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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Seis aspectos que vão afetar o setor de meios de pagamentos


Giancarllo Melito, professor da FGV e sócio do BTLaw, liderou o debate “Regulamentação e Relações com o Mercado” na Cards Future Payment 2018, um dos maiores eventos do setor 



O especialista Giancarllo Melito, professor da FGV e sócio do BTLaw, escritório com 64 anos de atuação no Brasil e no mercado internacional, liderou o debate “Regulamentação e Relações com o Mercado”, na Cards Future Payment 2018. Melito destaca seis tendências e desafios que vão afetar o setor de meios de pagamentos nos próximos anos.


1.    Regulamentação do novo crediário no cartão: “Trata-se de mais uma medida para fomentar o consumo. Não é propriamente uma medida nova, pois atitudes semelhantes já foram discutidas no passado. Tem-se que tomar cuidado com este tipo de medida para não aumentar o endividamento dos consumidores menos esclarecidos”.


2.    Regulamentação dos marketplaces: “Esta regulamentação não é nova, mas continua causando dúvidas no segmento. O que se precisa entender é que nem todo marketplace é meio de pagamento. Só se enquadra na regulamentação aquele que participa do processo de pagamento, acessando recursos destinados ao vendedor”.


3.    Tornar as cidades mais interativas com o auxílio dos meios de pagamentos eletrônicos: “Muitas mudanças ocorrerão em um futuro próximo, face ao desenvolvimento de iniciativas mais inclusivas, de modo a facilitar a rotina das pessoas. Um exemplo é a possibilidade de se ter um único instrumento de pagamento que possa ser usado no transporte público e no pagamento de restaurantes, teatros e bares”. 


4.    Redução do spread bancário: “A criação das sociedades de créditos diretos - SCDs e o aumento das Fintechs que oferecem crédito para pessoas físicas são ações que podem reduzir o spread bancário e ampliar o desenvolvimento do setor a médio prazo”.


5.    Tecnologia: “O desenvolvimento de tecnologias inclusivas e mais baratas é constante. O próprio uso do cartão não é mais necessário em uma transação eletrônica, mas ainda é usado no Brasil por uma questão cultural. Tecnologias como NFC e biometria tendem a ganhar espaço em um futuro próximo”.


6.    Capilaridade: “Trata-se de um barreira com grande impacto no desenvolvimento do setor, pois as pequenas empresas têm grandes dificuldades em escalar um novo modelo de negócio.”



Após vexame em 2014, Espanha é uma das favoritas ao título mundial


Recuperar a imagem. Essa é uma das principais missões da Espanha na Copa do Mundo da Rússia. Depois de alcançar a glória em 2010 na África do Sul, levantando a taça na final contra a Holanda, a participação da Fúria pela Copa no Brasil foi vista por torcedores e imprensa local como vergonhosa.

Na última edição do torneio, a seleção espanhola sequer passou da primeira fase e nem de perto mostrou seu favoritismo no grupo que tinha Holanda, Chile e Austrália. “La Roja” foi massacrada pelos holandeses logo na estreia e perdeu por cinco a um. Na segunda rodada, foi derrotada novamente, desta vez para o Chile, por dois a zero. A única vitória da Espanha foi em cima da Austrália, por três a zero, o que não impediu a eliminação precoce.

Ao todo, são quinze participações da Fúria em Copas do Mundo. Em 2010, regidos por Xavi e Iniesta, dois dos maiores meio-campistas de todos os tempos, a Espanha encantou o mundo com o estilo “Tiki-taka”, sistema utilizado pelo Barcelona que se caracterizava por passes curtos e movimentação. O esquema tático envolvente levou os espanhóis a conquistarem o primeiro e único título mundial. Iniesta, que já anunciou que se aposentará da seleção após a Copa da Rússia, é considerado herói nacional.

Além do título mundial em 2010, a Espanha acumula ainda três Eurocopas: em 1964, e o bicampeonato nas edições de 2008 e 2012. A seleção também já faturou um ouro olímpico em 1992, no torneio disputado em Barcelona.

Julen Lopetegui é o atual treinador da seleção espanhola e assumiu o lugar de Vicente Del Bosque, que deixou o comando da Fúria em 2016. O atual treinador aposta na renovação para levar o país ao topo novamente. Durante as eliminatórias, os espanhóis tiveram uma campanha invicta. Foram dez jogos, com nove vitórias e um empate. E para um novo desfecho positivo na Copa do Mundo, Lopetegui conta com um verdadeiro amuleto e ídolo em campo. O zagueiro Sérgio Ramos é uma das grandes lideranças da equipe da Espanha. Titular absoluto e capitão do Real Madrid, Ramos é um dos jogadores mais experientes do atual plantel espanhol e serve de inspiração para os mais jovens, como Asensio, Isco e Lucas Vásquez.

Sergio Ramos começou a carreira como profissional em 2004, pelo Sevilla. Mas foi no gigante Real Madrid que o defensor viveu seu melhor momento na carreira. Titular absoluto de Zidane, Ramos ja disputou 550 jogos pela equipe merengue e marcou 74 gols.



Na seleção desde 2005, Ramos já atuou, inclusive, como volante. São 151 jogos pela equipe principal, além de passagens pelas categorias e base da Fúria. A Copa deste ano será a terceira do volante de 32 anos. A Espanha estreia na Copa do Mundo dia 15 de junho, e já vai ter um clássico logo no primeiro compromisso. O adversário será Portugal, do craque Cristiano Ronaldo. As seleções devem brigar pela liderança do grupo B, que tem ainda Marrocos e Irã. O primeiro jogo da Fúria será na cidade de Sochi, às três da tarde, horário de Brasília.
 






Raphael Costa
Fonte: Agência do Rádio Mais

NÃO DÁ PARA MANTER ISSO AÍ, VIU?


        Esclarecendo um pouco mais a expressão acima, utilizada anteontem no artigo que pode ser lido aqui: ninguém neste país, tanto quanto o Grupo Pensar+ e, especialmente, o amigo pensador Gilberto Simões Pires em seu pontocritico.com, advertiu para o que iria acontecer com a economia brasileira se a reforma da Previdência não fosse aprovada.

Não foi por falta de evidências nem de reiterados avisos que o Congresso Nacional cometeu, por maioria, a imprudência de deixar como está para ver como fica aquilo que não pode ficar como está e já se vê como está ficando. A teimosa e insistente advertência do amigo Gilberto induz a uma nova aplicação das muitas paráfrases suscitadas pela famosa gravação de Michel Temer: não dá para manter isso aí, viu? Um país pobre, uma economia estagnada, instituições levadas às barras dos tribunais, não pode manter, para sua previdência social, padrões que sequer as economias ricas suportam.

Esse modelo institucional está, ele mesmo, exigindo uma reforma que também não acontece. Já não falo nas patacoadas do STF. Refiro-me ao fato de que o Congresso Nacional iniciou o biênio do governo Temer apoiando as boas iniciativas apontadas pelo presidente e as deixou ao léu quando a imagem moral do mandatário, como num mecanismo de vasos comunicantes, nivelou-se com o padrão do legislativo. Nesse momento, a base foi se afastando de Temer para não "macular" sua  própria imagem.

Dá-me forças para viver! O roto se constrange com a companhia do descosido e a nação que se dane.  Displicentemente, empurram-se as reformas  para o ano que vem, onde passarão a depender da composição do Congresso e de quem tenha sido eleito para ocupar a presidência. Diga-me o leitor: qual outro empreendimento humano se deixa conduzir mediante rituais tão desengonçados e desestabilizadores? 

Quando tantos consideram que a reforma da Previdência é uma perversidade; que a reforma trabalhista é uma supressão de direitos; que a responsabilidade fiscal é uma submissão aos padrões neoliberais; que a queda da inflação, dos juros e o fim da recessão nada significam, somos obrigados a deduzir que bom, mesmo, deve ser a economia parada, os 13 milhões de desempregados, e o horizonte de incertezas em que nos deixou o governo petista. No fim do voo da galinha, aliás, pode faltar dinheiro para todo mundo. 







Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.


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