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sexta-feira, 15 de julho de 2022

PILATES: CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DESSA PRÁTICA PARA O TRATAMENTO DA DIABETES

Será que de fato essa atividade ajuda? A fisioterapeuta e diretora do Instituto Pilates de Guarulhos, Ana Luisa Marçal, tira essa e outras dúvidas sobre o assunto. 

 

Segundo a sociedade brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 13 milhões de pessoas possuem essa patologia no Brasil, e esse número tende a aumentar anualmente. O Diabetes é uma doença que afeta o nosso organismo, trazendo diversos problemas. Além disso, desperta uma grande preocupação das autoridades da saúde pública devido a sua mortalidade. 

Para aqueles que sofrem de Diabetes, é extremamente importante estar sempre ligado com seus níveis de açúcar no sangue, e sempre ficar em dia com a saúde para não se prejudicar ainda mais. 

“O pilates  é um ótimo aliado no tratamento, pois o método acelera o metabolismo e no fortalecimento muscular, ajudando na queima calórica e proporcionando inúmeros outros benefícios. Desta forma, ele auxilia no tratamento da Diabetes de forma eficaz, fazer exercícios e ter uma alimentação saudável são a base para o tratamento. ”, explica a fisioterapeuta e diretora do Instituto Pilates. 

A maioria das pessoas sabe da importância da realização de atividades físicas para a saúde. No entanto, com os níveis de sedentarismo se mantendo cada vez mais altos, fica nítido o quanto nem todo mundo toma alguma atitude quanto a isso. Esse problema é ainda mais grave quando falamos de pessoas com diabetes. 

“Um dos reflexos da prática de exercícios é o controle da glicose do organismo, algo fundamental para o bem-estar de quem tem diabetes. Também é um ótimo caminho para controlar a obesidade e o estresse. Nesse sentido, o pilates se mostra como uma excelente alternativa para quem deseja começar a se movimentar. ”, comenta Ana Luisa Marçal. 

Abaixo, a fisioterapeuta traz alguns benefícios dessa prática para os diabéticos, confira:

  • Aumento da massa muscular;
  • Aumento do gasto energético diário;
  • Melhora a circulação arterial e função intestinal;
  • Contribui para a aceleração do metabolismo;
  • Aumenta a resistência;
  • Melhora os níveis glicêmicos do sangue;
  • Combate a obesidade;
  • Diminui o estresse;
  • Reduz riscos de problemas no coração.

 

“Mas lembrando que, para quem possui essa condição, é importante ser acompanhado por um especialista, e fazer uma avaliação rigorosa antes de iniciar qualquer exercício”, conclui a diretora do Instituto Pilates, Ana Luisa Marçal. 

Ficou com alguma dúvida? Quer saber mais sobre o tratamento e benefícios do pilates? Saiba mais sobre essa atividade em: www.institutopilates.com.br

 

Ana Luisa Marçal - fisioterapeuta (Crefito: 127346-F) e atua como Diretora Clínica da Unidade de Guarulhos, do Instituto Pilates. A profissional possui formação em pilates solo e aparelhos para patologias da coluna e estabilização segmentar vertebral; além de especialização em fisioterapia Neurofuncional pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

www.institutopilates.com.br


O que vem a ser a cegueira facial que afeta o ator Brad Pitt?

 Tratamento neuropsicológico auxilia o paciente a lidar com a doença

 

Veio a público na última semana, um relato do ator norte americano Brad Pitt de 59 anos, sobre ser portador de cegueira facial. Um distúrbio neurológico que impede a capacidade de reconhecimento facial.

O bem sucedido ator de diversos filmes de sucesso do cinema, não possui um diagnóstico formalizado, mas declarou que essa dificuldade em identificar o rosto das pessoas, faz com que se sinta envergonhado além de prejudicar sua vida social, pois já foi até rotulado como “antipático” e “mal educado” por não se lembrar do outro. Mas o que vem a ser esse distúrbio e como tratar?

Vamos entender melhor sobre esse problema. A prosopagnosia é o nome científico para a cegueira facial. Quem recebe esse diagnóstico, por não conseguir distinguir as pessoas pela face, de forma estratégica, tenta identificar os indivíduos, mesmo que sejam muito conhecidos e íntimos, através de outras características físicas, como: cabelo, barba, altura, voz, roupas e etc.
Essa condição, infelizmente, pode afetar qualquer pessoa, podendo ter uma causa genética ou ser uma consequência neurológica de doenças como a esquizofrenia, AVC, traumas cerebrais, Alzheimer ou depressão severa.

Por ser pouco conhecido, o distúrbio é, muitas vezes, classificado como falta de memória, falta de educação, arrogância ou até mesmo estrelismo. No caso do ator de Hollywood, a limitada interação social, discutida em alguns tabloides, apontam Brad como sendo um “ator estrela”, fato que o levou a desenvolver episódios de ansiedade, tristeza e depressão.

Falta de memória ou racionamento da inteligência nada tem a ver com a cegueira facial, conforme estudos neurológicos e neuropsicológicos já confirmaram. O diagnóstico se dá através da aplicação de diversos testes e exames de imagem que detectam as nuances e diferenças entre as pessoas, a partir da análise fatiada de áreas do cérebro que podem indicar alterações cognitivas visuais.

Porém, não existe cura para o distúrbio, mas o tratamento neuropsicológico auxilia o paciente a criar estratégias de identificação facial e meios de amenizar a sua dificuldade interativa com as pessoas à sua volta.

De todos os sintomas e afetações da cegueira facial, talvez o medo, a insegurança, a ansiedade e a vergonha, sejam umas das características mais desafiadoras do paciente. Principalmente para uma pessoa como o ator que vive de sua imagem e das suas relações interpessoais em seu universo de fama e sucesso.

Tanto que o astro fez a escolha pelo isolamento e afastamento dos holofotes em diversos momentos da vida, para evitar situações constrangedoras decorrentes da prosopagnosia.

Enfim, fica aqui um alerta despertado pela condição de saúde de Brad Pitt: antes de julgar as atitudes do outro, sejam quais forem, atirar pedras e rotular como “estrelismo” certas ações, devemos considerar que o outro possa estar com algum tipo de problema.

 Não escolhemos estar doentes e a cegueira facial, por exemplo, por ser pouco divulgada, pode confundir e facilitar os julgamentos alheios em cima de quem convive com o distúrbio.

Verdade seja dita: a angústia por não reconhecer facialmente as pessoas, principalmente, as mais próximas, é imensa e pode potencializar uma sensação de nulidade e impotência.

Desta forma, ao menor sinal de que algo está errado, busque ajuda médica aliada a sessões de psicoterapia para encontrar respostas e maneiras estratégicas de conviver com essa doença incurável.


Dra. Andréa Ladislau 

Psicanalista


Otite: infecção no ouvido pode provocar a perda auditiva?

Especialista explica como evitar quadros mais graves, além da importância de buscar o tratamento correto no início dos sintomas

 

A Otite é um problema que pode afetar pessoas de qualquer idade. Esse nada mais é que o termo médico utilizado para denominar as infecções e inflamações do ouvido, que pode ocorrer na estrutura externa, média (local mais comum) ou interna da região. No entanto, o que pouca gente sabe é que, sem o tratamento adequado, a condição pode se desenvolver para sintomas mais graves.

 

De acordo com Tatiana Guedes, fonoaudióloga e especialista em Audiologia, a otite externa ocorre quando a infecção acomete a parte externa do ouvido, sendo causada por fungos e/ou bactérias. “Eles podem entrar no ouvido ou serem conduzidas por cotonetes, grampos, tampas de canetas ou o próprio dedo. Esse tipo de otite é mais comum no verão devido à maior proximidade com praias e piscinas, já que quando a água entra no ouvido a otite pode aparecer”, esclarece.

 

Já nos casos de otite média, Tatiana explica que a mais comum é a inflamação que ocorre na orelha média. “Geralmente é a evolução de uma gripe, resfriado ou infecção respiratória. Pode ocasionar dor intensa e súbita. Outros sintomas também são comuns, como febre alta e mal-estar geral”, acrescenta.

 

A especialista ressalta que, nos casos de acúmulo de secreção na orelha média, pode acontecer a perfuração da membrana timpânica, justamente para a eliminação dessa secreção.

 

Sintomas mais graves

 

Tatiana alerta que quando a otite não é tratada, ela pode evoluir para um quadro de otite crônica, em que os sintomas se arrastam por mais de 12 semanas. “Diferente da otite média, pacientes que sofrem com otite crônica não costumam apresentar sintoma de dor. A otite crônica também pode ter como causas a perfuração do tímpano, a disfunção da tuba auditiva ou o trauma mecânico.”

 

Nesse caso, a otite interna acomete a estrutura mais complexa do ouvido, onde se localizam a cóclea, responsável pela audição, e o labirinto, responsável pelo equilíbrio. “Infecções nessa região exigem muito cuidado, já que podem causar sérios danos ao sistema auditivo, ocasionando sintomas como desequilíbrio, vertigem e tontura, além da perda de audição”, destaca.

 

Perda auditiva

 

A especialista comenta que, na maioria dos quadros de otite, é comum a perda auditiva, que muitas vezes é uma condição temporária. Mas, se não tratada, essa perda de audição tem a possibilidade de se tornar permanente. “O importante é ficar atento aos sintomas descritos e procurar sempre um médico. Ele irá avaliar o quadro clínico e solicitar exames complementares como audiometria e imitanciometria. O tratamento das otites pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da causa e extensão da infecção”, orienta.

 

Quando a perda auditiva é uma consequência da otite, se faz necessário o uso de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI). “Os aparelhos de audição são uma extensão do tratamento, sendo capazes de restabelecer a capacidade auditiva e trazer qualidade de vida”, ressalta.

 

Fonte: Tatiana Guedes Santólia Martini - Fonoaudióloga, CRFa 6-3289. Sócia e diretora clínica da SONORITÀ Aparelhos Auditivos. Especialista em Audiologia, com vasta experiência em Seleção, Indicação e Adaptação de Aparelhos Auditivos.


Endometriose

Ginecologista explica que tipo de tratamento dependerá da gravidade do caso

 

A endometriose é um distúrbio doloroso em que o endométrio, tecido que normalmente reveste o interior do útero, cresce e aparece fora do útero. A doença geralmente, envolve ovários, trompas de falópio e o tecido que reveste sua pélvis.


A ginecologista, obstetra e especialista em Medicina Fetal do Hospital Icaraí, Dra. Flávia do Vale, explica que o endométrio é a camada interna do útero, que é preparada todo mês para receber um bebê. Quando a gravidez não acontece o corpo descama e joga essa camada fora em forma de menstruação. Logo, na endometriose, esse tecido implantado em outros órgãos, sangra como menstruação e fica preso, causando dor no período menstrual.


“Quando a endometriose envolve os ovários, cistos chamados 'endometriomas' podem se formar. O tecido circundante pode ficar irritado, eventualmente desenvolvendo tecido cicatricial e aderências — faixas de tecido fibroso que podem fazer com que os tecidos e órgãos pélvicos grudem uns nos outros”, explica a médica.

Desse modo, a doença pode causar dor, às vezes intensa, especialmente durante os períodos menstruais e, caso não seja tratada da forma correta, a mulher pode até apresentar problemas de fertilidade.


Sintomas

O principal sintoma da endometriose é a dor pélvica, muitas vezes associada aos períodos menstruais. Embora muitas mulheres sintam cólicas durante os períodos menstruais, a médica explica que aquelas com endometriose, geralmente, descrevem uma dor menstrual muito pior do que o normal. A dor também pode aumentar com o tempo.


Os sinais e sintomas comuns da endometriose incluem:

* Menstruação dolorosa (dismenorreia): ador pélvica e as cólicas podem começar antes e se estender por vários dias até o período menstrual. Também pode ter dor lombar e abdominal.
* Dor com relação sexual: dor durante ou após o sexo é comum quando há endometriose.
* Dor com movimentos intestinais ou micção: é mais provável que você experimente esses sintomas durante um período menstrual.
* Sangramento excessivo: você pode experimentar períodos menstruais intensos ocasionais ou sangramento entre os períodos (sangramento intermenstrual).
* Infertilidade: pode-se observar sintomas como fadiga, diarreia, constipação, inchaço ou náusea, especialmente durante os períodos menstruais.

“A gravidade de dor pode não ser um indicador confiável da extensão de sua condição. Pode haver endometriose leve com dor intensa ou pode ter endometriose avançada com pouca ou nenhuma dor”, alerta Flávia.


Diagnóstico

Para diagnosticar a endometriose e outras condições que podem causar dor pélvica, é importante valorizar os sintomas, incluindo a localização da dor e quando ela ocorre.

“Às vezes, a endometriose é diagnosticada pela primeira vez em pessoas que procuram tratamento para infertilidade. O exame físico associado a outros, como Ultrassom, podem sugerir a endometriose. Todavia, a Ressonância Magnética pode ser mais esclarecedora, além de ajuda no planejamento cirúrgico, fornecendo ao cirurgião informações detalhadas sobre a localização e o tamanho dos implantes endometriais. Algumas vezes, apenas a Laparoscopia é capaz de fornecer informações sobre a localização, extensão e tamanho dos implantes endometriais”, enumera Flávia.

O tratamento para endometriose envolve medicação ou cirurgia e a escolha do tratamento dependerá do quão graves são os sinais e sintomas e do desejo de engravidar ou não da paciente.

“Geralmente, tenta-se primeiro as abordagens de tratamento conservador, com medicações analgésicas ou hormonais. A terapia hormonal não é uma solução permanente para a endometriose. Você pode experimentar um retorno de seus sintomas após a interrupção do tratamento e, no caso, optamos pela cirurgia se o tratamento inicial falhar”, explica.

Flávia complementa que se a paciente tiver o diagnóstico de endometriose e estiver tentando engravidar, a cirurgia removerá os implantes de endometriose, preservando o útero e os ovários (cirurgia conservadora), podendo, assim, aumentar suas chances de sucesso. Se houver dor intensa devido à endometriose, também poderá se beneficiar da cirurgia. No entanto, a endometriose e a dor podem retornar.

“O médico pode fazer esse procedimento por Laparoscopia ou, menos comumente, por meio de cirurgia abdominal tradicional, em casos mais extensos. Mesmo em casos graves de endometriose, a maioria pode ser tratada com cirurgia laparoscópica”, diz.Segundo a Dra. Flávia, na cirurgia laparoscópica, o cirurgião insere um instrumento de visualização delgado com um vídeo (laparoscópio) através de uma pequena incisão perto do umbigo e insere instrumentos para remover o tecido endometrial através de outra pequena incisão. Após a cirurgia, o médico pode recomendar tomar medicação hormonal para ajudar a melhorar a dor.

“A causa exata da endometriose não é certa, existe apenas teorias que tentam explicar o porquê do tecido endometrial aparecer um outros lugares. Uma teoria seria que talvez o fluxo retrógrado da menstruação ou a transformação de células embriológicas na cavidade pélvica seriam responsável pelo aparecimento de tecido endometrial em outros órgãos.


Julho Laranja: dentista explica a importância dos cuidados ortodônticos na infância


A partir dos 5 anos, a visita ao dentista deve ser semestral
CANVA
Dentista Juliana Fauri aborda sobre más oclusões, as principais causas e as formas de tratamento


O Julho Laranja foca na conscientização da necessidade do exame ortodôntico semestral nas crianças a partir dos 5 anos. Instituída desde 2018, a campanha ganha mais força a cada ano. O objetivo é fazer o diagnóstico e o tratamento precoce das más oclusões dentárias, condições que podem gerar desconforto, dores, perda de dentes e crescimento anormal dos ossos da face.


Mas o que é a má oclusão dentária? 

De acordo com a dentista Juliana Fauri, a má oclusão é quando há qualquer alteração na configuração normal dos dentes, um problema bastante comum na população brasileira. “A dentição humana tem uma ordem natural do posicionamento dos dentes e do encaixe entre os arcos, que é chamada oclusão. Ela foi definida durante a evolução do homo sapiens, há centenas de milhares de anos. O arranjo da oclusão foi determinado pela natureza para que os dentes exerçam corretamente as suas funções, como morder, mastigar e auxiliar na fala e na deglutição, não esquecendo que o início da digestão começa na boca”, explica a especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares.

Além da questão estética, que interfere diretamente na autoestima, a má oclusão pode ter diversos impactos negativos na saúde e qualidade de vida como desgastes e fraturas que costumam gerar hipersensibilidade, incômodo e dor, desconforto em alguns movimentos, enxaquecas e dores de cabeça mais frequentes, problemas na articulação da mandíbula, na mastigação, na fala, bruxismo e perda de dentes.


Causas

A dentista afirma que existem diversos tipos de má oclusão como mordida cruzada, mordida profunda, mordida aberta, apinhamento, prognatismo e retrognatismo. Entre as principais causas estão a incompatibilidade entre o tamanho dos dentes e da mandíbula, defeitos na mandíbula (normalmente de nascença) e falta de dentes. “Alguns hábitos incorretos, como o uso de chupetas, chuchar no dedo ou determinados movimentos da língua podem causar a projeção dos dentes e, consequentemente, a má oclusão”, completa.

A boa notícia é que as más oclusões têm tratamento: aparelhos ortodônticos para alinhamento da posição dos dentes, facetas para modificação de comprimento, forma e superfície do dente, implante quando é o caso de falta de dentes, goteira oclusão para proteção das peças dentárias e até mesmo cirurgia oral em casos mais graves. “Felizmente a tecnologia está a nosso favor na saúde bucal e existem tratamentos cada vez mais confortáveis, eficazes e rápidos como os alinhadores invisíveis, por exemplo”, descreve a Dra Juliana referindo-se ao Invisalign.


Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce da má oclusão pode prevenir o surgimento dos sintomas graves e garante maior eficácia do tratamento, afinal a má oclusão é mais fácil de ser corrigida quando tratada precocemente com aparelhos ortodônticos ou ortopédicos nos primeiros anos de vida - e é por isso que a campanha Julho Laranja é tão importante. “Por volta dos cinco anos de idade, mesmo antes da troca dos dentes de leite, normalmente já é possível diagnosticar se o crescimento das arcadas dentárias está correto. Como nesta idade o corpo todo ainda está em desenvolvimento, o tratamento é mais rápido, menos invasivo e mais eficaz pois conseguimos moldar, direcionar e acompanhar o crescimento de forma a garantir o espaço adequado para a erupção (nascimento) dos dentes permanentes na posição correta e funcional”, explica.

O diagnóstico consiste no exame físico realizado por um dentista, de preferência ortodontista, e podem ser solicitados exames complementares como radiografias específicas. No entanto, a dentista alerta que o problema pode surgir e se agravar durante toda a infância. “É por isso que a consulta semestral ao dentista, mesmo quando não há qualquer motivo aparente, é tão importante. É preciso pensar no crescimento dos ossinhos da face. Muitos fatores podem gerar as más oclusões e o quanto antes diagnosticadas, maior a chance de sucesso e mais rápido o tratamento”, finaliza.


7 mitos sobre doenças cardíacas

 

Quando se fala em doenças cardiovasculares existem muito mais mitos do que verdades por aí. Parte deles surgem quando “um amigo me disse que ouviu de uma outra pessoa que tem um conhecido que trabalha com um médico da Universidade X”. Aos profissionais da saúde cabe derrubar o que é mito e trazer a verdade para a superfície, que é o que faremos a seguir, com sete mitos sobre doenças cardiovasculares.

 

MITO 1: APENAS OBESOS PODEM DESENVOLVER DIAGNÓSTICOS CARDÍACOS 

A verdade é que obesidade é apenas um fator de risco a mais no desenvolvimento de diferentes diagnósticos cardiovasculares e pode, sim, contribuir para que eles apareçam. Mas é errado dizer que APENAS obesos podem, por exemplo, infartar. Pessoas sem comorbidades também infartam.

 

MITO 2: COM CERTEZA SEREI HIPERTENSO PORQUE TENHO CASOS NA FAMÍLIA Genética é fator para desenvolvimento da doença, mas certamente não é o único e nem o principal.

 

MITO 3: DESCANSAR E NÃO FAZER NADA É O MELHOR REMÉDIO PARA O CORAÇÃO 

Descanso é diferente de sedentarismo. Você pode descansar caminhando no parque, praticando natação, passeando com o seu cachorro, dançando em casa. Descanso não significa sentar por horas à frente da televisão; descanso significa pausa nas atividades que causam estresse, e não inatividade física. Sedentarismo, diga-se de passagem, é uma das principais causas de diagnósticos cardiovasculares.

 

MITO 4: MULHERES MORREM MUITO MAIS DE CÂNCER DE MAMA DO QUE DO CORAÇÃO 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, dados de 2020, cerca de 54% das mulheres que vêm a óbito são por conta de doenças cardiovasculares, contra 14% de mortes oriundas do câncer de mama. Curiosamente, quando questionadas sobre como acreditam que vão morrer, 65% das mulheres respondem “câncer” contra 15% que afirmam que morrerão por doenças cardíacas.

 

MITO 5: MORTE SÚBITA ACONTECE APENAS COM QUEM JÁ TEM CONDIÇÕES CARDÍACAS PRÉ-EXISTENTES 

Grande parte das chamadas mortes súbitas acontecem com pessoas saudáveis, sem que nenhum diagnóstico tenha sido fechado em exames preventivos. Algumas dessas mortes, inclusive, acontecem em bebês de até dois anos de idade, sem causa aparente.

 

MITO 6: PACIENTES QUE SOFREM COM ARRITMIAS CARDÍACAS NÃO PODEM PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA 

Não só podem como devem. A única questão a se prestar atenção é que um médico cardiologista deve avaliar o paciente, indicar qual é o tipo de atividade física que ele pode fazer e acompanhar de perto a evolução e saúde cardíaca dele.

 

MITO 7: UMA PESSOA QUE SOFRE UMA PARADA CARDÍACA VAI MORRER 

Nem toda parada cardíaca é fatal. As chances de sucesso de sobrevivência do paciente são maiores quando o socorro é imediato. Cada segundo conta, realmente; a cada minuto de atraso na ajuda ao paciente ele perde 10% de chance de sobrevivência, daí a importância de lugares públicos terem desfibriladores portáteis, por exemplo.

 

Dr. Jeffer de Morais - diretor de Cardiologia Clínica do Grupo Sirius


Especialista faz alerta sobre os riscos da automedicação

Antitérmicos e relaxantes musculares estão entre os mais usados indevidamente 

 

Estudo realizado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) indicou que durante a pandemia os brasileiros passaram a se automedicar com mais frequência. Uma pesquisa anterior do mesmo órgão já havia apontado que 77% dos brasileiros que usam medicamentos o fazem sem prescrição médica, sendo que quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês e um quarto (25%), todo dia ou pelo menos uma vez por semana.  

O coordenador do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, Henrique de Morais Clauzen, afirma que a busca por uma forma de alívio imediato de alguns sintomas pode trazer riscos à saúde do paciente. 

“A automedicação sem orientação ou prescrição de um especialista pode acarretar sérias consequência a quem ingere esses medicamentos, como intoxicação e reações alérgicas, sem contar que o efeito dos remédios pode mascarar sintomas de doenças sérias, acarretando um diagnóstico correto tardio, e consequentemente a piora do quadro clínico”, explica. 

Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas apontam que a maioria dos casos de intoxicação registrados no Brasil é proveniente de medicamentos. Antitérmicos, relaxantes musculares e medicamentos que atuam no sistema nervoso central estão entre os mais usados indevidamente. 

A especialista destaca que apesar das medidas legais como a exigência e retenção de receita médica para coibir o uso dos antibióticos sem prescrição, a população tem substituído esses medicamentos por anti-inflamatórios. 

“As pessoas acabam fazendo uso de outros medicamentos como forma de substituição, o que também pode causar mal à saúde”, pontua Clauzen.  

O especialista destaca ainda que durante a pandemia houve também aumento no consumo de medicamentos isentos de prescrição, os MIPs.  

“Muitas pessoas acreditam que fazendo uso de polivitamínicos e suplementos estão de alguma forma se prevenindo de problemas, mas podem acabar criando outras complicações. O excesso de vitamina C, zinco, ferro, entre outros, pode causar a Hipervitaminose, uma intoxicação causada pela presença em excesso no organismo”, explica o coordenador. 

É importante lembrar ainda que em caso de dúvidas os pacientes devem procurar o farmacêutico para maiores esclarecimentos e direcionamento do tratamento adequado.



Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/

 

Kroton

www.kroton.com.br


Febre: entenda as causas e os diferentes tipos

Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de SP fala sobre os cuidados necessários durante o estado febril

 

O corpo humano tem como uma de suas características manter-se em determinada temperatura. Normalmente, para que o organismo esteja em uma situação favorável, o seu calor interno precisa estar entre 36 e 37 °C.

Quando esse limite é ultrapassado, o corpo passa a mandar sinais a partir de um fenômeno conhecido como febre. O estado febril passa a ser considerado a partir dos 37.8 °C e pode ser ocasionado por diferentes motivações.

“A febre pode ser causada por uma anormalidade do cérebro ou pode ser produzida por substâncias chamadas pirógenos. Esses pirógenos incluem produtos de origem bacteriana, virais, fungos e toxinas”, afirma Dra. Danielle Silva de Melo, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP.

O corpo encontra na febre uma maneira de comunicar que há algo de errado acontecendo. A reação é uma forma de combater invasores, sendo um mecanismo de defesa diante de ameaças. Atualmente, ela tem sido um dos principais sintomas para indicar a presença de viroses, Covid-19 e gripes em geral.

Com o a chegada do inverno, a sua presença torna-se ainda mais frequente, porém há outras enfermidades que também dão indícios a partir dela. “Na maioria dos casos, a febre está relacionada a doenças infecciosas, mas pode indicar outras causas, como doenças autoimunes, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, vasculites, desidratação e neoplasias”, complementa a médica.

Frequentemente, a febre vem acompanhada de outros sintomas, mas alguns sinais como sonolência, confusão mental, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória, temperatura acima de 41°C, dor de cabeça e manchas pelo corpo devem acender um alerta.

Como medir a temperatura corretamente?

Para o diagnóstico inicial de febre, é recomendado a medição da temperatura do corpo a partir de um termômetro. “O local da medição da temperatura mais comum é a região axilar. Ele deve ficar bem-posicionado e com tempo suficiente para leitura. No caso de termômetro de mercúrio, o tempo pode variar entre 2 e 10 minutos. O intervalo entre as medidas pode mudar, sendo realizada a cada 6h ou quando houver clínica sugestiva de febre. É importante anotar a temperatura e o horário da medida”, explica a infectologista.



Os diferentes tipos de febre:

Após confirmação de febre, é importante entender as diversas formas que ela se apresenta e saber diferenciá-las. Alguns padrões são:
 

- Febre Contínua: Como o nome já diz, esse tipo de febre se mantém em certa temperatura, com pouca oscilação;

- Febre Remitente: Consiste em variações maiores que 2ºC;

- Febre Intermitente: Essa febre vai e volta, com oscilações entre temperaturas altas e normais;

- Febre Irregular ou Séptica: A febre séptica também sofre com variações e temperaturas irregulares. Normalmente, existe alternância entre altos picos e queda na temperatura;

- Febre Recorrente: A pessoa vivencia períodos com febre e, em seguida, grandes intervalos sem o sintoma.

 

E quais os cuidados necessários?

De forma geral, durante este período, recomenda-se alguns cuidados como:

- Evitar o excesso de roupas;

- Manter-se em repouso;

- Alimentar-se de forma saudável;

- Tomar banho em temperatura morna;

- Manter-se bem hidratado.

Independentemente dos cuidados indicados, é importante salientar que, em casos de febre persistente por mais de 72 horas, o ideal é procurar o serviço de saúde para informações e orientações mais detalhadas.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

É rosácea? 5 dicas para saber se sim e como tratar

Doença inflamatória da pele, que acometia princesa Diana, pode piorar no inverno, mas tem tratamento

 

Uma situação constrangedora pode deixar algumas pessoas com as bochechas coradas como um sinal de timidez. Mas, em alguns casos, a vermelhidão no rosto pode ser uma condição crônica de pele chamada rosácea. Mais comum em mulheres do que em homens, é frequentemente confundida com acne, e precisa ser diagnosticada por um dermatologista, que pode sugerir medicamentos e outros tratamentos para controlar os sintomas.

 

Segundo a dermatologista Luciana Garbelini, outras condições, como dermatite seborreica e acne, também podem ter manchas faciais vermelhas como característica. Portanto, obter um diagnóstico correto é fundamental para garantir um tratamento eficaz desde o início. “Um diagnóstico errado e, por consequência, um tratamento que visa qualquer outra condição da pele, pode piorar bastante a rosácea” diz. 

 

Os sintomas da rosácea incluem vermelhidão e vasos sanguíneos visíveis, manchas rosadas com pus, vermelhidão e inchaço do nariz - que é mais comumente encontrado em homens - e vermelhidão e desconforto nos olhos. Mais comuns na parte central do rosto, esses sintomas podem aparecer sozinhos ou combinados. “A genética é o fator predominante no caso da rosácea, mas existem tratamentos e mudanças na rotina, mantendo gatilhos sob controle, que podem ajudar bastante”, afirma a dermatologista.


 

Confira 5 dicas para tratar a rosácea

 

1. Descubra quais são seus possíveis gatilhos

“Temperaturas extremas, ventos frios, bebidas quentes, estresse, álcool, exercícios, exposição à luz UV e até certos medicamentos podem acentuar a rosácea. Identificar o que desencadeia a reação e evitar esses gatilhos é o primeiro passo para começar os cuidados”.

 

2. Mantenha a pele hidratada

“Se a rosácea deixa sua pele seca ou oleosa, não importa, sempre limpe suavemente e hidrate a pele, de manhã e à noite, e preste atenção aos produtos que usa, pois qualquer coisa muito abrasiva pode afetar ainda mais a barreira da pele”.

 

4. Use FPS todos os dias

“Todo mundo deveria usar protetor solar todos os dias, mas é ainda mais importante se você sofre de rosácea. O sol pode piorar a condição e é uma das causas mais frequentes de surto. Para proteger sua pele, aplique um protetor solar no rosto todos os dias, mesmo em dias nublados”.

 

5. Faça um tratamento de longo prazo

“Consulte um dermatologista regularmente e elabore um plano de gerenciamento de longo prazo. A pele saudável se torna mais resistente e mais capaz de suprimir os sintomas. Podem ser receitados tratamentos via oral e/ou lasers, peelings e produtos corretos para tratar as veias, reduzir o rubor e a visibilidade dos poros, evitar a formação de inchaços e aliviar a coceira”.

 

 

Dra. Luciana Garbelini - Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em cosmiatria e estética no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


Ressonância magnética mostra inflamação cerebral in vivo pela primeira vez

A pesquisa da dra. Silvia de Santis e do dr. Santiago Canals, ambos do Instituto de Neurociências UMH-CSIC (Alicante, Espanha), tornou possível visualizar pela primeira vez e em grande detalhe a inflamação cerebral usando ressonância magnética ponderada por difusão. Este "raio-X" detalhado da inflamação não pode ser obtido com ressonância magnética convencional, mas requer sequências de aquisição de dados e modelos matemáticos especiais. Uma vez desenvolvido o método, os pesquisadores puderam quantificar as alterações na morfologia das diferentes populações de células envolvidas no processo inflamatório no cérebro. 

Uma estratégia inovadora desenvolvida pelos pesquisadores tornou possível este importante avanço, que é publicado na revista Science Advances e que pode ser crucial para mudar o rumo do estudo e tratamento de doenças neurodegenerativas. 

A pesquisa demonstra que a ressonância magnética ponderada em difusão pode detectar de forma não invasiva e diferencial a ativação da microglia e dos astrócitos, dois tipos de células cerebrais que estão na base da neuroinflamação e sua progressão. Doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer e outras demências, Parkinson ou esclerose múltipla, são um problema urgente. A ativação sustentada de dois tipos de células cerebrais, a micróglia e os astrócitos, levam à inflamação crônica no cérebro que é uma das causas da neurodegeneração e contribui para sua progressão. 

No entanto, faltam abordagens não invasivas capazes de caracterizar especificamente a inflamação cerebral in vivo. O padrão-ouro atual é a tomografia por emissão de pósitrons (PET), mas é de difícil generalização e está associada à exposição à radiação ionizante, portanto seu uso é limitado em populações vulneráveis ​​e em estudos longitudinais, que requerem o uso de PET repetidamente ao longo de um período anos, como é o caso das doenças neurodegenerativas.  

Outra desvantagem do PET é sua baixa resolução espacial, o que o torna inadequado para imagens de pequenas estruturas, com a desvantagem adicional de que os rádio traçadores específicos da inflamação são expressos em vários tipos de células (micróglia, astrócitos e endotélio), impossibilitando a diferenciação entre eles. 

Diante dessas desvantagens, a ressonância magnética ponderada em difusão tem a capacidade única de visualizar a microestrutura cerebral in vivo de forma não invasiva e com alta resolução, capturando o movimento aleatório das moléculas de água no parênquima cerebral para gerar contraste nas imagens de ressonância magnética. 

 

Estratégia inovadora 

Neste estudo, pesquisadores do Instituto de Neurociências UMH-CSIC desenvolveram uma estratégia inovadora que permite imagens de ativação microglial e astrócitos na substância cinzenta do cérebro usando ressonância magnética ponderada em difusão (dw-MRI). 

Eles também mostraram que essa técnica é sensível e específica para detectar inflamação com e sem neurodegeneração, de modo que ambas as condições podem ser diferenciadas. Além disso, permite discriminar entre inflamação e desmielinização característica da esclerose múltipla.  

Silvia de Santis diz que este trabalho também demonstra o valor translacional da abordagem usada em uma coorte de humanos saudáveis ​​em alta resolução, na qual realizamos uma análise de reprodutibilidade. Acreditamos que caracterizar, usando esta técnica, aspectos relevantes da microestrutura do tecido durante a inflamação, de forma não invasiva e longitudinal, podem ter um grande impacto em nossa compreensão da fisiopatologia de muitas condições cerebrais e pode transformar a prática diagnóstica atual e estratégias de monitoramento de tratamento para doenças neurodegenerativas".

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Fonte: Santiago Canals et al, Mapping microglia and astrocyte activation in vivo using diffusion MRI, Science Advances (2022). DOI: 10.1126/sciadv.abq2923. www.science.org/doi/10.1126/sciadv.abq2923


A Diabetes , a Insulina NPH e Outros Diversos Tipos - Qual o Melhor Pra Você?

Saiba da Importância da Aplicação Correta da Insulina e Como ela Pode Salvar Vidas! 


Levando em conta o número de diabéticos no Brasil e no mundo, que infelizmente só vem aumentando, é mais do que necessário que falemos sobre esse hormônio que é fundamental para essas pessoas: a insulina.

A insulina é uma substância produzida pelo nosso corpo quando ingerimos algum alimento que contenha carboidrato, seja doce ou salgado. A insulina NPH é uma medicação que simula uma das substâncias do nosso corpo e foi desenvolvido para a manutenção da glicemia estável no período entre as refeições, ou seja, ela serve para tratar os níveis de glicose no sangue. Como única representante das insulinas de ação intermediária, a NPH começa a agir entre 1 a 2 horas, em média, atingindo o seu pico de efeito entre 4-12 horas, podendo durar de 8 a 18 horas, embora, tem se observado uma duração de mais ou menos 8 horas e, nesse caso, ela precisa ser aplicada 3 vezes por dia. Este é o tipo de insulina mais comum e mais usado pelos brasileiros.

Trata-se de uma medicação que, por conter dentro dela uma substância leitosa, na hora do uso ela precisa ser movimentada de forma lenta, em torno de 20 vezes, para se homogeneizar, sendo aplicada em seguida conforme a dosagem adequada para cada caso. Se a dose aplicada for em excesso, a glicemia cai tanto que o paciente perde a consciência, podendo entrar em parada cardíaca.

Há outros tipos de insulina, como por exemplo a insulina Degludeca, que é indicado para o tratamento do diabetes mellitus em adultos, adolescentes e crianças com mais de 1 ano de idade, podendo ser usada em combinação com antidiabéticos orais, assim como outras insulinas de ação rápida. Além disso, a insulina degludeca é mais flexível com o horário, ou seja, o paciente não precisa ter necessariamente um horário fixo, ele pode aplicar no horário em que acordar, seja mais cedo ou mais tarde, e isso facilita a aplicação– Explica a Dra. Gabriela Iervolino, médica endocrinologista, titulada pela SBEM.


Inclusive há algumas insulinas para refeição. Uma especificamente mais moderna chamada FIASP, pode ser aplicada até 20 minutos depois da refeição, facilitando a aplicação e dando mais conforto ao paciente. Muitas vezes o diabético pode aplicar uma dose fixa ou ele pode contar os carboidratos ingeridos, aplicando exatamente a quantidade proporcional ao que ele está comendo.

Cada vez que ingerimos glicose, ou seja, alimentos que viram açúcar no sangue como doce, pão, arroz, massas entre outros, nosso corpo libera automaticamente a insulina, porém, há aqueles pacientes que não conseguem libera-la naturalmente, então é usada a insulina NPH ou outra insulina de longa ação que serve para tratar o diabetes, e quando a sua glicemia está muito alta ela ajuda a colocar a glicose dentro das células. Esta insulina serve tanto para o início do tratamento, quando paciente está muito descompensado (mas não necessariamente você vai usá-la pelo resto da vida), ou quando o paciente tem falência do pâncreas e, nesse caso, o paciente fará uso durante toda a sua vida - alerta a Dra. Gabriela Iervolino.


Todo paciente que faz uso da NPH precisa fazer a chamada “ponta de dedo”, que a gente chama de glicemia capilar ou dextro, antes das refeições e antes de dormir, para ver se o paciente ainda está precisando daquele medicamento; se precisa aumentar, diminuir ou suspender. O tempo de uso vai depender disso, podendo ser temporário ou por toda a vida. Lembrando que a pessoa que pratica atividade física acaba ficando mais sensível à insulina, podendo diminuir as doses por conta da prática ou até mesmo suspender a medicação.


Pessoas que estão em um episódio de hipoglicemia, que é a glicemia menor do que 70, não podem fazer uso desse tipo de insulina, senão ela vai piorar. A dose em excesso de insulina pode causar uma queda muito grande de açúcar no sangue, causando mal estar, sudorese, batimento cardíaco acelerado e fraqueza.

A NPH pode ser comprada em qualquer farmácia, além de ser disponibilizada no SUS, com receita, pois usada da maneira errada acaba sendo prejudicial à saúde. Para a aplicação, a agulha precisa estar na posição de 90°, não pode ser reutilizada, e a aplicação não pode ser feita perto do umbigo, o correto é fazer um rodízio de aplicação, por isso na foto que apresento para vocês cada lugar tem uma data – finaliza a Dra. Gabriela Iervolino.

 

 Dra. Gabriela Iervolino - Médica, Endocrinologista formada pela UNIFESP e FMABC, titulada pela SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

https://dragabrielaiervolino.com.br/
@dra.gabrielaiervolino


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