Pesquisar no Blog

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Pesquisa com 9,6 mil estudantes brasileiros revela avanço nos níveis de autocontrole, empatia e perseverança


Estudo inédito conduzido pela UFRJ avaliou competências em alunos entre 10 e 17 anos que participaram de programa de aprendizagem socioemocional


A partir de 2020, as escolas brasileiras terão de incluir as habilidades socioemocionais no currículo, conforme prevê a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Atualmente, existem projetos e iniciativas voltados para o desenvolvimento dessas habilidades nas escolas, porém ainda são bem escassos no Brasil estudos que comprovem seu impacto no comportamento dos estudantes.

Para elaborar a primeira pesquisa de avaliação dessas habilidades em larga escala no país, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) acompanhou durante o período de um ano um grupo de 9,6 mil estudantes entre 10 e 17 anos que participaram de um programa estruturado de aprendizagem de habilidades socioemocionais aplicado em escolas brasileiras, o Programa Semente.  

Para mensurar a eficiência do Programa, os pesquisadores avaliaram os aspectos propostos pelo Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning (CASEL), principal centro de estudos da aprendizagem socioemocional do mundo, e empregado como referência na metodologia do Programa Semente por meio dos cinco domínios: autoconhecimento, autocontrole, empatia, decisões responsáveis e habilidades sociais.

No início do ano letivo de 2017, cerca de 9,6 mil estudantes distribuídos em escolas nas cinco regiões do país tiveram acesso a uma plataforma online, na qual responderam a um questionário com 45 perguntas. No final de 2017, o mesmo grupo respondeu ao mesmo questionário, após quase um ano de experiência com o Programa em sala de aula.

Os dados tabulados indicaram impactos positivos em todos os domínios avaliados, apontando nos índices gerais de Habilidades Socioemocionais um aumento estatisticamente significativo de 6,7% na melhora do comportamento desses alunos.

Analisando cada item, a magnitude das mudanças variou de 2,3% (Empatia Cognitiva Emocional) até 13,9% (Autocontrole). O Autoconhecimento (13,5%) e as Habilidades Sociais (7,2%) completam o pódio com os maiores níveis de melhora. 

Para avaliar se as diferenças obtidas eram estatisticamente significativas, foram realizados testes estatísticos (teste t de Student). Os resultados dos testes t demonstraram que todos os escores apresentaram um aumento estatisticamente significativo. Ou seja, “o Programa Semente, em nível nacional, foi capaz de ampliar os níveis de habilidades socioemocionais em todas as facetas”, afirma o pesquisador Bruno Damásio, do Departamento de Psicometria da UFRJ e responsável pelo estudo.

As análises foram realizadas separadamente para meninos e meninas, bem como para alunos do 6º ao 9º ano, e a diferença entre os gêneros não foi relevante. As meninas começaram o estudo em quase todos os critérios, com pontuações levemente superiores aos meninos. Estes, no entanto, obtiveram maior crescimento que as meninas em praticamente todos os critérios, fazendo com que ficassem no mesmo patamar. “Ou seja, o efeito do Programa Semente pode ser considerado equivalente para meninos e meninas do 6º ao 9º ano”, explica Damásio.

O único critério com diferença relevante foi a empatia cognitiva-emocional. Antes do Programa Semente as meninas apresentavam um desenvolvimento maior que os meninos de 9,65 pontos. A diferença aumentou levemente para 9,76 pontos.

Em relação às séries, os valores variaram pouco entre si. Isso significa que a maturidade referente à idade não teve influência, já que mesmo em séries diferentes as pontuações iniciais para todas as habilidades avaliadas eram próximas e a evolução não variou muito de uma série para a outra. “Em todos os critérios foi observado crescimento após o Programa”, afirma o pesquisador.

Para o médico psiquiatra e educador Celso Lopes de Souza, fundador do Programa Semente, os dados são animadores. “Os estudantes evoluíram muito e os resultados mostram que estamos no caminho correto. Não adianta apostar em algo que não funciona. Por isso contamos com uma auditoria externa para avaliar nosso trabalho. Educação requer esse tipo de cuidado”, diz.

Nos próximos anos, os alunos continuarão sendo avaliados, para que se verifique o impacto longitudinal do Programa Semente nos diversos domínios trabalhados, estabelecendo comparações entre as séries e segmentos à medida em que avançam para os anos subsequentes. 


Amostra:
9.608 alunos
Idade dos participantes:
de 10 a 17 anos
Gênero:
Feminino: 5.366 (55,8 %)
Masculino: 4.242 (44,2 %)

Distribuição por região do país:
Região do país
Número de respondentes
Porcentagem
Norte
879
9,1%
Nordeste
2102
21,9%
Sul
679
7,1%
Sudeste
4233
44,1%
Centro-Oeste
1715
17,8%
Total
9608
100,0%




Sobre o Programa Semente (www.programasemente.com.br) – Com uma abordagem moderna e inovadora, o Programa Semente está presente em escolas brasileiras contribuindo para o desenvolvimento socioemocional de alunos e educadores. A partir de um material escrito por educadores, médicos e psicólogos, sua metodologia possibilita que sejam trabalhadas em sala de aula questões como sociabilidade, autoconhecimento, autocontrole, empatia e decisões responsáveis, entre outras habilidades, cada vez mais presentes no mundo do trabalho e nas principais avaliações internacionais de educação, como o PISA. Desta forma, o Programa Semente contribui para a alfabetização emocional.


Vai comprar uma TV nova para ver a Copa do Mundo? Cuidado com as fraudes!


A Copa do Mundo de Futebol é um período no qual a venda de TVs novas costuma aumentar consideravelmente. As pessoas aproveitam o campeonato para trocar seus televisores por modelos mais novos, com novas tecnologias e com telas maiores. As buscas pelas melhores ofertas geralmente começam online e, com isso, golpistas aproveitam a oportunidade para enganar os desavisados que querem comprar uma nova TV. 

Os cibercriminosos brasileiros têm intensificado seus ataques usando o nome de grandes lojas varejistas, registrando sites falsos na Internet, prometendo TVs de última geração por preços baixos, comprando anúncios em redes sociais com o único objetivo: enganar os internautas, causando prejuízo financeiro direto.

Os golpes começam com o registro de domínios. Nesse quesito, os criminosos têm se esmerado, escolhendo nomes sugestivos e bastante parecidos com os nomes verdadeiros de grandes redes varejistas, tudo com o objetivo de confundir o usuário. Entre os domínios maliciosos descobertos pela Kaspersky Lab recentemente estão:


 
Após o registro do domínio, os criminosos precisam anunciar o novo site para atrair as vítimas. Geralmente isso ocorre por meio de mensagens de e-mail bastante parecidas com as mensagens promocionais enviadas por grandes lojas de varejo. Os criminosos também costumam comprar anúncios em redes sociais, especialmente no Facebook, e assim fazer com que o site falso apareça para o maior número possível de usuários. Para atrair a futura vítima e garantir o click, o criminoso informa o suposto produto com preços muito abaixo do mercado. Algumas ofertas falsas que têm circulado pela internet nos últimos dias:
   
    

Se a vítima se interessar pelas falsas ofertas, serão pedidos os dados pessoais para concluir a suposta venda. As formas de pagamento oferecidas serão sempre cartão de crédito ou boleto. Caso o pagamento seja por meio de cartão, o mesmo será clonado e negociado entre outros criminosos – e a vítima nunca receberá o produto.

De acordo com Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, ataques de phishing oferecendo TVs novas tem um aumento considerável na época que antecede a Copa. “Os criminosos seguem as tendências e, geralmente, costumam oferecer em seus golpes produtos bastante procurados. Durante o período que antecede a Copa do Mundo, por exemplo, os criminosos escolhem produtos como TVs. E, durante a Black Friday, direcionam os golpes predominantemente para smartphones”, afirma o analista.

Para que os consumidores se protejam e, assim, possam comprar novos televisores de forma segura, a Kaspersky Lab preparou as dicas abaixo:



1) Verifique o nome do domínio e o cadeado de segurança: é comum entre phishers o registro de domínios usando o nome de marcas famosas e já conhecidas no mercado, porém mudando uma letra no nome. Dessa forma, por exemplo, “sitedecompra.com” se torna “sitedeconpra.com” ou “saitedecompra.com”. Outra dica é verificar se o site possui conexão SSL (o cadeado de segurança), pois geralmente sites fraudulentos o exibem. Porém saiba que o fato de um site exibir o cadeado não significa que o mesmo seja legítimo.

2) Verifique quem é o dono do site: encontrou um site desconhecido com ofertas tentadoras? Antes de comprar consulte a lista do PROCON e também o Registro.br, na sessão “Whois”, que informa quem registrou o site. Golpistas geralmente usam endereços de e-mail gratuitos para registrar o domínio.


3) Duvide de ofertas mirabolantes: outra tática comum dos fraudadores é oferecer produtos com preços muito atrativos, bem abaixo do preço de mercado. Se encontrar uma oferta assim, segure seu impulso de compra e veja antes se o site é verdadeiro ou não e compare o preço em outros sites. Na dúvida, é melhor não comprar.


4) Desconfie de mensagens SMS e anúncios no Facebook: essa é a mais nova modalidade dos golpistas, que tem usado especialmente as redes sociais para disseminar o golpe. Duvide de supostas ofertas recebidas por SMS. Para confirmar se a oferta exibida na rede social é real, abra o navegador, navegue até o site do varejista e busque o produto anunciado. 


5) Use um software de proteção: o Kaspersky Internet Security ajuda os usuários nas compras online, bloqueando sites de phishing. Por meio do recurso Safe Money, é possível efetuar pagamentos online de forma segura, evitando a clonagem do seu cartão ou a alteração do boleto bancário por um vírus.





Kaspersky Lab


SEMANA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A ESQUIZOFRENIA: É HORA DE ACABAR COM O PRECONCEITO


 Há mais de 20 anos ocorre em maio a Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia. Neste ano, ocorre também em 24 de maio o Dia Mundial de Conscientização sobre a Esquizofrenia. 

O que é a esquizofrenia? A esquizofrenia é um transtorno mental que se manifesta no fim da adolescência, início da idade adulta. Atinge cerca de 1 em cada 100 pessoas, mundialmente. Os principais sintomas são os delírios (ideias que são incompatíveis com a realidade da pessoa), alucinações (em geral, auditivas, na forma de “ouvir vozes” que falam com a pessoa, ou lhe dão ordem), comportamento e pensamento desorganizados, entre outros. 

Estes sintomas ocorrem essencialmente na fase aguda da doença (o “surto” psicótico); uma vez tratados, os sintomas diminuem ou desaparecem (o período de remissão), podendo a pessoa vir ou não a ter novos surtos. No período de remissão ficam mais perceptíveis outros sintomas, como apatia, falta de motivação e dificuldade para expressar emoções (as emoções ficam “apagadas”). Por causa destes sintomas, aumenta o isolamento social da pessoa com esquizofrenia. 

O tratamento medicamentoso é feito tanto na fase aguda, para controle dos sintomas, quanto na remissão, para evitar que os sintomas se manifestem novamente. Além dos medicamentos, há uma série de abordagens chamadas psicossociais, para ajudar na reintegração familiar e social da pessoa. 

E qual é o maior desafio que a pessoa com esquizofrenia enfrenta? O preconceito! Vários estudos mostram que a pessoa com esquizofrenia é vista socialmente como "perigosa", "violenta", "imprevisível", "esquisita". Esta visão distorcida gera a discriminação, reduzindo as chances de que uma pessoa com esquizofrenia consiga se reinserir socialmente, consiga um emprego ou uma atividade. Ela terá dificuldade em situações triviais, pois terá que superar barreiras criadas pelo preconceito e a discriminação sociais. 

Como vencer preconceitos e discriminações? O elemento principal é a informação. Conhecer a doença, entender seus sintomas e saber como é feito o tratamento. Informações corretas, obtidas em fontes confiáveis, ajudam a compreender a pessoa com esquizofrenia e se contrapõem às informações distorcidas e arraigadas no senso comum. É um longo trabalho, uma vez que é preciso mudar algo que vem de muitas décadas. No entanto, é fundamental para que a realidade se imponha sobre o preconceito.





Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (CRMSP 34330)


Posts mais acessados