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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Currículo: 5 dicas para candidatos melhorar e impressionar os recrutadore


Especialista traz orientações para fazer um CV objetivo e, com isso, aumentar as chances de êxito nos processos seletivos

 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente 14,8 milhões de brasileiros estão buscando por uma vaga de emprego no mercado de trabalho. Portanto, quem busca por uma recolocação no mercado ou por novas oportunidades de emprego precisa ficar atento na hora de elaborar um bom currículo para ter maiores chances de impressionar os recrutadores.

 

Para Richard Vasconcelos, CEO da LEO Learning, empresa de soluções digitais para treinamentos corporativos, hoje vale mais a pena concentrar tempo e energia nos processos que fazem sentido para a sua carreira profissional do que apostar no envio do currículo em massa. “Não adianta panfletar CV para qualquer vaga, isso reduz a chance de ser lido porque os departamentos de RH já recebem muitos com esse perfil. A lógica do candidato deve ser igual a um sniper, focando nas oportunidades mais alinhadas com os seus objetivos. O processo seletivo não é medido pela quantidade de nãos, mas pelo único sim recebido”, argumenta.

 

Visando auxiliar os candidatos interessados em uma recolocação no mercado de trabalho, o especialista elencou algumas dicas essenciais para fazer um bom currículo e, com isso, aumentar as suas chances de contratação. Confira:

 

Ordem das informações


Primeiramente, faça uma breve carta de apresentação mostrando um pouco sobre você e os objetivos profissionais. Depois, insira o histórico profissional, seguido pela formação acadêmica e outros cursos e/ou idiomas. Em seguida, inclua qualquer outra informação pertinente. Essa lógica é a mais ideal porque o RH quer primeiro compreender quem você é e qual sua experiência. Isso precisa ser bem fácil de ser visualizado e entendido. “Vale ressaltar que currículos com design podem chamar um pouco mais de atenção, mas na prática ninguém é escolhido por conta disso. O mais importante é fazer um documento claro e objetivo”, acrescenta Vasconcelos.

 

Uso de palavras chaves


O envio de currículo personalizado aumenta consideravelmente a chance dele ser lido pelos recrutadores. Como afirmado anteriormente, o RH recebe centenas de currículos por dia, então você precisa pensar como o RH. Se a vaga tem algumas características e pré-requisitos, é importante personalizar o currículo com as palavras chave que estão sendo solicitadas. 

 

Tamanho e tipo de arquivo


O mais recomendado é enviar os CVS em PDF pelo fato de não ser editável e passar também uma imagem mais profissional. Em relação ao tamanho, é ideal que todas as informações estejam disponíveis em uma página - no máximo duas. “Mais do que isso é sinal de que o currículo não é objetivo e, portanto, tem boas chances de não atrair os recrutadores”, avalia o CEO da Leo Learning.

 

Insira as redes sociais no documento


Não se enganem, as empresas querem conhecer o perfil dos candidatos pelas redes sociais. Quanto mais fácil e transparente você for, melhor. A pessoa pode não querer que a companhia lhe ache ou até mesmo fechar o perfil, mas precisa saber que o mundo hoje é aberto. Elas vão procurar e, portanto, é importante ter um perfil apresentável para os RHs.

 

Busque informações sobre a companhia


Pesquise muito sobre a empresa em que tem interesse em trabalhar. Se você consegue identificar os valores e personalizar essas informações no seu currículo, será bem visto. Também, busque entender melhor a demanda da empresa para que consiga se preparar para uma futura entrevista. 

 

Dica extra

Outra ação solicitada por algumas companhias é o envio de um vídeo currículo. Elas têm tomado essa iniciativa como uma forma de filtrar rapidamente quem realmente possui interesse pela oportunidade. Quando solicitado, prepare um vídeo de 2 minutos falando um pouco sobre você, objetivos profissionais e os motivos que levaram a se candidatar pela oportunidade. “No caso não há importância se o candidato ler um papel durante o vídeo, afinal o papel do RH não é julgar sua capacidade artística, mas a capacidade de comunicação e a clareza das ideias”, conclui Richard Vasconcelos.

 



LEO Learning Brasil

 

Cuidados Paliativos a serviço da vida

Nos últimos dias, o conceito de Cuidados Paliativos foi divulgado de forma errada. Com o objetivo de desfazer esse equívoco e dada a relevância do tema, que envolve a população como um todo, é urgente esclarecer alguns pontos. 

Cuidado Paliativo não é um tratamento que deve ser considerado apenas quando o paciente se encontra moribundo e exaurido pelo uso de medidas invasivas prolongadas em um leito de terapia intensiva; tampouco deve ser indicado com o intuito de economizar gastos, ou de abreviar a vida dos pacientes; além disso, jamais deve ser um tratamento imposto pela equipe médica, sem consentimento do paciente e/ou de seus familiares. 

Todos esses argumentos são exatamente o oposto do que os Cuidados Paliativos se propõem. 

Nesse momento, milhares de pacientes estão sendo atendidos por paliativistas em todo Brasil e no mundo. Pacientes aliviam sintomas e angústias em razão de suas doenças graves, parentes veem as dores de seus familiares aliviadas e são atendidos por psicólogos, pessoas recebem alta com menos sofrimento após uma internação, colegas apoiam outros colegas em conversas que nem sempre são fáceis, ou seja, seres humanos realizam seus desejos, enfrentam suas dificuldades e têm sua dignidade e qualidade de vida preservadas. 

Esse é o verdadeiro valor e objetivo dos Cuidados Paliativos. No próximo dia 9 de outubro será comemorado o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, uma iniciativa global que visa a sensibilizar as pessoas para a importância dessa abordagem. Esse ano, o lema da comemoração será “Não deixe ninguém para trás”. 

A ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) reafirma, diante de todos os brasileiros, esse lema: Não deixaremos ninguém para trás! 

Lutaremos, amparados em evidências científicas, para que todos os brasileiros que necessitem recebam os Cuidados Paliativos adequados. Salvar a dignidade de uma vida também é salvar uma vida. E é isso que fazemos.

 


Douglas Henrique Crispim - médico geriatra, paliativista e presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

  

Reindustrialização em um cenário de incertezas

“A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes”, essa frase atribuída ao filósofo escocês Adam Smith, retrata bem a necessidade do Brasil de hoje. Precisamos de empregos de qualidade, erradicar a pobreza de grande parte da população, distribuir melhor a renda e promover o crescimento. 

 Nesse sentido, e especialmente no contexto atual, a indústria deve ter um papel muito relevante para o desenvolvimento do Brasil. Incentivar a indústria significa incentivar a criação de emprego, melhores salários, crescimento econômico, melhor distribuição de renda, especialmente pela correlação com demais macro-setores, como o agropecuário, o extrativo-mineral e o de serviços. Investir na indústria significa investir nas cadeias produtivas e gerar crescimento como um todo. Historicamente, todos os países que lograram êxito no desenvolvimento tiveram a indústria como um fator chave. 

Só quem tem conhecimento do que significa a indústria para o desenvolvimento de um País pode ter a noção precisa de qual prejuízo, sob todos os pontos de vista, a desindustrialização pode causar. Sabemos que o Brasil vem desde meados da década de 80 em processo continuo de deterioração da sua estrutura produtiva. A atual participação da indústria manufatureira no PIB é de apenas 11% enquanto países no mesmo estágio de desenvolvimento em torno de 25%. 

O baixo nível de diversidade e sofisticação da atividade produtiva inviabiliza o desenvolvimento de serviços empresariais e consequentemente a ampliação da renda per capita nacional. O país vem registrando nas últimas décadas baixo crescimento econômico e taxa de investimento aquém da necessidade de um país em desenvolvimento.  

Para crescer a taxas acima de 3,5% ao ano, sustentadamente é imperativo investimentos da ordem de 25% do PIB ao ano. É preciso um modelo de desenvolvimento que leve em conta o potencial de se construir um novo projeto de nação e, diante disso, ressaltar o papel da indústria. Mundialmente, o Brasil é um dos poucos países que tem todas as condições para esse projeto. Porque é um país que tem forte demanda reprimida na área de infraestrutura, o que pode ser uma grande oportunidade para o crescimento. Apesar da desindustrialização, ainda é o maior pátio produtivo da América Latina, e também possui mercado e economia em escala suficiente para reverter a desindustrialização.  

Nós entendemos que os eixos da reindustrialização passam por investimento forte. Estamos hoje abaixo de 15% da formação bruta de capital fixo sobre o PIB e deveríamos estar a pelo menos 25%. Isso nos faz entender que não temos um bom ambiente de negócios, temos insegurança jurídica alta e as reformas estruturais ainda não aconteceram. Reduzir o Custo Brasil é um ponto importante e fundamental para colocarmos a indústria no seu devido lugar, gerando crescimento e desenvolvimento para o País. 



João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ


Qual é o segredo para o sucesso da experiência do paciente digital?

Ao longo da pandemia, os olhos do mundo voltaram-se para a saúde, abrindo espaço para um mercado que há tempos demonstrava seu grande potencial: a tecnologia voltada para a saúde. As empresas deste setor, também chamadas de healthtechs, receberam um grande volume de investimento, inclusive no primeiro trimestre de 2021, com valor equivalente a 85% do total investido no último ano e 324% maior em comparação ao mesmo período de 2020.

Mas, por que essas empresas têm chamado tanta atenção? Bom, além de ágeis, com grande potencial e inovadoras, elas têm um papel importante em duas grandes frentes: na busca por redução de custos e na união da saúde à tecnologia com foco em melhorar a experiência do paciente.

Diferente da satisfação do paciente, a experiência é muito mais abrangente e está diretamente ligada ao factual, ou seja, ao que o paciente vivenciou na prática durante toda jornada. E, cada vez mais empoderados pela internet, os pacientes digitais estão exigentes e bem informados, buscando soluções ágeis, práticas e que atendam suas reais necessidades.

Notou-se, principalmente no último ano, um salto na jornada de experiência digital para lidar com consultas médicas, o entendimento de serviços de saúde com maior clareza e a necessidade de um processo online e rápido de compra de medicamentos com entrega quase imediata. Medidas essas, que vieram beneficiar e trazer ainda mais segurança e comodidade, mostrando a capacidade de nos adaptarmos quando há benefícios.

Acredito que a principal forma de cumprir com as exigências do novo perfil de paciente é inovando, principalmente por meio de investimentos em tecnologia. Mas isso não basta. É preciso também colocar o cliente no centro do processo, entendendo suas dores, necessidades e expectativas e, a partir desse profundo conhecimento, modernizar a mentalidade da empresa para que seja oferecida uma experiência digital.

E é exatamente isso que a epharma vem fazendo. Com mais de 20 anos de atuação, a plataforma que já oferecia diversos benefícios em medicamentos para mais de 30 mil farmácias e 1,3 mil clínicas e laboratórios credenciados em todo o país, beneficiando mais de 30 milhões de pessoas, a empresa vem descobrindo maneiras de se reinventar e, em breve, por exemplo, os usuários poderão comprar presencialmente ou on-line nas redes de farmácias credenciadas, sempre obtendo o desconto de beneficiado, por meio do plano de saúde, empresa ou pelo laboratório farmacêutico.

Com isso, a empresa busca engajar muito mais os usuários finais, alcançando os que preferem a comodidade das compras digitais que, segundo o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), dobraram entre 2019 e 2020, e devem seguir em alta nos próximos anos.

Além disso, a epharma também passa por uma ampliação de portfólio, que visa oferecer soluções mais abrangentes na jornada do paciente, inclusive aqueles diagnosticados com doenças de alta complexidade. Tudo isso para promover uma nova experiência aos consumidores, com acesso mais direto aos múltiplos benefícios que a empresa disponibiliza.

Ou seja, unindo tecnologia e saúde, encontramos um gap para facilitar e, muitas vezes, até reinventar a rotina e experiência do paciente. Porém, é preciso pensar em soluções que realmente agregam valor, uma vez que a população encontra diversas insatisfações em modelos falhos e ineficazes. Para isso, é necessário estudar e entender o perfil do paciente, sempre lembrando da humanização, isto é: que cada paciente é um ser humano único em busca de recursos para solucionar questões envolvendo um dos bens mais preciosos para todos, a saúde.

 

 

Eduardo Mangione - presidente da epharma, plataforma pioneira em gestão de benefícios em medicamentos no Brasil.

 

epharma

www.epharma.com.br

 

Por que a educação financeira é importante para o brasileiro?

Desvio na percepção de quanto ganha e gasta é um dos principais erros ao administrar o orçamento

 

Quando o assunto é educação financeira da população, o Brasil ocupa o 74º lugar no ranking mundial, de acordo com um levantamento da S&P (Standard and Poors) - agência de rating mundialmente renomada. Dados da pesquisa ainda apontam que as 15 primeiras posições são de países de primeiro mundo como Noruega, Dinamarca e Suécia, que ocupam os três primeiros lugares, respectivamente. Além de possuírem uma grande riqueza, os países investem na formação financeira dos cidadãos.  

Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, explica que o brasileiro carece da falta de planejamento financeiro por vários motivos, um dos principais é o erro na percepção de quanto se ganha e se gasta. “A grande “falta” está em não saber administrar as entradas e saídas mensalmente, por isso, muitos ficam no vermelho e/ou entram numa bola de neve”, comenta. 

Outro fator que desfavorece o Brasil na falha da organização do dinheiro é a inflação,  que impacta diretamente nos preços dos produtos e serviços, não só por interferir no poder de compra (desvalorização da moeda), mas também no ganho real dos investimentos.

 

Educação financeira em dia 

Abaixo, Thiago destaca os principais benefícios em ter uma saúde financeira em dia:

  • Bem-estar, qualidade de vida e saúde física e emocional;
  • Fortalecimento da estrutura familiar e social;
  • Realização de sonhos;
  • Planejamento do futuro: aposentadoria digna, tranquilidade para os herdeiros e sucessores;
  • Tranquilidade para cobrir imprevistos e emergências.


O brasileiro é “preguiçoso” ao administrar sua vida financeira 

Atualmente, temos mais de 60 milhões de brasileiros com o nome negativado no Serasa, ou seja, praticamente ¼ da população nacional está inadimplente, de acordo com dados divulgados pelo Serasa em julho. O cenário atual, de crise econômica há alguns anos e, agravado pela pandemia do novo coronavírus, contribui para a instabilidade financeira do país. Parte desse cenário acontece por falta de organização com o dinheiro, que muitas vezes exige um comportamento que as pessoas não têm. 

Ao falar de planilhas, apps e anotações para controle de todos os gastos, o brasileiro fica  “preguiçoso”, pois precisa de tempo, disciplina e dedicação. Diante da vida corrida, se torna quase que impossível operacionalizar esses registros de forma frequente e sistemática.

A partir do momento que alguém decide procurar um educador ou planejador financeiro, já pensa: “Nossa, terei que anotar tudo em uma planilha”, e isso acaba sendo um empecilho. Atualmente, há recursos que facilitam essa prática na rotina acelerada. Um exemplo é a metodologia aplicada pela empresa, que visa educar por meio do “desplanilhe-se”.

Thiago explica que o objetivo é ensinar as pessoas a usarem de forma correta, e totalmente, os recursos que o mercado disponibiliza, que muitas vezes elas já têm. Com isso, se tira proveito para que a organização financeira aconteça de forma automática e em tempo real. “Quando vencemos essa etapa de organização, vamos um pouco além, apresentamos uma forma de equilíbrio financeiro que coloca travas, também automáticas, para não estourar o orçamento, tudo isso adequado à realidade e prioridade das famílias”, comenta Thiago Martello. 

A grande maioria dos clientes chega em uma situação bem delicada, alguns deles não enxergam mais saída, sem luz no fim do túnel, ou seja, quase sempre o brasileiro é pego pela dor e não pelo amor, de acordo com dados registrados pela própria Martello.

 

Falta da educação financeira a longo prazo 

A longo prazo, imprevistos para quem não possui educação financeira são muito perigosos. Eventos como compra de remédios, dar sequência a um inventário ou pagar uma dívida muito alta, que surgiu do “nada”, podem comprometer outras pessoas, além de quem sofreu esses contratempos, como parentes e amigos, que acabam dando uma “mão amiga” em momentos de urgência. 

“Há pesquisas que indicam que parte do comprometimento da renda dos adultos da geração X, nascidos entre 1965 e 1980, e Y, nascidos entre 1981 e 1995,  é justamente para ajudar os pais, que entram na terceira idade com uma dependência financeira, por exemplo”, explica Martello.

A situação pode se agravar ainda mais quando a falta de educação financeira começa a afetar as contas básicas, como conta de luz, combustível e até mesmo alimentação. Além disso, esse fator da “falta” de organização com o dinheiro pode custar a estrutura familiar, ou até mesmo a vida de um indivíduo, como no caso de uma pessoa sem plano de saúde, dependendo do sistema público, para o tratamento de uma doença grave. 

“Vale ressaltar que a educação financeira deve ser a base, pois permeia e impacta outras áreas da vida das pessoas. Além disso, em uma esfera mais ampla, a falta de organização com o dinheiro impacta diretamente no cenário econômico e geração de riqueza do país”, comenta Martello. 

A longo prazo, a tendência de um país com uma população sem educação financeira é se tornar cada vez mais pobre, com maior distância entre classes sociais e, com isso, muitos problemas associados, como aumento do índice de criminalidade e violência. 

 


Martello Educação Financeira  

martelloef.com.br/ 

 

Cartão do Bolsa do Povo já pode ser desbloqueado pelo portal do programa

Meio milhão de cartões pré-pagos devem ser enviados aos beneficiários ainda este ano 


Os beneficiários do Bolsa do Povo podem contar com uma nova funcionalidade no portal do programa - www.bolsadopovo.sp.gov.br. Desde o dia 01/10, os mais de 180 mil cidadãos que receberam cartões pré-pagos podem realizar o desbloqueio online, sem precisar entrar em contato com a central de atendimento, pelo telefone. Até o fim deste ano, mais de meio milhão de cartões serão destinados aos cidadãos atendidos pelo projeto. 

Maior programa de assistência social da história de São Paulo, o Bolsa do Povo foi desenvolvido para unificar ações estaduais de transferência de renda, simplificando o compartilhamento de informações e o repasse dos valores correspondentes a cada beneficiário, além de criar novos benefícios. Cerca de dois milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social devem ser beneficiadas com o projeto.  

Desde agosto deste ano, a Prodesp - empresa de Tecnologia do Governo paulista -, responsável pela operacionalização do programa, passou a enviar cartões pré-pagos aos beneficiários, para facilitar o acesso aos valores recebidos.  

O cartão pré-pago pode ser usado como uma espécie de cartão de débito habitual, permite que sejam feitos saques em dinheiro, com o valor desejado, em terminais de autoatendimento 24 Horas ou do Banco do Brasil, além de correspondentes bancários do BB. Sempre que quiser podem ser usados para compras em estabelecimentos comerciais.  

Quem ainda não tem o cartão do Bolsa do Povo, recebe o benefício por meio de voucher, e precisa sacar o valor integral. Para isso, o usuário deve acessar a área restrita do portal, a mesma em que agora é possível desbloquear os novos cartões.  

Atualmente, fazem parte do Bolsa do Povo os programas Vale Gás, SP Acolhe, Ação Jovem, Renda Cidadã e Prospera Família, da Secretaria de Desenvolvimento Social; além de iniciativas de outras pastas como: Bolsa Talento Esportivo, Via Rápida, Bolsa Trabalho, Novotec Expresso, Bolsa do Povo Educação e Estudantes, Centro Paula Souza, Bolsa Empreendedor, Auxílio Moradia e Acolhe Saúde. 

 

Alta de sequestro de dados aumenta a busca por profissionais de cibersegurança

O Brasil é o quinto maior alvo de crimes cibernéticos do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e África do Sul, de acordo com um levantamento realizado pela Roland Berger, uma consultoria estratégica global. A estimativa é que esses ataques gerem perdas globais próximos à casa dos US$ 6 trilhões. O caso mais recente que acompanhei foi  o da operadora de turismo CVC, que deixou a central de atendimento da empresa temporariamente indisponível.

Conforme esse tipo de crime aumenta, tenho visto crescer também a demanda por profissionais de cibersegurança. Só na Yoctoo, consultoria de recrutamento e seleção especializada em tecnologia, a nossa busca por esses especialistas saltou de 15% em 2019, para 25% de todas as vagas para as quais recrutamos em 2020. Ao que tudo indica, em 2021, com a contínua consolidação da transformação digital nas empresas, esse número será ainda mais expressivo.

Na minha opinião, um dos principais motivos dessa alta é a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o anúncio da aplicação de multas para as empresas que não cumprirem com as regras. Mas, não é só isso. Felizmente, hoje, muitas organizações estão mais conscientes da necessidade de se protegerem contra vazamentos de dados e ataques de hackers. Assim, essa área está se tornando cada dia mais essencial e, promissora, do ponto de vista de trilhas de carreira em tecnologia.


Formação do profissional de cibersegurança

Para quem deseja atuar em cibersegurança, o mais recomendado é ter uma graduação na área de tecnologia. Depois, é interessante buscar uma especialização, como um MBA em Gestão de Segurança da Informação. As certificações também são importantes e muito apreciadas pelos recrutadores, com destaque para a CCNP, PCI DSS, COBIT, Ethical Hacking Essentials, CSIRT Foundation e Privacy & Data Protection, entre outras que podem variar de acordo com o segmento de mercado em que se pretende atuar ou a tecnologia adotada pela empresa.

Com uma boa formação, o próximo passo é escolher um direcionamento para a carreira, que pode ser tanto para a área técnica, voltada à operação de sistemas, monitoramento e ferramentas; quanto para a área de gestão, onde o profissional irá atuar nas políticas de risco, governança e atendimentos às legislações internacionais e locais. Mas atenção, não adianta o profissional dispor de ferramentas avançadas, se a empresa não estiver engajada no processo de conscientização da cultura de segurança.


Principais motivos da alta da demanda por esses profissionais

Um ponto relevante sobre o aumento na procura por esses profissionais, no meu entendimento como especialista, é que, até bem pouco tempo atrás, a segurança era uma preocupação exclusiva de empresas com grandes aparatos de tecnologia ou produção de informação, tais como bancos, seguradoras, operadoras de telecom, fintechs, e empresas provedoras de serviços de tecnologia. Hoje, garantir a segurança das informações é essencial para toda e qualquer empresa, independentemente do porte ou segmento, é uma questão de sobrevivência. Quem já sofreu um ataque ou vazamento sabe bem os impactos negativos que isso pode causar: perda de dados importantes, financeiro e, claro, na credibilidade da marca. Como reflexo desse cenário, profissionais dessa área passaram a ser valorizados pelo mercado.


Faixas salariais médias desses profissionais

Os salários de um analista de segurança de informação variam de R$ 4 a R$ 10 mil. Já um especialista ganha entre R$ 13 e R$ 16 mil e um coordenador, entre R$ 17 e R$ 20 mil. Enquanto quem está no topo da carreira, em cargos de gerência e diretoria, esse número pode variar entre R$ 25 e R$ 35 mil mensais.

Então, se você quer se tornar um profissional de cibersegurança, saiba que para estar bem-posicionado salarialmente, precisará estar em constante desenvolvimento. Afinal, novas formas de crimes cibernéticos estão sempre evoluindo e, é preciso ter um perfil analítico, orientado à resolução de problemas e, capaz de fazer simulações de ataques e defesas a fim de observar as vulnerabilidades constantes de um ambiente. Somado a isso, destaco a habilidade de entender sobre o negócio da empresa ao qual trabalha e saber traduzir esse ambiente técnico em linguagem de negócio.

Além disso, sugiro que mantenha seu networking em dia. Trocar experiências com outros profissionais da área é a melhor maneira de ficar por dentro de tudo o que acontece – inclusive sobre quais são as melhores vagas disponíveis no mercado!

Da mesma forma, busque proximidade com um headhunter de sua confiança. Esses profissionais geralmente são os termômetros do mercado e poderão te ajudar a dar novas perspectivas sobre quais são as principais habilidades demandadas no momento, além de dividir com você os cenários e desafios em atuar em determinadas áreas, tipos de empresas e segmentos. 

Espero que esse conteúdo tenha te ajudado a entender mais sobre uma das áreas mais promissoras no mundo pós-pandemia.

 



Paulo Exel - administrador de empresas com MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Certificação Profissional em Coach. Apaixonado por pessoas e tecnologia, há 12 anos atua como headhunter de TI. Desde 2017, está no comando da operação da Yoctoo na América Latina. É palestrante e tem diversos artigos publicados na mídia.

 

Sobre a Yoctoo

www.yoctoo.com

 

Como construir uma trajetória de crescimento exponencia


Enquanto uma empresa tradicional de sistema linear é restrita e tem recursos escassos, organizações exponenciais conseguem ampliar seu potencial por meio da abundância de possibilidades de crescimento. Como fazer isso é o tema do livro Lições para você construir negócios exponenciais, de autoria de José Paulo Pereira Silva.

A obra apresenta o conceito criado em 2014 para diferenciar empresas que tinham crescimento muito superior à média do mercado em um curto espaço de tempo. No geral, a capacidade de crescimento de uma organização disruptiva chega a ser dez vezes mais rápida do que a de suas concorrentes, por conta principalmente do uso da inovação.

Para caminhar nesta direção, o autor mostra que é preciso ir além da tecnologia e contar com atributos internos, as “ideias”, e externos, a “escala”. Enquanto esta passa pelo uso de algoritmos para decisões mais assertivas e ativos baseados em informações, os atributos internos incluem interfaces que conectam sistemas e autonomia para as equipes atuarem de forma descentralizada.

O papel do líder é determinante neste sentido. A obra ressignifica esse conceito e indica que a liderança exponencial pode ser exercida, inclusive, por outros integrantes de um mesmo grupo, dependendo do momento e dos desafios da organização. É preciso guiar pelo exemplo, ou seja, por meio de ações e atitudes constantes que inspiram e influenciam pessoas.

O autor deixa, ainda, a lição de que a cultura de uma empresa não deve ser implantada, mas plantada e cultivada para que ela cresça com o empreendimento até se tornar a essência do negócio. Quais são os valores fundamentais em sua vida? Quais princípios estão presentes em todas as suas ações e aspirações? São algumas das questões que colocam o leitor a pensar.

As habilidades de líderes exponenciais

Um dos conceitos apresentados no livro é o de liderança exponencial. São 11 habilidades que caracterizam esse perfil disruptivo e que o autor destaca como fundamentais para motivar as equipes e escalonar os resultados: 

  1. Cultura
  2. Visão
  3. Impacto
  4. Influência
  5. Conexão com novas tecnologias e tendências
  6. Agilidade
  7. Desafia o status quo
  8. Catalisador/potencializador
  9. Inspiração
  10. Paixão
  11. Compartilhador de vitórias e conquistas

 


Ficha técnica

Livro
: Lições para você construir negócios exponenciais
Autor: José Paulo Pereira Silva
Editora: Ideal Books
Preço: R$ 49,90    
ISBN: 97865993576-2-6
Formato: 21x15 cm
Páginas: 352
Link de compra: site do autor e Amazon


Sinopse: De vendedor de sacolas a fundador do multimilionário Grupo Ideal Trends, o empresário disruptivo, José Paulo Pereira Silva, compartilha, neste livro, as mais diversas experiências, obstáculos e estratégias que o levaram a ser um dos maiores cases de sucesso nas mais diversas áreas que empreendeu, especialmente nos ramos de tecnologia e startups, e revela quais métodos utilizou para se tornar um empreendedor bem-sucedido e transformar milhares de profissionais em líderes extraordinários.
Uma excepcional obra com dicas, conselhos e lições de alguém que começou do zero e alcançou grandiosas conquistas ao longo da vida, com as possibilidades que tinha e da forma que podia. Uma obra prima, resultante de muito trabalho, determinação e pensamento visionário. José Paulo Pereira Silva, fez, através da sua dedicação, uma história de superação, vitórias e resultados. E essa trajetória é a que você está prestes a conhecer.

 

 

José Paulo Pereira Silva - mestre e doutor em Administração de Empresas e pós-doutor em Relações Internacionais, ambos pela Florida Christian University (FCU/USA). É presidente e fundador do Grupo Ideal Trends, atualmente com 25 empresas em 30 países e projetos de crescimento exponencial. Formou centenas de empreendedores e tornou colaboradores seus sócios. É paulista e radicado em Orlando (EUA), onde também expande os seus negócios.

@idealbooksoficial
@josepaulogit


Cartórios farão atendimento às solicitações de pensão por morte e auxílio maternidade junto ao INSS

Acordo firmado pela Arpen-Brasil junto ao Instituto permitirá o acesso de milhões de brasileiros a benefícios federais

 

Beneficiários de pensão por morte e auxílio maternidade junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão fazer a solicitação diretamente nos 7.647 Cartórios de Registro Civil, presentes em todos os 5.570 municípios brasileiros. É o que prevê o Termo de Cooperação assinado entre o Instituto e Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que reúne todos os Cartórios de Registro Civil do país, nesta sexta-feira (01.10), em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O Acordo de Cooperação Técnica, que terá início em 15 de outubro com um projeto piloto envolvendo Cartórios de Registro Civil de diferentes regiões do país, e deverá ter duração de 30 dias, permitirá ao cidadão solicitar, no ato do registro de nascimento de seu filho, o auxílio maternidade e, no ato de registro de óbito, a pensão por morte ao beneficiário.

Ao efetuar o registro, o Cartório verificará o direito ao benefício diretamente nos sistemas disponibilizados pelo INSS, obtendo a resposta em tempo real. Na sequência, fará a formalização do requerimento de concessão com a devida instrução documental para sua homologação, dando ciência ao cidadão e comunicando ao Instituto que a autorização já está de posse do usuário.

A iniciativa beneficiará mais de 1,8 milhão de pessoas que aguardam seus pedidos serem deferidos desde julho deste ano, sendo que 25% dos casos estão travados por falta de documentação completa, em uma fila de espera que chega a durar até 40 dias, segundo os dados divulgados pelo INSS.

"Com a nova decisão, os beneficiários terão mais conforto e facilidade, podendo contar também com os cartórios de registro civil nesta demanda, que viu o número dos pedidos aumentar em decorrência da pandemia do Covid-19", explicou Luis Carlos Vendramin Jr., presidente da Arpen/SP, que também esteve presente no evento de lançamento da iniciativa. "Neste cenário podemos atestar a posição das unidades cartorárias como Ofícios da Cidadania, autorizando a criação de alianças e acordos com instituições e entidades públicas", finalizou.

O convênio também prevê a parceria para a realização de outros atos, como a recepção de procurações do cidadão junto ao sistema do INSS para a representação junto aos atos praticados perante o órgão e demais serviços de interesse recíproco e que permitam ao cidadão utilizar os postos dos Cartórios em todos os municípios do país, evitando deslocamentos e gastos com intermediários e despachantes.



Arpen/SP - Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo


O Novo Decreto do SAC e a LGPD

Com o avanço da tecnologia, por meio das grande plataformas e sites de comercialização, os consumidores estavam sem proteção em relação aos seus dados pessoais e também quanto ao atendimento cada mais robotizado. Sem saber como seus dados estavam sendo tratados e armazenados e como os SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) acessavam tais dados, foi necessário implementar regras para proteção dos consumidores.

Tanto a lei geral de proteção de dados (“LGPD”), como o novo decreto do SAC, demostram que os reguladores viram a população em situação de desvantagem e reagiram implementando novas regras para o jogo dos negócios. Ademais, a pandemia acelerou o processo de comercialização online e a busca por respostas dos consumidores nos respectivos SACs das empresas.

Se olharmos a LGPD e o Decreto do SAC, podemos afirmar que os dois efetivamente tem total sinergia requerendo um novo olhar sobre como tratar seus clientes internos e externos por meio de novos processos internos que obrigatoriamente devem ser implementados, sob pena de penalizações ou escândalos reputacionais.

Normalmente, as empresas terceirizam os SAC e, infelizmente, estes funcionários não são bem remunerados ou treinados adequadamente. Devem seguir um script e pronto, nada mais que isso. A alta rotatividade neste setor e extremamente alta, o que gera mais um perigo, pois são pessoas que tem acesso aos nossos dados pessoais. Onde está a garantia que as empresas de call center implementaram um programa de LGPD efetivo e treinaram seus funcionários? A resposta para este questionamento seria que são poucas que se preocuparam com isso.

Claro que é mais barato e fácil usar um atendimento automatizado, deixando a opção de falar com um(a) atendente normalmente no final. Agora o tratamento deve ser “humanizado”, os conflitos resolvidos e, finalmente, não teremos que ficar repetindo incansavelmente por horas nossas reclamações. Significa que os sistemas de tecnologia das empresas terão que mudar, armazenando as reclamações por um período de 90 dias, mas com a garantia que estes dados não serão vazados ou sofrerem um ataque.  Novamente, o decreto do SAC e a LGPD caminham juntas e precisam ser respeitadas pelas empresas sob pena de perderem a credibilidade da sociedade.

Existem muitos que irão argumentar que os consumidores estão mais voltados para tecnologia, que atendimentos virtuais são mais buscados e efetivos. Tal argumento é uma falácia. A população brasileira está envelhecendo e o uso do telefone para reclamações, busca de informações e cancelamento de serviços ainda é o caminho mais utilizado. Temos também que falar no público portador de necessidades especiais, estes são consumidores e merecem um atendimento adequado às suas necessidades.

Cabe salientar que a qualidade dos serviços no Brasil realmente não é das melhores. Basta entrar no site Reclame Aqui e ver a lista das piores empresas, que todos os anos tem sido publicada. A grande maioria das piores são empresas de serviços. Empresas que jogam para os Procons ou Judiciário a resolução dos problemas/conflitos, pois sai mais barato. Empurram para frente a solução e perdem clientes. Mas, não se preocupam com isso, o pensamento é de curto prazo e acreditam que o mercado brasileiro é enorme.

Não basta ter o melhor avião, o melhor produto bancário ou o melhor plano de saúde se as empresas não tratam bem seus clientes, nem seus dados pessoais. A ponte entre os produtos e serviços está no SAC. Se o atendimento for ruim, o cliente não volta mais, pois está cada vez mais consciente dos seus direitos. Basta notar os serviços de televisão a cabo, que voltaram aos patamares de negócios de 10 anos atrás. A desculpa usada são os novos serviços de streaming, mas não é somente este o problema para a queda brusca no uso destes serviços, mas a qualidade no atendimento ao consumidor.

A fiscalização da efetividade do serviço do SAC será realizada pela SENACON, que firmou acordo de cooperação técnica com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável pela avaliação das regras LGPD aplicadas nas empresas, no dia 22 de março do corrente ano. Consequentemente, temos os principais “players” jogando no mesmo time, com o objetivo de proteger os consumidores e seus dados pessoais. Podemos afirmar que esta parceria irá mexer muito com o mercado no futuro, cada vez mais veremos ações conjuntas destes órgãos.

O mundo mudou, então, a qualidade dos serviços também deve mudar. Empresas que nem conhecem o nome dos seus clientes podem ficar fora do jogo e perder mercado. A concorrência está cada vez mais acirrada e para ganhar ou manter clientes deve-se utilizar do respeito e transparência. Empresas que estiverem devidamente adequadas a LGPD e implementarem um SAC humanizado terão mais chances de sobreviverem a longo prazo.

 

 

Patricia Punder - advogada, compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020.  Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patrícia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC(Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil).

 

Dr. Fabio David - Punder Advogado


Cartão de crédito é um grande vilão?

O desenvolvimento econômico de muitos países se baseia no crédito e consumo que sua população realiza, e talvez o maior símbolo da sociedade nas últimas décadas seja o cartão de crédito.

Em estudos americanos existem basicamente dois grupos de clientes que utilizam esse meio de pagamento.

Em um primeiro grupo, que representa metade dos usuários, temos as pessoas que pagam as faturas mensais em dia e não pagam juros adicionais, porém todos os seus consumos geram um custo para os vendedores de 1.5% até 3.5%, o que eleva os preços a todos os clientes.

Do outro lado, existe uma outra metade de compradores que deixam de pagar a fatura em dia e consomem juros adicionais, além da transação de compra.

Assim, o cartão de crédito adiciona na média dos preços dos produtos e serviços aproximadamente 8%.

Emissores de cartões de crédito querem fugir daqueles clientes que não podem pagar, mas querem estar muito próximos daqueles que são bons pagadores, mas que eventualmente se desorganizam e pagam juros adicionais, e é nisso que apostam usando várias técnicas.


Técnicas do cartão de crédito

As principais estratégias para o lucro com o cartão de crédito, são fáceis de identificar.

Por exemplo, as versões de cores dos cartões, afinal, esse é um modo de mostrar status social e de pertencer a um grupo.

Dessa forma, os cartões black se tornaram desejados e é um modo de gerar mais consumos.

Além disso, temos também o programa de pontos gera uma sensação de estar ganhando algo que não teria.

Porém, a tática gera um gatilho para atrair as pessoas que muitas vezes deixam de resgatar ou então os custos de anuidades superaram os prêmios.

Outro ponto a observar é que, no Brasil criamos uma armadilha adicional: a oportunidade de parcelar compras.

Se já era um desafio conseguir controlar o consumo sem ver o dinheiro sair da conta e com o pagamento em 30 dias depois, imagine parcelando diversas compras? Os riscos de um desequilíbrio só tendem a crescer.


Consequências e cuidados do crédito

Quando pensamos do ponto de vista social, o cartão de crédito se tornou mais um gerador de desigualdade social.

Afinal, consumidores mais simples têm menos benefícios e maiores riscos de inadimplir, ficando presos aos juros, porém consumidores com maior renda têm mais benefícios e caminhos mais sólidos para não se endividar.

Enquanto isso, as empresas de cartões de crédito e meio de pagamento lucram centenas de bilhões de reais ao ano.

Mas como combater isso? Educação financeira é a solução.

Lembre-se de se planejar e estabelecer seus limites em todo começo ou fim de mês, para assim conseguir visualizar o seu fluxo mensal.

Além disso, é importante avaliar seu comportamento e saber identificar suas dificuldades, e se for o caso, não tenha um cartão de crédito para emergências, mas sim uma reserva própria.

 


Ricardo Hiraki  - CEO e co-founder da Plano Fintech, também sócio da agência de marketing digital Oca11. É administrador e pós-graduado pela FGV e Mackenzie e foi Head  de Gestão Financeira por quase dez anos no mundo corporativo. Tem como objetivo levar saúde financeira ao máximo de brasileiros através da startup e visitar mais de 150 países.

 

Plano

https://planofp.com.br/ 

 @planofp


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