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sábado, 9 de outubro de 2021

‘Efeito Zoom': excesso de videoconferências durante isolamento aumenta busca por procedimentos estéticos

Médico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica explica tendência e faz alerta

O aumento no número de reuniões através de videochamadas no último ano, fez as pessoas olharem muito mais para o próprio rosto de forma bastante crítica, levando-as a perceber (e a implicar com) detalhes que antes não incomodavam tanto.

Esse fenômeno vem sendo chamado de ‘Efeito Zoom’ em referência ao aplicativo de videochamadas e é definido pelo anseio por mudanças estéticas que melhoram a aparência do rosto, impulsionado pelo grande volume de reuniões virtuais.

Um exemplo disso é a rinoplastia. A busca pelo termo e preço do procedimento teve aumento repentino nas plataformas de pesquisa do Google desde março do ano passado, mês em que as pessoas passaram a trabalhar de suas casas devido à pandemia.

Victor Cutait, cirurgião plástico há mais de 20 anos e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), viu a movimentação de sua clínica estética, em São Paulo, aumentar vertiginosamente desde o início do isolamento, especialmente a busca por procedimentos para melhorar a aparência do rosto e sinais de envelhecimento, tais como preenchimento e botox, rinoplastia e levantamento de pálpebras, colocação de próteses de silicone nos seios e lipoaspiração.

"A vida das pessoas foi modificada em muitos âmbitos com o isolamento social, inclusive na forma com que elas se sentem em relação a si mesmas. O uso intensificado de plataformas de videoconferência aliado à ansiedade e ao estresse, influenciou, e muito, na busca por procedimentos estéticos", afirma o médico.

De acordo com o profissional, outro fator para o aumento do interesse por cirurgias plásticas neste momento é a facilitação do período de recuperação devido ao trabalho remoto. Isso ainda possibilita pouco contato direto com o sol, um grande inimigo na recuperação da pele - já que pode aumentar o inchaço.

Outros procedimentos

A toxina botulínica, preenchimento e harmonização facial, como também pequenas remoções de excesso de pele na região dos olhos e até mesmo a limpeza de pele são procedimentos que também tiveram um aumento considerável durante a pandemia. Ainda de acordo com o site de buscas, o índice de procura por harmonização facial, por exemplo, aumentou 250% nos últimos meses. Da mesma forma, subiu 80% o interesse por botox no rosto no mesmo período.

Tais técnicas são interessantes uma vez que tornam a aparência da face mais suave, intensificando a melhor relação com o próprio corpo em diversas situações, inclusive remotamente.

"Todos esses procedimentos ajudam na autoestima e faz com que as pessoas até mesmo atuem melhor no trabalho e em suas relações interpessoais. Quando estamos confortáveis e seguros em nossa própria pele a vida, como um todo, tende a ser mais agradável", explica o cirurgião.

O médico, no entanto, faz um alerta baseado em muitos casos que chegam a seu consultório: a influência das redes sociais que, durante a quarentena, se tornou um meio simples de entretenimento.

"O Instagram sempre foi utilizado como ferramenta para ostentar uma vida de faz de conta onde são publicadas imagens de corpos exuberantes, mas com ajuda de filtros que mostram uma falsa perfeição. Estas ferramentas estão distorcendo a maneira como as pessoas veem seus corpos e rostos, acentuando problemas de autoestima e resultando em transtornos de imagem", diz.



Tendência mundial

O efeito zoom é uma realidade também nos Estados Unidos, onde um boom de cirurgias plásticas ocorreu nos últimos meses.

De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS) com mais de 1.000 mulheres, 11% delas, que nunca fizeram cirurgia estética, disseram que estavam mais interessadas nos procedimentos atualmente comparativamente ao período antes da pandemia.

Além disso, levantamento divulgado pela Sociedade de Dermatologia Feminina daquele país, revelou que 85% dos entrevistados citaram a videoconferência como pelo menos um
dos motivos pelos quais os pacientes estavam interessados em realizar procedimentos estéticos.





Victor Cutait - possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (2001) com especialização em cirurgia plástica pelo Instituto Brasileiro de Cirurgia Plástica, em São Paulo. Ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), professor de cirurgia plástica da Universidade Nove de Julho (UniNove) e dirige a Clínica Cutait Cirurgia Plástica, especializada em Cirurgia Plástica, Dermatocosmiatria e Fisioterapia Dermatofuncional. O médico cirurgião é pioneiro em lipoaspiração fracionada no Brasil.


Problemas com ansiedade?

 Alimentação pode ajudar no controle dos sintomas


Nutricionista da Dietbox elenca grupos alimentares que aumentam a produção de serotonina, hormônio responsável pela nossa felicidade


A ansiedade pode não ser temida pelo público geral como a depressão - a chamada "doença do século" -, mas seu impacto negativo na vida daqueles que sofrem com ela não deve ser negligenciado, principalmente quando se observa um aumento no número de pessoas que sofrem com o transtorno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros foram diagnosticados com o distúrbio só em 2020, número impulsionado pela pandemia da covid-19 e o isolamento social, tornando a população do país a que mais sofre com o mal ao redor do mundo. Entre os principais sintomas da doença, pode-se elencar a preocupação e medo desmedidos, angústia, dificuldade de concentração e até mesmo sinais físicos como inquietação, enjoo e coração acelerado.

Pensando nisso, Bettina Del Pino, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, listou alguns alimentos ricos em propriedades e nutrientes, que convertidos em serotonina, geram a consequente diminuição da ansiedade. A profissional explica: "Acrescentar alguns alimentos na dieta pode ajudar no controle do transtorno, principalmente quando damos preferência àqueles ricos em probióticos, triptofano, magnésio, ômega-3, e vitamina C. Esses nutrientes ajudam a regular a flora intestinal e aumentam a produção de serotonina, hormônio conhecido por ser o responsável pela nossa felicidade".

Abaixo, a nutricionista comenta em quais alimentos esses nutrientes podem ser encontrados:


Probióticos

Podem ser encontrados em alguns iogurtes, leite fermentado, alguns queijos e kombucha. "Eles favorecem a saúde intestinal, melhorando a absorção de nutrientes", declara Bettina Del Pino.


Triptofano

"O triptofano é um aminoácido essencial e, por não ser produzido pelo nosso organismo, precisa ser obtido pelos alimentos". Exemplos se dão com ovos, leite e derivados, peixes, oleaginosas, cereais integrais, banana e cacau.


Magnésio

"O Magnésio participa no processo que converte o triptofano em serotonina, e pode ser encontrado em alimentos como carnes, peixes, vegetais verdes escuros, leite, cacau, cereais e oleaginosas".


Ômega 3

"Ele é um tipo de gordura benéfica para o nosso organismo e possui a capacidade de atenuar as respostas inflamatórias, por meio da redução da produção de citocinas". Segundo a profissional, o Ômega 3 está presente em alguns peixes como sardinha, atum, salmão, e em alimentos como linhaça e chia.


Vitamina C

Essa vitamina possui propriedades antioxidantes que combatem o estresse oxidativo. "Mais popular na laranja, a vitamina C também está presente em frutas como tangerina, goiaba, acerola, e limão e algumas hortaliças como brócolis e pimentão".

Bettina Del Pino, nutricionista da Dietbox, alerta que a dieta, apesar de amenizar os sintomas da ansiedade, não deve substituir o acompanhamento psicológico, e sim complementá-lo. É recomendável consultar um psiquiatra caso os sintomas persistam.

 


Dietbox 

 https://dietbox.me  


7 presentes para ofertar ao seu filho

Com a intensificação do convívio familiar provocado pelo período da pandemia, e agora com a retomada gradativa do convívio social, os filhos estarão naturalmente mais expostos às grandes interferências externas, entre elas o enorme avanço tecnológico. Desta forma, acredito ser o momento ideal, para uma boa reflexão sobre o tema “ser líder e amigo”, onde aspectos como qualidade no relacionamento precisam ser revistos. Segue sete presentes para ofertar ao seu filho:

01- BUSQUE SOLUÇÕES -  Quando uma situação problema surgir, não perca tempo apenas “reclamando de alguém”, mas concentre-se em virar a página e buscar soluções. O seu filho precisa de liderança positiva.

02- PERSEVERE NO CAMINHO – As pedras surgirão e os obstáculos aparecerão. Neste momento, não perca tempo “achando culpados”, mas convide seu filho, para juntos, perseverar no caminho escolhido e superar as dificuldades. O seu filho precisa sentir-se parte.

03- VALORIZE OS ACERTOS – Os acertos existem e são muitos. Não perca tempo apenas “apontando falhas”, mas valorize os dons e talentos do seu filho, como os acertos e as boas escolhas. O seu filho precisa ser motivado.

04- SEJA PRUDENTE – Uma boa pergunta sempre é válida. Evite “julgar” pelas primeiras impressões. Seja paciente e invista tempo conhecendo a causa. O seu filho precisa ser compreendido.

05- OFERTE PERDÃO – O amor deve ser o centro. Não perca tempo “condenando”, mas sim perdoando, não só com palavras, mas com gestos de afeto e carinho. O seu filho precisa ser perdoado.

06- CAMINHE EM FRENTE – Caminhar em frente é tão importante quanto indicar caminhos. Não perca tempo apenas “falando”, invista também em ser o modelo. O seu filho precisa de exemplo.

07- APRENDA SEMPRE – Ninguém é tão sábio que não possa aprender. Não perca tempo apenas “ensinando”, mas também aprendendo. O seu filho aprende ensinando.

Os presentes acima, além de melhorar a qualidade no relacionamento, ainda aproximarão as partes, e o seu filho ganhará um líder e amigo. Pense nisto!

 


Alessandro Rios - Graduado em Direito e Administração, com MBA em gestão de recursos humanos e especializações em PNL e coaching. Autor dos métodos PAOS, EDARA e MAPA, das Teorias do Fastígio e do Comando de Ouro. Idealizador de inúmeras ferramentas em liderança, vendas e atendimento. É casado, pai de três filhos, cristão, palestrante e coach em liderança de filhos. Autor do livro “Seja líder e amigo”, pela Literare Books International.


4 passos para ser uma mãe feliz e bem resolvida

Autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você",
Gisele Miranda ensina as mamães a tornarem o seu dia a mais prazeroso e a rotina menos estressante deixando de lado a autocobrança excessiva


Ninguém duvida que a maternidade é uma jornada única, muito particular, e traz alegrias e realizações para a vida das mulheres que escolhem trilhar esse caminho. Mas muitas vezes ainda é "tabu" falar das dificuldades enfrentadas e dos momentos que não são tão maravilhosos como a maioria acredita. A rotina das mães não é fácil e pode ser bastante desafiadora, embora isso não signifique que elas não sejam felizes cuidando de seus filhos.

"Existe uma idealização e uma romantização muito grande em torno da figura da mãe, é uma questão cultural que existe há séculos e, até hoje, ainda é difícil desfazer essa expectativa. Ainda há grande resistência para abordar o chamado ‘lado B’ da maternidade, pois as mulheres ainda são muito julgadas e cobradas nesse sentido, avalia
Gisele Miranda, autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você". Há 25 anos ela auxilia mulheres e mães a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de suas histórias.

Gisele reforça que é irreal acreditar que uma mãe nunca estará cansada, nunca perderá a paciência nem terá nenhuma frustração durante todos os anos de vida que passará ao lado dos filhos. "É claro que haverá momentos que não serão tão bacanas ou divertidos como se gostaria, mas, devido à pressão social nesse sentido, muitas mães preferem não levantar essas questões", diz a especialista.

Pensando em apoiar as mulheres nesse sentido, Gisele listou 4 passos para ser uma mão bem resolvida, fugindo da armadilha do autoboicote e das opiniões alheias:



• Xô, cobrança!

A primeira dica para as mães, de acordo com Gisele, é não se cobrar tanto. "Esse é o primeiro passo para trazer mais equilíbrio, e inclusive garantir saúde mental e física. As mulheres costumam ser exigentes demais com elas mesmas, e isso não facilita em nada as suas vidas. Já é desafiador o suficiente ser mãe e desempenhar as múltiplas funções desse papel, além de cumprir todas as outras tarefas relacionadas ao ambiente doméstico, casamento, carreira, vida familiar, vida social. Não imponha a si mesma uma ‘obrigação’ extra, que é a de ser perfeita e bem-sucedida em tudo o que fizer", pondera Gisele.

A autora ressalta que haverá dias bons e dias ruins, e momentos em que as coisas darão certo e outros em que não correrão como o planejado, e você precisará se adaptar para fazer o que for possível. "E está tudo bem que seja assim, a perfeição só existe nas novelas e filmes, é preciso aceitar que você será a melhor mãe possível, e não a mãe perfeita- até porque essa mãe não existe!", alerta Gisele.



• Liberte-se da necessidade de aprovação

Para Gisele, esse é outro "fantasma" que assombra a vida das mães, pois a cobrança em cima delas, pelo meio social, costuma ser constante e intensa. "Sempre haverá alguém discordando da forma como você cria seu filho, ou da decisão que tomou em determinada situação. Não queira agradar a todos ou agir da forma como os outros acreditam ser a correta. Avalie os diferentes lados da questão e faça aquilo que acredita ser o melhor para você e para seu filho", ensina a autora.

Isso porque, buscar a aceitação dos que estão de fora não irá ajudar, e sim atrapalhar a vida da mãe. "Como diz o ditado, ‘cada cabeça uma sentença’, por isso, agradar a todos e seguir os conselhos que dão será uma verdadeira ‘missão impossível’. Por isso, corte o mal pela raiz e deixe de lado essa ideia", afirma.



• Siga sua intuição

A intuição é uma "grande aliada" das mães, é muito importante escutar aquela ‘voz interna’ que nos diz para agir de determinada forma. "O vínculo entre a mãe e o filho é muito forte e se inicia ainda na gestação, antes mesmo do nascimento do bebê. Por isso, não é à toa quando dizem que uma mãe sabe o que é melhor para seu filho. Escute seu coração, fique atenta às suas intuições e confie nelas", diz Gisele.

Não existe "receita de bolo" ou manual de instruções para ser uma boa mãe, por isso, a maternidade em geral sempre inclui uma boa dose de comportamentos intuitivos. "Use isso a seu favor e não contra você, e mantenha a calma quando precisar tomar uma decisão. Muitas vezes, uma atitude simples como respirar e se sentar em um lugar calmo por alguns minutos já ajuda a encontrar a melhor solução para um problema", ensina a especialista.



• Relaxe e curta com os filhos!

O tempo passa depressa e as crianças crescem mais rápido do que se imagina, por isso, aproveite sua vida em família! Deixe de lado as cobranças sociais e curta o máximo que puder, desfrute dos momentos de lazer que tiver ao lado de seus filhos.

"Essa dica parece simples, mas também é fundamental e preciosa. Muitas mães acabam se veem sobrecarregadas e acabam sendo tão ‘engolidas’ pela rotina diária e pela vida corrida que se esquecem de relaxar e desfrutar dos bons momentos. Essas oportunidades são únicas e especiais, tenha sabedoria e não as desperdice".



Gisele Miranda - Mentora de Carreira & Liderança, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente).


Álcool e adolescentes: como lidar ?

Com a retomada de uma certa normalidade na vida, adolescentes voltam a fazer pequenas festas e encontros, mas junto disso a dificuldade de pais e responsáveis em saber o que fazer quando a experimentação, típica da idade, envolve o álcool

O longo período de isolamento causado pela pandemia de Covid-19 afetou o comportamento de pessoas no mundo todo, mas adolescentes podem ter sido uma das faixas etárias atingidas mais fortemente. A vida com amigos, festas e baladas ficou suspensa e agora, com uma certa normalidade de volta, voltam também os encontros e com eles a experimentação típica da adolescência, o que inclui o álcool.

Segundo a pedagoga e consultora especialista em educação e adolescência Carolina Delboni, a adolescência é uma fase caracterizada por experimentações e testes de limites e a bebida alcoólica faz parte deste contexto. "O que acontece, e sempre aconteceu, é que adolescentes quando saem querem beber, querem experimentar o álcool e o que eles faziam antes da pandemia, estão fazendo agora novamente com os pequenos encontros de bolhas, festinhas pequenas de aniversário, ou uma simples ida à casa do amigo. Adolescentes voltaram a viver uma certa normalidade, digamos assim, e isso inclui a bebida alcoólica", diz.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, divulgada no mês passado pelo IBGE, mostra que cerca de 63,3% dos estudantes de escolas públicas e particulares entre 13 e 17 anos já experimentaram bebida alcoólica e mais de um terço deles (34,6%) provou pelo menos uma dose antes de completar 14 anos. Os dados se referem à realidade dos jovens antes da pandemia de Covid-19, mas revelam como é importante que pais ou responsáveis entendam como lidar com a questão.

A venda de bebida alcoólica é proibida para menores de 18 anos no país, mas é possível burlar as regras através de compras online, por exemplo. "Se o adolescente quiser fazer algo proibido, vai encontrar uma maneira. O importante é manter um canal de diálogo aberto para que a conversa em torno do álcool exista, para que o adolescente saiba as consequências da bebida em excesso, pra que ele entenda coisas básicas sobre beber e se sinta seguro em pedir ajuda aos pais caso precise. Não é liberar bebida e servir dentro de casa, mas não tapar os olhos para algo que estamos todos sujeitos".

 



Carolina Delboni -Pedagoga, consultora especialista em educação e adolescência. Jornalista e escritora, Colunista semanal do Estadão Digital. Pós-graduada em Educação Infantil com especialização em Garantias de Direito da Criança Pequena através de Práticas de Leitura Literária, pelo Instituto Vera Cruz. Mãe do Pedro, Lucas e Felipe.


A saúde mental da geração alpha: o que precisamos saber?

Com a proximidade dos dias das crianças (12 de outubro), saber as características da geração alpha é essencial para lidar melhor com as crianças dessa idade e, assim, evitar eventuais conflitos que podem causar desconforto e, até mesmo, gerar problemas emocionais nos envolvidos. Nesse contexto, proteger a saúde mental de crianças e adolescentes é um dos fatores cruciais para a promoção da qualidade de vida das novas gerações.


Tendo isso em vista, a médica com foco em saúde mental do Hospital Santa Mônica, dra. Luciana Mancini Bari e o psicólogo , Alef Ferreira, irão explicar o que é a geração alpha e quais são as suas principais dificuldades. Saiba como colaborar e cuidar da saúde mental desse grupo e ajudá-lo a vencer desafios relacionados a redes sociais, pandemia, adaptação escolar e tantos outros que podem gerar instabilidade emocional e psíquica. Aproveite a leitura!


Afinal, quem é a geração alpha?

Conforme a definição do sociólogo australiano Mark McCrindle, o termo geração alpha se refere às crianças nascidas a partir do ano de 2010. Nessa perspectiva conceitual, a característica mais marcante dessas pessoas é o fato de terem nascido em um mundo praticamente digital.

Assim, desde cedo, elas se acostumaram a viver em um ambiente 100% conectado, o qual pode impactar o comportamento dessa geração em diferentes sentidos. Sob essa ótica, é necessário ter cuidado para que a geração alpha não seja afetada pelos aspectos negativos comuns ao mundo virtual.

É notório que tanto as crianças quanto os 
adolescentes dessa idade estão acostumados com o uso de tecnologias para diferentes atividades. Logo, é preciso orientá-los a respeito da relevância de priorizar o equilíbrio entre o virtual e o real. Ou seja, o ideal é cuidar para que a geração alpha tenha uma relação mais saudável com os ambientes digitais.


Quais são as principais características dessa geração?

Listamos as principais características que marcam as pessoas que compõem esse grupo. Veja quais são!   

  

Curiosidade
 

Desde muito pequenas, as crianças da geração alpha são bastante curiosas e apresentam uma forte tendência a encarar tudo como se fosse uma realidade virtual. Sendo assim, elas não têm medo de apertar botões para conhecer novas funções ou simplesmente entender para que servem ou por que estão ali.

De certo modo, essa curiosidade aguçada é importante, pois favorece à capacidade para resolver problemas com mais facilidade que as pessoas de outras gerações. Sendo assim, isso se torna uma virtude, além de contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo. 

 

Agilidade 
 
Por nascer e crescer no meio de vários aparatos eletrônicos, a geração alpha tem bem mais agilidade para encontrar o que procura nos dispositivos eletrônicos. Por ter curiosidade e independência, essas pessoas são muito ágeis para lidar com equipamentos. Além de parecer tudo muito natural, isso é quase que intuitivo para elas.

 

Empatia 

Outra característica importante da geração alpha é que ela também está mais aberta ao que é diferente. Por conta disso, a facilidade de acesso às informações disponíveis na internet, quando aliada a um movimento social que trabalha a inclusão e aceitação, ajuda no desenvolvimento da empatia.



Quais são os problemas de saúde mental mais comuns nessas crianças? 

A relação entre crianças e eletrônicos exige atenção porque pode gerar desequilíbrios que levam à instabilidade psicológica. Logo, essa é uma das questões que mais desafiam os adultos, pois os efeitos da quarentena também concorrem para essa problemática.

Ainda que essa geração seja antenada e esperta em algumas áreas e tenha um excelente domínio de recursos digitais, na pandemia, elas estão expostas ao medo e à insegurança. Elas precisam, por exemplo, de ajuda para se desenvolver psicologicamente para aprender a lidar melhor com suas emoções e seus sentimentos.

Nesse sentido, é necessário buscar alternativas apropriadas para educar e orientar a geração alpha no meio de tantas transformações. Mesmo que seja difícil confrontar a influência do avanço tecnológico sobre o comportamento, o ideal é ensinar as crianças a enfrentar tais situações com leveza.

Em vias gerais, essa geração é muito mais autônoma em relação às próprias convicções ou dúvidas. Por isso, os pais e professores devem adotar uma postura cuidadosa para impor seus conceitos e valores. A falta de atenção ou de cuidado nesse sentido pode gerar embates que levam ao desenvolvimento de problemas emocionais típicos dessa faixa etária, como a  
ansiedade e depressão  .

Além desses, há outras dificuldades que são mais evidentes na geração alpha. Observe:    

  • baixa habilidade emocional;
  • dificuldade para lidar com o “não”;
  • maior tendência à intolerância ao fracasso;
  • mais dificuldade de conexão familiar e social;
  • baixa autoestima gerada pela supervalorização da beleza estética;
  • dificuldade de absorção de conteúdos escolares no modo tradicional;
  • raiva desmedida ou frustração quando algo não acontece conforme o esperado;
  • maior tendência à irritabilidade ou agressividade sem causa aparente;
  • falta de paciência para lidar ou se comunicar com pessoas de outras gerações.      


Como colaborar com a saúde mental das crianças da geração alpha? 

Um dos temas mais discutidos atualmente é quanto ao futuro da educação das crianças das novas gerações. Pais e educadores têm em comum uma preocupação sobre como as tecnologias impactam a saúde mental dessas crianças e adolescentes. Por conseguinte, a forma de lidar com os aparatos tecnológicos pode comprometer o ensino e a aprendizagem delas.

Assim sendo, torna-se essencial cuidar desses aspectos educacionais no tempo presente. Agora é o tempo de buscar alternativas mais estratégicas que contribuam para a proteção psicológica e psíquica desse grupo. No âmbito escolar, a orientação é mesclar práticas tradicionais de ensino com as possibilidades digitais. Como são muito conectadas, é preciso, com moderação, explorar o universo delas.

Um
estudo do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) abordou a importância da música como alternativa para melhorar a concentração da geração alpha. Outro ponto relevante é buscar ajuda profissional especializada para uma avaliação diagnóstica e tratamento de ansiedade, depressão ou outros transtornos psíquicos que surjam.

Como você viu, as crianças e os adolescentes da geração alpha são inteligentes, interativos e comunicativos, mas apresentam certas limitações quando precisam lidar com sentimentos. Nesse contexto, a equipe multidisciplinar do Hospital Santa Mônica é uma excelente alternativa para assegurar cuidados mais humanizados, eficientes e centrados nas dificuldades delas.

 


Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP 
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br 
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Clínica Integrativa - São Paulo - SP 
(011) 3045-2228
contato@hospitalsantamonica.com.br 
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Comportamentos que atrapalham o progresso das mulheres


Homens e mulheres podem ter conceitos diferentes de sucesso? Eles se comportam da mesma forma com relação à satisfação no trabalho? Sally Helgesen e Julie Johnson, através da empresa americana de pesquisa e análise de mercado Harris Interactive, conduziram um estudo sobre como homens e mulheres percebem, definem e buscam satisfação no trabalho. Os resultados foram publicados no livro The Female Vision: Women’s Real Power at Work.

 

No estudo, tanto os homens como as mulheres, relataram sentir grande satisfação em liderar equipes, em divulgar resultados que superaram as expectativas e em serem reconhecidos por suas contribuições.

 

Os resultados também indicaram que os homens costumam valorizar mais estar em altas posições na empresa e ter uma alta remuneração. Já as mulheres deram mais valor à experiência de trabalho. 

 

Isso não significa que as mulheres não se importem com recompensas financeiras ou posição, mas, para elas, o próprio conceito de sucesso é um pouco diferente. As mulheres normalmente incorporam à definição de sucesso, além de dinheiro e posição, a valorização da qualidade de vida, dos relacionamentos no trabalho e o impacto de suas contribuições, por exemplo.

Segundo Helgesen, mulheres são mais propensas a largar empregos de alta posição e salário, mas que apresentam baixa qualidade de vida. São os típicos empregos que, para elas, não valem a pena.       

 

Podemos dizer que é psicologicamente saudável para as mulheres não enxergarem o dinheiro, a posição e a vitória como suas principais referências de sucesso. Também é ótimo para suas equipes e organizações e até para suas famílias. Mas, há um lado negativo nisso, que leva as mulheres a investirem menos em seu próprio progresso profissional.

 

Sabemos que, à medida que crescem em suas carreiras, a maior parte das mulheres enfrentam desafios diferentes dos enfrentados pelos homens.

 

Não há como negar, nem minimizar a existência de obstáculos muito desafiadores, como por exemplo: homens que ainda parecem ser incapazes de ouvir as mulheres, que reivindicam crédito pelas ideias delas, obstáculos em promoções, ou planos de carreira que presumem que famílias não existem.

 

Porém, enquanto se trabalha para impulsionar o equilíbrio de gênero nos locais de trabalho, há algo que está sob gestão direta das mulheres e que pode aumentar consideravelmente suas chances de sucesso.

 

Na progressão da carreira, as pessoas cultivam alguns hábitos que contribuem para sua ascensão, mas que em dado momento, as impedem de continuar evoluindo. Isso vale tanto para homens como para mulheres, porém os comportamentos que atrapalham o progresso das mulheres são muitas vezes diferentes dos que prejudicam os homens.

 

Sally, em seu livro “Como as mulheres chegam ao topo”, descreve 12 hábitos que impedem as mulheres de progredir. Dentre eles, destaco 2, que normalmente caminham juntos e possuem alto impacto nas carreiras:

 

- Relutar em reivindicar suas conquistas;

 

- Esperar que os outros notem espontaneamente e valorizem suas conquistas.

 

Muitas vezes as mulheres sentem uma “alergia” ao marketing pessoal, o que parece diminuir as próprias conquistas e o reconhecimento pelo seu trabalho. E de acordo com a pesquisa, esse tipo de hábito não predomina entre os homens. Essa diferença de comportamento faz com que, no mundo corporativo, elas possam até se dedicar e confiar em sua capacidade, mas têm dificuldade em se fazer notar pelo próprio trabalho. É quase cultural desviarem-se do crédito das próprias conquistas, virando o holofote para outras pessoas.

 

Sentir-se desconfortável em reivindicar o crédito por suas conquistas pode custar sua carreira. E a crença de que se fizermos um excelente trabalho, as pessoas vão notá-lo, pode fazer com que seu trabalho duro seja negligenciado.

 

Quando não encontramos uma maneira de falar sobre o valor do que fazemos, é como se enviássemos a mensagem de que não o valorizamos muito.

 

A boa notícia, é que estamos falando sobre comportamentos que podem ser minimizados e alterados para que o avanço na carreira não seja tão exaustivo. Desenraizar um hábito que vem cultivando ao longo da sua história profissional é algo que está sob o seu alcance e controle, e vai aumentar consideravelmente suas chances de sucesso.

 

Carolina Vale Schrubbe - especialista em desenvolvimento de líderes e equipes e  fundadora da QUARE Desenvolvimento


Artrose pode dificultar a vida sexual de mulheres

A doença, mais frequente em idosas, tem atingido cada vez mais mulheres entre 30 e 50 anos

 

Mais comum em pessoas com idade acima dos 65 anos, a artrose vem atingindo também os mais jovens, exigindo uma atenção especial daqueles que não conhecem os incômodos efeitos do problema que pode atingir diversas articulações do corpo humano. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), 10% da população na faixa etária entre 30 e 50 anos apresenta problemas relacionados a artrose. Desse número, a maioria são mulheres.

“A artrose é um processo degenerativo onde ocorre a perda da anatomia articular saudável. Os sintomas mais comuns são dor e perda da mobilidade articular. A doença, até o momento, não tem cura. Os locais mais comuns de serem diagnosticados com artrose são: quadril, coluna, joelho, mão e punho, pé e tornozelo, ombro e cotovelo”, comenta a ortopedista Soraya Melina Alves, membro da Sociedade Brasileira do Quadril.

Segundo a especialista, a doença é mais comum em mulheres. Por isso, durante a vida sexual ativa, são elas que podem sofrer ainda mais com a artrose, principalmente quando a articulação acometida é o quadril. ‘‘A dor traz limitação para o ato sexual tanto de homens como mulheres. Em alguns casos mais específicos, como artrose em coxas profundas ou otopelves (condições em que há um encarceramento da cabeça do fêmur), a mobilidade do quadril é muito restrita impedindo até mesmo a abertura dos membros inferiores ou mobilidade pélvica’’, afirma a médica.

Segundo Soraya, a artrose no quadril tem diferentes estágios. ‘‘Nos mais iniciais, o tratamento clínico é a melhor opção visando manter boa mobilidade e controle da dor’’, diz a especialista. Já sobre o tratamento, a médica afirma que a cirurgia, em casos mais graves, é o mais indicado. ‘‘Com a progressão dos sintomas e as limitações funcionais, o tratamento cirúrgico é o indicado. A artroplastia do quadril (procedimento cirúrgico) é a indicação padrão para os casos de coxartrose’’, conclui.

De acordo com a especialista, para as mulheres que têm a doença, mas ainda estão em idade de vida sexual ativa, a criatividade é essencial. ‘‘Se a paciente tem mobilidade no quadril, mas tem dor, o indicado é seguir um tratamento com medicação. Outro ponto é indicar para a paciente posições alternativas que não necessitem de abertura de perna para evitar o desconforto. Geralmente, as posições de lado são as que não trazem desconforto ou dor no quadril para a paciente, mas também, ela pode usar a criatividade nesse momento’’, completa Soraya.


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