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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Campanhas marcam o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil no país



 Nos estados, equipes do Ministério realizam operações para combater a prática ilegal e denunciar a exploração de crianças e adolescentes


O Ministério do Trabalho realizou uma média de 12 ações diárias de combate ao trabalho infantil em todo o país entre 2006 e 2015. De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Focos de Trabalho Infantil (Siti), 63.846 crianças e adolescentes foram afastados do trabalho graças às 46.984 ações de fiscalização realizadas nesse período. No próximo dia 12, é celebrado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. O Ministério do Trabalho organizou uma série de eventos para marcar a data (veja ao final do texto).

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 2,7 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de exploração em 2015. Em 2014, eram 3,3 milhões, uma queda de 18,2% no número de ocorrências. Proporcionalmente, a maior redução ocorreu na faixa dos 10 a 13 anos (-31,1%). Em termos absolutos, a maior queda foi no grupo de 14 a 17 anos de idade (-518 mil).

“Isso demonstra que as políticas adotadas pelo ministério têm surtido efeito e as operações realizadas pelas equipes, que retiraram 63,8 mil crianças e adolescentes do trabalho, precisam ser incentivadas”, enfatizou o ministro Ronaldo Nogueira, que participa na próxima semana de reunião da Organização Internacional do Trabalho em Genebra, na Suíça. “O Brasil se destaca no combate ao trabalho infantil e seguirá promovendo ações de fiscalização para coibir essa prática”, disse.

A legislação brasileira proíbe que menores de 14 anos trabalhem. Adolescentes entre 14 e 15 anos podem trabalhar, mas na condição de aprendiz. Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil registrou 143.372 novos contratos de aprendizagem firmados em todo o país (LINKAR: http://trabalho.gov.br/noticias/4645-brasil-tem-mais-de-143-mil-novos-aprendizes-contratados-neste-ano). “Essas contratações ajudam a aumentar a inclusão social, por meio do primeiro emprego para os mais jovens e da contribuição para a formação dos futuros profissionais do país”, afirmou Ronaldo Nogueira. “Também afasta o jovem do trabalho ilegal.”


Campanha

Com o tema “Em conflitos e catástrofes, protejam as crianças do trabalho infantil”, o Ministério do Trabalho realiza na próxima semana campanhas nos estados em parceria com instituições que lutam contra a exploração de crianças e adolescentes. Fiscais do ministérios também farão operações de combate ao trabalho Infantil para coibir a prática irregular.

No Rio de Janeiro, o Ministério realizará palestras apresentando um panorama do trabalho infantil no estado, além de promover painéis sobre a situação de refugiados e o trabalho infantil em conflitos e crises, com realização de exposições ministradas por auditores-fiscais, técnicos da Fundacentro, defensores públicos e representantes de entidades integradas no combate ao trabalho infantil.

Em Salvador, um letreiro personalizado com a hashtag #ChegaDeTrabalhoInfantil, na Praça Municipal, em frente ao Elevador Lacerda, um dos principais pontos turísticos da capital baiana, e o catavento de cinco pontas coloridas, símbolo mundial da luta contra a exploração da mão de obra infantil, lembram a data.

No Pará, um concurso premia produções artísticas de crianças e adolescentes, na faixa etária de 7 a 14 anos, em 37 escolas da rede estadual de ensino fundamental.

Em Caxias do Sul (RS) ocorre a 5ª edição do Seminário de Aprendizagem Profissional no Combate e Erradicação do Trabalho Infantil do Rio Grande do Sul, com o tema “Oportunidade que Transforma", para debater Aprendizagem Profissional e a Inserção dos Jovens no Mundo do Trabalho.

“São vários eventos, nos quais vamos denunciar a prática ilegal e ressaltar as políticas desenvolvidas pelo Ministério do Trabalho no combate ao trabalho infantil”, frisou o ministro Ronaldo Nogueira.


Trabalho infantil pelo mundo

Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que há 168 milhões de crianças e adolescentes em atividade laboral no mundo, sendo 85 milhões em trabalhos considerados perigosos. Na América Latina e Caribe, esse número chega a 12,5 milhões, sendo 9,6 milhões em trabalhos perigosos. “Os dados evidenciam a necessidade de alertamos a sociedade da gravidade do problema”, afirmou o secretário de Inspeção do Trabalho-Substituto do Ministério do Trabalho, João Paulo Ferreira Machado. 





WannaCry WannaBe ataca smartphones



 Cibercriminosos estão usando um ransomware baseado no Wannacry para atacar usuários do Android na China. Por enquanto


A Avast iniciou o monitoramento de um novo ransomware que apareceu na Internet: o "WannaLocker", que ataca apenas dispositivos móveis. Ele está por enquanto atacando usuários chineses do Android, conta Nikolaos Chrysaidos, Head de Mobile Threat Intelligence & Security, da Avast. A tela da mensagem de resgate do WannaLocker, diz o especialista, pode ser familiar, já que parece idêntica (veja abaixo) à tela do ransomware WannaCry, aquele que se espalhou pela Internet em 12 e 13 de maio passado. Outro aspecto interessante, diz ele, é que o Wanna Locker criptografa arquivos do armazenamento externo do dispositivo infectado, algo que não se via desde o Simplocker, em 2014.




Esse ransomware móvel está se espalhando nos fóruns de jogos chineses: as vítimas estão sendo enganadas ao fazerem download de um suposto plugin para o popular jogo chinês King of Glory (abaixo), quando na verdade estão beixando o malware, alerta o pesquisador da Avast. O primeiro sinal da contaminação é que ele esconde o ícone do jogo e muda o papel de parede do smartphone para uma imagem de ‘anime’. Em seguida, começa a criptografar arquivos no armazenamento externo do dispositivo.


Depois que essa ação termina, explica Chrysaidos, o ransomware então exige um resgate de 40 Renminbi chineses, equivalentes seis dólares americanos. Não é muito comparado ao que o Simplocker exigiu no passado (cerca de USD 200), pondera ele. “O fato de que o resgate está sendo exigido em moeda corrente e não em criptomoeda como o Bitcoin indica que as pessoas por trás do ataque estão tentando ganhar dinheiro rápido. No entanto, isso é arriscado para os criminosos pois o dinheiro pode ser facilmente rastreado, ao contrário do envio por meio de criptografia. O resgate pode ser pago usando-se os métodos de pagamento chineses QQ, Alipay e WeChat”, acrescenta Chrysaidos.

Um exame no código do malware mostra que os arquivos são criptografados usando criptografia tipo AES: “São criptografados apenas arquivos cujos nomes não começam com um "." e são ignorados tambem arquivos cujos nomes de caminho (path) contenham "DCIM", "download", "miad", "Android" e "com". Também são ignorados arquivos menores do que 10 KB”, detalha Nikolaos Chrysaidos.

Para proteger o smartphone de um eventual ataque desse tipo ele relembra que é necessário usar um antivírus como o Avast, mantê-lo atualizado e fazer backup periódico dos arquivos.





Avast



 

Dia Nacional da Imunização: saiba a diferença entre o calendário vacinal disponível na rede pública e privada



Hoje, 9 de junho, é celebrado o Dia Nacional de Imunização e vale o alerta para a importância das vacinas no controle e erradicação de doenças, principal objetivo da política de imunização do país1. O Brasil e demais países da América Latina conseguiram, por exemplo, eliminar a poliomielite (do tipo 2) desde 1994, mas em alguns lugares do mundo a doença ocorre, por essa razão, as crianças ainda continuam sendo vacinadas8.

A varíola, outra enfermidade erradicada em 1980, também é um exemplo bem-sucedido de campanhas de vacinação6. O último caso notificado no Brasil ocorreu em 1970, demonstrando a importância estratégica das vacinas na promoção da saúde6.

“A confiança na vacinação pode salvar milhões de vidas, o que pode evitar de 2 a 3 milhões de mortes por ano9, além de aumentar a qualidade de vida e gerar um impacto econômico positivo devido à proteção coletiva. Somente com a adesão da população às campanhas de vacinação, bem como a adoção dos calendários recomendados para todas as idades, é possível eliminar e erradicar doenças”, afirma o diretor médico de vacinas da GSK, Otávio Cintra. Na lista das diversas doenças que podem ser evitadas, estão a gripe (Influenza), caxumba, rubéola, tuberculose, pneumonia, meningites, sarampo, hepatites A e B, dentre outras4.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação1, que inclui orientação para crianças, adolescentes, adultos e idosos4.

O Center of Disease and Control estimou que 40.000 a 50.000 mortes evitáveis por vacinação ocorrem todos os anos nos Estados Unidos e estima o impacto econômico das doenças preveníveis por vacinação em US$ 10 bilhões de dólares7. “Cada vacina tem sua recomendação de doses e de reforços que devem ser seguidos em todas as idades, para que o indivíduo esteja realmente protegido2-4”, afirma Dr. Otávio Cintra. 

Atualmente, o PNI disponibiliza 16 vacinas de forma gratuita à população como: BCG (para prevenção da tuberculose em crianças); HPV (vírus do papiloma humano); Pneumocócica, (contra a infecção por pneumococo que causa meningite, pneumonia e infecção de ouvido - otite); Febre Amarela; VIP/VOP (vacina inativada e vacina oral contra poliomielite – paralisia infantil); Hepatite B; Penta (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (coqueluche), Hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada)); Rotavírus; Hepatite A; Tetra viral (varicela (catapora), sarampo, caxumba e rubéola); Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); Dupla adulto (difteria e tétano); e dTpa (difteria, tétano e pertussis - coqueluche), Meningite C (conjugada)1,4.

Porém, é importante frisar que além das vacinas disponíveis na rede pública, existem as vacinas complementares, na rede privada. Os calendários da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) complementam o PNI e, portanto, possuem algumas diferenças, listadas abaixo2-4.


-  Meningococo: o PNI só recomenda e disponibiliza a vacina contra o meningococo C, sendo que no Brasil temos outros 4 diferentes sorogrupos que são responsáveis por doenças meningocócicas invasivas5. Tendo isto em vista, o calendário da SBIm e da SBP complementam o PNI, recomendando 2 ou 3 doses da vacina meningocócica conjugada (ACWY) e mais 2 reforços de ACWY durante os 12-15 meses e 4-6 anos.2-4
O PNI não recomenda a vacina pra meningococo B, porém a SBIm e a SBP recomendam 3 doses no primeiro ano de vida, mais 1 reforço aos 12 meses, ou duas doses a partir de um ano de idade2-4.


- Gripe (Influenza): SBP e SBIm preconizam 2 doses para influenza a partir dos 6 meses de idade. Após isso doses anuais são aconselhadas para todas as idades2-4. No PNI a vacina só está disponível para determinados grupos, sendo estes: indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos,11 meses e 29 dias), gestantes, trabalhadores da saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, os funcionários do sistema prisional e professores das escolas públicas e privadas10.


- Hepatite A: pelo PNI é preconizada apenas uma dose e na SBP e SBIm são duas (aos 12 e 18 meses). 2-4


- Varicela: o calendário da PNI preconiza apenas 1 dose contra Varicela2-4. O calendário da SBIm e da SBP recomendam duas doses da vacina (12 e 15 meses para SBP, 12 e 15-24 meses para SBIm)2-4.


- Dengue: não é recomendada pelo PNI, enquanto que a SBIm e SBP recomendam 3 doses, a partir dos 9 anos de idade. 2-4


Observa-se que o Calendário PNI tem foco em saúde coletiva, ou seja, efeito obtido quando algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outras, o que acaba beneficiando a saúde de toda a comunidade (o mesmo que “proteção de grupo” ou “proteção de rebanho”)11. Já as Sociedades Médicas têm foco na proteção individual12. “O benefício da vacinação é tanto a proteção individual, quanto a redução da transmissão de doenças, que gera um benefício coletivo”, conclui Dr. Otávio Cintra. 
Para mais informações: www.casadevacinasgsk.com.br.  







GSK 
  


Referências:
1.       PORTAL BRASIL. Dia Nacional da Imunização é comemorado nesta quinta (9). Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2016/06/dia-nacional-da-imunizacao-e-comemorado-nesta-quinta-9. Acesso em: 24 maio 2017.
2.       SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2017/2018 [atualizado até 11/05/2017]. Disponível em: <http://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca-2017-18-170512-spread.pdf>. Acesso em: 19 maio 2017.
3.       SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2016. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/src/uploads/2016/08/Calendario-Vacinacao-2016-19out16.pdf>. Acesso em: 19 maio 2017.
4.       BRASIL. Portal da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: < http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/pni/>. Acesso em: 19 maio 2017
5.       BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “FAIXA ETÁRIA” para Linha, “SOROGRUPO” para Coluna, “CASOS CONFIRMADOS” para Conteúdo, “2014” para Períodos Disponíveis, “MM”, “MCC” e “MM + MCC“ para Etiolgia, "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponíveis em:< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def > Acesso em 18 maio 2017.
6.       CENTRO CULTURAL MINISTÉRIO DA SAÚDE. Campanha de erradicação. Disponível em: <http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/pdf/M8.pdf>. Acesso em: 30 maio 2017.
  1. WOLFE, RM. Update on Adult Immunizations. J Am Board Fam Med: 25, 2012. p. 496-510.
8.       CENTRO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA VIAJANTES.  Poliomielite. Disponível em: < http://www.cives.ufrj.br/informacao/polio/polio-iv.html>. Acesso em: 05 jun 2017.
9.       EHRETH, J. The value of vaccination: a global perspective. Vaccine, 21: 4105-117, 2003.
10.   PORTAL BRASIL. Campanha de vacinação contra a gripe começa na segunda-feira (17). Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/campanha-de-vacinacao-contra-gripe-comeca-na-segunda-feira-17>. Acesso em: 06 jun 2017.
  1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Conceitos Importantes. Disponível em: <http://familia.sbim.org.br/vacinas/conceitos-importantes>. Acesso em: 06 jun 2017.
  1. PENG, XL., et. al. Prevention of infectious diseases by public vaccination and individual protection. J. Mathematical Biology, 73(6):2016, p.1-36.


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