Cardiologista esclarece
dúvidas e dá dicas de como prevenir o problema
No dia 17 de maio comemora-se o Dia
Mundial da Hipertensão que tem como o objetivo mostrar à população a
importância de aferir a pressão arterial com regularidade e incentivar hábitos
de vida saudáveis.
Segundo a Sociedade
Brasileira de Hipertensão (SBH), a doença acomete uma em cada
quatro pessoas adultas. Estima-se que a doença atinja em torno de 25% da
população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos, e 5% das
crianças e adolescentes no Brasil. A doença é responsável por 40% dos infartos,
80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
De acordo com o cardiologista e diretor médico do
Hospital Santa Paula, Otavio Gebara, a pressão
arterial se
eleva por vários motivos, mas principalmente pela contração dos vasos sanguíneos.
“A pressão alta compromete os vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro. A
doença atinge pessoas de qualquer idade ou peso, mas prevalece em adultos”,
explica.
A pesquisa Vigitel
divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde fez um levantamento com mais de
53 mil pessoas que vivem nas capitais e mostrou um aumento de 60% nos casos de
obesidade entre 2006 e 2016. De acordo com a pesquisa, o Brasil viveu nos
últimos dez anos uma transição de desnutrição para obesidade que contribuiu
para o crescimento de 61% de incidência do diabetes e de 14% nos diagnósticos
de hipertensão. Para conter esses números, uma das metas do Ministério da Saúde
é a retirada de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados em
quatro anos.
Quando um indivíduo apresenta hipertensão arterial
e não tem acompanhamento médico pode apresentar dores de cabeça, vômito, dispneia
(falta de ar, dificuldade para respirar), agitação e visão borrada. A pressão
alta não tem cura, mas deve ser tratada para evitar complicações. O tratamento
engloba medidas gerais de reeducação no estilo de vida, como alimentação,
prática de exercícios físicos e medicamentos.
Veja a seguir 10 dicas do cardiologista
Otavio Gebara, do Hospital Santa Paula:
1) Reduza a quantidade de sal. Use no máximo 1
colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não
acrescente sal no alimento depois de pronto. Dê
preferência aos
temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha.
2) Diminua drasticamente o consumo de açúcar.
3) Mantenha um peso saudável. Também é importante
avaliar a medida da circunferência abdominal (cintura). O homem não deve
ultrapassar 102 cm e a mulher 88 cm. Uma pesquisa recente do Ministério da
Saúde aponta que a obesidade atinge 18,1% da população da capital de São Paulo.
A obesidade é um fator que predispõe a hipertensão. A
perda de peso ajuda a controlar os níveis.
4) Pratique atividades físicas pelo menos 5 dias
por semana entre 30 e 50 minutos. Faça caminhadas, substitua o elevador pela
escada, ande de bicicleta, nade, dance, etc
5) Evite o consumo de bebidas alcoólicas
6) Não fume.
7) Procure manter a mente tranquila para controlar
o estresse.
8) Preste atenção: a pressão ideal é 12
x 8. Abaixo de 14 x 9 é aceitável. Se existe a presença de diabetes ou doença
renal esse nível é mais baixo. Em idades acima de 70 anos pode-se aceitar
níveis até 15 x 8.
9) A hipertensão é uma doença com
herança genética. Quem tem pais hipertensos deve se atentar para as medidas
desde jovem.
10) A Síndrome da Apneia do Sono
(despertares noturnos, ronco e sonolência durante o dia), predispõe a
hipertensão. Se a apneia for tratada, a pressão pode normalizar.
Links de apoio:
Pesquisa Vigitel / Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/28109-em-dez-anos-obesidade-cresce-60-no-brasil-e-colabora-para-maior-prevalencia-de-hipertensao-e-diabetes
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