da criança do estabelecimento prisional e sensibilização das pessoas ou órgãos responsáveis por seu acompanhamento social e familiar, desde seu nascimento. Outra garantia é a adoção de procedimentos e rotinas da gestão dos estabelecimentos a fim de permitir à gestante e à lactante condições de atendimento às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde.






Thaís Cieglinski
Agência CNJ de Notícias


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