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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Cistos sinoviais são os tumores mais frequentes da mão, e cirurgia tem 90% de efetividade


Popularmente conhecidos como “caroços no punho”, os cistos sinoviais são o tumor benigno mais frequente da mão, ou seja, a causa mais comum de aparecimento de nódulos ou tumorações nesta região. O dorso do punho é o local mais comumente afetado, seguido pela região palmar do punho e dedos.

A teoria mais aceita para a origem do problema descreve a formação de uma “bexiga” de sinóvia - líquido viscoso, alcalino e transparente que se encontra nas articulações - causada por uma degeneração da cápsula articular do punho, tecido que recobre os ossos formando as juntas.

Os cistos sinoviais são mais frequentes no sexo feminino, e a maioria dos casos surgem entre os dez e os trinta anos de idade. O aparecimento pode estar relacionado a um evento traumático em até um terço dos casos, mas na maioria das vezes, ocorre sem motivo aparente.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), Milton Pignataro, o tratamento varia de acordo com o tamanho e localização dos cistos. Os cistos muito pequenos (< 0,5 cm) são mais difíceis de serem puncionados e se assintomáticos, não necessitam de qualquer intervenção.

Nos cistos muito pequenos ou localizados nos dedos ou palma das mãos, a punção é mais difícil e menos efetiva. Nestes casos, quando o paciente sente dor, é recomendado a ressecção cirúrgica dos mesmos. Também está indicada a cirurgia nos cistos maiores que recidivaram após punção prévia.

A punção de cistos maiores é possível e resolve o problema definitivamente em cerca de 50% dos casos. Ela pode ser realizada no consultório com segurança, além de ser pouco dolorosa. O cisto é puncionado diretamente com uma agulha e seringa, procurando-se retirar o líquido viscoso e amarelo claro, muito parecido com um gel, que recheia o cisto. Após seu esvaziamento, a injeção de um corticoide em seu interior (no mesmo ato da sua punção) diminui a taxa de recidiva e é recomendada.

“Geralmente os pacientes procuram o consultório devido a um pequeno nódulo que aparece sem qualquer motivo e vai aumentando de tamanho progressivamente. É muito comum o paciente relatar que ele diminui quando o punho é menos solicitado e aumenta quando o paciente realiza atividades forçadas ou movimentos repetitivos”, afirma o Dr. Milton Pignataro.


Cirurgia

A cirurgia para retirada do cisto é relativamente simples e muito segura, resolvendo o problema em cerca de 90% dos casos. O cisto pode voltar a se formar em cerca de 10% dos casos e a recidiva pode estar relacionada a uma ressecção incompleta da base do cisto.

A ressecção artroscópica é bem indicada nos casos de cistos com um componente intra-articular importante e é uma alternativa menos invasiva à técnica aberta tradicional.
Vale lembrar que os cistos não são nódulos cancerígenos e não se espalham para outras áreas.  





Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão (SBCM)
http://www.cirurgiadamao.org.br/



Conjuntivite primaveril não é contagiosa, mas é preciso estar alerta


 Com a chegada da Primavera, é preciso estar atento à saúde dos olhos, já que neste período é comum o aparecimento da conjuntivite primaveril ou vernal e algumas alergias oculares, as quais ocorrem em razão de maior concentração de pólen no ar, conforme alerta o oftalmologista Norton Sakassegawa Yanagimori  do hospital Santa Casa de Mauá.

A conjuntivite primaveril é resultado de uma reação alérgica. Ela não é viral, porém muito comum em crianças e adolescentes. Já a conjuntivite alérgica pode atingir pessoas em qualquer idade, principalmente as que apresentam quadros alérgicos como bronquite, asma e rinite.

Os sintomas podem ser coceira ocular intensa, vermelhidão, secreção na mucosa, olhos inchados, ardor, desconforto na presença de luz forte e muita produção de lágrimas. Em casos mais severos,  podem até causar lesões na córnea. Por isso, é importante consultar um médico no caso do surgimento desses sintomas.

Entre os principais cuidados estão evitar ambiente ao ar livre entre 5 e 10 horas da manhã; manter as mãos sempre limpas, evitando leva-las aos olhos; limpar a casa com pano molhado a fim de não levantar pó; arejar a casa, abrir as janelas permitindo a entrada do sol; utilizar óculos de sol de boa qualidade com proteção aos raios ultravioleta, entre outros.

Segundo o oftalmologista alguns casos podem agredir a córnea e comprometer a visão. “Embora aparentemente inofensiva é preciso cuidar da conjuntivite primaveril ou alérgica, as quais se não tratadas adequadamente podem causar cicatrizes, olho seco, desenvolvimento de úlcera e até o comprometimento da visão”, explica o especialista.


Cuidados dermatológicos para pacientes com câncer de mama


Assim como a importância do autoexame para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, também é fundamental lembrar dos cuidados que devem ser tomados após a identificação da doença.

A dermatologista Renata Sitonio, da Clínica Sitonio, explica que a pele e seus anexos, como cabelos e unhas, são órgãos de impacto após o diagnóstico do câncer de mama, tanto pela própria doença, que debilita o organismo, quanto pelos efeitos colaterais do tratamento. Por isso, é necessário se atentar a alguns cuidados dermatológicos que esses pacientes precisar ter durante o tratamento.
“O diagnóstico do câncer de mama é um choque para qualquer mulher, com isso, o próprio estresse do diagnóstico já pode ter impactos na qualidade da pele, unhas e cabelos. Durante a quimioterapia, é preciso redobrar os cuidados com a pele, os cabelos, o couro cabeludo e as unhas”, orienta a dermatologista.



Cabelos
A dra. Renata Sitonio explica que os medicamentos podem levar à queda dos cabelos (alopecia), por esse motivo é essencial cuidar da proteção solar do couro cabeludo. O uso de filtro solar com fator de proteção acima de 30 é indispensável para evitar queimaduras. “Abuse também dos lenços e cores. Além de ajudarem a proteger do sol, eles podem contribuir para o seu estilo de se vestir. Chapéus, boinas e perucas são outras opções. Deve-se evitar, no entanto, colar a peruca no couro cabeludo para evitar alergias e manter a higiene adequada, evitando o risco de infecções”.

A perda dos cabelos pode ser um fator angustiante para pacientes com câncer que estão em fase quimioterapia, por esse motivo, muitas buscam tratamentos para evitar a queda. A dermatologista conta que muitos estudos têm sido realizados com a finalidade de encontrar recursos que previnam a perda ou que façam os cabelos crescerem mais rapidamente.

“Até agora, os melhores resultados foram identificados com o resfriamento do couro cabeludo durante a quimioterapia (scalp cooling /scalp hypothermia ou crioterapia). A ideia do tratamento é que o medicamento usado na quimioterapia não afete tanto os folículos do pelo, prevenindo a queda”.

O tratamento, que ficou mais conhecido após os relatos da apresentadora Ana Furtado, funciona da seguinte forma: uma touca de criogel é aplicada um pouco antes, durante e um pouco após a quimioterapia. A temperatura mais fria faz com que os vasos sanguíneos do couro cabeludo fiquem contraídos. Dessa forma, passará passe menos sangue, o que, consequentemente, levará menos quimioterápico. “Isso causa menos dano ao fio e o protege da queda. Os resultados são variáveis. Vai depender do esquema quimioterápico usado e da resposta individual de cada paciente. Um bom resultado é a prevenção da queda total de cabelos ou de mais de 50%”, diz a especialista.


Sobrancelhas e Cílios

Neste caso, a maquiagem pode ser a melhor opinião, afirma a dermatologista. Um bom lápis pode ajudar camuflar as sobrancelhas. Mas atenção: evite compartilhar a maquiagem com outras pessoas e não use produtos velhos ou fora da validade, isso pode ocasionar uma contaminação. Quanto aos cílios, os postiços são uma opção. Dê preferência aos magnéticos, que não usam cola e dessa forma evitam a irritação das pálpebras.


Pele

Nessa fase, será comum sentir a pele um pouco mais ressecada do que de costume. Beba bastante água, passe adote um hidratante para peles sensíveis no rosto e no corpo. “Alguns medicamentos usados no tratamento podem deixar a pele mais sensível e sujeita a manchas, por isso, não esqueça do filtro solar”.


Unhas

Renata alerta que as cutículas não devem ser retiradas durante o tratamento e, muito menos, usar o material de outra pessoa ou até mesmo da manicure. “As cutículas servem de proteção. A sua retirada pode ser a porta de entrada para um germe oportunista e, nessa fase, não deve haver brechas. Além disso, alguns medicamentos podem levar à inflamação ao redor das unhas e ao seu descolamento e a retirada das cutículas podem favorecer esse processo”.

Também evite ficar muito tempo com esmalte nas unhas sem retirá-lo. Isso pode mascarar algum sinal importante nas unhas e dificultar o diagnóstico de uma infecção, por exemplo. Antes de pintar as unhas, consulte seu oncologista. Além disso, com a medicação, as unhas ficam quebradiças ou sofrer alterações da cor. Nestes casos, a hidratação também é muito importante para mantê-las mais fortes e saudáveis.


Outras regiões

“Outra queixa importante e muito pouco relatada entre as mulheres que estão em tratamento de câncer de mama é o ressecamento vaginal que causa ardor, dor na relação sexual e até infecções urinárias. São sintomas semelhantes ao da menopausa, que acontecem ou se acentuam por causa dos medicamentos. Há um certo temor em usar estrogênios (indicados para esses sintomas), pois os tumores de mama geralmente são alimentados por esse hormônio. Felizmente, muitos estudos são feitos nessa área. Hoje, temos laser íntimos que tem demonstrado bons resultados, e, claro, uso de lubrificantes, géis vaginais, fisioterapia pélvica e dilatadores vaginais”, explica a médica.







Renata Sitonio - Médica dermatologista chefe da Clínica Sitonio, em São Paulo, e médica colaboradora no ambulatório de cosmiatria do Hospital do Servidor Público Municipal. Graduada pela Universidade Federal da Paraíba, Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Especialista em Dermatologia no Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD - e regional de São Paulo e Coautora do livro IPCA sobre técnicas cirúrgicas com agulhas. www.clinicasitonio.com.br

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