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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Uso indiscriminado de medicamentos cresce no frio



Interação de colírio com remédios para gripe, resfriado e outras doenças respiratórias atinge 2 em 10 pacientes.


O inverno só começa oficialmente na próxima semana, mas as baixa temperaturas já estão aumentando os casos de conjuntivite viral por causa das aglomerações em ambientes fechados. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em Campinas, o frio também resseca a lágrima. Isso aumenta a síndrome do olho seco e a conjuntivite alérgica em quem já tem predisposição à alergia. O problema é que a maioria das pessoas pensa que colírio é uma aguinha refrescante. Por isso, quando sente ardência, vermelhidão, dor nos olhos e sensação de corpo estranho usa qualquer colírio indicado pelo amigo, familiar ou vizinho e até uma sobra guardada em casa.

Para piorar as doenças respiratórias como gripe, resfriado, asma, rinite e sinusite chegam a triplicar nos meses mais frios, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Resultado: Um levantamento feito por Queiroz Neto nos prontuários do hospital mostra que no outono/inverno as  interações perigosas entre colírios e  medicamentos indicados para tratar estas doenças chegam a dobrar e atingem 20% dos pacientes.


Combinações arriscadas

Um exemplo, comenta, é o uso de descongestionante nasal com colírio betabloqueador para controlar a pressão interna do olho em portadores de glaucoma. Isso porque, esta combinação pode cortar o efeito do colírio e levar à piora do glaucoma.

O médico destaca que as mulheres devem estar atentas ao uso de colírio antibiótico para conjuntivite bacteriana com pílula anticoncepcional. Isso porque, os antibióticos cortam o efeito da pílula.

Já a lágrima artificial não tem efeito quando usada com anti-histamínico. O especialista  afirma que para alérgicos, as cápsulas de semente de linhaça que contêm ômega 3 garantem a melhor lubrificação dos olhos.

O mais grave, adverte, são as interações que levam a outros problemas de saúde. Este é o caso do uso de  medicamentos broncodilatadores para aumentar a entrada de ar nos pulmões com colírio betabloqueador para glaucoma que leva à falta de ar e pode causar asma.


Cuidados com colírios

Queiroz Neto ressalta que depois de aberto todo colírio deve ser descartada após 30 dias porque perde a validade. 

O bico dosador também não pode ser encostado no olho para que o medicamento não seja contaminado pela flora bacteriana da superfície ocular.
A escolha do tipo de colírio depende da avaliação médica. O tratamento da conjuntivite viral pode ser feito com anti-inflamatório não hormonal e em casos mais severos anti-inflamatório hormonal que contém corticóide quando o paciente não tem comorbidades que impedem o  tratamento. O médico afirma que o uso de corticóide não pode ser interrompido bruscamente porque ocorre efeito rebote, ou seja, a conjuntivite volta mais forte. Por outro lado, o uso prolongado provoca glaucoma e catarata. Por isso, só deve ser usado com supervisão médica.

O único cuidado imediato liberado antes da consulta médica é  a aplicação de compressas frias feitas com gaze e água filtrada. Não desaparecendo os sintomas em dois dias a recomendação é consultar um oftalmologista.




Especialista alerta: obesidade caminha para epidemia global



Doença atinge mais de 700 milhões de pessoas e se torna um dos maiores problemas de saúde pública do mundo 


Dados divulgados pela Universidade de Washington na última segunda-feira (12 de junho) alertam: mais de 10% da população mundial está obesa. Somente no ano de 2015, os números registraram 107 milhões de crianças e 603 milhões de adultos acima do peso.

Recentemente o Ministério da Saúde apontou o aumento de 60% no número de obesos nos últimos 10 anos no Brasil, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. 

“Estes indicadores mostram que já nos deparamos com uma doença endêmica, que caminha para a epidemia”, ressalta Vanderli Marchiori, consultora em nutrição da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO). O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta mais de R$ 450 milhões anualmente para tratar problemas decorrentes desta causa, aproximadamente 30% do total destinado aos serviços de saúde pública. “De nada adianta todo este investimento se a população não se conscientizar sobre a importância da alimentação equilibrada, iniciativa que previne e pode reverter a realidade preocupante que vivemos”, pontua a nutricionista.

A obesidade tem origem multifatorial e as causas predominantes são maus hábitos alimentares, falta de atividade física e desequilíbrios fisiológicos. Esta doença pode levar a diversas outras complicações, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes tipo 2, fadiga, apneia do sono, câncer do intestino, incontinência urinária, entre outros.

A especialista afirma que o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida é iniciar um processo de reeducação alimentar que prioriza limitar a ingestão de calorias. “Restringir carboidratos, gorduras ou qualquer outro tipo de nutriente não fará você perder peso de maneira saudável e duradoura. O ideal é seguir uma dieta balanceada, de 1.200 a 1.500 calorias para mulheres e 1.500 a 1.800 para homens”, diz. A alimentação só é considerada equilibrada quando contém quantidades adequadas de vitaminas, proteínas, carboidratos e minerais para que o organismo e a mente trabalhem melhor.

Para mais informações sobre como compor um cardápio ideal, com dicas e sugestões que aliam todos os grupos alimentares de maneira nutritiva, sem deixar de lado o sabor e o prazer proporcionado pelas refeições, acesse goo.gl/1KBUu5. De todo modo, vale a dica mais simples e eficaz para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC).


Valores iguais ou maiores que 25 são considerados como excesso de peso e maiores de 30 kg/m², obesidade.
 



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