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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Constelação familiar: solução para violência doméstica no Rio Grande do Sul


"Vivemos em uma sociedade em que o feminino parece estar em guerra com o masculino". A frase é da juíza de Direito, Lizandra dos Passos, cujo trabalho de conciliação com o uso terapia constelação familiar com casais envolvidos em agressão tem ajudado a reduzir os casos de violência doméstica no interior do Rio Grande do Sul.

A constelação familiar – psicoterapia desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger que investiga as relações interpessoais das pessoas em sua família- tem sido usada por magistrados na solução de conflitos levados à Justiça e na ressocialização de detentos.



Na comarca de Parobé, cidade com 55 mil habitantes localizada a 70 quilômetros de Porto Alegre, a constelação familiar vem sendo empregada desde o fim de 2016 para ajudar casais a superar divergências que culminaram em atos de violência.
Nesse caso, apontado pelo Conselho de Justiça Federal como uma das boas práticas da Justiça Estadual brasileira, as sessões de conciliação entre casais têm ocorrido em novo formato da aplicação da constelação familiar.

Conter a escalada de violência

A juíza Lizandra dos Passos e as psicólogas Candice Schmidt e Cristiane Pan Nys alteraram o modelo usual da terapia coletiva e formaram grupos mistos de homens e mulheres nos quais as vítimas são separadas dos agressores em agrupamentos distintos e com sessões de terapia feitas em separado.

Com isso, homens e mulheres passaram a ver nuances do problema que enfrentavam, mas da perspectiva de um terceiro, ajudando nesse processo a identificar padrões de comportamento que levam à agressão, bem como o histórico de violência doméstica observado na própria família. 

Assim, por exemplo, um determinado agressor passava a vivenciar a experiência de uma vítima, se solidarizando com ela e passando a perceber seu papel de algoz. E esse tipo de experiência, conta a juíza Lizandra dos Passos, tem ajudado a apaziguar os ânimos, abrindo espaço para a ponderação e a retomada dos relacionamentos.

“Nas sessões de constelação,  muitas vezes os participantes conseguem identificar, em seu sistema familiar, o emaranhado que define o seu comportamento agressivo”, diz a juíza. “Esse tem sido um trabalho cuidadoso, minucioso e muito positivo na mudança de postura dos homens e, também,  de ajuda para que as mulheres saiam da condição de vítima”, acrescenta Lizandra dos Passos.

 A juíza diz que quando chegou em Parobé havia uma escalada de violência e, muitas vezes, a mulher agredida não denunciava. “Ao mesmo tempo, víamos homens com comportamento de vítimas e mulheres com comportamento de agressoras e ambos com posturas infantilizadas. E começamos a usar a constelação familiar para fazer com que esses casais identificassem onde estavam os padrões que os levavam a esses comportamentos”, disse.

De acordo com ela, desde que a psicoterapia vem sendo usada nos casos de violência doméstica em Parobé, houve redução de 94% na reincidência das agressões entre homens e mulheres. Segundo Lizandra dos Passos,  trata-se de uma mudança de cultura que busca reconciliar os universos feminino e masculino.






Luciana Otoni
Agência CNJ de Notícias


7 práticas para te ajudar a lidar com as dificuldades do dia a dia e ainda gerenciar o estresse


Nos últimos tempos, a nossa rotina de trabalho virou sinônimo de estresse. O trânsito pesado, o excesso de informações e compromissos drenam a nossa energia, nossa capacidade de ter empatia e de pensar de forma criativa. Alia-se a isso, o atual cenário de incertezas que só faz aumentar a nossa ansiedade. E como se não bastasse, ainda há a cobrança cada vez maior para sermos produtivos sempre. 

Por isso, é muito importante que você cuide da sua saúde mental diariamente, antes que o estresse te leve a sofrer de exaustão. Com algumas mudanças de atitudes e novos hábitos, é possível manter o cérebro produtivo e um comportamento resiliente mesmo diante das pressões.

Quer ajuda para começar? Reuni neste artigo sete práticas que você pode adotar para te ajudar a manter o estresse sob controle enquanto você lida com as dificuldades do dia a dia. 


1. Tenha hábitos alimentares saudáveis

Os alimentos são o combustível para o corpo e também para o cérebro, de modo que o órgão precisa dos nutrientes adequados para funcionar em plena capacidade. Se você abastece o seu carro com combustível ruim, ele vai apresentar defeitos. A analogia vale para o nosso corpo e cérebro. Concordo que resistir àquele hambúrguer ou doce pode ser difícil, principalmente quando nos sentimos estressados. Mas tornar isso um hábito só vai agravar o problema. 

A ciência já provou que o que comemos interfere no nosso humor, produtividade, capacidade de concentração e de tomada de decisão. Portanto, se você quer minimizar os efeitos do estresse, escolha alimentos nutritivos que vão contribuir para que o seu cérebro funcione melhor. 


2. Tire um break de tempos em tempos

Não deixe que o volume de trabalho e a pressão te consuma, aumentando o seu estresse. Lembre-se de tirar pequenas pausas durante o dia para hidratar ou tomar um café e se atualizar com os colegas. Essas pausas podem ser mais importantes do que você imagina. 

O site e aplicativo Happify, dedicado a ajudar as pessoas a melhorar a saúde emocional e o bem-estar, por meio de atividades e jogos baseados em ciência, constatou com base em estudos que funcionários que tiraram uma pausa a cada 90 minutos apresentaram um aumento de 30% na concentração, de 50% na capacidade de pensar de forma criativa e de 46% nos níveis de saúde e bem-estar. 



3. Saia para almoçar com os colegas

Comer sozinho(a) na mesa de trabalho pode fazer você acreditar que está ganhando tempo, mas na verdade, vai te deixar mais tenso(a) e menos produtivo(a). Este estudo comparou os efeitos emocionais e cognitivos de uma refeição feita com colegas, e outra, solitária, consumida no escritório. 

Os resultados evidenciaram o efeito relaxante e de melhora do humor naqueles que almoçaram em companhia dos colegas no restaurante. Além disso, andar até o local da refeição vai aumentar a oxigenação no seu cérebro, o que contribui para fomentar novas ideias e aliviar o estresse. É uma forma simples de cuidar da sua saúde cerebral durante o expediente. 


4. Priorize uma boa noite de sono todos os dias

Todas as outras práticas ajudam, no entanto, para manter o cérebro em seu melhor desempenho e stress free só existe um caminho: descanso. Portanto, busque dormir o suficiente para fazer você se sentir bem e procure alternativas para melhorar a qualidade do seu sono. Isso vai te tornar uma pessoa mais feliz e mais produtiva, com maior capacidade cognitiva e de empatia, entre outros benefícios.

Neste Ted Talks, a escritora, empresária e influencer Arianna Huffington nos convida a descobrir o poder do sono. Huffington publicou no ano passado o livro “The Sleep Revolution”, que está na lista dos bestsellers nos Estados Unidos. Vale conferir.    


5. Economize energia simplificando as suas escolhas 

Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, usa o mesmo tipo de roupa todos os dias. Já Barack Obama tinha apenas duas opções: ternos nas cores cinza ou azul marinho. O motivo é simples. Eles não querem escolher. Ou melhor, eles simplificam as escolhas para, assim, preservar o poder de decisão para o que é realmente importante e estratégico.  

Tomar muitas decisões, principalmente quando estamos estressados, nos deixa menos criativos e focados. Logo, considere ter escolhas mais minimalistas na sua vida. Isso não significa que você precisa usar a mesma roupa todos os dias, mas pode começar tendo uma rotina fixa pela manhã, por exemplo, ou escolhendo, na noite anterior, o que você vai vestir e comer no dia seguinte.


6. Converse com os colegas sobre suas dificuldades 

Não se estresse sem necessidade tentando resolver tudo sozinho(a). Diante de uma dificuldade, converse com um colega e peça ajuda. Você pode se surpreender ao ver como as pessoas querem apoiar umas às outras. Além de te dar outras perspectivas, a conversa aliviará a sua tensão e contribuirá para estabelecer uma conexão mais significativa e de confiança com os colegas, o que é fundamental nesta nova cultura de colaboração em que vivemos. 

Lembre-se ainda: pedir ajuda não é sinal de fraqueza. Ao contrário, mostra que você é uma pessoa humilde e sábia, o que é muito positivo no ambiente corporativo.


7. Pratique a atenção plena 

Inúmeros estudos já comprovaram a eficiência da prática de mindfulness, ou atenção plena, no gerenciamento do estresse cotidiano. A técnica de meditação, que ensina você a focar completamente a sua atenção no momento presente, vai te ajudar a ter uma mente mais calma e mais preparada para lidar com decisões difíceis.

Várias empresas já oferecem aulas de meditação para os seus funcionários. Mas você pode começar usando aplicativos como o Calm e o Headspace para te guiar nesta experiência. 

Espero que alguma destas práticas seja útil para você. Caso já pratique alguma delas ou outra, compartilhe a sua experiência nos comentários. 




Braulio Lalau de Carvalho - CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini

Cresce número de doadoras e captação nos bancos de leite humano do Estado


Saúde aproveita a data para incentivar doações e o aleitamento materno; estoques tendem a cair de 10 a 30% durante o inverno e as férias escolares


         Em meio às comemorações ao Dia Mundial de Aleitamento Materno, no dia 19 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde divulga balanço que aponta aumento significativo no número de doadoras de leite materno e na quantidade de litros captados na rede de bancos de leite humano (BLH) do Estado. 

De 2016 para 2017, houve crescimento de 10,5% no número de doadoras e de 8,9% de captação de litros de leite coletados. No ano passado, os BLHs paulistas tiveram 39.729 doadoras, 3.786 a mais que no ano anterior. Consequentemente, foi possível coletar 51.225 litros de leite materno, 4.187 litros a mais que em 2016.

Embora tenha ocorrido aumento no total anual, as doações tendem a diminuir devido aos períodos de inverno e de férias escolares. Com o objetivo de aumentar as doações, a pasta convida as mães paulistas que estão amamentando para doarem o leite excedente às maternidades e Bancos de Leite do Estado. 

O Estado de São Paulo possui a maior rede de bancos de leite do país. Conta, hoje, com 59 bancos de leite e 38 postos de coleta. Neste ano, comemora-se também o aniversário de 50 anos do primeiro banco de leite inaugurado no Estado, que está localizado no Hospital do Servidor Público Estadual – IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo).  

A rede paulista de BLHs possui duas unidades coordenadoras, que são o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, responsável pelas unidades da capital e Grande São Paulo, e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, responsável pelas unidades do interior e litoral. 

         “Neste inverno, contamos com a colaboração das mães em fase de amamentação e aptas para doarem leite excedente, pois, apesar do aumento nos índices de coleta e doadoras no último ano, o clima frio e as férias interferem na ida das pacientes aos bancos, o que consequentemente pode diminuir nossos estoques”, afirma a coordenadora do banco de leite da maternidade Leonor Mendes de Barros, quem é uma das principais referências estaduais, Andrea Spínola.


Como funciona a doação

O principal critério para ser doadora é a mãe estar amamentando, saudável, produzindo volume excedente de leite e não utilizar nenhum medicamento que impeça a doação. 

O procedimento é simples: basta comparecer a um banco de leite, onde recebe as orientações necessárias. As interessadas devem preencher um cadastro e apresentar exames laboratoriais de sorologia realizados nos últimos seis meses. Normalmente, os bancos oferecem serviços de busca em domicílio e também disponibilizam um kit (com gorro, máscara e frascos de armazenamento) para garantir a alta qualidade do alimento doado.

Para as mulheres, a doação de leite evita empedramento das mamas e ajuda na recuperação da forma física. Existem mais de 50 bancos de leite em todo o Estado de São Paulo. A lista completa pode ser consultada no site http://www.redeblh.fiocruz.br.



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