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terça-feira, 8 de maio de 2018

Novo Cadastro Positivo deve democratizar acesso ao crédito e estimular competição entre instituições financeiras, avalia SPC Brasil


Com alteração, Brasil se junta aos modelos internacionais bem-sucedidos ao reduzir assimetria de informações, que favorece consumidores e empresas. Novas regras garantem sigilo de dados previsto em lei


O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apoia a aprovação do Projeto de Lei Complementar 441/2017 que desburocratiza as regras do Cadastro Positivo. A votação na Câmara dos Deputados está prevista para hoje (terça, 8/5). Caso seja aprovado, o texto segue para uma nova votação no Senado, antes de ir para a sanção presidencial. Com a alteração, todos os consumidores brasileiros que possuem CPF passam a fazer parte automaticamente do cadastro, a não ser que peçam a exclusão de suas informações, o que é feito de forma gratuita. O Cadastro Positivo é um banco de dados operado pelo SPC Brasil que reúne informações sobre o histórico de pagamentos realizados pelos consumidores.

A principal consequência das novas regras será tornar o acesso ao crédito mais fácil e com juros menores para consumidores e empresas que honram seus compromissos financeiros, pois permitirá que informações que atualmente não são consideradas em uma avaliação de crédito, passem a ser consultadas, possibilitando uma avaliação de risco mais justa e individualizada na concessão de crédito. Além disso, favorecerá mais assertividade por parte do empresário nos processos de concessão de financiamentos, empréstimos e compras a prazo. Isso tudo sem afetar a proteção de dados sensíveis e o próprio sigilo bancário que permanecem preservados, como todas as demais exigências previstas no Código de Defesa do Consumidor.

“Um dos motivos das taxas de juros serem altas e de não haver flexibilização dos prazos para pagamentos é a ausência de algumas informações sobre os hábitos de pagamento dos consumidores. Atualmente, o bom pagador é penalizado pelo consumidor inadimplente, fazendo com que os juros sejam elevados para todos, independentemente do seu comportamento financeiro. Com o Cadastro Positivo, o consumidor será analisado pelo seu próprio histórico de pagamentos, e não apenas pelas restrições pontuais existentes em seu nome, o que é um modelo mais justo e abrangente”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
A mudança nas regras do Cadastro Positivo também deve estimular a competição na oferta de crédito entre instituições financeiras, como fintechs, cooperativas, pequenas financeiras e também entre empresas do varejo. “Hoje, as instituições financeiras de grande porte já possuem informações sobre o perfil de pagamento dos clientes com os quais mantêm relacionamento, mas essas informações não são compartilhadas com o mercado de crédito como um todo, impossibilitando que haja uma competição saudável entre diversos players e um alcance maior dessas informações. Com o novo Cadastro Positivo, o Brasil se junta aos modelos internacionais bem-sucedidos”, explica Pellizzaro Junior.

Empregos em energia renovável atingem 10,3 milhões em todo o mundo em 2017


 Apenas no ano passado o setor gerou mais meio milhão de empregos graças ao forte crescimento na Ásia

O setor de energia renovável criou mais de 500.000 novos empregos em todo o mundo em 2017, um aumento de 5,3% em relação a 2016, segundo os últimos dados divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). De acordo com a quinta edição do relatório Renewable Energy and Jobs - Annual Review, lançado hoje na 15º Reunião do Conselho da IRENA em Abu Dhabi, o número total de pessoas empregadas no setor (incluindo grandes hidrelétricas) está atualmente em 10,3 milhões, superando a marca dos 10 milhões pela primeira vez.

China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam a ser os maiores empregadores do mercado de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todos os empregos no setor globalmente. Embora um número crescente de países esteja colhendo os benefícios socioeconômicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em relativamente poucos países e os mercados domésticos variam enormemente em tamanho. 

"A energia renovável tornou-se um pilar do crescimento econômico de baixo carbono para governos em todo o mundo, um fato refletido pelo crescente número de empregos criados no setor", declarou Adnan Z. Amin, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável.

“Os dados também ressaltam um quadro cada vez mais regionalizado, destacando que os benefícios econômicos, sociais e ambientais das energias renováveis ​​são mais evidentes nos países onde existem políticas atraentes para o setor, continuou o Sr. Amin. “Fundamentalmente, esses dados apóiam nossa análise de que a descarbonização do sistema energético global pode fazer a economia global crescer e criar até 28 milhões de empregos no setor até 2050”.

O segmento de energia solar fotovoltaica continua sendo o maior empregador de todas as tecnologias de energia renovável, respondendo por cerca de 3,4 milhões de empregos, quase 9% a partir de 2016, após um recorde de 94 gigawatts (GW) de instalações em 2017. Estima-se que a China responda por dois terços dos empregos fotovoltaicos - equivalente a 2,2 milhões - o que representa uma expansão de 13% em relação ao ano anterior.

Apesar de uma ligeira queda no Japão e nos Estados Unidos, os dois países seguiram a China como os maiores mercados de empregos em energia solar fotovoltaica no mundo. Índia e Bangladesh completam a lista dos cinco principais empregadores globais neste segmento, que juntos respondem por cerca de 90% dos empregos em energia solar fotovoltaica em todo o mundo.

A indústria eólica retraiu-se ligeiramente no ano passado para 1,15 milhão de empregos em todo o mundo. Embora os empregos desse segmento sejam encontrados em um número relativamente pequeno de países, o grau de concentração é menor do que no setor fotovoltaico solar. A China responde por 44% dos empregos em energia eólica em todo o mundo, seguida pela Europa e América do Norte, com 30% e 10%, respectivamente. Metade dos dez principais países com a maior capacidade instalada de energia eólica do mundo são europeus.

"A transformação do setor energético é uma das oportunidades de melhorar a economia e aumentar o bem-estar social à medida que os países implementam políticas de apoio e estruturas regulatórias atraentes para impulsionar o crescimento industrial e a criação de empregos sustentáveis", disse o Dr. Rabia Ferroukhi, chefe da Unidade de Políticas da IRENA e Diretor de Conhecimento, Política e Finanças da agência.

“Ao fornecer aos formuladores de políticas esse nível de detalhe sobre a composição dos requisitos de emprego e habilidades em energia renovável, os países podem tomar decisões informadas sobre vários objetivos nacionais importantes, desde educação e treinamento até políticas industriais e regulamentações do mercado de trabalho”, continuou Dr. Ferroukhi. “Tais considerações apoiarão uma transição justa e equitativa para um sistema energético baseado em energias renováveis.”






Sobre a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA)

A IRENA é uma organização intergovernamental global com 156 membros (155 Estados e a União Europeia) e mais 24 países em fase de adesão, que as nações na sua transição para um futuro energético sustentável. A IRENA serve como a principal plataforma de cooperação internacional, um centro de excelência e um repositório de conhecimento sobre políticas, tecnologia, recursos e finanças sobre energia renovável. A IRENA promove a adoção generalizada e o uso sustentável de todas as formas de energia renovável na busca do desenvolvimento sustentável, acesso à energia, segurança energética e crescimento econômico e prosperidade de baixo carbono. www.irena.org


Geração Z põe à prova sinceridade das empresas


Nascidos entre 1996 e 2010 são os primeiros a terem suas vidas iniciadas já na era digital, além de possuírem novas formas de relações profissionais, de aprendizado e de compartilhamento


Muito do que se reclama da dita Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010), sobre ser formada por pessoas ansiosas e frustradas, na verdade, pode ser um contrassenso, uma vez que, por muito tempo, as empresas e relações eram mais ditadas do que negociadas como nos tempos atuais. Para gerações passadas, muito era imposto ou mesmo definido de cima para baixo – a moda era ditada, a tendência era ditada, os ditos especialistas eram quem diziam se as pessoas tinham de ser ou não felizes.

Um avanço real com a Geração Z em relação às outras, embora passe muito mais tempo conectada, é o de que ela tem preferido relações mais sinceras e, consequentemente, mais estáveis e duradouras, quando seus desejos são atendidos. Pelo menos é o que se vê com alguns players da nova economia e que também surgiram em tempos de economia conectada.

Confira algumas experiências de empresas e suas relações com a Geração Z e de como elas têm aprendido e melhorado seus negócios a partir de uma rica relação com os jovens nascidos nas últimas décadas.


Novas relações profissionais

A geração Z já representa hoje mais de 35% dos clientes da MEI Fácil, plataforma digital para quem já é ou quer se tornar um microempreendedor individual (MEI), número que cresce mensalmente. De acordo com Marcelo Moraes, CEO da empresa, são dois motivos principais. "Primeiro, é um público bem mais digital do que as gerações anteriores. Como os serviços da MEI Fácil acontecem 100% no ambiente virtual, tendemos a atrair esse público que não apenas valoriza o digital, mas que muitas vezes se recusa a interagir com empresas de maneira offline. O segundo motivo é que o jovem está mais aberto a alternativas não tradicionais de emprego e o empreendedorismo atrai cada vez mais gente. Nesse caso o programa do MEI cai como uma luva, pois é a forma mais simples e barata de se começar uma empresa", conta o executivo.

Algumas características para que as empresas possam se destacar junto a este público, ainda segundo a MEI Fácil, é focar no atendimento multicanal, por tratar-se de uma geração bastante exigente. "A tolerância a falhas ou uma eventual sensação falta de transparência é baixa. O lado bacana é que, por ser uma clientela mais antenada, entende os efeitos e os benefícios de ser formal. Além disso, é mais aberta à inovação e tende a manter um relacionamento próximo quando suas necessidades são atendidas", completa Moraes.


Um novo jeito de aprender

Outra característica da Geração Z é o seu jeito de lidar com os processos de aprendizagem. Se antes as gerações mais antigas passavam horas em salas de aula ou se deslocavam para instituições de ensino para poderem obter conhecimento, as pessoas nascidas nas últimas décadas, numa esfera totalmente digital, também têm utilizado seus dispositivos e gadgets para aprender. Além das plataformas, os formatos também se tornaram mais dinâmicos e, por isso, players como a Curseria, plataforma com linguagem inovadora que desenvolve cursos on-line com especialistas que são referências nas suas áreas de atuação, têm hoje cerca de 30% de seu público concentrado na Geração Z.

De acordo com Mariana Nacarato, diretora de Operações da Curseria, a geração Z é uma geração inquieta, porém sedenta por conteúdo. "Eles querem mais e mais e isso é ótimo. A união de educação com entretenimento tornou nosso produto muito atrativo para esse público, que tem vontade de aprender, mas exige algo mais dinâmico. Esse público gosta de ditar as próprias regras sobre quando, como e onde aprender e a flexibilidade do on-line com uma qualidade visual bem acima da média é essencial para o sucesso dos produtos", conta Mariana.

Não faz sentido pensar em inovação em educação sem pensar na Geração Z. "Por mais que hoje ela não seja nosso maior consumidor em um futuro próximo será. Cursos como "Potencializa Seu Instagram", com a Tata Estaniecki, é o nosso produto mais geração Z. Muito da didática dele foi construída pensada para o consumo desse público. O que mostra que também do nosso lado, temos de oferecer o que eles buscam", completa Mariana.


E não querem só comida

A Geração Z também pensa em se alimentar e andar na moda com consciência. Para isso, buscam alternativas capazes de se comer e também se vestirem melhor, além de tornar o mundo melhor. Tendo em vista esse pensamento, a OneMarket, mercado online de produtos saudáveis que aposta em dar acesso à alimentação saudável a todos os Estados do Brasil, leva em conta os questionamentos dessa geração que vão desde como "a cadeia de produção pode ser alterada para pensar mais no meio ambiente?", "é necessário trazer mais inclusão para o ambiente de trabalho", "para que comprar mais se posso comprar melhor?", entre outros.
"E um desses questionamentos é diretamente ligado ao nosso negócio, 'posso melhorar meu bem-estar com algo simples como a minha alimentação?'. Por isso, a interação deles é positiva, tanto por batermos na tecla da alimentação saudável, quanto pelo nosso propósito ser sobre inclusão", afirma Henrique Zanuzzo, CEO da empresa.

A empresa foi montada pensando em questões maiores do que ser simplesmente um negócio lucrativo e isso é ligado diretamente aos propósitos e necessidades da Geração Z, bem como ocorre com a Mumo, startup de moda mais cool e responsável do mercado, que oferece uma proposta de, a cada ano, escolher uma causa socioambiental e colocá-la no centro da empresa, repensando o mercado de moda, que hoje é o terceiro mais poluente do planeta, perdendo apenas para carne vermelha e petróleo. "Temos, no Brasil, players de moda tradicionais, mas também temos outras marcas de impacto social. Mas preferimos pensar que nosso maior concorrente é a falta de informação dos consumidores sobre o real impacto da indústria da moda e do poder das pequenas escolhas. É nisso que poderemos realmente conscientizar cada vez mais as novas gerações a virem junto com a gente", afirma Rodrigo Tozzi, CEO da empresa.

As próximas coleções, masculina e feminina da Mumo, devem ser lançadas a partir de maio e estarão disponíveis via e-commerce da marca. Atualmente marca apoia os projetos da Associação Mata Ciliar (AMC), nos quais plantam e cuidam por doze meses de uma árvore em área devastada às margens de rios e nascentes para cada peça vendida. Como levam a sério suas escolhas, optaram por enviar os recursos para a Associação Mata Ciliar antes mesmo de atingir a marca de 2 mil peças vendidas.


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