Pesquisar no Blog

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Miopia é epidêmica no Brasil




Metanálise mostra que a miopia avança no mundo todo e deve crescer mais no Brasil que nos EUA. Saiba como evitar a progressão entre crianças.

No mundo todo a miopia, dificuldade de enxergar à distância,  está em ascensão e deve ter um crescimento maior no Brasil do que nos EUA. É o que mostra uma metanálise de 145 estudos que acaba de ser divulgada por um grupo de pesquisadores da AAO (Academia Americana de Oftalmologia). A estimativa é de que em 2050 metade da população mundial seja míope e 10% tenha alta miopia que predispõe a graves doenças oculares.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, esta epidemia é uma prova de que a miopia poder ser causada pelo estilo de vida, além da herança genética. 
A metanálise estima que em 2020 a prevalência  de míopes no Brasil  seja de 27,7% e  de 42,1% entre americanos. O problema é que para 2050 a previsão é de que 50,7% dos brasileiros devem ser míopes e 58,4%  dos americanos. Significa que neste período a incidência deve aumentar 83% no Brasil contra 20% nos EUA. Queiroz Neto ressalta que se trata, portanto, de um grave problema de saúde pública no país. A miopia, ressalta,  não é doença e por isso não tem cura, mas precisa ser tratada. A maior preocupação é prevenir sua evolução. Isso porque, acima de 6 graus aumenta o risco de  descolamento da retina, catarata, glaucoma e degeneração macular.
Alem disso, observa, se não for corrigida compromete o desenvolvimento cognitivo da criança, a performance escolar e profissional já que  85% de nosso relacionamento com o meio ambiente depende da visão.

O risco da tecnologia
O oftalmologista afirma que o uso intensivo do computador e outras tecnologias é um dos fatores relacionado ao aumento da miopia no mundo todo, mas não único. Um estudo realizado pelo especialista com 360 crianças na faixa etária de 6 a 9 anos  mostra que o uso intensivo do computador e outras tecnologias aumentou a dificuldade de enxergar à distância de 21%, contra a prevalência de 12% apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) para esta idade. O especialista explica que se trata de uma miopia acomodativa. Está relacionada ao esforço para enxergar de perto e pode ser revertida com mudança de hábitos.  Para que a visão não fique acomodada a enxergar só o que está próximo, destaca, a cada hora de uso do computador, videogame, smartphone ou outra tecnologia por crianças é recomendado descansar de 20 a 30 minutos. A maior acomodação do olho na infância torna a visita anual ao oftalmologista obrigatória. Os pais também devem estimular a praticar de atividades ao ar livre. Isso porque, até 8 anos de idade a visão está em processo de desenvolvimento e precisa ser utilizada para todas as distâncias.

Os inimigos na alimentação
Queiroz Neto afirma que a alimentação é outro fator que predispõe à miopia O consumo exagerado de açúcar aumenta a produção de insulina  e  pode interferir no crescimento do eixo óptico onde as imagens são projetadas. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é consumir seis colheres de chá de açúcar/dia. Acima disso, além de interferir no crescimento do eixo óptico que caracteriza a miopia, dificulta o metabolismo da gordura e colesterol, aumentando a chance de desenvolver degeneração macular, maior causa de cegueira irreversível.

Alternativas de tratamento
O oftalmologista afirma que um estudo apresentado no último congresso da AAO mostra que o uso de colírio de Atropina na concentração de 0,01% diminuiu em até 50% a progressão da miopia entre crianças de 6 a 12 anos que participaram da pesquisa. O controle da miopia. ressalta,  é decorrente da diminuição do crescimento axial do olho que está relacionado ao vício de refração. A pesquisa ainda não é conclusiva, comenta, mas crianças que participaram do estudo usaram  o medicamento durante cinco anos  sem apresentar intolerância.
Queiroz Neto explica que em estudos anteriores a Atropina não foi bem tolerada porque tinha concentração de 1,0%. Os principais efeitos colaterais nesta concentração são a  perda da visão de detalhes por causa da  dilatação da pupila, fotofobia (aversão à luz) e ardência nos olhos.
Outra alternativa de tratamento, comenta, é o uso de lente ortoceratológica durante a noite para modificar o formato da córnea. A maioria das crianças e adolescentes não tem boa adesão ao tratamento porque a pressão da lente sobre a córnea é desconfortável. Os óculos e lentes de contato apenas corrigem a refração, não tratam a miopia. Por isso, o colírio de atropina pode ser ma alternativa para evitar as complicações da alta miopia que levam à cegueira quando aplicado na infância.


O PEQUENO VILÃO





Neurocirurgião explica a relação entre a Microcefalia e o Zika Vírus, causado pelo mosquito Aedes aegypti. Brasil vive surto da doença que tem apavorado gestantes

Um mosquitinho tem causado pânico no Brasil. O Aedes aegypti, conhecido antes por transmitir apenas a dengue, entrou no hall dos inimigos da saúde pública do país com a descoberta do vírus Zika, tendo o primeiro caso confirmado em maio de 2015, e sua relação com a microcefalia.
Recentemente, o Centers for Disease Control (entidade do governo Norte-Americano) testou amostras do tecido de dois fetos abortados espontaneamente e de dois bebês com microcefalia confirmada que faleceram logo após o parto. Todos os quatro casos eram originários do Brasil e tiveram testes positivos para a presença do Zika vírus, o que demonstra que foram infectados durante a gravidez. As quatro mães relataram a presença de febre associada com alterações de pele durante a gestação.
Já um artigo publicado no New England Journal of Medicine, em 10 de fevereiro de 2016, pesquisadores relataram o achado de material genético do Zika vírus em tecido cerebral de feto com malformação diagnosticada intra útero. A mãe era uma eslovena que morava no Brasil, havia tido sintomas sugestivos de infecção pelo Zika ao final do primeiro trimestre da gravidez e que teve as malformações fetais diagnosticadas no ultrassom da 29ª semana de gestação. Ao retornar ao seu país de origem, solicitou autorização para abortar, que foi consentido pelas autoridades de saúde daquele país, com o posterior estudo. Até o momento, este é o indício mais relevante da relação entre o vírus e as malformações do sistema nervoso.
“Esses indícios até o momento foram o suficiente para que entidades como a Organização Mundial de Saúde se manifestassem dizendo que a disseminação do Zika vírus é explosiva e que ele é associado a complicações que justificam a decretação de uma situação de emergência em saúde pública de atenção internacional”, alerta Dr Marcelo Prudente do Espírito Santo, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina e diretor do Instituto de Neurocirurgia Minimamente Invasiva.
De acordo com o especialista, o Ministério da Saúde define como microcefalia o crânio com perímetro menor que 32 cm. Como o crescimento craniano é conseqüência do desenvolvimento e aumento do volume do tecido cerebral, o diagnóstico de microcefalia infere a presença de um cérebro malformado e de volume menor. “Portanto, a microcefalia é resultado do desenvolvimento anormal do cérebro no feto”, pontua Dr Marcelo.
Além das infecções congênitas (intra útero), a microcefalia está relacionada a doenças genéticas, exposição da gestante a drogas, álcool e outras toxinas ambientais. As conseqüências de longo prazo variam de acordo com a causa e severidade da exposição, podendo ocorrer desde atrasos sutis no desenvolvimento da criança, até déficits motores e intelectuais graves. Em um estudo de 212 crianças com diagnóstico confirmado de microcefalia, o QI diminuía conforme era menor o perímetro craniano, havendo QI médio de 35 pontos em crianças com microcefalia versus QI médio de 62 pontos em crianças sem o diagnóstico.
O número de casos de microcefalia reportados no Brasil vinha em uma constante de 130 e 170 casos/ano nos últimos 5 anos e, desde o início do surto, mais de 2400 casos já foram relatados, ou seja, um aumento de 1600% nos diagnósticos suspeitos ou confirmados da malformação. “A crítica a esse dado é que o número de notificações de casos suspeitos de microcefalia pode ter aumentado pela simples conscientização dos profissionais de saúde quanto ao problema”, alerta Dr Marcelo.
Os sintomas do Zika vírus incluem febre baixa, erupções na pele, dor nas articulações, conjuntivite, dores musculares e de cabeça e ocorrem de 2 a 12 dias após a picada do mosquito, durando entre dois dias a uma semana. Eles ocorrem em apenas 20 a 25% dos indivíduos infectados, havendo desenvolvimento de imunidade ao vírus após a infecção. “Quanto à chance da gestante infectada dar à luz a um bebê com microcefalia, ainda não sabemos. Aliás, ainda não temos sequer absoluta certeza da relação de caso e efeito”, afirma o especialista e ainda orienta, “basicamente, havendo casos de microcefalia de origem genética na família, recomendamos procurar aconselhamento com um médico geneticista e realizar um acompanhamento pré-natal rigoroso para evitar uso de substâncias e contato com infecções que possam levar as malformações e, no caso específico do Zika, medidas para prevenir a proliferação do mosquito e uso de repelentes adequados para a idade”.


Dr Marcelo Prudente do Espírito Santo (CRM - 79315-SP) - Neurocirurgião do Hospital Santa Catarina, diretor do Instituto de Neurocirurgia Minimamente Invasiva, especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e International Member do Congress of Neurological Surgeons.
INMI - www.inmi.com.br(11)3804-4297/ 3804-4292

Repelentes ganham destaque na lista de compras dos brasileiros






Depois do Zika vírus, crescimento da demanda levou SC Johnson a aumentar a capacidade de produção. Antes do surto da doença, apenas 6,4% dos brasileiros usavam repelentes pelo menos uma vez por ano.


O Zika vírus está fazendo com que os repelentes se tornem fundamentais na lista de compras do brasileiro. De acordo com pesquisa realizada antes do surto pelo Instituto Kantar Worldpanel, a pedido da SC Johnson – fabricante de marcas como OFF!®, Raid® e Baygon® –,  apenas 6,4% dos brasileiros tinham hábito de usar repelentes pelo menos uma vez ao ano. O uso é significativamente maior, por exemplo, na Argentina: 25,7%. A pesquisa que avalia a penetração do produto no mercado brasileiro é realizada anualmente e será repetida em 2016.
Devido ao surto de Zika, a demanda por repelentes cresceu e, para atender os consumidores, a SC Johnson está aumentando sua capacidade de produção em 200%. A fábrica da empresa em Manaus passou a trabalhar em capacidade total, sete dias por semana. A SC Johnson também aumentou a importação de sua fábrica na Argentina, que está operarando em capacidade total para suprir a demanda brasileira.
Repelentes de uso pessoal são uma forma efetiva de proteção contra o Aedes aegypti, o mosquito que pode transmitir Zika e dengue, de acordo com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária[1]. Todos os produtos da linha OFF!® podem ser encontrados em mais de 40 mil farmácias, grandes redes de varejo e supermercados. Nos dois últimos tipos de estabelecimentos, os consumidores também podem encontrar outros produtos para ajudá-los a se proteger contra o Aedes aegypti, tais como repelentes elétricos e inseticidas.
Enquanto farmácias vendem repelentes de uso pessoal, é nas redes de varejo e supermercados que os consumidores podem encontrar, além de repelentes, outros produtos que, quando utilizados em conjunto, oferecem um sistema de proteção 24 horas contra os mosquitos. “Farmácias são um importante ponto de venda devido à capilaridade. Mas é igualmente importante os consumidores saberem que supermercados e redes de varejo oferecem produtos que, em conjunto com os repelentes pessoais, permitem proteção ampla e eficaz contra mosquitos, como Raid® Elétrico Líquido, que protege durante a noite”, explica Stephane Reverdy, presidente da SC Johnson Brasil.
Para terem proteção completa, os consumidores devem considerar produtos para áreas internas e externas. Nos ambientes fechados, devem ser usados inseticidas - como Raid® Aerossol Multi-inseticidas Base Água - e repelentes elétricos - como Raid® Elétrico Líquido Advanced, que oferece até 45 noites de proteção contra o Aedes aegypti. Para complementar a proteção, sobretudo em ambientes externos, a marca OFF!® oferece diversas opções, entre elas, OFF!® Family Aerossol, que permite proteção por até 6 horas.
Além de repelentes pessoais, inseticidas e repelentes elétricos, o sistema de proteção contra o mosquito deve incluir outras medidas essenciais de prevenção. A SC Johnson recomenda que pelo menos duas vezes por semana sejam limpos locais que podem acumular água, além do uso de roupas leves e claras, uma vez que cores escuras podem atrair insetos.

SC Johnson - www.scjohnson.com




[1] Site Combate ao Aedes, do Ministério da Saúde.

Posts mais acessados