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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Fogos de artifício provocaram mais de 5 mil internações nos últimos dez anos


O manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de cinco mil pessoas entre os anos de 2008 e 2017, segundo levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). O alerta integra uma série de ações de alerta preparadas pelas três entidades sobre os riscos de acidentes e queimaduras durante as festas juninas e as festividades ligadas à Copa do Mundo.

Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício. No período, foram 84 acidentes fatais na região Sudeste, seguido de 75 na região Nordeste e 33 na região Sul. Já nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram registrados, juntos, 26 óbitos. Além de mortes – aproximadamente dez a cada ano –, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.

Em média, são registradas nos serviços públicos de saúde cerca de 80 internações somente no mês de junho. “Se considerarmos que em algumas regiões as festas juninas têm início nas quermesses de maio e vão até julho, podemos verificar que um terço de todas as hospitalizações acontecem apenas neste período de 90 dias. É preciso, portanto, ter cautela no manuseio desses fogos, sobretudo promovendo ações de proteção às crianças”, destacou Carlos Vital, presidente do CFM.

“É importante falarmos francamente sobre esse assunto e educar as próximas gerações. Não há fogos seguros para o manuseio de crianças, elas não devem manipular e nem ficar expostas a nenhum tipo de fogos, mesmo os de classificação livre. As crianças devem saber que fogos são perigosos e que só devem ser manipulados por adultos, seguindo instruções de segurança ou por profissionais. Essa postura é que reduzirá os acidentes de forma eficiente”, afirma o presidente da SBCM, Milton Pignataro.


Ranking – Segundo dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIM), nos últimos dez anos 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Na série analisada, o ano de 2014 foi o que registrou o maior número de acidentes. Naquele ano, o Brasil foi palco da Copa do Mundo, o que pode ter motivado o aumento no número de casos.

Entre os estados, a Bahia aparece com o maior número de casos em quase todos os anos. Ao longo da última década, 20% das internações ocorreram em municípios baianos. Outros destaques foram os estados de São Paulo, com 962 casos (19%), e Minas Gerais, onde houve 701 internações (14%). Juntas, as três unidades da federação representam mais da metade dos todos os casos registrados no período (53%). Entre os estados com menor número de notificações estão Roraima (17), além de Tocantins e Acre, ambos com apenas 14 internações. CONFIRA A LISTA COMPLETA POR ESTADO.

Na avaliação por município, Salvador lidera com folga o ranking das cidades com o maior número absoluto de acidentes com fogos de artifício: 686 internações ao longo da década. Em outras palavras, pelo menos um em cada dez acidentes acontece em Salvador. Em segundo lugar aparece a capital paulista (337), seguido por Belo Horizonte (299). CONFIRA A LISTA COMPLETA POR MUNICÍPIO.  


Perfil do acidentado – Os homens representam a absoluta maioria dos registros no período analisado: 4.245 internações, número que representa 83% do total de casos. As mulheres representaram apenas 17% das ocorrências, com 853 internações.

“Quando se trata de fogos de artifício, todo cuidado é pouco. Além de sempre seguir as instruções do fabricante, nunca se deve carregar bombinhas nos bolsos, acender próximo ao rosto e é importante ainda evitar associar a brincadeira com fogos ao uso de bebida alcoólica. Não se deve deixar as crianças brincarem com os fogos. É importante lembrar que, além das mortes registradas por fogos de artifício, muitas pessoas ficam com sequelas para o resto da vida”, orienta a presidente da SBOT, Patrícia Fucs.

Para não transformar as festividades em uma tragédia, o especialista também recomenda evitar que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões. De acordo com os dados apurados pelo CFM, 39% das internações envolviam crianças e adolescentes de zero a 19 anos. Já entre os adultos de 20 a 49 anos, foram registradas 46% das internações no período. CONFIRA A EVOLUÇÃO DE INTERNAÇÕES POR SEXO E IDADE. 


Precauções – Em caso de acidente, as pessoas devem lavar o ferimento com água corrente, evitar tocar na área queimada e não usar nenhuma substância sobre a lesão – como manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. É recomendado que se procure o serviço de saúde mais próximo, para atendimento médico adequado.

O perigo dos rojões e fogos de artifício para a audição


Em época de festejos juninos e de Copa do Mundo, é importante manter distância dos artefatos

Muito comum nessa época de festas juninas e também na Copa do Mundo, a queima de fogos de artifício, rojões e bombas - barulhentos artefatos que ajudam a animar as comemorações -, pode trazer sérios e irreversíveis danos à audição.
Além dos riscos com a manipulação incorreta dos fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar um trauma acústico e perda de audição uni ou bilateral, temporária ou, nos casos mais graves, irreversível. Geralmente a perda de audição é unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
Os danos à audição acontecem porque o estrondo dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células da cócleaPara se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130dB. 
“O grande problema é a intensidade do barulho dos fogos, em especial do rojão. Em todo caso de trauma acústico, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível”, esclarece a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal é manter-se distante do local da queima de fogos, porém, em meio a festa, se for inevitável, a fonoaudióloga Marcella Vidal, especialista em audiologia, aconselha o uso de protetores de ouvido.
"Se a pessoa estiver nestas áreas, é importante que se afaste o máximo possível ou use protetores de ouvido, conhecidos como atenuadores. Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. Dessa forma, é possível continuar aproveitando a festa, de forma segura", recomenda.
Existem no mercado vários tipos de protetores. Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em 15 decibéis ou 25 decibéis, de acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10 anos.
Estima-se que 10% da população mundial têm algum grau de perda auditiva O envelhecimento é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas pior do que isso é a perda de audição que vem ocorrendo cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a sons elevados, como o dos rojões, por exemplo.

Copa: 7 remédios indispensáveis na nécessaire de viagem


Dificuldade de comunicação, obrigatoriedade de receita médica, diferentes nomenclaturas e concentração da medicação são alguns dos entraves na Rússia

Na hora de se planejar para a Copa, é comum que o turista se preocupe com hospedagem, ingressos dos jogos e com a camisa da seleção, mas poucos se preparam para uma possível reação alérgica ou uma inflamação na garganta. A situação fica ainda mais grave quando se está na Rússia, a mais de catorze mil quilômetros de distância do Brasil, onde o idioma e a escrita são completamente distintos. Além dessas diferenças, alguns medicamentos com princípios ativos comuns têm nomes tão díspares que existe até um livro nas drogarias para ajudar na identificação. Do mesmo modo, há remédios com concentrações diferentes e que precisam de receituário. Pensando no bem-estar do brasileiro, a Melhor Farmácia (www.melhorfarmacia.com.br) elencou as principais medicações para aproveitar o evento sem apuros.

“Não é em todo lugar que existe grande oferta de farmácias 24 horas e a consulta com um médico no exterior pode ser extremamente cara. E, em um lugar desconhecido onde a maioria das pessoas não falam inglês, fica mais difícil explicar os sintomas”, comenta Thiago Colombo, fundador da plataforma comparadora de preços Melhor Farmácia.

As drogarias possuem o Catálogo Vidal, um livro em que são descritas as diferentes nomenclaturas do princípio ativo, às vezes bem diferentes do resto do mundo. A concentração da formulação também pode diferir bastante, como a insulina usada por diabéticos. O consumo da medicação em quantidade errada pode alterar muito seu efeito, então a dosagem tem de ser ajustada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda para os turistas evitar a compra de produtos em pequenas drogarias e aquelas perto de estações de metrô e trem, porque a Rússia está no grupo de países em que 25% dos remédios em circulação são falsos, contrabandeados, não possuem registro em órgãos reguladores ou ainda podem carregar substâncias nocivas à saúde.

O brasileiro deve, então, levar consigo antitérmicos, que servem para febres e para regular a temperatura do corpo, anti-inflamatórios os quais tratam não só dor de garganta, mas também cólicas menstruais, e os antialérgicos, que não devem faltar na bagagem de quem possui problemas com ácaros e mudança de tempo, por exemplo. A fim de eliminar náuseas e tonturas, os antivertiginosos são a melhor saída, e os antiespasmódicos ¬ são essenciais para curar dores intestinais e renais.

Analgésicos também são uma boa pedida, pois nunca se sabe se o barulho da torcida brasileira causará uma dor de cabeça. Para comemorações ou decepções muito intensas, os antiácidos finalizam a lista combatendo gastrites e incômodos estomacais. Além disso, quem faz uso contínuo de medicamentos deve carregar uma quantidade extra para a viagem juntamente com a receita em inglês e, se possível, em russo. 


Transporte de medicações

É importante que o passageiro entre em contato com a empresa aérea para saber suas regras particulares, mas a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) recomenda que os fármacos sejam carregados na bagagem de mão, em embalagens fechadas e com a prescrição médica, pois as autoridades russas podem controlar a entrada dos produtos no país.

A Rússia espera mais de um milhão de turistas para a Copa, e o ideal é que todos estejam devidamente preparados para possíveis imprevistos. Na Melhor Farmácia, o consumidor pode comparar os preços e economizar até 81% em medicações como Novalgina e outras fundamentais para a viagem.



Melhor Farmácia
www.melhorfarmacia.com.br



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