De
acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude do Consumidor,
julho registrou 174.137 tentativas de fraude de identidade, o que significa uma
tentativa de fraude a cada 15,4 segundos no país. Dados pessoais, fotos e
publicações que expõem o estilo de vida do usuário da rede são importantes
armas para fraudadores prepararem seus golpes
A fraude de identidade – em que dados pessoais são usados por
criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a
intenção de não honrar os pagamentos – pode ser facilitada quando o usuário de
redes sociais expõe demasiadas informações pessoais ou deixa de tomar cuidados
básicos ao acessar suas páginas, alertam os especialistas da Serasa. Utilizar
redes Wi-Fi não confiáveis, clicar em qualquer link sugerido sem desconfiar da
procedência ou usar senhas demasiadamente óbvias, como datas de aniversário,
nomes de bichinhos de estimação ou de pessoas da família, são alguns dos erros
mais comuns.
De acordo com
o Indicador Serasa Experian de Tentativas
de Fraude do Consumidor, julho registrou 174.137 tentativas de fraude de
identidade. O número representa uma tentativa de fraude a cada 15,4 segundos no
país. “Muitos usuários de redes sociais facilitam a vida dos criminosos,
disponibilizando dados fundamentais para a armação de golpes como esse”, alerta
Julio Leandro, superintendente do SerasaConsumidor. “Muitas vezes, a vaidade de
exibir pertences, lugares visitados e o próprio estilo de vida se transformam
em um relatório que o golpista necessita para planejar o delito.”
Indicador
Em relação a
junho de 2015, quando o indicador apontou 157.729 tentativas de fraude, houve
alta de 10,4%. Em relação a julho de 2014, houve queda de 3,7%. No acumulado do
ano de 2015 foram registradas 1.153.410 tentativas de fraude, ligeira queda de
0,1% na comparação com o mesmo período de 2014, quando o número era de 1.154.596.
De acordo com economistas da Serasa Experian se, por um lado, os fraudadores
estão cada vez mais criativos em encontrar novas formas de aplicar seus golpes,
por outro, a recessão econômica e a queda dos níveis de confiança tem afastado
os consumidores do mercado, gerando menos alvos potenciais à atuação dos
fraudadores. Desta forma, acaba se produzindo uma relativa estabilidade do
número de tentativas de fraudes no acumulado deste ano em relação ao mesmo
período do ano passado.
Em julho/15,
telefonia respondeu por 74.433 registros, totalizando 42,7% do total de
tentativas de fraude realizadas, aumento em relação aos 35,5% registrados pelo
setor no mesmo período de 2014. Já o setor de serviços – que inclui
construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza,
pacotes turísticos etc.) – teve 51.435 registros, equivalente a 29,5% do total.
No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por 31,4% das
ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em julho/15, com 33.655
tentativas, 19,3% do total. Em julho de 2014, o setor respondeu por 24,0% dos
casos. O segmento varejo teve 12.684 tentativas de fraude, registrando 7,3% das
investidas contra o consumidor em julho de 2015, ligeira queda em relação ao
percentual observado em julho de 2014 (7,4%). O ranking de tentativas de fraude
do primeiro semestre de 2015 é composto ainda por demais segmentos (1,1%).
Cuidados ao acessar a rede
1
– Só utilize Wi-Fi confiável ao acessar páginas que dependam de login e senha.
Esses dados podem ser capturados facilmente caso o dono da rede disponível seja
mal intencionado ou se ela estiver sendo monitorada por criminosos.
2
– O mesmo vale para computadores públicos ou de desconhecidos: um hacker poderá
descobrir seus dados de login e senha depois que você utilizar o dispositivo.
3
– Só mantenha o Bluetooth ligado quando estiver sendo utilizado, pois o recurso
é outra porta de entrada para que hackers obterem suas informações pessoais.
4
– Logar sua rede social em aparelhos de pessoas conhecidas também tem seus
riscos: o “amigo do amigo” pode ter
contato com o mesmo dispositivo, não ser tão confiável e utilizar dados
particulares ali expostos para prática de fraude.
5
– Não deixe sites de bancos ou de compras online abertos nos smartphones ou
tablets. O aparelho pode ser roubado, furtado ou mesmo perdido e seus dados
estarão disponíveis.
6
– Ao inserir senhas para acessar seus sites em locais públicos, mesmo
utilizando seu próprio dispositivo, verifique se ninguém está observando a
ação.
7
– Dificulte a vida do fraudador cadastrando senhas mais complexas. Nomes de
familiares, de namorados ou de animais de estimação, apelidos e datas de
nascimento são senhas facilmente decifráveis com uma rápida olhada em seu
perfil do Facebook, por exemplo.
8
– Mude periodicamente suas senhas de acesso.
9
– Nunca “empreste” seus dados de login e senha para conhecidos darem “uma
olhadinha” em suas páginas.
Fornecimento de dados
1
– Seja econômico na hora de preencher informações de perfil, que ficarão expostas
a qualquer usuário da rede: nome completo, apelidos, nomes dos pais, dos
filhos, local de trabalho, data de nascimento, telefone de contato e números de
documentos não são necessários.
2
– Mantenha o acesso aos dados mais particulares, como fotos, curtidas e
comentários, apenas para pessoas de sua confiança.
3
– Mesmo restringindo o acesso aos amigos, seja comedido no número de
informações disponibilizadas: lembre-se que o amigo pode compartilhar esses
dados com terceiros.
4
– Submeta as postagens de seus amigos em sua linha do tempo no Facebook a seu
crivo (análise de marcações). Isso evita que, mesmo sem intenção, eles exponham
alguma informação confidencial que poderá ser utilizada por criminosos.
5
– Informações sobre viagens ou que exibam seu estilo de vida, como compras de
bens ou idas a restaurantes caros, são importantes chamarizes para os golpistas
cibernéticos. Esses dados podem denotar que você tem uma conta bancária abonada
e bom crédito na praça: um prato cheio para os fraudadores de identidade.
Navegação
1
– Um grande número de amigos/seguidores nas redes sociais é considerado
sinônimo de status e popularidade. Mas cuidado: ao adicionar inadvertidamente
pessoas que você não conhece ou “conhece de vista” estará correndo sérios
riscos de fornecer informações para criminosos, cuja intenção é exclusivamente
capturar seus dados para fraudá-lo. Prime pela qualidade e não pela quantidade.
2
– Muitos criminosos cibernéticos também criam perfis falsos nas redes sociais e
utilizam fotos de homens/mulheres bonitos/as ou mesmo “cantadas” online para
serem adicionados. Desconfie.
3
– Muitas campanhas que circulam nas redes sociais são falsas, mesmo quando se
valem de bandeiras de causas idôneas, como angariar recursos para ONGs ou um
abaixo assinado virtual para alguma causa política/social. Essas adesões
normalmente vão requerer dados, como o CPF do internauta. Cheque a procedência
e veracidade da iniciativa.
4
– Links para acessar sites ou convites para baixar arquivos de vídeo e fotos
postados em sua timeline ou que
chegam via mensagem inbox – também
podem ser armadilhas para instalar vírus que roubam dados pessoais para a
prática de fraude de identidade. Mesmo que o assunto do link seja atrativo –
contendo promoções, ofertas de emprego, manchetes sobre celebridades etc. –
evite clicar. Lembre-se que os criminosos são espertos e capricham nas chamadas
para tentar convencer o maior número de pessoas a caírem no golpe.
Se proteja
O cidadão deve
redobrar os cuidados para não se tornar vítima dos golpistas. O serviço
MeProteja, oferecido pelo SerasaConsumidor, minimiza as chances de fraude de
identidade porque monitora e avisa por e-mail e mensagem no celular (SMS) toda
vez que o CPF for utilizado para compras, empréstimos ou abertura de empresa.
Um alerta também é gerado quando o titular do documento estiver prestes a ser
negativado ou ao sair do cadastro de inadimplência. “É a segurança do nome
limpo 24 horas porque dá condições de o consumidor agir proativamente, caso
seja avisado e não reconheça aquela movimentação”, diz Leandro.
O procedimento
para obter o benefício é simples: o profissional acessa a página do
SerasaConsumidor por meio do link: www.serasaconsumidor.com.br.
O monitoramento do CPF é imediatamente ativado. Após algumas horas ele receberá
um relatório no qual constará a existência ou não de pendências financeiras
registradas na Serasa, mostrando o nome da empresa credora, o tipo da dívida e
a data de inclusão ou exclusão da anotação nos bancos de dados; se há empresas
abertas por aquele CPF; quais números de telefones fixos foram cadastrados com
o documento e quais empresas o consultaram nos últimos quatro meses. Um novo
relatório será gerado a cada 15 dias, mesmo que não ocorram novas notificações,
garantindo sua tranquilidade.