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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Fique atento! Nova modalidade do golpe do empréstimo



Quem nunca precisou de um empréstimo? Até mesmo grandes Bancos e instituições utilizam esse recurso, algumas vezes pela falta de dinheiro, outras para investir como capital para negócios.

Em algum momento todos devem ter sentido a necessidade de buscar recursos, não importando o motivo, seja ele doença, falecimento, escola dos filhos, reforma da casa ou simplesmente para uma viagem, mas muitas reviravoltas acontecem e aquilo que parecia estar sob controle torna-se uma bola de neve, e logo o devedor passa a ser um inadimplente.

A necessidade do dinheiro continua, pois imprevistos acontecem, e para onde recorrer? É aí que muitos veem uma oportunidade de tirar dinheiro de quem já não tem. E essas pessoas, no desespero, acabam se endividando ainda mais. O nome disso: O golpe do empréstimo.

Provavelmente você já deve ter se deparado com alguma oferta de empréstimo para autônomos ou negativados, pessoas com restrições bancárias ou em serviços de proteção ao crédito.  Nesse “muito bom para ser verdade” é que realmente está o golpe. Claro, deve haver empresas sérias e idôneas que fazem esse tipo de empréstimo, mas sinceramente, ainda não conheço. 

Voltando aos golpistas, essas empresas oferecem crédito com facilidade e, geralmente, juros baixos próximos aos dos consignados – tipo de empréstimo com desconto na folha de pagamento do empregado, recolhido pelo seu empregador, muito utilizado por órgãos governamentais e autarquias pela garantia em receber. As facilidades são tantas que as vítimas não desconfiam. São oásis no deserto. Tudo é feito por telefone, website ou um posto pequeno em um local movimentado da cidade.

Para realizar o empréstimo é fácil, um pré-cadastro que será analisado rapidamente e, em poucos minutos, como mágica, tem-se a aprovação do crédito. Fantástico, não é? Parece, mas não é. Ocorre que nenhum Banco aprovou e somente  com a apresentação de um fiador você conseguirá que o dinheiro vá para sua conta. 

É nesse momento que vem à cabeça: “Onde vou arranjar um fiador?”. Todos sabemos que na atualidade, ser fiador é um problema e nunca uma solução. Usando esse senso comum, de que não se deve ser fiador de ninguém, a não ser que nunca mais queira ver aquela pessoa, é que os “espertos” usam um instrumento muito sutil, mas que na verdade se trata de um golpe. Essa palavra minimiza outra, de grande peso: crime. Configurado, nesse caso, como estelionato. O artigo 171 da Código Penal define como estelionato “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

Você deve se perguntar “mas como assim? Qual instrumento usado por eles é crime?” Pois bem, no momento da proposta, muito tentadora por sinal, é oferecida a facilidade de “contratar” um fiador/avalista para que a sua proposta seja aprovada pelo Banco. Mas não se preocupe, esse dinheiro retorna para você durante o financiamento. Como? Não há Banco, nem quem se habilite como fiador por causa de R$ 500,00 ou R$ 1000,00, pois o fiador responde com todo o seu patrimônio pela dívida, incluindo sua casa. Quem, em sã consciência, seria o seu fiador sem lhe conhecer, por uma quantia tão pequena?

Esse é o crime, pois essa “contratação” deve ser paga integralmente e antecipadamente à liberação do empréstimo, o que constitui o crime.

Então, esteja alerta, evite arapucas, procure instituições sérias, planeje seus gastos, faça as contas e busque sempre o auxílio de um advogado.





Ulisses Augusto Bittencourt Dalcól - advogado OAB/RS 79.507, proprietário do escritório Dalcól Advogados, com atuação no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.





19 de Maio – Dia de combate à dor de Cabeça – Cefaleia



Especialistas darão orientações à população no Conjunto Nacional e promoverão palestra gratuita sobre a doença  


No próximo dia 19 de maio – Dia de Combate à Cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça – os especialistas da Sociedade Brasileira de Cefaleia estarão à disposição da população para orientar sobre a doença.

A ação, que tem apoio da Libbs Farmacêutica, envolve um Ponto de Informação e Atendimento à população, localizado no saguão do Conjunto Nacional durante todo o dia 19 e também contará com uma Palestra, na parte da manhã, aberta ao público, no CineArte.  

O “19 de Maio – Dia de Combate à Cefaleia” – tem como objetivo informar a população sobre o que é a Cefaleia (os vários tipos de dor de cabeça, inclusive a enxaqueca) e também se tornar um alerta para evitar a automedicação e o uso abusivo de analgésicos, que causam inúmeros problemas à saúde.

A população também terá a informação correta para saber como diagnosticar corretamente e encontrar o tratamento adequado para não sofrer mais com a cefaleia – ou seja, para viver sem dor de cabeça!

A diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia, Dra. Célia Roesler, vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, alerta que a enxaqueca tem tratamento e é possível viver sem dor. “O diagnóstico da enxaqueca é realizado em uma consulta médica especializada, por meio de uma entrevista detalhada com o paciente, para saber qual a frequência, intensidade e os sintomas da cefaleia, já que não há exame específico para detectar a doença. Após a consulta, inicia-se o tratamento à base de remédio prescrito pelo médico, que pode ser diário”.  


Dados sobre a Cefaleia

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, mais de 70% das mulheres e 50% dos homens tem ao menos um episódio de dor de cabeça por mês. A enxaqueca – que é um tipo de dor cabeça – atinge mais de 30 milhões de brasileiros. A maioria desta população não tem diagnóstico correto e acaba apelando para tratamentos inadequados para a dor de cabeça.

Assim, é extremamente comum o paciente viver à base de analgésicos, percorrer inúmeros médicos ou acostumar-se a viver com dor.  


A migrânea, dor de cabeça intensa, é responsável pela perda de 1,4% do total de anos saudáveis  

A enxaqueca está entre as quatro doenças crônicas mais incapacitantes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS.

Muitas vezes é quase impossível identificar as reais causas das intensas dores de cabeça, mas elas ocorrem devido a múltiplos processos do organismo. 

Durante as crises, há alterações tanto vasculares quanto em vias neurais. 

O processo da crise começa basicamente com a liberação de substâncias inflamatórias e aumento da intensidade de estímulos elétricos do cérebro, causando a dilatação dos vasos sanguíneos, responsável pela intensidade da cefaleia. Apesar da eficácia associada a um arsenal terapêutico disponível para o tratamento da enxaqueca, uma grande parte dos pacientes não fica sem dor.

Uma dica importante que a médica costuma dar aos pacientes é que eles anotem sempre os períodos em que tiveram a dor de cabeça e os possíveis desencadeantes, assim como a intensidade (leve, forte, média, muito forte) e, se foi necessário, ingerir algum tipo de medicação. Com esse “diário da dor” é possível traçar um plano terapêutico eficiente.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, os medicamentos preventivos geralmente são reservados para pessoas que apresentam enxaqueca com alta frequência (mais de 02 episódios por semana) ou crises de forte intensidade e que não respondem satisfatoriamente à medicação sintomática. Os profiláticos também são importantes para pessoas que têm cefaleia em períodos previsíveis.

 “Por isso é importante o paciente procurar um neurologista especializado pois, com o tratamento preventivo, é possível reduzir a frequência do uso de medicações abortivas, diminuindo as chances de cronificação da dor pelo abuso de medicamentos”, destaca Roesler.    


  Estilo de vida

Mudanças na dieta também são fundamentais para garantir uma melhora efetiva. Alguns alimentos, como o açúcar, cafeína, queijos, molhos, embutidos e até o vinho podem provocar crises em pessoas predispostas, pois liberam substâncias inflamatórias que dilatam os vasos cerebrais e ajudam a desencadear a dor de cabeça.

A questão não é cortar o consumo de vez, mas pensar em substituições ou na diminuição da ingestão, principalmente em períodos nos quais o paciente sente que uma crise vai se instalar. Exercícios físicos também são uma boa pedida, pois eles liberam endorfinas, que são ótimos aliados no controle da dor.  


Resumo das características da enxaqueca 
Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaleia

Duração das crises
4 a 72 horas, se não tratadas
Tipo de dor
Pulsátil (latejante), na maioria das vezes.
Intensidade da dor
Modera a forte na maioria das crises não tratadas
Fenômenos acompanhantes
Intolerância à luz (fotofobia), ruídos (fonofobia) e odores (osmofobia), náusea, vômito.
Fatores de agravamento
Movimentos súbitos ou inclinação da cabeça, esforços físicos ou mentais, decúbito (em alguns pacientes).
Fatores de melhora
Sono (em alguns casos), aplicação de gelo, compressão das têmporas.

  Saiba mais sobre a Enxaqueca no site: enxaquecanao.com.br.

Lá também é possível conhecer o App Diário da Cefaleia, que ajuda a população a lidar com a doença, pode meio do registro de crises e sintomas, oferecendo ferramentas para o controle de hábitos e alimentação.  



Serviço:
·         Palestra Interativa – “Dor de cabeça – É o fim!”. Evento que trará informações novas sobre as causas e tratamento da Dor de Cabeça, com a participação de médicos e especialistas da Sociedade Brasileira de Cefaleia para dialogarem com jornalistas e a população.

o   Local: CineArte (antigo Cine Livraria Cultura) – sala para 100 pessoas
o   Dia e Horário: 19 de maio de 2017 – das 10h às 11:30
o   Cofee Break – pães, sucos e café – servido no saguão – no final da sessão servido para os participantes
o   Entrada livre


 ·         Ponto de Informação e Atendimento – Mesa de atendimento, Painel Informativo e Material para distribuição – Profissionais de saúde especializados, coordenados pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, farão um atendimento personalizado à população que transita pelo Conjunto Nacional, distribuindo panfletos e fornecendo informações sobre o tema. A Mesa de atendimento será identificada por banners.

o   Local: Mesa e banners instalados no Saguão central do Conjunto Nacional (próximo aos elevadores)

o   Data e horário: 19 de maio de 2017 – das 9h às 20:00  

·         Realização: Sociedade Brasileira de Cefaleia

·         Apoio: Libbs  




Sobre a Sociedade Brasileira de Cefaleia  
A Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) foi fundada em 19 de maio de 1978 por Edgard Raffaelli Júnior (1930-2006), pioneiro no estudo da cefaleia na América Latina. Em 1956, Raffaelli, então com 26 anos, estudante do terceiro ano de medicina, sofria com uma cefaleia há mais de sete anos. Ao procurar os melhores neurologistas e não receber diagnóstico nem tratamento adequados, se decepcionou e resolveu se especializar em neurologia e estudar a cefaleia. Assim, passou a participar de todos os congressos internacionais sobre o tema, como único médico brasileiro.
Em 1975, fundou a primeira clínica de cefaleia da América Latina. Em 1976 Edgard Raffaell se uniu a outros 14 médicos – neurologistas e outros especialistas – para em 1978 fundar a Sociedade Brasileira de Cefaleia e Enxaqueca (SBCe), que depois, em 1982, se tornou a Sociedade Brasileira de Cefaleia. Desde 1979, a SBCe vem organizando simpósios e congressos anualmente. A SBCe é hoje reconhecida internacionalmente graças ao trabalho desses pioneiros que se dedicaram a estudar profundamente a cefaleia, suas causas e tratamentos, levando a cefaliatria brasileira a ter renome internacional e a entidade ser filiada à Sociedade Internacional de Cefaleia. Mais informações: http://www.sbcefaleia.com.br/SBCe/pt-br  






O Facebook e o negócio da emoção



Dados de novembro de 2016: o Facebook atingiu o número de 1,8 bilhão de usuários ativos (desses, 1,2 bilhão usa o aplicativo da rede social para celulares). Outros aplicativos do grupo continuam a ganhar novos usuários.

Tanto o WhatsApp quanto o Facebook Messenger já ultrapassaram a marca de 1 bilhão de utentes em operação, enquanto o Instagram, em crescimento, conta com mais de 500 milhões (http://migre.me/wzJnt).

Não se podem simplesmente adicionar os números pensando em pessoas, porque grande parte delas divide-se entre mais de um aplicativo, mas somam-se usuários, que atingem a impressionante contagem de 4,5 bilhões.

Correlacionando: o mundo tem pouco mais de 7 bilhões de habitantes. Adultos e jovens são 62%, ou seja, 4,3 bilhões. Não fica difícil imaginar o alcance que os aplicativos de Mark Zuckerberg têm sobre a população do planeta.

Ainda que haja esforço de restrição em alguns países, a tecnologia disponível permite que se driblem autoridades dispostas a aplicar na censura. O mundo, pois, busca o Facebook, alcança-o, usa-o. E se expõe a ele.

Tudo isso é negócio: O lucro e a receita trimestral do Facebook superaram as estimativas de Wall Street. A receita total subiu 59,2% para US$ 6,44 bilhões, ante a projeção de US$ 6 bilhões (http://migre.me/wzK8b).

Esse é um relatório do lado dos acionistas: do seu sucesso, dos seus lucros. É coisa lá deles com eles mesmos. Preocupa-me a banda em que se situam os usuários, neles incluídos, com muito gosto, eu mesmo.

Não me situo entre os que deploram as fragilidades dos laços da sociedade líquida, da qual o Facebook seria o alegado melhor exemplo. E nem penso que o Facebook liquidifique o mundo. Bem ao contrário:

Casais que se formam no mundo digital podem ser mais felizes que aqueles que se conhecem por outros meios, conforme pesquisa americana publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Conforme consulta em universo que incluiu 19.131 pessoas que se casaram entre 2005 e 2012, mais de 30% delas havia começado o namoro online (22% no trabalho; 19% via amigos; 9% em bar ou casa noturna; 4% igreja).

Foram analisados quantos casais se divorciaram ao final do período da pesquisa: 

5,96% dos que oficializaram a relação após terem se conhecido pela internet, contra 7,67 das duplas casadas offline (http://migre.me/wzNLE).

Seguramente, o Facebook mudou a dinâmica da vida. Por um lado permitiu maldades como a sistematização de mentiras tornadas críveis (pós-verdades), levando à manipulação da opinião pública. Mas penso noutra manipulação.

Lembro de Galbraith, A Cultura do Contentamento, 1992: denunciava que as crenças e interesses de grupos privilegiados dão sustentação às ideias sociais relevantes e acabam perpetuando a própria cultura que as origina.

Atualmente, os algoritmos do Facebook selecionam classes semelhantes de pessoas, por suas crenças, interesses etc, e dão um jeito de pô-las em relação. Elas acabam vendo-se, sabendo-se, curtindo-se, talvez encontrando-se.

São bolhas ensimesmadas, autorreferentes, permitindo trânsito por compatibilidade e afinidades ideológicas. Ajuntaram os conformes, reafirmando-os na conformidade. A próxima meta parece ser o estado emocional dos jovens: 

“Documentos vazados da sede do Facebook na Austrália mostram, segundo o jornal The Australian, que a rede social se aproveita da vulnerabilidade emocional de jovens para promover determinado tipo de publicidade. 

Algoritmos determinam ‘momentos em que precisam de aumento de confiança’. Identificam quando um jovem se sente ‘estressado’, ‘derrotado’, ‘sobrecarregado’, ‘ansiosos’, ‘nervoso’, ‘estúpido’, ‘bobo’, ‘inútil’ e um ‘fracasso’. 

A apresentação seria destinada a um banco da Austrália. Questionado, o Facebook enviou primeiro um pedido de desculpas formal, dizendo que estava abrindo investigação para entender a falha. 

No entanto, a rede social mudou o tom ao descrever a reportagem como ‘enganosa’ e negou que ofereça ferramentas para escolher o público-alvo de anúncios com base em estado emocional” (FSP, 02mai17, editado).

Não sei. Importa dizer que sentimentos já são conversíveis em insumo da mercadoria informação. O que se curte ou se repudia no Facebook, pois, não é conceito, mas dado comerciável. Melhor se emocionar sem muita emoção.





Léo Rosa de Andrade 





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