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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Inteligência coletiva, internet das coisas e economia compartilhada são algumas das tendências globais do local de trabalho


Relatório de Tendências Globais da Sodexo 2018 revela quais os fatores mais críticos que afetam os  colaboradorese empregadores ao redor do mundo


Nos últimos anos, muito se tem falado sobre a importância e o impacto do local de trabalho na vida dos colaboradores e como este tipo de percepção impacta na produtividade e desempenho dos profissionais ao redor do mundo.

Neste contexto, a Sodexo, líder mundial em Serviços de Qualidade de Vida, acaba de divulgar seu Relatório de Tendências Globais de Ambientes de Trabalho 2018, que aponta quais os fatores mais críticos que afetam os colaboradores e empregadores em diversos países e mostra que a inteligência coletiva, a internet das coisas e a economia compartilhada estão reescrevendo as regras do jogo, no que diz respeito ao mundo corporativo.

O levantamento funciona como uma ferramenta para os empregadores, a fim de impulsionar o sucesso de seus colaboradores, mostrando os fatores mais críticos que afetam o futuro profissional e demonstrando como uma experiência melhorada no local de trabalho é fundamental para aumentar o desempenho das empresas e, em última análise, levar a um melhor envolvimento dos colaboradores.

Para Andreia Dutra, presidente da Sodexo On-site e vice-presidente de RH da divisão no Brasil, este tipo de mapeamento do ambiente de trabalho é imprescindível para a companhia, que tem atuado continuamente para oferecer Qualidade de Vida em todos os seus serviços e processos internos. “Acreditamos que nossos colaboradores são a essência de nossa trajetória de sucesso e, neste sentido, compreender o ambiente de trabalho que os cerca, impulsiona nossas ações em prol do maior engajamento da equipe”, explica Dutra.

Já para Rogério Bragherolli, vice-presidente de Recursos Humanos da Sodexo Benefícios e Incentivos, o relatório é fundamental para que os líderes empresariais possam compreender os fatores que moldarão o local de trabalho do futuro. “A Sodexo investe globalmente em pesquisas que ajudam a compreender os impactos da qualidade de vida no trabalho. O estudo revela como a tecnologia e as novas gerações estão transformando a experiência dos ambientes de trabalho e revolucionando a relação entre empregador e empregado por todo o mundo. Este é o momento de reestruturar a forma como fazemos a gestão do capital humano nas organizações para fortalecer a integração da vida pessoal e profissional dos colaboradores e melhorar sua produtividade”, explica o executivo.

O relatório deste ano concentra-se em sete tópicos interligados com um tema unificador: a necessidade de inteligência coletiva em todos os espaços do local de trabalho. Os destaques levantamento são:



Preparando-se para a Geração Z: com altas expectativas em torno da tecnologia e flexibilidade, enquanto presta muita atenção ao bem-estar e qualidade de vida, a Geração Z está reformulando o local de trabalho de maneiras novas e empolgantes para todas as gerações.

A Internet das Coisas: moldando o futuro para o local de trabalho: os ambientes de trabalho suportados pela IoT – Internet of Things (Internet das Coisas)  são uma oportunidade para operar e envolver empresas ecolaboradores de forma mais eficaz, melhorando o conforto em espaços físicos, flexibilidade, precisão no processo e, finalmente, qualidade de vida para todos
 
Criando o local de trabalho emocionalmente inteligente: atualmente, a inteligência emocional tornou-se uma habilidade básica para organizações e para líderes de alto desempenho. O local de trabalho em si pode ser emocionalmente inteligente - permitindo que as pessoas tragam seu espectro completo de emoções para o trabalho e alinhem suas necessidades e motivações humanas fundamentais. 

 Reimaginar os recursos na economia compartilhada: as organizações com visão de futuro estão redefinindo seus modelos de negócios para alavancar os benefícios da economia compartilhada. 

Movendo a agulha do equilíbrio de gênero: para criar um local de trabalho inteligente em termos de gênero, as empresas devem examinar as barreiras que estão retendo as mulheres e implementar uma transformação cultural impulsionada por líderes inclusivos.

Gestão de capital humano 3.0: o Human Capital Management (HCM) 3.0 está reunindo todas as diferentes tecnologias e programas (aprendizado, reconhecimento, bem-estar) para transformar a experiência de trabalho em experiência de vida. A HCM visa ajudar as organizações a terem o melhor desempenho.
Colaboradores: nova mudança para responsabilidade corporativa:oOs colaboradores são agora os principais interessados ​​quando se trata de moldar as estratégias de RC. É importante que as empresas dêem voz à sua força de trabalho, capacitando-a a se sentir satisfeita, enquanto trabalham para um futuro melhor para todos.




Recuperação do emprego: como se preparar para voltar ao mercado de trabalho?


A economia brasileira vem melhorando aos poucos nos últimos meses. Uma pesquisa feita pelo Itaú Unibanco, assinada pelo economista chefe da instituição, Mário Mesquita, aponta a projeção de queda dos atuais 12,6% de taxa de desemprego, para 11,7% até o fim de 2018, e de 10,7% para 2019.

De 1% em 1%, as previsões são otimistas. O PIB desse ano está previsto para 2,6% de crescimento, de acordo com o Banco Central. De 2017 para 2018, a economia se expandiu 1%. São números ainda modestos, mas positivos. A perspectiva de melhora deve retirar milhões de brasileiros de uma situação extremamente complicada. 

Porém, a recuperação deverá ser lenta e gradativa. Ou seja, ainda haverá muito mais oferta de profissionais do que de vagas. Nesse cenário de alta competitividade, como se diferenciar? Que profissionais serão privilegiados pelas empresas que estão voltando a contratar? Como se tornar um deles? É isso que quero ajudar a esclarecer.

Estar desempregado nunca é fácil, sempre surge uma mistura de sentimentos, sobretudo quando ocorreu uma demissão. Contudo, esse é um momento oportuno para se reposicionar e aproveitar as experiências que poderão facilitar - e muito - a recolocação. 

A primeira delas é manter-se em movimento. Estudar e investir em atualização é fundamental. Isso também é importante para se estabelecer novos relacionamentos que podem resultar em indicações, o famoso networking. Os estudos podem ser dentro da sua área, em uma especialização, ou até mesmo em novas línguas. Idioma é um grande diferencial no Brasil, pois o numero de candidatos com fluência é muito baixo. 

É importante ressaltar que existem muitos cursos gratuitos e conteúdos sem custo na internet, e até mesmo em instituições. Basta pesquisar. Sabemos que com a renda curta, sobra pouco para investir em si mesmo, mas há maneiras de fazer isso sem gastar suas reservas.

Dependendo da sua área de atuação, manter um bom portfólio também pode ser decisivo para o recrutador. Os resultados passados sempre chamam a atenção das empresas, pois elas sabem que podem esperar boas coisas daquele profissional.

Outra importante dica, que pode parecer meio óbvia, é sempre manter seu currículo atualizado. É interessante que toda essa movimentação seja registrada devidamente - sobretudo se você utiliza várias plataformas de busca de vagas, como consultorias, sites e até na entrega pessoalmente. 

Online ou off-line, busque participar de grupos de interesse e de influência, sobretudo em redes sociais como o LinkedIn. No quesito offline, veja se consegue frequentar eventos do segmento em que atua. Eles oferecem conhecimento e até mesmo certificações que ampliarão seu currículo - sem contar no relacionamento intensificado com profissionais da sua área. 

Hoje as empresas se preocupam muito se o candidato terá “aderência” à empresa. Elas buscam pessoas com engajamento, vontade de crescer, dinamismo e interesse. É por isso que o comportamento é tão importante quanto a experiência, e ajuda a destacar o profissional. Uma das competências que mais se busca atualmente é se o candidato tem senso de “dono”, confiança e capacidade para cumprimentos de prazo. 

Por fim, é interessante buscar também conhecimento em outras áreas. Muitos profissionais têm recorrido, por exemplo, ao teatro, arte e dança para desenvolver a comunicação verbal e corporal. Os projetos sociais também ajudam muito no desenvolvimento de liderança, trabalho em grupo e engajamento. Essas atividades incentivam a criatividade e podem te ajudar a se destacar na hora de uma entrevista. Esteja bem preparado e vá em busca de sua recolocação profissional. 





Marcia Avelar - Diretora de DHO da NVH Talentos Humanos, uma empresa do Grupo NVH.



Cidades Inteligentes: economia compartilhada utilizando a tecnologia blockchain


Muitas cidades se definem inteligentes quando identificam características de conectividade, inclusão digital, força de trabalho e conhecimento. Por meio de aplicações inovadoras e de tecnologias, elas apoiam a partilha comunitária envolvendo elementos cumulativos, como governança, mobilidade, uso inteligente de recursos naturais, cidadãos e economia. Devido à dinâmica de restrição de espaços e alta densidade populacional, as cidades são naturalmente concebidas para compartilhar economias com consumo. Porém, se suas melhorias são setoriais ou limitadas, elas não podem ser chamadas de inteligentes.

A transformação de cidades em inteligentes beneficia o uso de recursos urbanos como espaço, transporte, serviços, alimentos, bens e dinheiro. E a economia compartilhada permite o emprego desses recursos de forma colaborativa, definindo um modelo socioeconômico que permite o uso de ativos subutilizados, num sistema em que a oferta e demanda interagem para uma melhor oferta de produtos e serviços.

Do lado da oferta, os indivíduos podem oferecer coisas como aluguel de curto prazo de seus veículos ociosos ou salas extras em seus apartamentos ou casas. Do lado da demanda, os consumidores podem se beneficiar em alugar bens a um preço menor ou com gastos transacionais mais baixos do que comprar ou alugar por meio de um provedor tradicional. E esse compartilhamento, facilitado pela tecnologia e pela internet, já é uma realidade: Airbnb, Snap-Goods, Uber e RealyRides são exemplos de conexões que desbloqueiam o valor inerente ao compartilhamento de recursos sobressalentes em plataformas e oferecem muitas vantagens para atrair os dois grupos por meio de efeitos de rede.

Por meio da tecnologia, compartilhar economia fornece a base dessas inovações de maneira imediata, contribuindo para que uma cidade se torne inteligente. Com uma infraestrutura tecnológica significativa, a forma como os recursos são compartilhados é transformada, sendo o capital humano destacado nesse cenário, uma vez que a inteligência das cidades leva em consideração, acima de tudo, o bem-estar da sociedade. Assim, os cidadãos podem liderar vidas criativas, embora ainda encontrem uma barreira para a tão esperada revolução: a confiança.

Apesar de uma cidade inteligente ser feita para o cidadão, sua inovação esbarra exatamente nele. Dentre todos os outros fatores humanos, confiar é o mais importante desafio da economia compartilhada, uma vez que se trata de um sistema dependente de outros usuários.

Para atingir com sucesso essa ideia, uma alternativa seria o uso da tecnologia blockchain, pois ser “livre de confiança” é uma característica central dos relacionamentos dos indivíduos na abordagem baseada em blocos. Com a eliminação de intermediários, redução dos custos operacionais e aumento da eficiência de um serviço de compartilhamento, os indivíduos têm autonomia sobre os registros de cada transação realizada, que são inseridos na rede.

Nos serviços de compartilhamento, a confiança não é colocada em um indivíduo, mas sim distribuída em toda a população. O uso das autoridades centrais é substituído por uma comunidade de pares na forma de uma rede peer-to-peer. Sendo assim, ninguém pode tomar ações unilateralmente em nome da comunidade e os serviços de compartilhamento acabam sendo democratizados e livres de confiança. Nessa hipótese, o software pode automatizar grande parte do processo de transação, permitindo que as promessas contratuais sejam aplicadas sem envolvimento humano. Simples. Prático. Seguro. E, assim, cidades realmente inteligentes.




Débora Morales é mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

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