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sexta-feira, 16 de junho de 2017

GOVERNO, OPOSIÇÃO E A BALA DE PRATA



        Há muitos anos, em um dos shows que periodicamente apresentava na linha do "Eu sou o espetáculo", o comediante José Vasconcellos  parodiava o ator Gary Cooper subitamente cercado de índios inamistosos. Eram dez mil índios à frente, dez mil à retaguarda, outros dez mil de cada lado. "O que farei?" perguntava, em inglês, simulando o astro hollywoodiano em diálogo consigo mesmo. "O melhor é tornar-me índio também!", concluía.
        Lembrei-me do saudoso comediante e do impasse de Gary Cooper ao ponderar nossa situação como cidadãos no quadro político em que nos emolduraram. Nunca vivi cena assim. Ela está bem expressa na imagem que me chegou pelas redes sociais solicitando marcar com "x" a instituição em que mais se poderia confiar. Apresentava, para isso, quatro alternativas: governo, parlamento, judiciário e ... jogo do bicho.  Impossível negar que estamos literalmente cercados!
        Se buscarmos saídas pelo padrão universal, ou seja, dentro do binômio governo/oposição, salta aos olhos a ausência de alternativas. O que acontece no Brasil é inusitado! Sabe-se, agora, fora de qualquer dúvida, que havia uma organização criminosa dentro do governo e outra na oposição. Com o impeachment, uma parte da que estava no governo juntou-se aos quadrilheiros à espreita nas cavernas da oposição e formou o novo governo. Havia gente boa no anterior? Sim, claro; pouca, mas havia. Há gente boa no novo governo? Sim, claro, pouca, mais há. O problema é que os interesses se polarizam em torno da disputa pelo poder, fazendo com que deixe de existir uma alternativa política respeitável, na qual a nação possa confiar.
        Com a cisão da organização criminosa que governava o país foi como se uma cápsula de guerra bacteriológica se rompesse. A peste se alastrou. E o fez com intensidade, atingindo os tribunais superiores, que confundem dignidade com indignação ante qualquer dedo virado para seu lado. Não, cavalheiros, arrogância nunca foi sinônimo de virtude e não é o pedestal que faz o santo.
        No curto prazo, nosso rumo está traçado pelo GPS da Constituição. Seremos governados por uma quadrilha, pelo menos até 31 de dezembro de 2018. A situação também não se altera mudando-se a Constituição, como quer o PT com suas joint ventures para eleger Lula. Oportuna e felizmente, logo ali, em outubro do ano que vem, ou seja, dentro de 16 meses, o poder volta às mãos do povo viabilizando a higiênica faxina eleitoral que poderá encurtar, para muitos, a distância entre a Praça dos Três Poderes e a porta da cadeia. E saneando o quadriênio vindouro. No presidencialismo, dia de eleição é a bala de prata quadrienal. Errou, se ferrou.
        Enquanto não forem melhorados, assim são os passos da democracia e do Estado de Direito dos quais este colunista não arreda pé. Quem quiser alternativa diferente vá beber noutra caneca.
        Somos como Gary Cooper parodiado por José Vasconcellos. Estamos entre dois bandos que se enfrentam. Graças a Deus não precisamos aderir a um deles. Aliás, se me recuso a apontar qualquer um como merecedor de adesão, não hesito em identificar o pior. Muito resumidamente, porque a lista seria imensa, refiro-me ao bando formado por aqueles que:
·       apreciam, reverenciam e apoiam financeiramente os regimes cubano e venezuelano;  

·       sonham com um "marco regulatório" da imprensa, com um "marco civil" da Internet e com um Conselho Federal de Jornalismo para cercear quem os incomode; 

·       promovem a luta de classes, conflitos raciais, conflitos de gênero, invasões de terra, violência sindical; 

·       são contra privatizações e responsabilidade fiscal; 

·       se puderem, criarão os sonhados "Conselhos populares" (sovietes) para esterilizar a representação parlamentar; 

·       dão refúgio a terroristas, fundaram e comandam o Foro de São Paulo;
·       apoiam quaisquer políticos ou filósofos adversários da cultura e da civilização ocidental; 

·       chamam bandidos de "heróis do povo brasileiro", dão nomes de ruas e constroem memoriais a líderes comunistas; 

·       têm fobia a órgãos de segurança pública; 

·       dedicam preferencial atenção aos direitos humanos dos bandidos; 

·       promovem a ideologização da educação e defendem o direito de fazê-lo;

·       são contra a redução da maioridade penal e a favor do desarmamento; 

·       apoiam a agenda de gênero nas escolas, criaram o kit gay, defendem a liberação do aborto, financiam a marcha da maconha; 

·       criaram, compreendem e utilizam movimentos sociais como milícias a serviço de suas causas políticas. 

        Cadeia para todos os corruptos, independentemente das letrinhas partidárias em que estejam acantonados! Toda a atenção para o esclarecimento dos eleitores com vistas ao pleito do ano que vem! Todo empenho por uma reforma institucional com parlamentarismo, voto distrital e cláusula de barreira! O poder não pode voltar às piores mãos! Estamos cercados, mas lutando o bom combate!



 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.



Pró-Sangue lança nova campanha de doação de sangue com intervenções em monumentos da capital paulista




Criada pela BETC/Havas, campanha apresenta curativo vermelho como condecoração àqueles que salvam vidas, além de ressaltar a importância da doação


Na  última quarta-feira, a capital de São Paulo amanheceu com sete esculturas com curativos vermelhos em seus braços. Na noite do mesmo dia, jogadores do Corinthians e do Santos entraram em campo pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol com o mesmo curativo. Isso porque a Fundação Pró-Sangue, maior banco distribuidor do Estado de São Paulo, aproveitou o Dia Mundial do Doador de Sangue para homenagear aqueles que salvam vidas.


As intervenções fazem parte da campanha “Eu Dou o Sangue: Quem Dá o Sangue Merece ser Reconhecido”, criada pela agência BETC/Havas, visando perpetuar o curativo adesivo vermelho como o maior ícone da doação de sangue, além da construção de uma cultura que valorize quem doa.

“Não existe um símbolo oficial para o ato de doar. Muitas vezes, ao nos ver com um curativo no braço, as pessoas nos perguntam se fomos ao laboratório fazer exames. É muito importante reconhecer os doadores de sangue, pois eles salvam milhões de vida. Esse novo curativo é uma espécie de condecoração, uma homenagem, um convite a novos doadores e também um sinal de gratidão”, comenta Gal Barradas, sócia e co-CEO da BETC/Havas, nova agência da Fundação.

A partir de agora, todos as pessoas que fizerem uma doação nos postos da Pró-Sangue receberão o curativo vermelho, que foi doado pela BETC/Havas. Ao longo desse projeto serão distribuídas pelo menos 50 mil “condecorações” aos doadores da Fundação. “Por meio da nova campanha, a Pró-Sangue espera dar grande visibilidade à doação voluntária de sangue. No Brasil, grande parte da população ainda não se sensibilizou à causa. Apenas 1,9% das pessoas doa sangue, sendo que o índice preconizado pela Organização Mundial da Saúde é de 3 a 5%. Sem dúvida, há uma longa jornada para que esse solidário gesto se torne um hábito na vida dos brasileiros. Essa é a nossa aposta no curativo vermelho”, assinala Susana Lambert, diretora da Fundação Pró-Sangue.


Entre os monumentos, cedidos pelo DPH - Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, as estátuas de Manoel Borba Gato (Santo Amaro), Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera (em frente ao Masp), Cristóvão Colombo (Praça Panamericana), Pedro Alvares Cabral (Parque do Ibirapuera), Padre José de Anchieta (Praça da Sé), Augusto de Prima Porta (Largo do Arouche) e a obra O Semeador (Praça Apecatu) receberão o curativo da ação durante todo o dia 14.

Na quarta-feira à noite, o time do Corinthians entrou em sua arena, em jogo contra o Cruzeiro pelo Brasileirão, também com o novo ícone da Fundação Pró-Sangue em apoio à causa. Na Vila Belmiro, foi a vez dos jogadores do Santos se apresentarem para a partida com o curativo nos braços. Em ambos os estádios as torcidas ajudaram a dar mais visibilidade à causa. Na casa do Timão, o Sangue Corinthiano estendeu faixas com o tema da campanha, sendo que na casa do Peixe a tarefa ficou a cargo dos team leaders santistas. Na Arena Corinthians, o vídeo da campanha também foi exibido durante o intervalo dos jogos, objetivando conscientizar todos os presentes sobre a importância de “dar o sangue”.

Completam a campanha anúncios de mídia, em parceria com veículos de comunicação - em inserções pro bono -, bem como a participação de celebridades que ampliarão o projeto na redes sociais com a #EuDouOSangue. Durante todo o mês do Dia Mundial do Doador de Sangue, o paulistano que estiver no trânsito entre 6h e 22h ainda poderá ver nos painéis dos relógios de rua, instalados pela JCDecaux, a hashtag da campanha #EuDouOSangue, bem como a posição dos estoques em situação mais crítica da Pró-Sangue. No total, serão 1.000 painéis em dupla face (totalizando 2.000 intervenções) dando visibilidade à causa.



Serviço

Para doar sangue basta estar em boas condições de saúde, vir alimentado, ter entre 16 e 69 anos (para menores, consultar site da Pró-Sangue), pesar mais de 50 kg e trazer documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato.

Vale lembrar que é bom evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se a pessoa estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apta à doação. No mais, outros impedimentos poderão ser identificados durante a entrevista de triagem, no dia da doação. Para tanto, basta acessar o site da Pró-Sangue e consultar os pré-requisitos de doação.

O posto Clínicas fica na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar, a 200 metros da estação Clínicas do Metrô. A unidade atende das 7 às 18 horas de segunda a sexta; das 8 às 17 horas nos sábados, feriados e pontes; e das 8 às 13 horas, nos 1º e 3º domingos de cada mês. Só lembrando que aos sábados o atendimento está limitado a 380 candidatos. Ao atingir esse número, o cadastro fecha. O estacionamento, gratuito aos doadores, é o subterrâneo - Garagem Clínicas, na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar.

Para horário de funcionamento dos demais postos de coleta acesse:
Mais informações no Alô Pró-Sangue 0800 55 0300.





Fundação Pró-Sangue
A Fundação Pró-Sangue é uma instituição vinculada à Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo. Criada em 1984, arrecada cerca de 12 mil bolsas por mês, sendo responsável por 32% de todo sangue consumido na Região Metropolitana do Estado de São Paulo.


Sobre a BETC/Havas
Fundada na França em 1994, a BETC é uma das maiores e mais premiadas agências do mundo. Com escritórios em Paris e Londres, chegou a São Paulo em 2014. A unidade brasileira, que em 2017 passou a atuar sob a bandeira BETC/Havas após fusão com a Havas Worldwide, é co-presidida pelos fundadores e sócios locais Erh Ray e Gal Barradas, à frente de uma equipe multidisciplinar que atende os clientes Accor Hotels, China in Box, Citroën, DZARM, Fundação Pró-Sangue, Freixenet, Hering, Hershey's, Hope, MASP, Parmalat, Pão de Açúcar, Peugeot, Reckitt Benckiser e Shopping Cidade Jardim, entre outros.



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