Inteligência
Emocional ajuda no momento de mudar o rumo da vida profissional e pessoal
quando as coisas não vão bem e a saúde começa a ser afetada
De acordo com o estudo encomendado pelo
grupo londrino, Group Savoy Stewart, as mulheres sofrem mais estresse,
relacionado ao trabalho, do que os homens. Entre 2016 e 2017, houve 1.880 casos
de estresse feminino relacionado ao trabalho, para cada 100 mil trabalhadoras,
número 60% superior ao registrado entre os homens, que ficou em 1.170 casos em
cada 100 mil. A pesquisa aponta, ainda, que mulheres com idade entre 35 e 44
anos apresentaram as maiores taxas de estresse relacionado ao trabalho, isto
porque nessa idade as mulheres têm maior probabilidade de acumular funções
familiares e profissionais.
Com
a presença cada vez mais forte da mulher no mercado de trabalho é natural que o
estresse decorrente da sua atividade profissional seja maior também. No
entanto, para além do escritório, as mulheres sofrem com a dupla jornada, ou
seja, responsabilidades profissionais e domésticas acumuladas. Tanto assim, que
a última pesquisa divulgada, em março de 2017, pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), fundação pública federal vinculada ao Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, em parceria com a Onu Mulheres,
apontou que as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por
semana. A pesquisa demonstra, ainda, que mais de 90% das mulheres entrevistadas
declararam realizar atividades domésticas.
"Situações
como essas são sofridas e, até mesmo, torturantes. E para mudá-las é preciso
lembrar que não há mudança sem movimento e para que as coisas comecem a
acontecer do jeito que se espera, mudar atitudes e comportamentos são passos
importantes. Para tanto, cursos de autoconhecimento, com foco no ambiente
corporativo e pessoal, podem ser importantes aliados", diz Alexandre
Bortoletto, trainer e master practitioner da Sociedade Brasileira de
Programação Neurolinguística (SBPNL).
Foco na formulação dos objetivos
Para o especialista, é preciso formular objetivos corretamente para conseguir enfrentar o mundo e superar as dificuldades. Para tanto, o primeiro passo é identificar o que, de fato, se deseja (ter mais tempo, ajuda com os afazeres domésticos, um trabalho com horário mais flexível, etc.). Uma vez identificado o seu propósito é hora de correr atrás. "Imaginar opções reais e não ilusórias já é um bom caminho, ou seja, ao invés de ter pensamentos condicionantes – como, por exemplo, Se eu pudesse... Se eu tivesse... – é preciso pensar: hoje, na condição na qual se está o que é possível fazer? Outro recurso é imaginar como você ficará quando atingir o resultado: mais feliz, tranquila, poderá ter mais tempo para você, etc.", afirma.
Identifique seus aliados
Saber com quem se pode contar também é fundamental. "Nada adianta sabermos onde queremos chegar, se não temos bem claro quem são as nossas pessoas parceiras", comenta. Da mesma forma, identificar aqueles que te atrapalham a conquistar seus objetivos, é fundamental, "fazer uma avaliação no seu ambiente, seja entre colegas de trabalho, seja entre os amigos, é preciso. Algumas pessoas "nos puxam para baixo", fazendo fofoca, por exemplo, ou nos fazendo crer que não somos capazes. Tire essas companhias da sua lista de 'aliados'", alerta Alexandre.
O que está atrapalhando?
Fazer uma autoanálise é extremamente importante para identificar o porque você está ficando estressada e não está conseguindo "virar o jogo". Segundo o especialista, muitas vezes o problema começa em nós mesmos. "É preciso desenvolver estados emocionais positivos", como paciência, determinação, fé em si mesmo, alegria, entre outros. "Por exemplo, se o problema é o excesso de agitação, é preciso aprender a relaxar", diz.
"Na PNL, entendemos que o mapa
corresponde aos pensamentos, assim, é por meio deles que navegamos pelo
universo. Quando mudamos esse mapa, por um mais positivo, fica bem mais
tranquilo trafegar pelo território, ou seja, pela vida", explica.
Capacidade de se posicionar
Não conseguir externar seus sentimentos, pode ter consequências gravíssimas. "Muitas vezes, as mulheres são ativas e desinibidas no trabalho, mas em casa não conseguem dizer "não". Outras são bastante falantes e proativas em casa ou com os amigos, mas no trabalho não conseguem se colocar", diz. Nesses casos, o especialista diz que é preciso fazer a transferência, "procurar pensar no como você se sente quando se comunica positivamente com os familiares, por exemplo, e trazer isso para o seu ambiente de trabalho", finaliza.
SBPNL - Sociedade Brasileira de
Programação Neurolinguística