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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Não existe vacina homeopática para a febre amarela



Em matéria publicada em sua coluna (“Até vacina homeopática integra rol de absurdos e boatos sobre febre amarela”), na Folha de São Paulo, do dia 30/01/2018, a jornalista Cláudia Colucci apresenta uma crítica à homeopatia, quando expõe uma “suposta vacina e uma prescrição homeopática” para proteção contra a febre amarela, orientada por um profissional da área através de conversa gravada em seu WhatsApp.

Infelizmente, não consegui postar uma resposta na própria matéria porque seria necessário ser assinante do veículo de informação para expor minha opinião. Segundo a matéria, o médico entrevistado pela jornalista forneceu informações sem embasamento científico, completamente infundadas para quem conhece a homeopatia, tais como:

"... graças a uma metodologia combinada de avaliação clínica e laboratorial é possível ter muito mais segurança e sem efeitos colaterais, promover a resposta imune para que a pessoa tenha condições de se defender contra a virose".
"Em muitos casos, em que simplesmente a pessoa toma a vacina comum, sem avaliar se, por exemplo, poderá ter reação vacinal, juntamente com alguma deficiência orgânica, a evolução pode ser muito negativa e até mesmo fatal."

"[A vacina homeopática] é um paliativo, um reforço complementar à vacina da febre amarela", disse.

Ainda segundo a matéria, “será instaurada uma sindicância para apurar a conduta do médico.

Tenho recebido perguntas e dúvidas a respeito dessa postura de alguns médicos e farmacêuticos homeopatas que divulgam através de áudios, e-mails, WhatsApps, sem se identificar, sem apontar embasamento científico algum, a prescrição da homeopatia para “substituir” a vacina da febre amarela. 

É importante e fundamental compreender que a Homeopatia, com mais de 200 anos de prática, é uma das 53 especialidades médicas, reconhecida desde 1985 pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Há embasamento científico e prático suficientes para sua aplicação. 

A homeopatia é um curso de pós-graduação, aberto a quem quiser entendê-la e aplicá-la, que requer 3 anos de aulas e uma vida inteira de aprendizado além de uma relação médico-paciente estável e de confiança. Medicina, Farmácia, Veterinária e Odontologia são formações básicas necessárias para se candidatar a esse curso.

A Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) e a Associação Paulista de Homeopatia (APH) se manifestaram, no dia 23 de janeiro, em relação a “esses supostos tratamentos” veiculados na mídia.

Reiteramos que essas formulações não contam com o apoio oficial da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). A utilização sistemática de medicamentos homeopáticos, conforme vem sendo divulgada amplamente, que não foram testados cientificamente, é incompatível com a boa prática homeopática. Além disso, essas postagens incitam a automedicação, atitude reprovável e que pode colocar em risco a saúde da população. A AMHB está de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Ministério da Saúde quanto à prevenção e ao manejo dessas enfermidades.”

Dessa forma, fica um alerta que faço sempre que vivenciamos situações de risco à saúde que fragilizam a população. Não há milagres. A homeopatia tem suas especificações. É uma ótima prática a se procurar sempre, mesmo em épocas de epidemia. A homeopatia é uma ciência séria, que tem no paciente, em sua totalidade, o centro de suas atenções e pode ser usada em qualquer tipo de situação, após uma consulta médica especializada, e receitada por profissionais habilitados, éticos e atualizados.

Entretanto, não há nenhum estudo científico conhecido que comprove sua validade na substituição das condutas básicas de imunização recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, (OMS), pelo Ministério da Saúde, pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) ou pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

E que fique claro: a homeopatia não tem absolutamente nada contra as vacinas. Não existe NENHUMA declaração de Samuel Hahnemann, criador da homeopatia, que sequer sugira que a vacinação não deva ser aplicada de acordo com os critérios recomendados. 






Dr. Moises Chencinski – CRM.: 36.349 - Médico Pediatra e Homeopata

Site: http://www.drmoises.com.br



A Inteligência Artificial como aliada do Profissional Contábil



 


O ano de 2018 mal começou e promete inúmeras mudanças e inovações em todas as áreas, principalmente para as empresas que respiram ares de recuperação dos seus negócios, caso os ajustes necessários na política e na economia sejam feitos, em especial no tocante às reformas da Previdência e Tributária. Contudo, se temos alguma certeza é que este ano será impactado pelo desenvolvimento de projetos na área tecnológica – a chamada Inteligência Artificial, que vem revolucionando vários segmentos e também alterando o modo de fazer Contabilidade.

Neste momento, milhares de projetos estão sendo criados, com o anseio de construir máquinas capazes de reproduzir a capacidade humana de pensar e agir. O tema assumiu tais dimensões que segundo pesquisa da McKinsey, 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação no Brasil, até 2030. E neste cenário, como se posiciona a Contabilidade?

Estou certo de que a Inteligência Artificial vai mudar a maneira de se fazer Contabilidade no Brasil e no mundo, e é importante se atentar para esse fator, uma vez que, graças à implantação das Financial Reporting Standard – IFRS [Normas Internacionais de Contabilidade], a padronização contábil é comum em mais de 120 países. Nesta nova ordem, a rotina do Profissional Contábil deve mudar e muito nos próximos anos, pois, a tecnologia assumirá totalmente a execução de tarefas práticas e burocráticas, por meio de máquinas e sistemas de automação, deixando o profissional livre para se dedicar à análise dos números e resultados, à criação de relatórios contábeis financeiros capazes de realmente agregar valor ao cliente, deixando para as máquinas a compilação dos dados.

É importante considerar também que apesar dos equipamentos eletrônicos dominarem o mundo, e com eficácia admirável, as pessoas ainda preferem a interação humana no momento de resolver problemas, obter informações e decidir questões importantes para o crescimento do negócio – aí abrem-se grandes oportunidades para a Contabilidade Gerencial. Tudo é uma questão de se reinventar diante das mudanças propostas por essa nova geração de sistemas, não temos como fugir.

O único caminho é assumir o papel de criador e gerenciador de informações personalizadas, relevantes e de consultoria, que orientam os empresários em sua tomada de decisões, porque estes são os serviços contábeis que mais fidelizam clientes.

Mesmo porque, hoje estão à disposição no mercado vários sistemas que administram o processamento de dados por meio de softwares inteligentes, a exemplo da ferramenta Watson desenvolvida pela IBM, que foi amplamente mencionada durante a 6ª Semana Paulista da Contabilidade, realizada pelo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP, em setembro do ano passado.

Interessante observar que esse novo sistema se propõe, além de programar dados, também a aprender – a ser ensinado. Ou seja, ele não se limita a repetir padrões, mas sim, a evoluir de acordo com as informações que lhe são passadas. É uma inteligência cognitiva que promete ajudar os profissionais em pesquisas e no desenvolvimento do seu trabalho de forma rápida, prática e eficiente. Além de muitos outros recursos disponíveis no mercado.

Considerando a velocidade das mudanças tributárias no País, sendo que apenas na área Contábil cerca de 30 atos legais e normativos são alterados diariamente, o que pode implicar em eventuais erros por parte dos profissionais, que não estiverem absolutamente atentos a estes movimento;  as novas tecnologias surgem como verdadeiras parceiras dos profissionais contábeis, contribuindo com a sua rotina no sentido de evitar recolhimentos indevidos e risco de penalidades, permitindo redução de custos e ganho de tempo para se focar na verdadeira Contabilidade exigida pelos novos tempos.

Contudo, ainda não dá para mensurar se a Inteligência Artificial representa uma ameaça para os Profissionais da Contabilidade no futuro ou se se configurará sem sua grande aliada. Fato é que a evolução tecnológica é um caminho sem volta.  O que nos resta é esperar que a Inteligência Artificial revolucione a vida de muitos profissionais para melhor, proporcionando a execução de seu trabalho com mais agilidade, maior produção, redução de custo e também geração de empregos e oportunidades de negócios.

O importante é ter sempre em mente que estes novos tempos exigem uma nova Contabilidade.






Antonio Eugenio Cecchinato - Presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP


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