Historicamente, a sexualidade feminina é um tema que desperta curiosidade nos diferentes meios sociais e que, certamente, apresenta aspectos subjetivos capazes de mobilizar e aguçar o imaginário coletivo. Cercada de mitos e tabus, a sexualidade das mulheres – reprimida por décadas – hoje, tem se firmado com um dos pilares mais importantes quando o assunto é qualidade de vida.
A sexualidade exerce influência sobre os
pensamentos, ações e interações e impacta diretamente na saúde física e mental
das pessoas, é o que aponta o documento da Assembleia Mundial da Saúde de 2004.
“Remover barreiras ao acesso à informações e serviços relacionados à saúde e
promulgar leis e regulamentos que promovam e apoiem a saúde sexual são ações
que também estão alinhadas à estratégia de saúde reprodutiva”, aponta o
documento global.
Uma rotina de práticas saudáveis, tais como, uma
alimentação equilibrada, rica em nutrientes, exercícios físicos e movimentos
diários de relaxamento são condições que podem contribuir para uma vida sexual
mais harmoniosa. Fazer sexo não é apenas prazeroso, o ato sexual tem um papel
importante na saúde mental e colabora para um melhor rendimento em outros
setores da vida.
Por outro lado, há aspectos importantes a serem
considerados no que diz respeito à relação entre sexo e qualidade de vida.
Fatores psicológicos como traumas, problemas financeiros e até conflitos
pessoais podem impactar no desempenho sexual das pessoas. Neste
caso, as terapias individuais ou de casal costumam apresentar excelentes
resultados.
Além disso, é fundamental ficar atento às
oscilações de hormônio que, naturalmente, afetam as mulheres na fase
madura. Déficits hormonais podem comprometer o desempenho sexual e, por
isso, é importante realizar acompanhamento médico regularmente. É muito comum,
nestes casos, a indicação de vitaminas adicionais e tratamento de reposição
hormonal (individualizado) para ajudar a manter o equilíbrio e a
longevidade.
Também é possível recorrer a alimentos saudáveis para
estimular a prática sexual, a exemplo do morango, gengibre, chocolate amargo,
abacate, e da pimenta. Considerados alimentos afrodisíacos, são capazes de
potencializar o fluxo sanguíneo nos órgãos sexuais e, consequentemente,
aumentar a libido.
O desejo, a excitação genital e a resposta
emocional ao estímulo sexual mudam, conforme as etapas da vida, ciclo de
ovulação e, principalmente, durante a menopausa.
Normalmente, aos 20 anos, as mulheres apresentam
imaturidade sexual. Nesta fase ocorrem as maiores dificuldades por causa
da falta de domínio das zonas erógenas do corpo. Aos 30, a ascensão
profissional está entre as prioridades das mulheres. É comum, neste período, o
uso contínuo de anticoncepcionais, o que prejudica a libido.
Já aos 40 anos, a preocupação com o envelhecimento
passa a ser uma questão importante no universo feminino. Por outro lado, “os
40” são o auge da maturidade emocional, o que facilita a autoestima e
conhecimento do próprio corpo.
É na fase dos 50 anos que ocorrem as mudanças mais
importantes no aspecto fisiológico. A menopausa ocasiona ressecamento vaginal e
falta de lubrificação, o que pode interferir no momento do sexo, no entanto, é
a fase do ápice da maturidade emocional e corporal.
Aos 60, 70 e 80, os hormônios não são os mesmos,
mas o envelhecimento passa a ser um processo consciente. As relações estão
pautadas nos laços familiares. Geralmente, o sexo não ocorre com a mesma
frequência, mas está associado a momentos de companheirismo.
Dra. Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em Ginecologia Endócrina. Pós -graduanda em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético. Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento. Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. hormonal.
https://www.instagram.com/dra.fabianeberta/?hl=pt-br
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