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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Células-tronco: O que são e para que servem?



Na atualidade, os avanços da medicina e da ciência vem acontecendo a passos largos e muitas vezes fica difícil de acompanharmos e entendermos em detalhes cada acontecimento. Uma das áreas de grande destaque, e que em breve vai virar rotina para muitas pessoas, é a terapia celular.Quem hoje em dia não sonha em ter uma vida saudável e viver por muitos anos? Pois bem, inevitavelmente nosso corpo está envelhecendo e são as células-tronco encontradas em alguns de nossos tecidos que são capazes de reparar lesões e até curar doenças.

Mas afinal, o que são células-tronco?

Células-tronco são células muito especiais presentes no nosso corpo que tem a capacidade de regenerar e formar novos tecidos. São células indiferenciadas que, sob certos estímulos, podem dar origem a células cardíacas, ósseas, musculares, neuronais, etc. Toda vez que nosso corpo sofre uma lesão, são as células-tronco presentes no nosso organismo que vão reparar este dano. Por este motivo, as células-tronco são a grande promessa para a medicina regenerativa e poderão ser utilizadas no futuro para o tratamento de doenças que atualmente são incuráveis. 

Quais são os tipos de células-tronco?

Hoje em dia é possível obter em laboratório células-tronco embrionárias, adultas e pluripotentes induzidas. As células-tronco embrionárias são aquelas capazes de originar todos os 216 tipos de células do nosso corpo. No entanto, existem muitos entraves éticos para utilizar as mesmas em pesquisas e tratamento de doenças, uma vez que são obtidas de embriões. Sendo assim, os cientistas conseguiram bolar uma estratégia para produzir células tão potentes como as embrionárias reprogramando células de um indivíduo adulto.

A partir de uma célula da nossa pele, chamada de fibroblasto, já é possível hoje fazer uma célula-tronco muito similar à célula-tronco embrionária e esta foi batizada de célula-tronco pluripotente induzida ou do inglês iPS (induced pluripotent stem cell). Por último, as células-tronco adultas são um tipo de fácil obtenção que podem ser coletadas de amostras que inevitavelmente seriam descartadas, como sangue e tecido do cordão umbilical, polpa de dente, gordura de lipoaspiração, sangue menstrual, dentre outras fontes.

As células-tronco adultas, diferentemente das iPS e células-tronco embrionárias, não possuem potencial de formar todos os tecidos do nosso corpo, mas o potencial terapêutico das mesmas ainda é enorme e vem sendo utilizado em diversos testes clínicos, visando tratamento de doenças por serem de fácil obtenção e terem propriedades terapêuticas desejáveis.

O que mais devo saber sobre as células-tronco adultas?

No indivíduo adulto são encontrados dois tipos principais de células-tronco. As células-tronco hematopoéticas, oriundas do sangue, como do cordão umbilical, da medula óssea e periférico. Estas células servem para tratar doenças hematológicas (do sangue), como leucemia, talassemias e anemais, por exemplo. O outro tipo de células-tronco é chamado de mesenquimais e são encontradas em diversos tecidos, como do cordão umbilical, polpa de dente, tecido adiposo, etc. As células-tronco mesenquimais são muito mais potentes que as células-tronco hematopoéticas, pois as mesmas podem originar osso, músculo, cartilagem, gordura, pele, vasos sanguíneos tecidos neurais e até cabelo. Além disso, as células-tronco mesenquimais secretam diversas substâncias com propriedades anti-inflamatórias, anti-fibróticas e anti-oxidantes e são capazes de regular a resposta imunológica e prevenir a morte das células.

Mas quando devo armazenar minhas células-tronco?

As células-tronco, se deixadas no nosso corpo, envelhecem, como qualquer outro tipo de célula do nosso organismo. Com isso, perdem a propriedade de multiplicarem em laboratório e de originar diferentes tecidos. Portanto, o ideal é armazenar células-tronco jovens, ou seja, o quanto antes. Sendo assim, o mais recomendado é coletar na hora do parto, a partir do cordão umbilical.

Para quem perdeu esta oportunidade ainda é possível fazer a partir da polpa de dente, seja durante a troca de dentição da criança ou da extração do dente siso. Outra alternativa interessante é aproveitar para coletar do tecido adiposo, seja durante qualquer cirurgia, parto cesárea ou, até mesmo, em um procedimento estético como uma lipoaspiração. Vale lembrar que as células armazenadas nas empresas especializadas ficam congeladas a -196 oC e, portanto, se preservam na idade em que foram congeladas, ao contrário do que acontece se deixadas no nosso corpo.




 Eder Zucconi - diretor científico da StemCorp, banco privado de armazenamento de células-tronco. Graduado em Ciências Biológicas (2003), Universidade Federal de Minas Gerais. Doutorado em Genética (2009) pelo Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP. Pós-Doutorado (2010) no Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento da Universidade de Michigan (EUA). Pós-Doutorando (2012) do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da USP. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: células-tronco (CT) e distrofias musculares. Publicou 21 artigos científicos que foram citados mais de 288 vezes (média 9.6 por artigo). Tem índice h=11. Membro da Sociedade Internacional de Pesquisas com Células-tronco (ISSCR).



O que são alimentos energéticos, reguladores e construtores?



Entenda a função de todos grupos que formam a pirâmide alimentar


A pirâmide alimentar é um esquema gráfico que indica a proporção que cada tipo de alimento deve ser consumido,  de acordo com os seus nutrientes e as suas funções – energética, reguladora e construtora. Ela funciona como um “roteiro” para quem deseja uma alimentação saudável e uma dieta eficaz no controle do peso.
Para reforçar a importância do esquema e facilitar a tarefa de equilibrar os alimentos diariamente durante as várias refeições diárias, a nutricionista e consultora da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), Mariana Nacarato, explica o a diferença entre os grupos de alimentos que formam a pirâmide:
Energéticos são os carboidratos, que fornecem energia e disposição para o dia a dia e podem ser encontrados no macarrão, arroz, biscoitos, pães, entre outros. Prefira as versões integrais, ricas em fibras, que promovem sensação de saciedade, fornecimento gradual de energia e melhora do funcionamento do intestino;
Reguladores ricos em vitaminas e sais minerais, são responsáveis por regular as funções do organismo e manter o sistema imunológico forte, prevenindo doenças como gripes e resfriados. Encontram-se neste grupo as frutas, legumes e verduras;
Construtores – alimentos ricos em proteínas, que auxiliam na construção, crescimento e restabelecimento dos tecidos, ossos, pele e outras partes do corpo. Como exemplos,  todos os tipos de carne, leite e derivados.
Apesar das variações em função de questões culturais, regionais e até religiosas, todos os modelos de pirâmide alimentar – brasileira, mediterrânea, latino-americana, asiática, africana e vegetariana – têm por objetivo mostrar que uma alimentação saudável deve ser variada e moderada para promover o bem estar nutricional da população.


Higiene Íntima Feminina: Ginecologista Élvio Floresti Junior pontua mitos e verdades



Uma das questões levantadas pelas pacientes nos consultórios de seus ginecologistas é o certo ou o errado na hora da higiene íntima. Apesar de ter consciência que os cuidados com a região são essenciais para a saúde, há ainda muitas dúvidas sobre o que é mito ou verdade na hora de manter o local livre de bactérias e infecções.

 “É importante ressaltar que a área íntima da mulher possui naturalmente micro-organismos que formam a flora vaginal e mantém seu equilíbrio. Alguns hábitos, em excesso, podem deixar a região desprotegida e propensa a bactérias”, explica o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior.

Para esclarecer, o especialista enumera algumas questões mais comuns:

1.   O Sabonete íntimo ajuda equilibrar o pH vaginal?

Verdade.
A região íntima possui um pH ácido, diferente do pH encontrado em sabonetes comuns, que geralmente possui pH alcalino.
O sabonete íntimo geralmente mantém o equilíbrio do pH ideal da região. Mas não é por isso que é necessário apenas utilizar este tipo de produto. Outra alternativa é um sabonete de pH neutro encontrado com facilidade nas prateleiras das farmácias e supermercados.

2.   É recomendado a depilação geral dos pelos na região genital?

Mito.
No ser humano, esse efeito de proteção não é importante. Com ou sem pelos pubianos, o mais importante é a higiene íntima correta.

3.   Na hora do banho, apenas a parte externa da vagina deve ser lavada?

Verdade.
Tanto o sabonete como o enxague devem ser feitos apenas na parte externa.
A vagina tem uma secreção normal de proteção e o uso de duchas vaginais podem diminuir essa quantidade, afetando a flora de proteção e favorecendo a proliferação de germes oportunistas.

4.    O uso de lenço umedecido equivale a um banho?

Mito.
Nada como água e sabonete. Os lenços umedecidos podem ser usados apenas em alguns casos, quando realmente for necessário e estiver sem a possibilidade de tomar banho. O uso de lenço umedecido em excesso pode ocasionar a secura natural da região vaginal eliminando sua lubrificação.

5.    É necessário lavar a região após a relação sexual?

Verdade.
A micção é aconselhável antes e após a relação sexual, assim como a higiene. Isso diminui acentuadamente a incidência de infecções vulvares e urinárias.

6.   O tipo de calcinha não interfere na saúde da região íntima?

Mito.
O ideal é optar por tecidos que garantem a ventilação da região. Algumas calcinhas apertadas e de material sintético acabam atrapalhando essa ventilação.
Calcinhas de algodão facilitam a transpiração.

Também não adianta utilizar a calcinha certa, mas manter a região abafada com uma calça muito apertada por exemplo.

Se puder dormir sem calcinha seria até melhor.

7.   Durante o período menstrual é necessário aumentar a frequência da higiene?

Mito.
Sangue menstrual não é sujeira e não causa doença.
Vai depender de cada situação e intensidade do fluxo menstrual. O mais importante neste caso é fazer a troca do absorvente interno ou externo a cada 4 horas durante o dia e manter a rotina diária da higiene íntima.

8.   É normal a mulher ter algum tipo de corrimento?

Verdade.
A secreção vaginal faz parte do mecanismo de proteção da mulher. O fato de no final do dia manchar a calcinha não necessariamente significa algo patológico. Na dúvida, consulte um especialista.

9.   Lavar a Calcinha durante o banho é proibido?

Mito.
Lavar a calcinha no chuveiro com um sabão adequado não tem problema algum. O problema está na hora da secagem. Não pode deixar a calcinha secando no box do banheiro. O local úmido favorece a proliferação de fungos e bactérias.

10.  Usar protetor de calcinha o tempo todo pode ser prejudicial?

Isso é uma meia verdade.
Já fomos radicalmente contra o uso de protetores diários de calcinha, se usados o tempo todo. Mas com a melhor evolução deles, verificamos que não houve uma mudança significativa nas usuárias e não usuárias desses protetores diários. Eles são bem finos e apenas absorvem a secreção diária, impedindo de sujar a calcinha.

Eles não devem ser utilizados com calcinhas muito apertadas, principalmente sintéticas, pois diminuirão em muito a ventilação vulvar.

O ideal é o bom senso e usá-los apenas quando houver uma secreção pouco mais intensa.




Doutor Elvio Floresti Junior - ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal, realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.


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