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terça-feira, 9 de maio de 2017

Mães em Vários Tons





O primeiro texto de minha autoria que causou admiração foi exatamente sobre as mães. Era 1972, eu tinha nove anos e saboreei cada elogio.

Mãe envolve inspiração e emoção. É a combinação perfeita para que esse tema seja promissor e inesgotável.

No meu livro "O Perfume das Tulipas" conheci as diferentes faces da mãe, dentro de um conflito tão aterrorizante. Minha indignação foi tão grande, quanto o desastre moral a que muitas delas ficaram sujeitas.

As transformações de uma política baseada em violência não pouparam, nem mesmo, a figura materna.

Estavam todas expostas a uma conduta de obediência tão radical, que o amor incondicional entre mãe e filho foi sufocado.

De um lado, as mães nazistas que foram reduzidas a procriadoras e do outro, as mães judias que morriam com e pelos seus filhos. Enquanto umas geravam vidas, as outras caminhavam literalmente para morte.

Existiu uma aniquilação de sentimentos básicos e fundamentais pelo fanatismo incontrolável. A mãe ariana, o exemplo máximo de devoção à família, era uma criatura manipulável, que se contentava em perpetuar a pureza da raça, com maior número possível de filhos. Sua recompensa, a Cruz de Honra de bronze (4 filhos), prata (6 filhos) e ouro (8 filhos).   Além do prestígio dentro do Reich, essa condecoração era cobiçada por render incentivos econômicos.

Os ensinamentos que a mãe ariana passava aos seus filhos eram totalmente voltados às regras estabelecidas pelo regime. As crianças eram doutrinadas à submissão e à idolatria ao Führer.  A educação era disciplinada pelo medo. A mãe nazista era a primeira educadora a apresentar à criança o significado de pertencer à raça superior.  

As ideias de segregação e a identificação das sub-espécies, principalmente o judeu, como uma ameaça inimiga, era difundida dentro do lar. Essa iniciação ao ódio, nada nos remete à postura de uma mãe acolhedora e protetora. O nazismo foi capaz de roubar o sentimento mais nobre de uma mulher, o amor de mãe. Ou melhor, esse amor foi corrompido, deturpado. 

A mãe ariana acreditava que exercia esse amor, transformando seus descendentes em soldados que não se desenvolviam como indivíduos, mas como parte de um grande exército, sempre dispostos a servir a pátria. Torna-se inexplicável, o quanto essas mães abandonaram sua grandeza e força, para se tornarem apenas caricaturas maternas.

Do outro lado, rodeada de muros e arames farpados, a mãe judia defendia seus amados filhos com seu abraço e seu silêncio. A prece para salvá-los parecia estar na morte rápida, após o cansaço pela sobrevivência. A luta inglória em defender seus filhos estava nos olhos assustados e no coração dilacerado. A privação da vida em forma de fome e doença transformou a mãe judia na provação máxima, incalculável, de viver a aflição de sua prole. 

Não haveria maior castigo. Pedir pela vida deles seria deixá-los sozinhos no imenso pesadelo, à mercê de seus assassinos. A impotência em defendê-los deu a essas mães, a única esperança que lhes era possível, a liberdade pela morte. A mãe judia os libertou do sofrimento e os protegeu de forma única, com o seu amor. O consolo a tanta dor foi encontrado, em poder permanecer ao lado deles, seja em que mundo fosse.

Hoje, as mães são cobradas por um mundo que tem pressa. Ser mãe tornou-se um grande desafio. Existe uma culpa selada entre o trabalho e seu desempenho maternal. A confusão é inevitável e a cobrança também. Optar, sempre pode significar um lado mal resolvido. Conciliar é a busca da mãe moderna.  Ela se fortifica no seu poder em adaptar-se. As mudanças de comportamento das mães, podem ser notadas através do tempo. 

O modo como ela se relaciona com seus filhos também, mas a presença desse amor incondicional se mantém durante a História. Esse sentimento é imutável. Ele é transformador. Mães se jogam sem paraquedas para amortizar o salto do filho. Simples mulheres tornam -se resistentes e incansáveis mães... Seres que descobrem fé na primeira cólica e que se emocionam de forma vibrante todo ano, na comemoração de mais um Dia das Mães.

O amor de mãe é tão importante e necessário que arrisco-me a dizer que a ausência dele pode ser desastrosa. Atualmente vivemos em um mundo com a mesma intensidade da agressividade e violência da Segunda Guerra, mas também com o mesmo poder do amor incondicional de uma mãe judia. Embora as famílias sejam formadas de maneira diversa, tradicional ou não, e os filhos venham a ser gerados e acolhidos por meios inovadores, o papel do amor materno se mantém como referência única, de grandiosidade e fortaleza, capaz de ser revelado em pessoas que acreditam que esse amor não é privilégio de instinto feminino, mas sim de um sentimento nobre humano.





Maura Palumbo - Escritora, Pesquisadora e Palestrante sobre 2ª Guerra Mundial. Autora de O Perfume das Tulipas, Romance  histórico ambientado na Alemanha nazista que conta a história de uma família judia e uma família ariana, onde  Maura mescla fatos históricos com ficção, numa trama envolvente e cheia de reviravoltas que já está em sua  segunda Edição.  Atualmente escreve a continuação de O Perfume das Tulipas, intitulado Entre os Canteiros e uma Biografia de  um sobrevivente de Auschwitz.
·  Book Trailer: https://goo.gl/Rwb0qI
·  Canal do Youtube: https://goo.gl/Iih4DB
·  Amazon: https://goo.gl/PtALoh
·  Skoob: https://goo.gl/4v5ZMx

Dia das mães



 

 
“Fisiologicamente a mulher passa a maior parte da vida se preparando para ser mãe. Por volta dos 9 anos o corpo da menina começa se preparar para gerar vida. A menarca é uma mudança radical na existência feminina. As menstruações as fazem lembrar todos os meses disso. A menina se transforma em mulher e ao iniciar a vida sexual são lembradas dessa capacidade. E esse ciclo segue até o climatério, quando o corpo começa a perder a função reprodutiva e termina com a menopausa, ocasião em que os ovários esgotaram sua fabriquinha de óvulos. Mas, muitas nessa fase, cumpriram bravamente o exercício diário de ser mãe.

Na verdade, a maternidade está dentro da maioria das mulheres, mesmo naquelas que não conseguem engravidar. Chamado da natureza? Pode ser que sim. Ser mãe está além da capacidade de gerar. É cuidar e amar aqueles que a chamam de mãe, é nascer para uma nova vida com intensas emoções e muito mais energia. Energia para gerar alimento e fornecê-lo a qualquer hora do dia ou da madrugada. Energia para passar noites acordada por causa de uma febre. 

Energia, para acordar e colocar todos fora da cama num dia frio e levar para a escola, quando ainda o sono a faria dormir um pouco mais. Energia para trabalhar um dia inteiro, fazer o jantar, dar banho, exigir a lição de casa, fazer supermercado, levar ao médico, num pique que dura até todos estarem deitados em suas camas. De fato, dentro da minha profissão tenho certeza: ser mãe é função para a vida toda. A elas o meu mais profundo respeito e admiração por esse papel de extrema doação. Feliz Dia das Mães.”






Dra. Marisa Patriarca - ginecologista e obstetra. Professora de ginecologia do curso de pós-graduação da Unifesp. Tem mestrado e doutorado pela Unifesp. É médica assistente doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo ( IAMSPE).



Especialistas da NotreDame Intermédica alertam sobre distúrbios emocionais gerados durante e após a gravidez



 Alterações emocionais na gravidez são normais, mas podem e devem ser controladas.Falar sobre os sentimentos com os familiares e amigos e jamais usar ou suspender medicações sem orientação médica são algumas das dicas


De cada 100 mulheres grávidas, de 10 a 20 serão acometidas pela depressão. Mas, afinal, como evitar ou amenizar os distúrbios emocionais, entre outras alterações geradas pela mudança de vida com a chegada do bebê? A psicóloga Karen Valeria da Silva e a obstetra Dra. Daniela Leanza, que integram o corpo clínico da NotreDame Intermédica esclarecem estas dúvidas.

De acordo com as especialistas,  a gestação é um momento de importantes reestruturações na vida da mulher e nos papéis que exerce. Mais do que isso, é um momento de preparaçãopsicológica para a maternidade. “Trata-se de uma fase onde é preciso reajustar seu relacionamento conjugal, sua situação socioeconômica e suas atividades profissionais. E isso não é nada fácil. Muitas vezes, a gestante ‘se vê’ sozinha em diversas situações e acaba por entrar num processo gradual de depressãoque tende a piorar no pós-parto”, analisa a psicóloga Karen Valeria da Silva.

Além das mudanças psicológicas, ocorrem as transformações hormonais e metabólicas que, muitas vezes, culminam em sensação de fragilidade, preocupações excessivas com a gravidez e saúde do bebê, responsabilidade, insegurança, medo, e alterações de humor que variam entre momentos de felicidade, tristeza e angústia.


Depressão
Apesar de atingir de 10% a 20% das mulheres grávidas, ainda não se sabe exatamente o que causa a depressão na gestação. Contudo, deve-se atentar para alguns fatores de risco queindicam mais chances para o distúrbio. Os mais comuns são histórico de depressão, problemas conjugais, condições socioeconômicas baixas, experiências traumáticas no período gestacional, gravidez indesejada e até mesmo predisposição genética.

Entre os sinais e sintomas, são comuns alterações no hábito alimentar – redução ou aumento do apetite - e alterações no sono – ou sonolência excessiva ou insônia -, diminuição da libido, falta de energia e fadiga, perda do prazer pelas atividades que gosta, sentimentos de culpa, inutilidade ou pânico, pensamentos suicidas, tristeza, infelicidade e choro fácil.

Os sintomas da depressão podem afetar o comportamento da gestante trazendo consequências futuras ao feto. 

Algumas pacientes acabam se isolando socialmente, faltam nas consultas de pré-natal e não seguem as orientações médicas, podendo iniciar ou aumentar o consumo de   álcool, tabaco e drogas que podem  trazer consequências como alteração no desenvolvimento do feto, aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer, bebês com problemas de sono e também o maior uso de UTI neonatal.

A depressão pode ser tratada com o uso de medicação, porém é preciso avaliar o risco-benefício do uso de psicoterapêuticos. “Se a mulher já usava um antidepressivo antes da gravidez, o médico deverá avaliar a continuidade do tratamento ou a troca da medicação. Podem ser considerados também os tratamentos alternativos, como sessões de relaxamento e o uso de fitoterápicos”, explica a Karen Valeria da Silva. Também é imprescindível o acompanhamento psicoterapêutico que poderá auxiliar na identificação dos gatilhos e fornecer ferramentas de enfrentamento.


Depressão pós-parto
A depressão pós-parto pode ocorrer logo após ou em até um ano após o parto. Seus sinais e sintomas ocorrem quase todos os dias e vão do sentimento de tristeza ou desespero constante, perder o interesse ou não sentir prazer na maioria das atividades diárias, alterações de humor, ansiedade e excesso de preocupação, e até pensamento de morte nos casos mais graves. 


Oficinas de Saúde
Estes cuidados foram apresentados durante o dia 4 de maio como parte do projeto “Oficinas de Saúde”,promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica. Nestas oportunidades, beneficiários e convidados participam de palestras com especialistas em diferentes áreas. A próxima Oficina de Saúde está programada para dia 06 dejunho e será sobre obesidade x qualidade de vida, com o tema “Não deixa a obesidade virar um peso na sua vida”.



Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
O Grupo NotreDame Intermédica mantem em seu canal no Youtube diversos vídeos com dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:




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