A
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) acaba
de realizar levantamento inédito com os ginecologistas e obstetras em atividade
em terras paulistas sobre o atendimento a adolescentes de 13 a 19 anos.
Convidados a participar, por meio que questionado estruturado enviado online,
849 especialistas em tocoginecologia responderam. Chama a atenção o fato de que
94,94% dos ginecologistas e obstetras que participaram da pesquisa atendem
adolescentes. Para 78,3% dos especialistas mais da metade das pacientes desta
faixa etária são sexualmente ativas.
A percepção de 42,3% dos médicos é que apenas uma pequena parte das adolescentes recebeu orientações sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), enquanto 36,18% responderam “menos da metade”. Sobre orientações a respeito de métodos anticoncepcionais, os índices de percepção são respectivamente 32,52% (uma pequena parte) e 39,84% (menos da metade).
Um dado igualmente alarmante: 32,38% dos GOs responderam que menos da metade das adolescentes atendidas utilizam preservativo na primeira relação sexual. Já 45,26% afirmam que apenas uma pequena parte faz uso de preservativo na primeira relação.
Quando indagados se a adolescente utiliza preservativo rotineiramente, 45,93% dizem que menos da metade 39,97% têm a percepção de que isso ocorre com apenas uma pequena parcela. Em outra questão, 55,56% relevam a percepção de a maioria das adolescentes não sabe que o preservativo ajuda a evitar a transmissão de DSTs.
“É preocupante saber que a maioria das jovens conhece sobre DST, segundo a opinião dos ginecologistas, sabendo também que o preservativo é uma forma de evitar a contaminação. No entanto, apenas poucas utilizas o preservativo consistentemente, comenta Luciano Pompei, secretário geral da SOGESP.
A percepção de 42,3% dos médicos é que apenas uma pequena parte das adolescentes recebeu orientações sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), enquanto 36,18% responderam “menos da metade”. Sobre orientações a respeito de métodos anticoncepcionais, os índices de percepção são respectivamente 32,52% (uma pequena parte) e 39,84% (menos da metade).
Um dado igualmente alarmante: 32,38% dos GOs responderam que menos da metade das adolescentes atendidas utilizam preservativo na primeira relação sexual. Já 45,26% afirmam que apenas uma pequena parte faz uso de preservativo na primeira relação.
Quando indagados se a adolescente utiliza preservativo rotineiramente, 45,93% dizem que menos da metade 39,97% têm a percepção de que isso ocorre com apenas uma pequena parcela. Em outra questão, 55,56% relevam a percepção de a maioria das adolescentes não sabe que o preservativo ajuda a evitar a transmissão de DSTs.
“É preocupante saber que a maioria das jovens conhece sobre DST, segundo a opinião dos ginecologistas, sabendo também que o preservativo é uma forma de evitar a contaminação. No entanto, apenas poucas utilizas o preservativo consistentemente, comenta Luciano Pompei, secretário geral da SOGESP.
Anticoncepção
Já 64% dos especialistas têm a percepção de que a maioria das adolescentes conhece a pílula do dia seguinte.
“Este dado é importante para alertar aos ginecologistas e obstetras sobre a vulnerabilidade da população de adolescentes visto que na maioria das vezes a orientação sobre DST e anticoncepção ocorre após o início da vida sexual”, pontua Silvana Maria Quintana, segunda secretária da SOGESP.
A partir destas informações a SOGESP pretende organizar uma campanha para levar informações adequadas com conteúdo de fácil entendimento às adolescentes, preferencialmente antes do início da vida sexual ativa.
“É papel do ginecologista e obstetra entender o comportamento de suas pacientes em todas as fases da fase e desenhar políticas para fazer frente aos problemas e para melhor atendê-las”, argumenta Rossana Pulcineli Francisco, presidente da SOGESP “É isso que buscamos fazer, ao promover um levantamento destes. Também é uma forma de alertar as autoridades do setor de que precisamos de políticas específicas de educação e conscientização das adolescentes, pois, além do aumento recente de índices de Sífilis e HIV, o Brasil tem números assustadores de gravidez na adolescência”.
Números gerais
A pesquisa foi realizada de 16 de fevereiro a 6 de março de 2018
849 GOs responderam à pesquisa, sendo a maioria do interior do estado de São Paulo (51%)
A maioria das respostas foi de GOs do sexo feminino (66%).
OMS
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 28 de fevereiro de 2018, portanto há menos de uma semana, registra que a cada mil adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos, 68,4 ficaram grávidas e tiveram seus bebês.
O
índice está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a
média é de 46 nascimentos a cada mil. Em países como os Estados Unidos, o
índice é de 22,3 nascimentos a cada 1 mil adolescentes de 15 a 19 anos. As
taxas do relatório da OMS se referem ao último período analisado - entre 2010 e
2015.