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terça-feira, 6 de março de 2018

O acúmulo de funções é apontado como um dos principais fatores de estresse entre as mulheres



Inteligência Emocional ajuda no momento de mudar o rumo da vida profissional e pessoal quando as coisas não vão bem e a saúde começa a ser afetada


De acordo com o estudo encomendado pelo grupo londrino, Group Savoy Stewart, as mulheres sofrem mais estresse, relacionado ao trabalho, do que os homens. Entre 2016 e 2017, houve 1.880 casos de estresse feminino relacionado ao trabalho, para cada 100 mil trabalhadoras, número 60% superior ao registrado entre os homens, que ficou em 1.170 casos em cada 100 mil. A pesquisa aponta, ainda, que mulheres com idade entre 35 e 44 anos apresentaram as maiores taxas de estresse relacionado ao trabalho, isto porque nessa idade as mulheres têm maior probabilidade de acumular funções familiares e profissionais.

Com a presença cada vez mais forte da mulher no mercado de trabalho é natural que o estresse decorrente da sua atividade profissional seja maior também. No entanto, para além do escritório, as mulheres sofrem com a dupla jornada, ou seja, responsabilidades profissionais e domésticas acumuladas. Tanto assim, que a última pesquisa divulgada, em março de 2017, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), fundação pública federal vinculada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, em parceria com a Onu Mulheres, apontou que as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana. A pesquisa demonstra, ainda, que mais de 90% das mulheres entrevistadas declararam realizar atividades domésticas.

"Situações como essas são sofridas e, até mesmo, torturantes. E para mudá-las é preciso lembrar que não há mudança sem movimento e para que as coisas comecem a acontecer do jeito que se espera, mudar atitudes e comportamentos são passos importantes. Para tanto, cursos de autoconhecimento, com foco no ambiente corporativo e pessoal, podem ser importantes aliados", diz Alexandre Bortoletto, trainer e master practitioner da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL).


Foco na formulação dos objetivos

Para o especialista, é preciso formular objetivos corretamente para conseguir enfrentar o mundo e superar as dificuldades. Para tanto, o primeiro passo é identificar o que, de fato, se deseja (ter mais tempo, ajuda com os afazeres domésticos, um trabalho com horário mais flexível, etc.). Uma vez identificado o seu propósito é hora de correr atrás. "Imaginar opções reais e não ilusórias já é um bom caminho, ou seja, ao invés de ter pensamentos condicionantes – como, por exemplo, Se eu pudesse... Se eu tivesse... – é preciso pensar: hoje, na condição na qual se está o que é possível fazer? Outro recurso é imaginar como você ficará quando atingir o resultado: mais feliz, tranquila, poderá ter mais tempo para você, etc.", afirma.


Identifique seus aliados

Saber com quem se pode contar também é fundamental. "Nada adianta sabermos onde queremos chegar, se não temos bem claro quem são as nossas pessoas parceiras", comenta. Da mesma forma, identificar aqueles que te atrapalham a conquistar seus objetivos, é fundamental, "fazer uma avaliação no seu ambiente, seja entre colegas de trabalho, seja entre os amigos, é preciso. Algumas pessoas "nos puxam para baixo", fazendo fofoca, por exemplo, ou nos fazendo crer que não somos capazes. Tire essas companhias da sua lista de 'aliados'", alerta Alexandre.


O que está atrapalhando?

Fazer uma autoanálise é extremamente importante para identificar o porque você está ficando estressada e não está conseguindo "virar o jogo". Segundo o especialista, muitas vezes o problema começa em nós mesmos. "É preciso desenvolver estados emocionais positivos", como paciência, determinação, fé em si mesmo, alegria, entre outros. "Por exemplo, se o problema é o excesso de agitação, é preciso aprender a relaxar", diz.

"Na PNL, entendemos que o mapa corresponde aos pensamentos, assim, é por meio deles que navegamos pelo universo. Quando mudamos esse mapa, por um mais positivo, fica bem mais tranquilo trafegar pelo território, ou seja, pela vida", explica.


Capacidade de se posicionar

Não conseguir externar seus sentimentos, pode ter consequências gravíssimas. "Muitas vezes, as mulheres são ativas e desinibidas no trabalho, mas em casa não conseguem dizer "não". Outras são bastante falantes e proativas em casa ou com os amigos, mas no trabalho não conseguem se colocar", diz. Nesses casos, o especialista diz que é preciso fazer a transferência, "procurar pensar no como você se sente quando se comunica positivamente com os familiares, por exemplo, e trazer isso para o seu ambiente de trabalho", finaliza.








SBPNL - Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística


O que fazer para ser uma mulher de sucesso?



Com o dia da mulher chegando, as homenageamos com respostas para essa pergunta que as persegue há anos.
 
Por ter chego aqui, nos dias de hoje, com os mesmos direitos dos homens, todas as mulheres já poderiam ser consideradas como “mulheres de sucesso”. Mas ainda é pouco. Elas querem mais. Querem o sucesso financeiro, familiar, pessoal, e em toda e qualquer outra área que seja possível pensar – e o sucesso está disponível para todas.Em comemoração ao dia internacional da mulher, nada mais justo que falar sobre elas.

Madalena Feliciano, Gestora de Carreira da Outliers Careers, uma mulher de sucesso, comenta que existem alguns passos que podem ser seguidos a fim da conquista de um melhor espaço no trabalho, um salário melhor e o respeito de todos – sem que seja necessário um grande esforço para isso. “Não é difícil perceber que a maioria das mulheres de sucesso são apaixonadas pelo que fazem – e isso não é coincidência. Quando você não ama o que faz, é difícil manter-se motivado para progredir, inovar e se destacar no mercado de trabalho” comenta a especialista.

Outra atitude importante é não se iludir com a gratidão. Segundo pesquisa recente, realizada pela economista Linda Babcock, 57% dos homens negociam seus salários iniciais, enquanto apenas 7% das mulheres fazem isso. “O que isso significa? Que os homens iniciam com salários 7,6% mais alto do que as mulheres. Aplicando o princípio ao longo da carreira, os homens se aposentam meio milhão de dólares mais ricos”, diz Madalena. Por isso, ao receber uma boa proposta de emprego, não se iluda. Pesquise a média salarial para aquele emprego, pense em outros trabalhos que você possa querer e assuma a sua ‘cara de negociante’.

Saber lidar com o nervosismo também é uma arma poderosa. “Sinais que demonstram que a mulher está nervosa, como uma vermelhidão na face ou risadas forçadas, podem trai-la durante reuniões. O ideal é aprender a disfarçar esses pontos fracos ou a lidar com eles”, recomenda a especialista.
Para mulheres que almejam – ou assumem – um cargo de chefia, já é comprovado que o modelo de líder atual que faz mais sucesso com a equipe não é o antigo modelo “general” e sim uma espécie de “técnico de futebol”, ou seja, uma pessoa que inspira o time, ajuda, e conhece cada um de seus integrantes – assim como seus pontos fortes.

Existem muitas mulheres hoje que não se casam, porém, para aquelas que possuem um parceiro, - ou parceira, - é importante que exista uma boa parceria entre eles, que ela se sinta apoiada e confiante também na carreira profissional.

Assumir riscos, acreditar no ‘seu taco’ e ser grata as pessoas ao seu redor também fazem parte de uma personalidade de sucesso. “As mulheres bem sucedidas, que obtêm o que desejam, antes de tudo, acreditam em si mesmas e nas suas metas. Manter o foco no objetivo e não desistir depois de ouvir um (ou vários) ‘não’(s) são capacidades necessárias para quem deseja subir na vida”, conclui Madalena.






Madalena Feliciano - Gestora de Carreira da Outliers Careers
madalena@outlierscareers.com.br
www.outlierscareers.com.br
Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.



Dia Internacional da Mulher: como aumentar a presença feminina em TI?



Na última Campus Party SP, que aconteceu entre os dias 02 e 05 de fevereiro, a hashtag #MeuLugarEmTI apresentou um debate sobre a presença de mulheres no mercado de tecnologia. O fato é que, apesar do segmento estar crescendo no Brasil e no mundo, ainda vemos poucas mulheres na área.

O headhunter Paulo Exel, diretor da Yoctoo, boutique de recrutamento especializada em TI, aborda o assunto na entrevista a seguir. O profissional fala sobre a falta de estímulo que as mulheres enfrentam desde à infância em relação à tecnologia, além do preconceito vivido por muitas em ambientes predominantemente masculinos. O especialista alerta ainda para a necessidade de levar a diversidade de gênero para dentro das empresas, como forma de ampliar pontos de vista. Confira.


Por que ainda vemos tão poucas mulheres no mercado de tecnologia?

Infelizmente, a falta de mulheres em TI ainda é uma consequência residual do preconceito vivido pela mulher na sociedade. É uma questão cultural e social. Desde pequenas, as meninas são expostas a atividades tidas como sendo “para mulheres” e não são incentivadas, ou tão pouco expostas, à tecnologia. Enquanto isso, os meninos recebem maior apoio e incentivo para manterem-se por perto do ambiente tecnológico. O interesse e a influência começam muito mais cedo por parte deles. Esse é um dos motivos, o de longo prazo, e certamente o que será mais difícil de resolver. Mas temos outros problemas agregados. O isolamento social, o cenário acadêmico e de mercado predominantemente de homens é outro fator que afasta as mulheres da área de tecnologia. A mulher dentro de um ambiente dominado pela presença masculina pode se sentir excluída, sofrer bullying e ser desmotivada a prosseguir com a carreira. Para mim, isso é um verdadeiro desperdício de talentos.


Quais são as maiores barreiras e dificuldades enfrentadas pelas mulheres que decidem ingressar na área?

Acho que a principal barreira, depois do isolamento sofrido na faculdade e nos cursos técnicos, é o próprio mercado de trabalho. Poucas empresas têm políticas de diversidade em suas equipes e, com uma oferta menor de mulheres que conseguem se formar na área, poucas conseguem concorrer de igual para igual em uma vaga de emprego. A presença predominantemente masculina, principalmente em áreas técnicas, é outro fator que afasta as mulheres. Felizmente, isso já tem mudado em cargos de liderança. Algumas empresas de tecnologia, impulsionado principalmente pelas grandes multinacionais, já possuem políticas corporativas sólidas de incentivo para atrair mais mulheres. 


Em quais aspectos o mercado sai perdendo com a falta de equilíbrio nas equipes?

Em todos os setores, e em todos os níveis hierárquicos, as empresas saem perdendo por não ter diversidade dentro das equipes. Quanto mais heterogênea for a  equipe, mais pontos de vista, experiências diferentes e formas de raciocínio irão contribuir para a solução de problemas e entregas específicas. Cada pessoa é única, mas de modo geral, as mulheres são mais orientadas para os detalhes, tem maior capacidade de concentração e e habilidades para gerenciar diversos assuntos ao mesmo tempo. Homens  por sua vez, tendem a ser mais racionais  e ter uma visão mais profunda. Ambas as características são essenciais, complementares, e a falta de diversidade tende a ser um problema.


E o mercado está se abrindo para mudar essa realidade? Quais as áreas mais receptivas para as mulheres?

Felizmente, sim! Estamos caminhando para a equidade de gênero tanto no âmbito social e, consequentemente, também dentro das empresas. Já vemos algumas iniciativas no mercado de tecnologia onde algumas empresas buscam ter uma diversidade maior na hora de escolher os candidatos. Alguns clientes, inclusive, solicitam que apresentemos um short list (documento que apresenta os candidatos potenciais para uma vaga) equilibrado e com diversidade de gêneros para participarem do processo seletivo. Ainda existem áreas técnicas onde a barreira é maior, mas esse cenário está mudando! Existe um movimento para tornar o mercado mais igual. Ainda não é intenso, mas já se pode perceber em áreas como liderança, gerenciamento de projetos e desenvolvimento. A área de programação é onde ainda vemos menos mulheres inseridas.


Como podemos trabalhar para modificar esse cenário no curto, médio e longo prazo?

No curto prazo, as empresas precisam ter políticas de diversidade de gênero mais definidas e colocar isso em prática de fato. No discurso, a maioria já tem. No médio prazo, elas precisam elaborar processos seletivos de trainee e estágio com políticas que envolvam mulheres. Recrutar para cargos de base de pirâmide e treinar o início da carreira é indispensável para mudar esse cenário no futuro. No longo prazo, não tem como fugir, precisamos mudar enquanto sociedade. É preciso incentivar as meninas desde cedo a ter contato e se interessarem por tecnologia e, educar nossas crianças e adolescentes para um mundo de equidade e respeito mútuo. O direito e a inclusão da mulher no mercado de trabalho é, antes de mais nada, uma questão social de respeito, valores e equidade. 


O que você recomenda para as meninas que querem se dedicar a uma carreira em tecnologia?

Recomendo que elas sejam resilientes, que tenham persistência para buscar a carreira que sonham, sem dar muita importância para as barreiras e obstáculos que encontrarão. Para desenvolver as habilidades técnicas e comportamentais exigidas pela profissão, minha recomendação é que conversem com as pessoas da área de tecnologia, se mantenham atualizadas, façam muita pesquisa de campo e busquem respirar tecnologia. Basicamente, esse seria o conselho que eu daria para qualquer profissional, independentemente da área de atuação. 






Paulo Exel - formado em Administração de Empresas, possui MBA executivo em Gestão de Negócios e tem certificação em coaching. Com mais de 10 anos de experiência no recrutamento especializado nas áreas de Tecnologia, Digital e Vendas, Exel é diretor da Yoctoo.


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