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domingo, 4 de dezembro de 2022

Especialista ensina três passos para eliminar os pensamentos negativos

De acordo com William Sanches, terapeuta e especialista em comportamento humano, uma mente feliz cria prosperidade em todos os lugares


Ao contrário do que se imagina, ter pensamentos negativos em algum momento é comum. No entanto, tal comportamento não pode interferir no dia a dia. Esse tipo de situação, geralmente, está relacionada a preocupações, medos ou memórias que não permitem a concentração em outras atividades.

De acordo com William Sanches, terapeuta, escritor e especialista em comportamento humano, existem alguns passos simples que podem ser trabalhados para minimizar os pensamentos negativos, sendo que o primeiro deles é se afastar de pessoas negativas. “A negatividade acaba sendo passada de um para o outro, talvez até de maneira inconsciente. Afinal, elas estão sempre comentando sobre situações infelizes ou observando apenas o que acontece de ruim no mundo, e podem fazer com que passemos a enxergar o universo dessa mesma maneira”, aponta.

Sempre que reafirmamos que algo ruim acontece, William explica que assumimos essa mesma energia, porque passamos a direcionar o foco apenas nas coisas que não deram certo ou que trazem infelicidade.

Para afastar os pensamentos negativos, o especialista recomenda relembrar e listar todas as coisas que deram certo. “Embora haja pessoas que só enxergam o que não deu certo para elas, esquecendo sobretudo o que já se realizou em suas vidas, buscar as coisas que geraram bons frutos é uma maneira de mantermos a mente com o foco e pensamentos positivos”, indica. “Ninguém deseja desenvolver uma crença de que tudo falha em nossas vidas”, completa.

Sanches explica que quando isso acontece, os sonhos perdem força, sendo que isso é uma parte importante de cada ser humano. “São os planos e desejos que dão força e motivam as pessoas a continuar lutando. Trata-se de algo insubstituível que não podemos perder de maneira alguma”, pontua.

O terapeuta afirma ser essencial pensar sempre em felicidade. Quando se está entediado, os pensamentos negativos invadem a mente e estragam o dia, por isso é fundamental manter-se ocupado com trabalhos, projetos ou permitir-se sonhar acordado. “Tudo isso ajuda a manter a negatividade longe e atrair coisas positivas. Uma mente feliz irá criar prosperidade em todos os lugares, uma vez que apenas transmitimos ao universo o que temos e o que somos”, revela o terapeuta.

Ele ainda ressalta que os pensamentos negativos sempre se esgueiram na mente para dominar alguma situação. “A dedicação para não deixar isso acontecer vem apenas do íntimo de cada um, para assim afastar essa vibração e finalmente encontrar a prosperidade oculta presente em nós mesmo”, finaliza. 



William Sanches - Terapeuta e autor de mais de 20 livros. Especialista em Comportamento Humano e Reprogramação Neurolinguística. É pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Também cursou Letras, Pedagogia e é pós-graduado em Literaturas, Educação, Psicologia Positiva e Programação Neurolinguística. Estudou as Questões Sociais do Novo Milênio na Universidade de Coimbra, em Portugal. Apaixonado pelas questões que envolvem a alma, aprofundou-se nos estudos sobre espiritualidade independente e participou de retiros pelo Brasil, Índia e Israel. Com uma linguagem dinâmica e atual, consegue permitir uma reflexão capaz de construir novos caminhos. Educador por excelência, dedica-se às palestras, cursos e workshops que profere em todo o mundo, atingindo um público estimado em dois milhões de pessoas. Possui mais de 25 livros publicados no Brasil, Europa e em toda América Latina. Seu canal no YouTube ultrapassa a marca de 1 milhões de seguidores.
www.williamsanches.com
@williamsanchesoficial


O sucesso alcança as pessoas especiais

COMO SÃO AS PESSOAS ESPECIAIS?

Vamos começar nossa conversa de milhões falando sobre essas pessoas especiais. Passamos uma vida admirando aquelas que, quando conhecemos, sentimos que é um presente divino. Elas são um sucesso, sentimos vontade de estar sempre com elas, de ouvi-las, de aprender. Espalham energias boas por onde passam.

São pessoas capazes de mudarem a nossa vida em apenas um encontro!


ONDE ENCONTRÁ-LAS? 

Nem todo dia somos privilegiados com um encontro desses que preenchem nosso coração e nossa alma e que ficamos pensando: por que isso não aconteceu antes? A conversa de milhões de hoje convida você a encontrar a pessoa mais especial do mundo: você. Não vou dizer que a tarefa é fácil, e isso é devido à maneira pela qual fomos ensinados a viver.

Nossos pais são só seres humanos e, como tal, nos ofereceram como lições aquilo que tinham em sua bagagem de vida.


NAS PRIMEIRAS LIÇÕES

Nascemos imaturos, não sabemos lidar com as emoções e precisamos de modelos. Nossos pais fazem esse papel e, além de conviver, nos ensinam regras e nos alertam sobre o perigo de não as seguir. Vamos crescendo e entendendo o comportamento que deixa os nossos pais felizes.

Satisfaze-los com o nosso “bom” comportamento traz muito conforto para nós, somos acolhidos e nos sentimos amados. Portanto, para sentir o nosso coração quentinho, vamos fazendo exatamente o que os deixa felizes.

E, quando não o fazemos, recebemos o título de ovelha negra. Um clique dessa conversa de milhões é se dar conta se você foi o querido ou se foi o rebelde.


NA ESFERA MAIOR

Aumentando um pouco a esfera de influência, chegamos à família maior: os tios, primos e avós. Ali predominam mais contornos de comportamentos aceitáveis ou não. Às vezes semelhantes ao seu pequeno círculo familiar, às vezes diferentes. Mas todos ali esperam de você atitudes dignas para pertencer a essa família. E, em determinado ponto da vida, você se pega fazendo uma porção de coisas que não gosta, participando de conversas, de festas e de reuniões que não tem nada a ver com quem você é. Essa conversa de milhões pode te levar e concluir que, por amor, você continua como sempre foi.


PRONTOS PARA A VIDA

Vamos para a escola e, lá, aprendemos como devemos agir para se dar bem naquele lugar. E, aos poucos, vamos entendendo que existem as regras sociais da instituição escola, sob a qual predominam também as questões regionais, sociais e financeiras, mas que também há grupos distintos entre os nossos colegas. Cada um desses grupos com seus critérios tácitos para admitir nossa entrada e permanência no grupinho. Isso quer dizer que, seres sociais como somos, precisamos nos portar de certo modo para sermos aceitos nas tribos.

E a conversa de milhões lhe faz perceber o quanto você precisou se esticar ou encolher para fazer parte.


ADULTECER

Adultos, precisamos trabalhar e colocar em prática o que aprendemos para que possamos deixar nossos marcos pela vida.  No mercado de trabalho nos deparamos, ao menos, com 3 situações distintas:

1) ambientes com as regras de comportamento idênticas às aprendidas até aqui de maneira tácita ou expressa;

2) ambientes com sistemas diferentes com do entendimento que temos como bacana, mas aceitáveis;

3) ambientes totalmente diferentes e com códigos difíceis de aceitar.

A conversa de milhões conscientiza você sobre o que fazemos diante dessas situações. Em nome do sustento, realizamos as adequações que forem necessárias para continuar ali, com o nosso emprego.


HORA DE ENCONTRAR ALGUÉM

Não é à toa que tantos relacionamentos não dão certo. Seguimos a vida nos privando de sermos nós mesmos, fazendo adaptações o tempo todo em nome do que aprendemos ser o certo. Aí, em um determinado momento, ficamos doidos para sermos amados. E a conversa de milhões aqui é que topamos fazer o papel esperado para poder viver o romance com o final “felizes para sempre.”

E cadê você? Cadê a pessoa especial de good vibes? Você nem lembra que existe. 


PESSOAS ESPECIAIS E O SUCESSO

Diante de tantos parâmetros estabelecidos para o que é ser feliz, nós perdemos de nós mesmos. De repente, nos damos conta de que fazemos apenas o que os outros querem, pois aprendemos desde muito cedo que pertencer tem um preço e que precisamos nos amoldar para não sermos excluídos.

A conversa de milhões de hoje é para te lembrar o quanto você é especial. Para dizer que você pode viver a vida que quer e merece. Escolher não permitir que ninguém mande em você, nem te desrespeite ou te faça sofrer: nem seus pais, filhos, namorado(a), marido/esposa, amigos, chefes, colegas. Pedir para você que aceite correr o risco de ser você mesmo. 


E POR ONDE COMEÇAR?

Pelo começo. Como seria essa pessoa especial que você gosta de encontrar? Negocie com você mesmo. Olhe para o que esta leitura trouxe de pensamentos para você. Se foi tipo “é isso mesmo” ou “ah, tá! Isso é impossível”. Em qualquer das hipóteses, pare e discuta com você esses pontos de vista. De onde eles partem? São baseados em quê? Aprenda a fazer acordos com você mesmo, pondere sobre as vantagens e desvantagem de ser como é sem se preocupar com os outros, sejam eles quem forem.

Amar-se como é, é o primeiro passo para o sucesso. 

 


Carmen Hornick – Mestre em Estudos de Linguagem (UFMT). Licenciada em Letras Português/Inglês e suas respectivas Literaturas (UNEMAT). Bacharel em Direito (UNIC). Pós-graduada em Linguística Aplicada (UFMT). MBA em Direito do Trabalho (Faculdade Pitágoras). Pós-graduada em Direito: Administração Pública e Controle Externo (FGV). Personal and Executive Coach (ICI - Integrating Coaching Institute). Pós-graduada em Direito Sistêmico (Faculdade Innovare/Hellinger Schule). Certificada no MPP Training and Certification Program pelo (Human Being Institute) e no Curso de Introdução à Análise Transacional (União Nacional de Analistas Transacionais do Brasil). Foi professora de ensino fundamental, médio e superior. É membro da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/MT e colaboradora no projeto Aprender Sistêmico. Autora do livro “Como viver sem coitadisse”, pela Literare Books International. Instagram: @carmen_hornick | e-mail: carmen_hornick@hotmail.com

 

Qualidade de vida e a sexualidade feminina em suas diferentes fases

Historicamente, a sexualidade feminina é um tema que desperta curiosidade nos diferentes meios sociais e que, certamente, apresenta aspectos subjetivos capazes de mobilizar e aguçar o imaginário coletivo. Cercada de mitos e tabus, a sexualidade das mulheres – reprimida por décadas – hoje, tem se firmado com um dos pilares mais importantes quando o assunto é qualidade de vida.

A sexualidade exerce influência sobre os pensamentos, ações e interações e impacta diretamente na saúde física e mental das pessoas, é o que aponta o documento da Assembleia Mundial da Saúde de 2004. “Remover barreiras ao acesso à informações e serviços relacionados à saúde e promulgar leis e regulamentos que promovam e apoiem a saúde sexual são ações que também estão alinhadas à estratégia de saúde reprodutiva”, aponta o documento global.

Uma rotina de práticas saudáveis, tais como, uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, exercícios físicos e movimentos diários de relaxamento são condições que podem contribuir para uma vida sexual mais harmoniosa. Fazer sexo não é apenas prazeroso, o ato sexual tem um papel importante na saúde mental e colabora para um melhor rendimento em outros setores da vida.

Por outro lado, há aspectos importantes a serem considerados no que diz respeito à relação entre sexo e qualidade de vida. Fatores psicológicos como traumas, problemas financeiros e até conflitos pessoais podem impactar no desempenho   sexual das pessoas. Neste caso, as terapias individuais ou de casal costumam apresentar excelentes resultados.

Além disso, é fundamental ficar atento às oscilações de hormônio que, naturalmente, afetam as mulheres na fase madura.  Déficits hormonais podem comprometer o desempenho sexual e, por isso, é importante realizar acompanhamento médico regularmente. É muito comum, nestes casos, a indicação de vitaminas adicionais e tratamento de reposição hormonal (individualizado) para ajudar a manter o equilíbrio e a longevidade. 

Também é possível recorrer a alimentos saudáveis para estimular a prática sexual, a exemplo do morango, gengibre, chocolate amargo, abacate, e da pimenta. Considerados alimentos afrodisíacos, são capazes de potencializar o fluxo sanguíneo nos órgãos sexuais e, consequentemente, aumentar a libido.

O desejo, a excitação genital e a resposta emocional ao estímulo sexual mudam, conforme as etapas da vida, ciclo de ovulação e, principalmente, durante a menopausa.

Normalmente, aos 20 anos, as mulheres apresentam imaturidade sexual.  Nesta fase ocorrem as maiores dificuldades por causa da falta de domínio das zonas erógenas do corpo. Aos 30, a ascensão profissional está entre as prioridades das mulheres. É comum, neste período, o uso contínuo de anticoncepcionais, o que prejudica a libido.

Já aos 40 anos, a preocupação com o envelhecimento passa a ser uma questão importante no universo feminino. Por outro lado, “os 40” são o auge da maturidade emocional, o que facilita a autoestima e conhecimento do próprio corpo.

É na fase dos 50 anos que ocorrem as mudanças mais importantes no aspecto fisiológico. A menopausa ocasiona ressecamento vaginal e falta de lubrificação, o que pode interferir no momento do sexo, no entanto, é a fase do ápice da maturidade emocional e corporal.

Aos 60, 70 e 80, os hormônios não são os mesmos, mas o envelhecimento passa a ser um processo consciente. As relações estão pautadas nos laços familiares. Geralmente, o sexo não ocorre com a mesma frequência, mas está associado a momentos de companheirismo.

 

Dra. Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em Ginecologia Endócrina. Pós -graduanda em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético. Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento. Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. hormonal.

https://www.instagram.com/dra.fabianeberta/?hl=pt-br


Otimismo Tóxico: Empreendimento coletivo para o adoecimento


A sociedade moderna exige constante vigilância na cadeia produtiva, somada a estabelecida e devotada manutenção da formação individual. Afinal, o mercado exige processos mais eficientes e profissionais cada vez mais qualificados, que precisam apresentar e desenvolver não apenas conhecimentos técnicos, mas diversas qualidades pessoais (soft skills), ou seja, comunicação eficaz, empatia, colaboração, organização, flexibilidade, resiliência, trabalhar sob pressão, entre outras. Tudo isso, em condições de urgência, por conta da velocidade com que a sociedade tem alcançado os avanços tecnológicos, produtivos e farmacêuticos. 

Devido a esta dinâmica, a sociedade contemporânea configurou-se a partir de movimentos de extrema racionalidade em relação ao mundo do trabalho. Isso conduziu a contradições da vida moderna, pois se espera que o trabalhador dê conta de todas as expectativas exigidas, como por exemplo, as diversas soft skills, capacitações técnicas e dedicação ao trabalho, sem a possibilidade de adoecimento, tornando-o um programado portador de habilidades e competências, numa perspectiva individualista. 

A produção de sentido, em relação a viver uma vida feliz, prazerosa e com boas vibrações (Mclnerny), vista como um empreendimento coletivo, apesar da individualidade esperada, é postulada e reforçada pela cultura racional do mundo do trabalho. Esses fenômenos modulam um complexo industrial otimista, ou melhor, um otimismo tóxico exigido a todos. 

Sendo assim, como bem coloca Nora McInerny em entrevista à jornalista Jéssica DuLong do Brooklyn, Nova York, publicada pela CNN, há um mundo estranho sendo desenhado. É possível notar que grande parte das pessoas que conhecemos busca seu minuto de fama nos espaços das redes sociais. Essa tentativa visa alcançar o estrelato com produções de seu próprio reality show, transformando o espaço privado em público, uma mercadoria a ser vendida e consumida por estranhos, alienada a um mundo de perfeição e felicidade, que só existem no curto período de um clic da câmera fotográfica ou do Rec de uma filmadora. 

Temos nisso a expectativa de que a felicidade se estenda, seja plena e ininterrupta, com efeito estendido àquela existência, com árdua vigilância para que seja ignorado o doloroso, o desprazer, a tristeza, a falta, etc. Somos exigidos a buscar ser, cada vez mais, os melhores em tudo o que fazemos, a não mostrarmos nossas tristezas, a estarmos prontos a vender um sorriso e uma vida perfeita, afinal, é esperado que você dê 110% em tudo, uma verdadeira perfeição, programado como uma máquina. Tudo isso para quê? Para que venhamos a corresponder alinhados com os diversos mecanismos de controle, que prestam vigilância constante. 

As leis que regem a vida atualmente, em suas diversas dimensões, estão vinculadas a manutenção da contínua “normalidade”, cujo objetivo é manter a máquina produtiva girando, sem a possibilidade da interrupção deste universo produtivo. Se tomamos como exemplo a questão do luto e usarmos o DSM --V (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mantais, referência para diagnósticos de doenças mentais), o tempo da vivência para o enlutado está diminuto. As ligações que fazemos ao longo de nossa existência são responsáveis pela significância do viver, porquanto é comum as pessoas dizerem a alguém que perdeu um ente querido que “a vida perdeu o sentido”. Para o DSM-V, viver o luto, de acordo com seus critérios, deve ocorrer no mínimo por duas semanas, antes de ser posto como transtorno depressivo maior e precisar de medicação. Notadamente pontuado por especialistas, raramente uma pessoa supera tal condição, ou mesmo, procura ajuda em tão pouco tempo. 

Volta-se aqui, portanto, ao dilema de que se não encontrarmos a resposta dentro de nós para uma autorregulagem, estaremos distantes do sentimento de otimismo, alegria e positividade, tão cobrado nas mais diversas formas de expressões sociais, podendo caracterizar um defeito pessoal. Contudo, se nesta busca de autoaperfeiçoamento houver dificuldades, caracterizando a representatividade deste defeito, podemos recorrer aos avanços farmacológicos e, assim, retomarmos nossa suposta vida perfeccionista/otimista. 

A vida moderna, com suas exigências, cobra o afastamento de sentirmos e demonstrarmos esses sentimentos honestamente, decretando a necessidade do constante otimismo, positivismo e perfeição, seja ela na vida real ou virtual. Tudo isso impede o simples ato de estar vivo na sua plenitude, pois deveria ser possível apresentar-se de forma contraditória, imperfeita ou até mesmo infeliz, uma vez que, isso também nos constitui como seres humanos. Não poder viver as imperfeições ou escondê-las, dificulta a constituição de nossa própria identidade, de sermos reais e não ficcionais, mas principalmente, de nos afastarmos do adoecimento coletivo, chamado otimismo tóxico. Afinal, de acordo com Mclnerny (2022) a “vida é frágil e nosso ritmo neste mundo moderno é insustentável”.

 

Marcelo Alves dos Santos - psicólogo clínico e docente de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


Sono dos deuses: Por que atletas de alto nível dormem tanto?

Que uma noite de sono bem dormida pode trazer inúmeros benefícios não é nenhuma novidade. Dormir bem pode, entre outras coisas, regular os sistemas do corpo, os hormônios, recuperar desgastes físicos e mentais, e evitar que efeitos contrários, oriundos da falta de sono, como pré-diabetes, depressão, fadiga e dificuldade em manter o foco, por exemplo, surjam e prejudiquem o indivíduo.

Estudos mostram que uma boa noite de sono, para a maior parte das pessoas, tem entre 6 e 9 horas, podendo variar de pessoa para pessoa. Dormir menos ou mais do que essa variação recomendada pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares e de outras doenças como o diabetes, a demência, aterosclerose, ansiedade, depressão, entre outras. 

Ter sono regular é essencial para todos os indivíduos, contudo, pensemos em atletas, em especial os de alto rendimento, aqueles que praticam esportes para os quais a aptidão física é essencial e demanda uma otimização dos recursos corporais e técnicos. Nomes como LeBron James, um dos maiores jogadores de basquetebol de todos os tempos, Roger Federer, ex-tenista suíço que já foi recordista de títulos, assim como os atletas de futebol, que estão competindo pela Copa do Mundo, o torneio esportivo mais importante da atualidade, já falaram abertamente sobre suas rotinas de preparação física, que incluem jornadas de sono que podem chegar a 12 horas diárias, bem acima da média mencionada acima. Por que?

Atletas de alto nível ou de esportes que exigem muito do físico (e também da mente), estão suscetíveis a uma série de problemas. Uma partida de futebol de noventa minutos, uma luta de boxe com vários rounds de combate físico que pode afetar a integridade do atleta, um ciclista percorrendo as gigantescas corridas, entre vários outros. Todos eles elevam o próprio limite.

O neurocientista inglês Matthew Walker diz que o sono pode ser “a melhor droga de aprimoramento de desempenho”. E concordo com ele, uma boa noite de sono para esses esportistas, pode trazer inúmeros benefícios. Dormir bem pode reduzir drasticamente o risco de lesões, por exemplo, pois é nesse momento que o corpo se recupera de todo o estresse acumulado durante o dia, das rotinas muitas vezes diárias de treinos e competições. Boas noites de sono também garantem melhores reflexos e maior velocidade, atributos necessários para jogadores de futebol e basquete, por exemplo.

De acordo com um estudo publicado na Fatigue Science, uma simples noite mal-dormida pode diminuir o poder de reação em 300%, enquanto a recuperação pode levar dias. Para termos uma ideia, o tempo entre uma partida e outra do campeonato brasileiro é menos de uma semana. A Copa do Mundo de 2022 acontecerá entre 20 de novembro e 18 de dezembro, menos de um mês de muito desgaste. Para competições como essa, o ideal é que os atletas aumentem consideravelmente seu tempo de sono pelo menos algumas semanas antes, mantendo uma rotina, acordando e dormindo nos mesmo horários.

Como costumo enfatizar, os efeitos deletérios da falta de sono não são exatamente reversíveis, isto é, os anticorpos que não foram produzidos, por exemplo, já não foram, e isso deixa o organismo mais suscetível a infecções e inflamações. A atividade física opera milagres e tem sim o potencial de nos ajudar a aprofundar mais o sono e, em parte, recuperar a sensação de restauração, mas a busca do sono perdido é um mito! 

Michael Phelps, maior medalhista da natação, dormia em uma câmara de sono que simulava uma altitude de mais de 2.000km, para forçar o corpo a ter maior circulação durante as provas; Usain Bolt, também, atribui seu sucesso ao investimento nas boas horas de descanso. Não é por acaso: mais motivação, recuperação muscular, melhor foco e reflexo, redução do estresse e da chance de lesões, mais velocidade, sem contar os aspectos mentais, como a regulação emocional que depende de um sono que passe por todas as fases, e que sabemos ser tão importantes quanto os fatores físicos. Se posso assim dizer, para que atletas tenham alto rendimento, precisam de um verdadeiro sono dos deuses do Olimpo.




Laura Castro - sócia-fundadora e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono. Psicóloga da saúde e psicanalista (CRP: 06/83226). Formada em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (2005) e com especialização em Curso Fundamental de Freud à Lacan (2007). Tem mestrado com ênfase em Medicina e Biologia do Sono (2011) e doutorado em Cardiologia (2022), ambos pela Universidade Federal de São Paulo, com período sanduíche no Dana-Farber Cancer Institute, da Universidade de Harvard (2019-20). Atuou como pesquisadora, estatística e gerente administrativa e de operações no Instituto do Sono em São Paulo e é psicóloga do sono pela Associação Brasileira do Sono e Sociedade Brasileira de Psicologia (2017), com mais de 15 anos de experiência.


Qual é o diferencial do Krav Magá para quem luta contra ansiedade?

Apesar do exercício físico ser essencial no tratamento do transtorno, a técnica israelense traz uma perspectiva diferente

 

No Brasil, há algum tempo, é perceptível pelos temas e comentários nas redes sociais, uma disseminação cada vez maior do termo ansiedade. Milhares de pessoas compartilham dicas nas plataformas sobre como diagnosticar a condição, quais são os sintomas, e quais as melhores maneiras de lidar com ela.

Os dados corroboram este cenário: a Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o Brasil como o mais ansioso do mundo em 2019, quase 10% da população afirmou sofrer com as consequências do transtorno. Já de acordo com o Ministério da Saúde, em 2020, de 17 mil pessoas entrevistadas, 86,5% se mostraram afetados pela ansiedade.

O exercício físico é um dos segmentos que compõe o tratamento da condição, em conjunto com o atendimento psicológico. “A atividade física de forma geral protege o organismo dos efeitos prejudiciais do estresse, e possui efeitos antidepressivos e ansiolíticos, principalmente por meio da produção de dopamina, que cai conforme vamos envelhecendo,” explica o israelense Avigdor Zalmon, presidente da Federação Internacional de Krav Magá e responsável pelo ensino da arte no Estado de São Paulo.

Porém, de acordo com ele, o Krav Magá carrega um diferencial no seu método de ensino. “Como a técnica não exige força física, trabalhamos exercícios que ajudam a desenvolver o controle emocional para pensar com clareza e lidar com o medo e com diversas situações de perigo. O medo é, inclusive, uma fonte de ansiedade para muitas pessoas, independente de gênero ou idade.”

Zalmon esclarece que, para quem sofre com o transtorno de ansiedade, o Krav Magá pode ajudar e muito, pois consegue desenvolver no aluno uma ferramenta interna para lidar com momentos de crises. “Regular suas emoções para compor a estratégia do contra-ataque é um dos aprendizados da técnica, o que por consequência aumenta a autoconfiança, proporcionando também estabilidade na resposta emocional em outros cenários da vida,” complementa. “Nossa filosofia é de que os conceitos do Krav Magá devem ser aplicados na nossa rotina diária, para que criemos clareza em todas as nossas decisões.”

Zalmon ainda esclarece que o ambiente do treino também traz para quem participa uma sensação de pertencimento, importante para quem lida com problemas de saúde mental. “Nossos alunos sabem que somos uma grande família, deixamos claro que eles não estão sozinhos e que pedir ajuda também significa ter coragem. Se sentir menos solitário e dentro de uma rede de apoio, é outro lado beneficial para quem lida com a ansiedade.”

Segundo ele, seus alunos contam que costumam sair do treino com um sentimento de euforia e uma sensação de leveza. “A intenção é que aos poucos o nosso aprendiz perceba que seu cérebro funciona de maneira mais eficiente, e que ele possa analisar situações com nitidez, algo que o transtorno impede.”

Zalmon esclarece que, por mais que a sensação de felicidade invada o corpo com os treinos regulares, já que o exercício aumenta a produção de endorfina, é importante também procurar ajuda com um profissional da área da saúde. “A mente e o corpo devem se complementar e ambos devem ser tratados simultaneamente, para que haja o equilíbrio interno.”

Ele finaliza dizendo que o objetivo dos treinos da Federação Internacional de Krav Magá, são de que o aluno aprenda a se defender, superar o medo da violência e do bullying, recuperar sua autoestima e autoconfiança e andar mais seguro na rua, e que isso reflita nas outras áreas de sua vida.

 

Federação Internacional de Krav Magá 
Mais informações: https://www.kravmaga.org.br
YouTube: youtube.com/c/FederaçãoInternacionaldeKravMagá
Central de Atendimento: (11) 97041-9797


Relações afetivas adoecidas: o que fazer?

Muitas são as causas que podem adoecer nossos relacionamentos: discordâncias, ciúmes, depressão, ansiedade, pânico, burnout, bipolaridade. O próprio adoecimento físico como o câncer, traz para muitos casais uma série de incompreensões. Também o luto ocasionado pela perda de um familiar, do trabalho ou mesmo a nossa condição financeira. Tudo isso somado pode nos levar ao pior dos cenários, o do desentendimento, onde deveria haver amor, cumplicidade, trocas afetivas, compreensão. Porém esse não precisa ser o fim do relacionamento, mas um excelente ponto de reflexão e de mudança sobre aquilo que não vai bem. 

Em nossos vínculos afetivos, quando ameaçados os valores essenciais que trazemos, cumulativamente, vai se deteriorando aquilo que trazemos de mais bonito. Porém, o amor também pressupõe sacrifício e este nos faz compreender o valor de uma relação.  


Todos os sentimentos e emoções inerentes ao ser humano precisam ser compreendidos sempre em relação ao contexto que a vida oferece, dia após dia, seja na dimensão social, política, religiosa, familiar, em todos os desdobramentos que comportam. É essencial que possamos nos relacionar com o outro e ter qualidade nestas relações. 


Mas, infelizmente, muitas situações podem alterar nosso equilíbrio emocional e deixar  nossas relações afetivas comprometidas.  Com isso, elas podem efetivamente adoecer.  


No geral, entendemos que as emoções são reações que temos quando recebemos estímulos internos ou externos, com maior ou menor consciência, uns mais intensos, outros não tão claros assim. 


Os sentimentos se originam nas emoções e estão relacionados a conteúdos intelectuais - a valores, a um estado psicológico mais duradouro - que podem permanecer “armazenados”. O fato é que ambos, emoção e sentimento, são interpretações da subjetividade de cada pessoa, e passam por um universo particular. 


Quando duas realidades psíquicas se unem, isto é, duas pessoas diferentes, unem-se dois mundos psicológicos. Isso faz com que, ao entendermos esses sentimentos e emoções através do autoconhecimento, possamos ter clareza para notarmos quando algo não corre bem e estas relações estão adoecidas. 


E o que fazer quando percebemos que algo não vai bem? O primeiro passo é reconhecer que algo está mal, que a comunicação está falha, que há um distanciamento, que a tolerância com o outro está baixa. Perceba o que tem acontecido em sua vida de forma geral, que pode estar adoecendo você e sua vida afetiva. Parece simples, mas reconhecer pode ser o passo mais doloroso, e não adianta fugir dele, pois é como esconder a sujeira debaixo do tapete. 


Ao reconhecer, dialogue, converse e, com isso, avaliem as possibilidades, para tomarem decisões mais amadurecidas e pensadas. Parece simples, mas na comunicação, ou na falta dela, é que moram nossos maiores problemas. Converse presencialmente, não por indiretas ou mensagens longas via redes sociais, como o whatsapp. Olhe, perceba o outro, e deixe-se ser olhado também. 


Não queira apenas relações convenientes! É muito fácil recusar o outro porque ele tem uma opinião diferente da minha, está passando por dificuldades ou está com seu humor deprimido. A conveniência é fácil porque é descartável, pode ser mais rápida e exige menos esforço. Claro que ser empático não é o mesmo que aceitar uma relação abusiva, pois isso é bastante diferente e jamais deve ser permitido. Seja numa amizade, num namoro ou num casamento, não podemos ser diminuídos ou anulados pelo outro, porque para sermos inteiros com o outro, é necessário, primeiramente, sermos honestos conosco mesmo. 


Como diz a música: “é impossível ser feliz sozinho”, mas a forma de amar e se relacionar fará toda a diferença. Um relacionamento pesado, cheio de críticas e cobranças, não sobrevive. Um relacionamento eternamente infantil, que não encara as dificuldades da vida, também não resistirá por muito tempo. 


Precisamos da coragem e da maturidade para viver aquilo que nos distancia, aquilo que pode estar ferindo o que de mais bonito construímos com o outro. Há o momento de cedermos à ajuda do outro, e também o momento em que nós seremos a ajuda para o outro. E assim, sustentamos o carinho e o amor pelo outro em todas as situações, adversidades e nos desafios da vida.


Elaine Ribeiro - psicóloga clínica e organizacional da Fundação João Paulo II / Canção Nova.

Instagram: @elaineribeiro_psicologa

 elaineribeiropsicologia.com.br 

 

O que é o mindfulness e como aplicá-lo no dia a dia

Técnica é bastante indicada por psicólogos para que seus pacientes foquem no presente


Grande parte da população brasileira é considerada ansiosa. São vários os fatores que podem desencadear uma crise de ansiedade, como acontecimentos passados e futuros. Muitas pessoas ficam presas a algo que falaram ou fizeram dias, meses ou anos atrás, pensando se deveriam ter agido ou não de outra forma. Já outras sofrem por antecedência ou pensam demais durante um passeio, por exemplo, deixando de viver o momento. 

Para amenizar esses pensamentos e tranquilizar a consciência, muitos psicólogos indicam o mindfulness. “Essa técnica é formada por diversos exercícios que ajudam no controle do estresse e da ansiedade. Ela pode e deve ser realizada com frequência em lugares silenciosos e confortáveis para que seja possível se concentrar na meditação”, explica Márcia Karine Monteiro, psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista. 

O objetivo principal do mindfulness é fazer com que a pessoa se concentre apenas no presente, esquecendo das distrações. Além dessa técnica diminuir o grau de ansiedade, ela pode prevenir a depressão, aumentar a satisfação com o corpo, trabalhar com o funcionamento do cérebro e reforçar o nível de atenção do paciente.


Amor sem limites: sexo, fantasia e desejo

Norte-americanos revelam interesse crescente em não-monogamia


Vamos falar sobre sexo – porque acontece que muitos norte-americanos não sabem como fazer direito. Ashley Madison, o maior site de namoro para casados do mundo, fez uma parceria com a Dra. Zhana Vrangalova, uma renomada pesquisadora de sexo, e o YouGov para descobrir o que os norte-americanos estão pensando (fantasiando) quando se trata de sexo e para mostrar como agir de acordo com esses pensamentos. Os resultados são detalhados em um novo relatório intitulado Unbound Love: Sex, Fantasy, and Desire. Este relatório chega em um momento importante, pois os interesses e costumes sexuais estão mudando, apesar do relatório revelar que quase metade das pessoas da América do Norte casadas não sabem, ou talvez sejam inseguros,em expressar suas fantasias e desejos sexuais com seu parceiro. A razão para essa hesitação pode ser porque dois terços dos norte-americanos (61%) em relacionamentos comprometidos relatam que fantasiaram fazer sexo com várias pessoas – um assunto que pode ser difícil de discutir com seu parceiro, até agora.

 

Um vislumbre por trás de portas fechadas

A maioria dos norte-americanos comprometidos pesquisados (88% - 93% dos homens e 83% das mulheres) relataram experimentar pelo menos uma das fantasias sexuais testadas em algum grau. Enquanto a fantasia mais comum era intimidade, paixão e romance (com 86% dos norte-americanos compromissados fantasiando sobre isso em algum grau), mais de três quartos deles (85% dos homens e 68% das mulheres) relataram ter fantasiado sobre algo mais impertinente, como BDSM, não-monogamia e sexo com vários parceiros.

Quase dois terços (64%) dos entrevistados na pesquisa relataram fantasiar até certo ponto sobre novidades sexuais (novos atos, posições, locais e brinquedos), 61% relataram fantasias envolvendo outras pessoas (brincadeiras em grupo, troca de parceiros, relacionamentos abertos, ou sexo com pessoas diferentes), enquanto 43% relataram já ter fantasias sobre poder e controle como BDSM e jogo de poder.

Aproximadamente um quarto (26%) dos entrevistados (30% de homens comprometidos versus 22% de mulheres comprometidas) confessou ter fantasiado sobre atos homoeróticos ou de gênero.

Além das fantasias de BDSM (que eram igualmente comuns em ambos os gêneros), os homens comprometidos relataram praticamente todas as fantasias com mais frequência do que as mulheres comprometidas (com uma diferença de gênero entre 10-30%). No entanto, todas as fantasias sexuais eram comuns entre ambos os gêneros, sugerindo que muitos interesses sexuais anteriormente considerados “controversos” ou “incomuns” são de fato bastante típicos.

Infelizmente, apesar da alta prevalência de muitas fantasias sexuais, quase metade de todos os entrevistados (47% dos homens e 40% das mulheres) não sentiam que poderiam compartilhar facilmente suas fantasias sexuais com o parceiro.

"É triste, mas não surpreendente, que muitas pessoas não possam expressar suas fantasias sexuais abertamente", diz Dr. Zhana. “Mesmo quando nos abrimos lentamente, nossa cultura continua a estigmatizar muitos desejos e fantasias sexuais, especialmente aqueles que não se encaixam em uma estreita caixa social de comportamento aceitável e continua a censurar informações e conversas sobre sexualidade de forma mais ampla. pessoas de linguagem e confiança para falar sobre suas fantasias sexuais com seus parceiros e os faz sentir vergonha, culpa e medo."

 

A grande divisão geracional

Uma descoberta significativa do estudo é que o estigma associado ao sexo é gradualmente menos prevalente entre uma geração mais jovem (de 18 a 34 anos), que é mais propensa a fantasiar sobre novidades (71% vs 61% entre aqueles com mais de 35 anos), poder , controle e sexo violento (65% vs. 35%), não-monogamia (71% vs 57%) e homoerotismo (42% vs. 20%) do que os grupos etários 35+.

Além disso, os jovens norte-americanos comprometidos (60%) sentem-se à vontade para compartilhar suas fantasias com um parceiro em comparação com 47% da faixa etária de mais de 55 anos. Eles também são muito mais propensos (44%, excluindo os que preferiram não falar) a pensar que alguma forma de abertura sexual seria ideal para seu relacionamento, em comparação com 22% (excluindo os que preferiram não falar) da faixa etária de 55+.

 

À frente da curva

Em comparação com os norte-americanos comprometidos como um todo, os membros de Ashley Madison* têm taxas mais altas de todos os tipos de fantasias sexuais (60-90+% vs 42-80+% até certo ponto), com exceção do homoerotismo, onde os números foram semelhantes. No entanto, os membros de Ashley Madison eram muito menos propensos (30%) a sentir que podiam compartilhar com seus parceiros principais do que o norte-americano comprometido médio (54%). Curiosamente, alguns membros do Ashley Madison dizem que ter um parceiro secundário lhes permite explorar seus desejos sexuais e que, de outra forma, não seriam realizados em seu relacionamento primário.

Eles também são duas vezes mais propensos a estar em relacionamentos em que não fazem mais sexo com seus parceiros primários (15%) em comparação com a população geral (6%). Mais de três quartos (77%) dos membros também relatam não estar muito satisfeitos com os aspectos sexuais de seu relacionamento primário – quase o dobro da população geral parceira (42%). Dado esse “estado de coisas”, não deveria ser surpresa que os membros de Ashley Madison tenham escolhido terceirizar algumas de suas necessidades e buscar satisfação sexual por meio dessas conexões extraconjugais. Muitas vezes, essa é uma maneira de preservar sua parceria primária e, ao mesmo tempo, satisfazer algumas de suas necessidades humanas básicas.

"Os dados mostram um interesse crescente na não-monogamia, seja através da fantasia ou explorada na vida real", diz Isabella Mise, diretora sênior de comunicações da Ashley Madison. “Esperemos que este relatório encoraje pessoas a verem que as suas fantasias sexuais possam fortalecer os seus relacionamentos a longo prazo e, se abordadas corretamente, as conversas sobre fantasias não precisam ser vistas como uma ameaça ao relacionamento principal".

 

*Pesquisa de 1.942 membros do Ashley Madison de 20 de setembro de 2022 a 27 de setembro de 2022

Todos os números, salvo indicação em contrário, são da YouGov Plc. O tamanho total da amostra foi de 802 adultos em relacionamentos românticos. O trabalho de campo foi realizado entre 20 e 21 de setembro de 2022. A pesquisa foi realizada online. Os números foram ponderados e são representativos de todos os adultos dos EUA (com mais de 18 anos).


Ashley Madison


4 óleos essenciais que ajudam no combate ao estresse

A aromaterapia é uma ótima opção de tratamento auxiliar do estresse e da ansiedade

 

O dia a dia pode ser bastante estressante, mas existem muitas formas de aliviar o estresse e a ansiedade. Uma delas é a utilização dos óleos essenciais, substâncias extraídas de plantas aromáticas e que é reconhecida como uma prática integrativa para o tratamento de diversas doenças. 

Aliás, o uso de óleos essenciais é tão certeiro que já foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma prática complementar de tratamento à saúde. 

"Existem óleos essenciais isolados, que vem de uma única planta, e existem os associados, chamados blends de óleos, em que se concentram mais de um aroma que se potencializam, trazendo um resultado conjunto terapêutico muito importante", explica Michelle Reis, farmacêutica da Phytocare Farmácia de Manipulação.

 

Como a aromaterapia combate o estresse? 

De fato, a aromaterapia (isto é, o uso dos óleos essenciais) é bastante indicada no tratamento do estresse. Nesse caso, as essências atuam diretamente no sistema nervoso central através da inalação, trazendo uma sensação de bem-estar quase imediata. 

"A terapia pode ser usada por qualquer idade desde que com moderação", explica Michelle. "Para crianças, pode ser usada no banho ou em gotas no travesseiro (para crianças agitadas e até mesmo adolescentes). Pode ser usada também nas vaporizações de ambiente ou em gotas aplicadas diretamente na pele em locais estratégicos como dorso do braço, interno da coxa, atrás da orelha e central, no peito."

 

Qual óleo utilizar para combater o estresse? 

Se você não sabe por onde começar a prática da aromaterapia, é muito importante entender que cada óleo tem uma função - e se atentar a elas faz toda a diferença. 

No caso do estresse, os óleos que podem ser utilizados sozinhos são: 

  • Lavanda: relaxa e baixa a frequência cardíaca, fornecendo sensação de bem-estar.
  • Erva-baleeira: auxilia a soltar a tensão e a deixar de ser refém das próprias expectativas, diminuindo a sensação de culpa.
  • Camomila: promove a sensação de calma, tranquiliza, traz paz.
  • Hortelã com pimenta: é um estimulante que ajuda a clarear as ideias para a tomada de decisão em um momento estressante. 

"Todos esses podem ser usados separados ou juntos, por meio de difusores de ambiente, colocando sempre 15 a 20 gotas do óleo em água", explica a profissional. "Podem ser usados também em cremes para o corpo: utilize o creme da sua escolha (de preferência sem fragrância), adicione 15 a 20 gotas e aplique no corpo." 

Para quem gosta da ideia de usar os óleos durante o banho, é possível aplicar de 15 a 20 gotas no box fechado - com o cair da água quente, o aroma do óleo será exalado, transformando essa em uma experiência bastante relaxante. 

"Podemos aplicar também gotas sob o travesseiro antes de dormir - uma opção muito aceita para crianças, adolescentes e idosos. E os óleos essenciais podem ser usados também na lavagem de roupas, trazendo aroma incrível", finaliza.

 

Michelle Reis - Farmacêutica Bioquímica pela Universidade de Guarulhos, MBA em Marketing Executivo na Fundação Getúlio Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching -- IBC e Formação em Coaching Ericksoniano. Pública pelo ICTQ. Foi Diretora de Compliance e Qualidade Operacional no startup rede de clínica médicas, por 3 anos. É Membro do Potencial Compliance a mais de 1 ano, onde contribui com conteúdos de Compliance para o Varejo e Saúde.

https://www.phytocare.com.br/

 

07 dicas para conduzir situações polarizadas!

“Os brasileiros estão passando por uma fase de muitas rupturas, tanto no ambiente familiar como no profissional. Parentes “virando a cara” e empresas até perdendo clientes ou sofrendo boicotes. A realidade é que está cada vez mais difícil conversar”, reflete Diana Bonar.

A especialista em Conflitos e Comunicação Não Violenta ressalta ainda que parece que o país foi dividido em dois lados antagônicos e o simples fato de verbalizar o candidato  a presidência da sua preferência causa todos os tipos de reações negativas.

Segundo Diana, é importante ressaltar que o conflito nasce da percepção de que o outro pode ser uma ameaça de algo importante para mim. Pois se o outro tem um pensamento antagônico, que por exemplo, possa ameaçar a minha integridade, senso de segurança ou liberdade de expressão, eu reajo a isso.

“Quando enxergo meu oponente como uma ameaça,  os sentimentos predominantes são de medo, raiva, indignação e o instinto de defesa ou ataque entram em cena. É por este motivo que o conflito entre Esquerda e Direita parece irremediável. Ao invés de diálogo, há troca de rótulos ‘comunista’ ou ‘fascista’, por exemplo, e nos afastamos de qualquer possibilidade de reflexão conjunta”, ressalta ela.

Para Diana, as Fake News, muito difundidas hoje em dia, contribuem de forma muito negativa, porque elas aumentam o que chamamos de construção da “figura do inimigo” de ambos os lados. Disseminando sentimentos de ódio, medo e desejo de vingança. Portanto, conhecimento histórico e social, junto com senso crítico, nunca foi tão relevante para construção da harmonia social.

Uma das dicas da especialista em conflitos é questionar tudo que chegar até você, investigue e reflita antes de passar adiante, pois quem produz Fake News tem como objetivo final que é a da manipulação.

No Brasil, por exemplo, o discurso de ódio tem se tornado um problema, e representa uma fala intolerante e sem empatia.

“Não é “mimimi. Discursos de ódio podem virar ações concretas violentas. Em geral, o alvo são mulheres, negros, pessoas LBTQIA+, indígenas, crenças religiosas específicas. O discurso de ódio traz em si o desejo de eliminar, destruir, acabar com o alvo do ódio”, diz Diana que continua... “Todos nós devemos estar muito atentos a isso e coibir qualquer discurso de ódio contra qualquer grupo. Não devem ser tolerados e devem ser coibidos como prevê a lei.”

De acordo com Diana, discurso de ódio não é liberdade de expressão, esta garante que a democracia possa existir e florescer. Pensamentos divergentes são bem-vindos e fazem parte de uma construção democrática. Você pode e deve emitir a sua opinião, mas você não pode estimular o extermínio de pessoas.

Seguem algumas dicas da Diana Bonar, especialista em conflitos e Comunicação Não Violenta, para saber como conduzir situações e conversas polarizadas.

 Confira: 

  1. Tenha certeza de que você não está repetindo Fake News. Elas podem alterar a sua percepção da realidade;
  2. Evite palavras de julgamentos e verbalize como você se sente e o que você precisa. Ambos os grupos, precisam se sentir seguros, por exemplo, esse é um solo comum. Xingamentos mútuos geram afastamento.
  3. Pratique ouvir, mesmo discordando. Isso dará mais espaço para um diálogo de aprendizado e troca.
  4. Se perceber que a sua irritação está aumentando, se retire da conversa antes.
  5. Independe de que lado está, defenda a vida. Não apenas de quem pensa como você, mas a de todos nós. Isso revela seus valores de compaixão, empatia, democracia.
  6. Se perceber que a pessoa não consegue mais distinguir fato de Fake News e que o diálogo é quase impossível, não ofenda ou diminua essa pessoa. Busque com quem conversar, e de forma bem mais sútil e transversal insira pontos de reflexão sem confronto. 
  1. Antes de iniciar a conversa, avalie dois pontos centrais:
  1. Quem é essa pessoa na minha vida. Qual a importância deste vínculo para mim. Qual o grau de dor emocional envolvido ao perder este vínculo?
  2. Qual o nível de importância para eu falar sobre isso?


Com base na sua resposta, veja o gráfico abaixo e reflita qual seria a sua melhor escolha. Se o vínculo importa e o tema também, você deverá ter muita sensibilidade e saber muito bem usar a Comunicação Não Violenta para conduzir essa conversa.

Se o vínculo for mais importante, será mais sábio acomodar a situação. E não falar sobre isso com essa pessoa.

Se nenhum dos dois importa, nem comece.

Se o assunto é mais importante que a pessoa, exponha a sua opinião com respeito, sabendo que possivelmente o outro lado também não mudará de ideia. Avalie se vale a pena entrar nesta competição.

 

Obra fortalece conexão com as lições de iluminação dos grandes mestres da Kabbalah

Professor Shmuel Lemle reúne ensinamentos sobre como acessar a força interior para lidar com as inseguranças e com o próprio ego


Estar preparado para lidar com as dificuldades diárias e ser capaz de tomar as melhores decisões são desafios constantes para quem deseja viver com equilíbrio. Com um método prático, a Kabbalah, filosofia ligada ao misticismo judaico, auxilia nesse processo e atrai cada vez mais interessados.

Praticantes e curiosos agora podem encontrar respostas para seus dilemas na obra Mestres da Kabbalah - Ensinamentos para uma vida iluminada, lançamento da Matrix Editora. No livro, o professor Shmuel Lemle fortalece a conexão com a corrente de sábios que dedicaram suas vidas na busca da compreensão e da iluminação.

O título reúne lições de estudiosos como Rabi Akiva, Rav Isaac Luria e Rabi Meir Baal Ha’Nes, que emprestam seus conhecimentos em benefício daqueles que já estudam a Kabbalah, e poderão fortalecer sua conexão com os ensinamentos, e aos que possuem curiosidade em conhecê-la. Estas orientações revelam que nada acontece por acaso, mas sim pelas leis de causa e efeito. Assim como existem leis físicas há também as espirituais.

Com esse entendimento, percebemos que perdoar não tem nada a
ver com o outro. Alguém pode falar que o outro não merece o perdão.
Mas a questão não é fazer algo pelo outro. Se você quer ser feliz,
precisa se livrar da ilusão de que é vítima de outra pessoa. O motivo
pelo qual você deve perdoar é o de libertar a si mesmo.
(Mestres da Kabbalah, p. 101)

Lições sobre como lidar com medos e inseguranças, resolução de problemas nos relacionamentos, perdão e empatia, além de maneiras de acessar a força interior, são alguns dos preceitos da obra. O objetivo destes ensinamentos é transformar a realidade das pessoas por meio do conhecimento milenar da Kabbalah e ajudá-las, sobretudo, a lidar com o próprio ego.

Para isso, o autor propõe uma evolução de consciência. Após se dedicar por mais de duas décadas aos estudos sobre o assunto, Shmuel Lemle reforça as doutrinas dos sábios que aprenderam a examinar a vida e seus acontecimentos de modo mais profundo.

Com trabalho reconhecido em todo o país, o autor já traduziu diversos livros sobre a prática milenar para o português e possui milhares de visualizações de artigos e vídeos. Ele também ministra aulas sobre Kabbalah no Brasil e nos Estados Unidos. Ao resgatar as lições dos grandes mestres, o escritor prepara os leitores para uma jornada de cura, satisfação, felicidade e paz.


Ficha técnica

Título: Mestres da Kabbalah - Ensinamentos para uma vida iluminada
Autora: Shmuel Lemle
Editora: Matrix Editora
ISBN/ASIN: 978-65-5616-278-2
Páginas:
 112
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 27,00
Onde encontrar: Matrix EditoraAmazon

Sobre o autor

Formado em engenharia de produção pela PUC-RJ, Shmuel Lemle é professor de Kabbalah desde 2000. Além de ministrar aulas no Brasil e nos Estados Unidos, foi tradutor de diversos livros sobre o tema para o português. Lançou pela Matrix Editora o livro-caixinha Sementes da Kabbalah.
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