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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Por que diabéticos precisam suplementar a vitamina B12


Tanto portadores do diabetes tipo 1 quanto do tipo 2, em geral, podem apresentar deficiência de B12. A deficiência pode levar a complicações hematológicas, psíquicas e neurológicas graves, como a anemia megaloblástica e perniciosa e até demência


O açúcar é tratado como o grande vilão para o desenvolvimento do diabetes, no entanto, ele não é o único responsável por desencadear a doença: excesso de calorias ingeridas, má alimentação, obesidade, sedentarismo e histórico familiar são fatores de risco para a enfermidade crônica, perigosa e que afeta mais de 463 milhões de pessoas no mundo de acordo com International Diabetes Federation e 16 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Isso porque, sofrem com a má absorção da insulina, hormônio responsável por controlar a glicose no sangue, necessária para que o corpo tenha energia.  

Porém, o que muitas pessoas não sabem é que a falta de vitamina B12 - cuja forma ativa é conhecida como mecobalamina - é comum tanto para pacientes com diabetes do tipo 1 quanto o do tipo 2, e essa deficiência pode trazer consequências sérias. Nesse sentido, o caminho para evitar qualquer agravamento é a suplementação além do devido monitoramento e acompanhamento pelo médico especialista.


O que é a Vitamina B12?

A vitamina B12 é de extrema importância para formação de células vermelhas do sangue, essencial para o funcionamento do sistema nervoso central, mantendo a cognição e prevenindo a degeneração das células, e é cofator de diversas enzimas necessárias ao organismo, inclusive na produção de DNA. Por não ser produzida naturalmente pelo corpo humano, sua fonte natural restringe-se a alimentos de origem animal, especialmente leite, carne e ovos, que precisam fazer parte da alimentação do paciente.

No entanto, é absorvida somente no intestino delgado, e para tal, requer uma glicoproteína produzida pelas células parietais do estômago, chamada de fator intrínseco, necessária para a absorção de vitamina B12 no íleo terminal. Quando esse processo não ocorre corretamente, sua absorção é diminuída.


Mecobalamina e Diabetes. Quais os perigos quando há a falta?

É justamente a má absorção que pode ocorrer com pacientes diagnosticados com a enfermidade. Isso porque o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que está geralmente associada a outras do mesmo tipo e que podem, no conjunto, diminuir a absorção de vitamina B12

Já com o diabetes tipo 2, a questão está associada ao tratamento à base de metformina que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, é um medicamento-chave no tratamento da doença há mais de 60 anos e que, como consequência do seu uso, pode reduzir os níveis de absorção da B12 em 30% dos casos.

“A preocupação reside no fato de que essa deficiência pode permanecer assintomática por longos períodos e pode causar danos neurológicos irreversíveis se não for tratada. Assim, importante pensar na deficiência de B12 em pacientes com diabetes, já que a falta pode levar a complicações hematológicas, psíquicas e neurológicas graves, como a anemia megaloblástica e até demência”, explica Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari, médica geriatra e responsável pelo núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma. 

“Tais fatos reforçam a importância da realização de exames periódicos, além da ingestão de alimentos que possuem vitamina B12 e sua devida suplementação, seguindo as orientações de um médico responsável pelo acompanhamento e tratamento do paciente”, complementa a especialista.


Tratamento indolor, por via sublingual e na forma ativa

Atualmente, para a suplementação da mecobalamina existe o tratamento parenteral (injeções intramusculares), método que causa dores agudas e que leva a pessoa, muitas vezes, à não adesão ao tratamento, e que também pode ser dificultoso em pacientes muito magros ou com distúrbios de coagulação.

Há também o tratamento oral, que pode ser utilizado em casos de deficiência leve ou assintomática, e em pacientes que não apresentam condições de má-absorção.

Por fim, a grande novidade é o tratamento via sublingual de forma ativa, que oferece absorção imediata, um alívio ao paciente com diabetes e enfatiza que nem todo tratamento médico precisa ser doloroso e incômodo, uma realidade vivenciada ao longo de todos esses anos por aqueles que precisam da suplementação.


Pesquisadores brasileiros descobrem como o músculo se regenera após o exercício

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que a regeneração muscular promovida pelo exercício aeróbico é mediada por mudanças no consumo de oxigênio por células satélites, também conhecidas como células-tronco do músculo esquelético. A descoberta deve ser usada para ajudar as pessoas a se recuperarem de lesões e combater a perda de massa muscular associada ao envelhecimento.

Pesquisas anteriores mostraram que levantamento de peso e outros tipos de treinamento de força aumentam o número de células satélites. No exercício aeróbio, sabe-se que o tecido muscular aumenta sua capacidade, mas os mecanismos de reparo associados às células satélites não haviam sido estudados anteriormente.

O grupo da USP descobriu que o exercício aeróbico impulsionou o crescimento das células satélites e que alterações metabólicas significativas estão por trás do fenômeno. O estudo foi realizado durante o doutorado/pesquisa de Phablo Sávio Abreu Teixeira, com apoio de bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.

"Observamos o consumo reduzido de oxigênio nas células satélites, ao passo que o exercício aumentou a demanda por oxigênio em todos os outros tecidos musculares. Esta é a primeira vez que alguém conseguiu observar como o exercício aeróbio influencia o metabolismo mitocondrial nessas células e como isso afeta a regeneração muscular." Abreu contou.

Para entender o mecanismo, Abreu realizou uma série de experimentos com animais no Instituto de Química da USP sob a supervisão da professora Alicia Kowaltowski, que estuda continuamente mitocôndrias desde a década de 1990 e é filiada ao Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxome), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Disseminação (RIDCs) apoiados pela FAPESP.

Os resultados são relatados em um artigo publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. "Descobrimos pelo menos parte do mecanismo que levou à melhoria da regeneração muscular. Um conhecimento mais amplo é o primeiro passo para sermos capazes de intervir no processo de regeneração no futuro", disse Kowaltowski.

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Pesquisadores brasileiros descobrem como o músculo se regenera após o exercício

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que a regeneração muscular promovida pelo exercício aeróbico é mediada por mudanças no consumo de oxigênio por células satélites, também conhecidas como células-tronco do músculo esquelético. A descoberta deve ser usada para ajudar as pessoas a se recuperarem de lesões e combater a perda de massa muscular associada ao envelhecimento.

Pesquisas anteriores mostraram que levantamento de peso e outros tipos de treinamento de força aumentam o número de células satélites. No exercício aeróbio, sabe-se que o tecido muscular aumenta sua capacidade, mas os mecanismos de reparo associados às células satélites não haviam sido estudados anteriormente.

O grupo da USP descobriu que o exercício aeróbico impulsionou o crescimento das células satélites e que alterações metabólicas significativas estão por trás do fenômeno. O estudo foi realizado durante o doutorado/pesquisa de Phablo Sávio Abreu Teixeira, com apoio de bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.

"Observamos o consumo reduzido de oxigênio nas células satélites, ao passo que o exercício aumentou a demanda por oxigênio em todos os outros tecidos musculares. Esta é a primeira vez que alguém conseguiu observar como o exercício aeróbio influencia o metabolismo mitocondrial nessas células e como isso afeta a regeneração muscular." Abreu contou.

Para entender o mecanismo, Abreu realizou uma série de experimentos com animais no Instituto de Química da USP sob a supervisão da professora Alicia Kowaltowski, que estuda continuamente mitocôndrias desde a década de 1990 e é filiada ao Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxome), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Disseminação (RIDCs) apoiados pela FAPESP.

Os resultados são relatados em um artigo publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle. "Descobrimos pelo menos parte do mecanismo que levou à melhoria da regeneração muscular. Um conhecimento mais amplo é o primeiro passo para sermos capazes de intervir no processo de regeneração no futuro", disse Kowaltowski.

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


ESPECIALISTA ALERTA PARA RISCO DE DOENÇAS CORONÁRIAS EM OBESOS DURANTE A PANDEMIA

A obesidade associada ao sedentarismo traz maior riscos de doenças no coração

 

Durante a pandemia no novo coronavírus, foi identificado um número excessivo de pessoas com sobrepeso e obesas. Estima-se que no mundo, até 2025, 700 milhões de pessoas estarão obesas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo o IBGE, a cada quatro pessoas uma é obesa. Assim, doenças do coração serão também mais recorrentes.  

De acordo com a cardiologista do Hospital Águas Claras Patrícia Soares, a obesidade é um fator de risco para doenças coronárias tanto para os homens quanto para as mulheres e independe da idade, atingindo até mesmo as crianças. Há ainda o maior risco para pessoas que têm histórico familiar de doenças do coração. 

“Não são todas as pessoas obesas que têm doenças coronárias, entretanto, o sedentarismo aliado à obesidade são fatores determinantes para o desenvolvimento destas enfermidades. O obeso que pratica atividade física reduz a mortalidade, mas não significa que ele esteja realmente saudável. Muitos [obesos] possuem distúrbios metabólicos e devem fazer acompanhamento médico frequente com equipe multidisciplinar, e a consulta com cardiologista é fundamental”, orienta.  

A médica ainda reforça que a construção de hábitos saudáveis é essencial para evitar o acúmulo de gordura no coração. De acordo com a cardiologista, na prevenção primária - para pessoas sem doença cardiovascular detectada -, é preciso adotar uma mudança do estilo de vida: redução de peso, reeducação alimentar, atividade física. 

Na prevenção de doenças do coração, Patrícia Soares elenca alimentos que podem ajudar a reduzir os riscos: “Alimentos ricos em vitamina E, peixes, azeites, legumes, frutas e ômega 3 e 6 presentes nas castanhas do Pará. Evitar massas em excesso, gorduras, carnes gordurosas e frituras”.

 

Riscos da obesidade durante a covid-19

A obesidade também é determinante quando se fala em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durante a pandemia. É estimado que cerca de 5% dos pacientes de Covid-19 precisarão utilizar o tratamento intensivo. Entretanto, além de não possuir leitos suficientes, a população obesa também enfrenta dificuldades em encontrar leitos apropriados. 

Outro ponto, de acordo com a Federação Mundial de Obesidade, são as medidas de isolamento. Segundo a entidade o distanciamento social pode afetar problemas já existentes na vida dos obesos como estigmatização social e quadros de depressão. Além disso, há ainda, o aumento do sedentarismo e busca por produtos ultraprocessados, agravando ainda mais problemas de saúde e contribuindo para o aumento de obesos no mundo.

 


Hospital Águas Claras


Novembro Branco: No mês da prevenção contra o câncer de pulmão, especialistas alertam para os riscos do consumo de cigarro eletrônico no Brasil

Tabagismo é o principal responsável pelo surgimento de tumor pulmonar, tipo que mais mata em todo o mundo


No calendário mundial da Saúde, Novembro é celebrado como mês da prevenção ao câncer de pulmão. E o laço branco que marca este período, neste ano traz um alerta relacionado a um dos principais hábitos evitáveis relacionados a esse tipo de tumor: o fumo. Segundo o Ibope Inteligência, o número de pessoas que usam cigarro eletrônico no Brasil, em apenas um ano, dobrou. A pesquisa demonstrou que os praticantes deste tipo de tabagismo saltou de 0,3% da população para 0,6%, tendo registrado aumento ainda maior em São Paulo e no Rio de Janeiro. São cerca de 600 mil usuários brasileiros da tecnologia que, dizem os especialistas, é capaz de causar tanto dano quanto o cigarro tradicional. O design moderno e a produção menor de fumaça são alguns dos atrativos deste produto, que tem ganhado espaço entre jovens, principalmente.

O oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, alerta para os riscos do chamado vape. "Nós vemos novas formas de tabagismo chegando, como esse dispositivo tecnológico, por exemplo. E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Eles têm atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Estamos vendo uma geração ‘livre’ do cigarro aderir a versões mais modernas do mesmo mal".

O médico explica que o cigarro eletrônico vaporiza um líquido que contém uma grande quantidade de nicotina e seu uso deve ser um ponto de alerta para a sociedade. Não há estudos definitivos que indiquem a extensão do impacto desses novos tipos de fumo no desenvolvimento de cânceres, o que está relacionado à própria existência recente desses dispositivos e também porque seu uso é muito variado: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico.

"Em teoria, os e-cigarros seriam menos nocivos à saúde por conter uma quantidade de ‘ingredientes’ com potencial cancerígeno muito inferior ao do cigarro tradicional. Todavia, mesmo sem contar com itens como o tabaco em sua composição, esses dispositivos eletrônicos possuem outros elementos que podem ser altamente prejudiciais", comenta Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

De acordo com ela, de fato o que deve ficar claro é que este produto não é desprovido de malefícios. "Mesmo não queimando tabaco, o dispositivo eletrônico tem substâncias nocivas. Ainda não temos como saber quais serão as consequências do consumo desse tipo de cigarro a médio e longo prazos. Teremos que esperar talvez 20 anos para medir isso, o que pode ter consequências para a vida e o bem-estar de toda uma geração".

Por isso, os especialistas são categóricos em afirmar que o aumento no consumo de cigarros eletrônicos representa um retrocesso para o Brasil. O país é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao tabagismo, tendo um dos menores índices de fumantes do mundo: cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

"Mesmo com os avanços obtidos a partir de campanhas contra o fumo, os desafios não param de chegar. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é super importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, o aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico não pode ser ignorado. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari.


Tabagismo ainda é a principal causa de câncer

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: em 2017, conforme dados do INCA, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo tabagismo no país e 428 pessoas morrem diariamente no país por conta dele. A entidade aponta ainda que mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado.

Em 79% dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, os pacientes eram fumantes, ou ex-fumantes. Apenas 21% nunca tiveram contato com o tabaco. "Todo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão ao redor do globo. E quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Isso porque as substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares, fazendo com que deixem de ser saudáveis e se transformem em células malignas", diz Clarissa Mathias.

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.

Oncoclínicas na luta contra o fumo

Anualmente, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - desenvolve uma série de ações para alertar sobre a importância de combater o tabagismo como forma efetiva de prevenção contra o câncer. Em 2020 a iniciativa traz uma abordagem positiva nas redes sociais mostrando os benefícios sentidos pela pessoa que para de fumar.

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a ação é voltada à conscientização sobre o abandono do cigarro para uma retomada da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, ela ressalta uma importante informação: nunca é tarde demais para abandonar o cigarro. Apenas 20 minutos após interromper o vício, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Em até três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

"Pessoas que abandonam o cigarro podem colher os benefícios duas vezes: prevenindo mais danos às células pulmonares relacionados ao tabaco e dando aos pulmões a chance de se recuperar dos danos existentes", finaliza Bruno Ferrari.



https://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida


Campanha alerta para a prevenção das lesões por pressão


 

Tipo de ferida é comum em pessoas acamadas e impossibilitadas de mudar de posição

 

A Sobest - Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências realiza em novembro a Campanha “Mude de Lado e Evite a Pressão”, de conscientização sobre as lesões por pressão (LP). Em 19 de novembro, entidades e instituições no Brasil e no exterior celebram o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão”, condição bastante comum em pessoas acamadas e impossibilitadas de mudar de posição. As ações informativas e educativas ocorrem desde 2013, em parceria com a National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP) e a European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP). 

Durante todo o mês de novembro, a Sobest irá apoiar diversas iniciativas realizadas em hospitais, universidades e clínicas de todo o país, com atividades de conscientização para profissionais de saúde e cuidadores. 

“Os pacientes acometidos pela LP sofrem alterações clínicas, dor e danos funcionais relevantes. Há risco de infecções graves, internações prolongadas e morbidade. É nosso papel informar sobre a importância da prevenção e auxiliar na capacitação de profissionais, em especial os enfermeiros estomaterapeutas, para garantir segurança e qualidade de vida”, ressalta a presidente da Sobest, Profa. Dra. Angela Boccara. 

A lesão por pressão é uma ferida causada pela interrupção da circulação sanguínea em um determinado local do corpo, geralmente próximo a uma região óssea, em que existe uma pressão contínua. Os locais mais afetados são a região sacral e os calcâneos, sendo que aproximadamente 60% das LP se desenvolvem na região pélvica ou abaixo desta. 

A principal medida preventiva é a mudança de posição do paciente, cuja frequência deverá seguir os limites de cada pessoa, da pele e do ambiente que a pessoa se encontra.

 

 

SOBEST® - Associação Brasileira de Estomaterapia

www.sobest.org.br


Novembro azul: mês de destaque para os cuidados com a saúde masculin

Mês causa alerta para o câncer que mais mata homens no Brasil e também para cuidados com todo o organismo


O penúltimo mês do ano já começou e com ele chega um dos momentos mais importantes para a área da saúde: o Novembro Azul. Este é o período em que a maioria das atenções estão voltadas para os cuidados com a saúde masculina e conscientização sobre o combate ao câncer de próstata, considerado o câncer que mais mata homens no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 

 

A data surgiu, principalmente, devido a diversos tabus e preconceitos relacionados ao tema que coloca anualmente milhares de vidas em risco. A boa notícia é que, com o passar dos anos, muitos homens passaram a se preocupar mais com o problema e deixaram de lado tais crenças prejudiciais. Porém, ainda existe um longo caminho para percorrer e, neste ano de pandemia, a necessidade de reforço na campanha volta a ganhar ainda mais destaque. 

Pedro Romanelli, urologista e diretor da Sociedade Brasileira de Urologia em Minas Gerais, diz que desde a criação do Novembro Azul, houve aumento da presença masculina nos consultórios médicos para realizar os exames e prevenir contra o câncer. Porém, o ano de 2020 apresentou uma queda nesse índice. “Ainda tínhamos que lidar com muito preconceito nos anos anteriores e estávamos lutando para reverter isso. Porém, por mais que ainda tivéssemos um longo caminho a percorrer, a conscientização durante o Novembro Azul surtia efeito. O problema é que houve um período de recessão devido a pandemia. Muitos homens pararam com acompanhamento médico de rotina que já recebiam ou, simplesmente, desistiram de iniciar os cuidados em consultório esse ano”, alerta.

Com isso, Pedro relata que existe a expectativa de aumento nos casos para o próximo ano. “A falta de diagnóstico precoce é o principal motivo de óbito, o que preocupa muito. Por isso, é necessário alertar que a saúde nunca deve ser deixada para depois. Mesmo com a pandemia, é necessário continuar com os cuidados diários referentes a todos os aspectos. Siga as recomendações necessárias de combate ao vírus e visite o seu médico conforme o cronograma estabelecido por ele”, orienta Pedro.

 

Diagnóstico precoce salva vidas 


Falar sobre o câncer de próstata é tão necessário porque a prevenção e identificação precoce da doença são sempre os melhores remédios. De acordo com a SBU, 20% dos casos são descobertos em estágio avançado, o que torna mais difícil o tratamento e a cura. “É importante realizar o exame, pois, nem sempre, os sintomas aparecem no início. Recomenda-se o exame anual em homens com mais de 50 anos e, em casos com histórico familiar, a partir dos 40 anos. E, claro, ao sentir qualquer sintoma relacionado, como sangue na urina ou no sêmen, disfunção erétil, dores no quadril e nos ossos, o primeiro passo é buscar o urologista para avaliação”, destaca.

 

 


Fonte: Dr. Pedro Romanelli - urologista e especialista em cirurgia robótica, além de diretor da Sociedade Brasileira de Urologia em MG


Mitos e verdades sobre o exame papanicolau

Papanicolau é um exame de rotina muito simples e comum na vida das mulheres. Ele colhe células do colo do útero para analisar a saúde da mulher. Apesar de ser indolor e salvar vidas, muitas mulheres deixam de lado essa rotina. 

Ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano é fundamental para prevenir e detectar diversas doenças precocemente, por isso a recomendação do check up é tão importante. Para ajudar, a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra, listou alguns mitos e verdades sobre o assunto.

 

  1. Eu preciso fazer o papanicolau a partir do momento em que perder a virgindade?

Mito. Atualmente o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior recomendam o início da coleta do exame a partir dos 25 anos, independente do início da vida sexual.

 

  • O papanicolau é um exame preventivo do câncer de colo de útero?

Verdade. O papanicolau colhe células do colo do útero. Em 99% dos casos de câncer de colo de útero estão associados ao HPV. O exame avalia as células que colhemos e procura por alterações causadas pelo HPV ou pela presença direta do vírus (coleta híbrida).

 

  • Grávidas não podem fazer o exame?

Mito. Inclusive, a coleta do papanicolau faz parte do pré-natal e deve ser solicitado a gestante caso ela não tenha feito o exame recentemente. Apenas a coleta de células do canal cervical, endocérvice, não deve ser feita nas gestantes.

 

  • Preciso fazer o papanicolau todo ano?

Mito. O Ministério da Saúde recomenda que após a coleta de dois anos seguidos com resultados normais, a mulher pode passar a fazer o exame a cada três anos.






Evelyn Prete - formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Perola Byngton e Unifesp. No momento está se subespecializando em Medicina Fetal pela Unidade de Medicina Fetal da Conceptus.


Dificuldade para ter o segundo filho? Entenda a infertilidade secundária

A infertilidade nem sempre está presente apenas em mulheres que tentam o primeiro filho. Ela pode acontecer também na busca por uma segunda gestação.


“Tive o primeiro filho, logo, não sou infértil e não terei dificuldades para ter o segundo”. Apesar de ser um pensamento comum entre milhares de mulheres, em muitos casos, esse segundo filho pode não vir tão rápido quanto se espera. Segundo a especialista em Reprodução Assistida e membro da ASRM e ESHRE, Cláudia Navarro, a infertilidade secundária, como é chamada, envolve uma série de fatores.

A médica explica que alguns deles têm a ver com o intervalo entre uma gestação e outra. “Pode ser que, no meio do caminho, algo tenha acontecido tanto com a mulher quanto com seu parceiro”, comenta.


Fatores

Um dos fatores que pode atrapalhar uma segunda gestação é a idade. Afinal a capacidade reprodutiva feminina começa a cair consideravelmente após os 35 anos. “Então, se você considerar uma mulher que teve filho ainda bem jovem e deseja uma nova gravidez após os 35, essa dificuldade pode ocorrer”, explica a especialista.

Outros fatores estão ligados ao surgimento de miomas ou pólipos no útero. Os miomas uterinos geralmente são tumores benignos, e muito comuns. Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - Febrasgo, cerca de 80% das mulheres em idade fértil têm miomas, apesar de que eles serão a causa da infertilidade em menos de 5% dos casos. “Eles crescem a partir da parede do útero e variam de localização e tamanho. Essas variações, principalmente a localização,  determinam o impacto que ele terá na saúde do aparelho reprodutor”, explica a médica.

Problemas com a qualidade do esperma do parceiro também entram na conta. Por algum motivo, como infecções, os espermatozóides podem ter perda de motilidade e de concentração. “A concentração de espermatozóides pode diminuir ou eles podem ter alterações na motilidade. Por isso, mesmo aqueles homens que já são pais devem fazer o espermograma, além dos exames habituais da mulher”, explica a médica.


Cuidado psicológico

Segundo Cláudia Navarro, é comum que a mulher passe por um momento de frustração e um mix de emoções ao perceber que não está conseguindo engravidar novamente. “A mulher que já passou por uma gestação chega na tentativa da segunda com muita expectativa. E acredita que será fácil”, diz.

A médica lembra que quando a mulher percebe que os meses estão passando e ela ainda não engravidou, ela começa a se questionar. “‘Por que está acontecendo isso comigo?’ é uma pergunta comum no consultório, mas é exatamente para respondê-la que os profissionais de reprodução assistida estão ali”, diz.

Cláudia lembra que após um ano de tentativas sem sucesso, o casal deve considerar a ajuda médica. “As chances de infertilidade são as mesmas para homem e mulher, então os dois devem fazer exames”, orienta. “Além disso, se a situação estiver se tornando muito difícil, emocionalmente falando, o casal é orientado a procurar ajuda psicológica”, comenta.

“Às vezes a mulher se culpa, se sente responsável por não conseguir o segundo filho, se sentindo até mesmo incapaz. Por isso, o acompanhamento psicológico é muito importante nesses casos”, salienta.

 

 


Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.


DIABETES TIPO I RESISTENTE A TRATAMENTOS CONVENCIONAIS ATINGE 500 MIL BRASILEIROS

 Variação menos comum da doença ainda é desconhecida. Para esses pacientes, o transplante de pâncreas é indicado para resgatar o controle glicêmico


O transplante de pâncreas é recomendado para casos de diabetes tipo I resistentes aos tratamentos convencionais, como aplicações de insulina e dieta. Essa variação mais grave da doença, chamada de hiperlábil, atinge cerca de 500 mil brasileiros, mas ainda é pouco conhecida, mesmo entre médicos.

“É comum esse paciente enfrentar uma longa jornada até o diagnóstico correto. Muitas vezes, acredita-se que ele esteja descumprindo o tratamento, o que justificaria a falta de controle da doença”, afirma o Dr. Marcelo Perosa, coordenador da equipe de transplantes do Grupo Leforte.

O diabetes tipo I geralmente surge na infância, adolescência ou fase de adulto jovem. Diferente do tipo II, em que o aparecimento da doença é influenciado fortemente por fatores hereditários, obesidade e hábitos alimentares inadequados, o tipo I tem componente autoimune e se caracteriza pela incapacidade do organismo em produzir insulina.

Esse hormônio tem origem no pâncreas e controla os níveis de açúcar no sangue. Quando a sua produção é insuficiente, como no tipo I do diabetes, o paciente precisa de injeções diárias para complementar a insulina necessária no organismo. Cerca de 10% dos diabéticos pertence ao tipo I, sendo que a grande maioria consegue controlar a doença com aplicações de insulina e dieta.

Mas existe um pequeno grupo, em torno de 3,5% do total de pacientes, cuja doença segue fora de controle. “Médico e pacientes passam meses, às vezes anos, tentando ajustar o tratamento para controlar a glicemia (nível de açúcar) no sangue. Mas nada funciona”, diz o Dr. Perosa.

Nessas situações, há indicação para o transplante de pâncreas. “O paciente entra diabético na sala de cirurgia e sai de lá curado”, conta o especialista. O transplante também é indicado para diabéticos com complicações secundárias, como perda de visão, piora da função renal levando à necessidade de diálise e eventos cardiovasculares. Essas complicações podem ocorrer em 50% dos casos, quando o paciente convive com a doença por mais de 15 ou 20 anos.


Líder mundial em transplantes

Grupo Leforte é líder mundial em transplantes de pâncreas nos últimos três anos. Em 2019, a instituição realizou 74 transplantes pancreáticos e, nesse ano, já foram feitos 68 procedimentos, mesmo com as adversidades da pandemia. Raros são os Serviços do mundo que realizam mais do que 30 transplantes pancreáticos ao ano. “É muito provável que venhamos a bater novamente o recorde mundial em 2020”, diz o Dr. Perosa.

“Todos, inclusive os médicos, precisam estar cientes dessa variação da doença, para que a jornada do paciente em busca de um tratamento resolutivo seja mais rápida e efetiva”, alerta o cirurgião.

Desde o início da pandemia, o Grupo Leforte adotou protocolos para aproveitar ao máximo as oportunidades de doação de órgãos e conseguiu registrar aumento de 28% nos transplantes, apesar de os números nacionais terem registrado queda.

 


Grupo Leforte


Estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás, oferece testes rápidos e gratuitos para detecção de HIV, sífilis e hepatites

Ação será realizada no dia 13 de novembro (sexta-feira), das 10h às 15h, com foco preferencial na saúde masculina, dentro da campanha Novembro Azul

 

Em mais uma ação pelo Novembro Azul, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás de metrô, em parceria com a UVIS Campo Limpo, oferece ao público, dia 13 de novembro, testes de rastreio para HIV, sífilis e hepatites.

Gratuitas e rápidas, com resultados que saem na hora, as testagens serão realizadas por profissionais de saúde, das 10h às 15h, na Estação Campo Limpo. A ação integra a campanha Novembro Azul, mês de conscientização sobre a saúde masculina. Diante de um resultado positivo, os clientes serão orientados a procurar uma unidade de atendimento especializado, para tratamento.

Colaboradores da ViaMobilidade acompanharão a ação, a fim de observar o distanciamento entre as pessoas e evitar aglomerações.


Serviço:

Novembro Azul - Testes gratuitos para rastreio de HIV, sífilis e hepatites

Dia 13 de novembro, das 10h às 15h, na Estação Campo Limpo - Linha 5-Lilás


Campanha incentiva homens a cuidarem da saúde de forma integral

A partir da mobilização mundial que ocorre neste mês, o Ministério da Saúde investe mais de R$ 20 milhões para prevenção do câncer de pênis e lança o cartão de saúde do caminhoneiro

 

Para estimular os homens a cuidarem da sua própria saúde de forma integral, o Ministério da Saúde lança, nesta quarta-feira (11/11), a campanha do Novembro Azul. A pasta aproveita a mobilização mundial em prol da saúde masculina, que ocorre neste mês, para planejar ações e contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população a partir do enfrentamento dos fatores de risco e com a facilitação do acesso aos serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

A cerimônia realizada no auditório do Ministério da Saúde contou com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Parente, e do secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte.

Clique aqui e acesse a apresentação Novembro Azul

O ministro destacou a importância da prevenção e reforçou o comprometimento do Ministério da Saúde com o tema: “A ação precoce e preventiva é o melhor caminho para qualquer doença. Sabemos que o homem é diferente. A gente demora para buscar o médico, demora para ceder a isso. E muita gente acaba agravando a doença por essa característica masculina. Precisamos mudar isso. Temos sim que buscar o médico antes de chegar em uma situação mais complicada. Essa é a nossa missão, divulgar essa campanha. Essa mobilização vai mostrar que temos capacidade de cuidar. Vamos vencer juntos”. 

Como parte do Novembro Azul, o Ministério da Saúde está instituindo um projeto-piloto e liberando incentivo financeiro federal de custeio para desenvolvimento de ações de promoção para cuidado integral à saúde do homem e prevenção do câncer de pênis no âmbito da Atenção Primária à Saúde – um investimento de mais de R$ 20 milhões, que de acordo com o secretário da pasta, Raphael Parente, é de extrema necessidade já que “muito se fala de câncer de próstata, mas sabemos que o câncer de pênis também representa um problema. Por isso, o foco da nossa campanha está nisso, principalmente em municípios e estados onde a doença é mais prevalente. Essa é uma política que vai manifestar resultados daqui há uns anos”. 

Os recursos serão destinados para estados com taxa de mortalidade de câncer de pênis acima de 0,60 por 100.000 homens no período de 2014 a 2018. São eles: Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Sergipe. Além disso, 370 municípios com população de até 100.000 habitantes com média de registro de, ao menos, um diagnóstico de câncer de pênis, também receberão o incentivo. A portaria que libera os valores será assinada por Pazuello no evento e prevista para ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (12/11). 

O Ministério da Saúde também fechou um acordo de cooperação técnica com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Um grupo de trabalho será instituído para elaborar uma série de atividades para ampliar as práticas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de câncer de pênis, próstata e testículo no país. Na ocasião o secretário de Atenção Especializada à Saúde aproveitou para deixar um recado: “É responsabilidade de todo homem estar atento aos sinais e se cuidar. O SUS oferece ações, serviços de prevenção e cuidado e está pronto para atender e tratar qualquer um que bater na nossa porta. O homem precisa valorizar a própria saúde para garantir a vida plena e de qualidade. Preste atenção na sua saúde e felicidade”. 

Além disso, o Ministério da Saúde lança, em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST/SENAT), o Cartão de Saúde do Caminhoneiro (a) para promover a saúde e prevenir doenças aos condutores. O documento será utilizado para registro e acompanhamento de informações clínicas da saúde dos integrantes da categoria pelos profissionais de saúde, promovendo, assim, maior adesão e cuidado à saúde dessa população em qualquer estabelecimento da Atenção Primária do país, seja público ou privado. A ação prevê a impressão e distribuição inicial de 500 mil cartões para estados e municípios. O cartão do caminhoneiro pode ser acessado aqui e o da caminhoneira aqui

Após a cerimônia, um grupo de motociclistas realizou um passeio pela Esplanada dos Ministérios, para marcar o lançamento da campanha.

 

ATENDIMENTOS 

Homens entre 40 a 59 anos são os que mais procuram atendimentos em postos de saúde na Atenção Primária, representando um aumento de 50% no número de atendimentos individuais desde 2018. Dados de janeiro a agosto de 2020 mostram que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, 11.066.879 homens dessa faixa etária procuraram auxílio no SUS – um número maior do que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 11.027.281 atendimentos individuais do sexo masculino. 

O Ministério da Saúde vem trabalhando para estimular a população masculina a buscar consultas e exames por meio da Estratégia do Pré-natal do Pai – um check-up antes do nascimento do bebê. Homens da faixa etária de 20 a 39 anos foram os mais atendidos pela estratégia entre os anos de 2018 a 2020, representando mais de 50% dos atendimentos na Atenção Primária. O pré-natal voltado aos futuros pais é uma forma de incentivar a prática do cuidado para que assim os homens estejam mais presentes na vida daqueles que dependem da saúde e bem-estar.

 

DADOS 

O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença. 

Outro ponto em relação à saúde do homem envolve o câncer de pênis que, em alguns casos, envolve a amputação do membro masculino. Estimativa do INCA é de que ocorram 1.130 novos casos da doença neste ano. Os principais fatores de risco são higiene íntima inadequada e infecção por HIV. 

O Ministério da Saúde também está reforçando os cuidados para o câncer de boca. Na população masculina este câncer é o quinto tipo mais incidente. O tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV e imunossupressão estão entre os fatores de risco para a doença que normalmente acomete homens com mais de 40 anos de idade. De acordo com o INCA, a estimativa para o triênio 2020 a 2022 é de 11.180 novos casos ao ano. 

Pensando nisto, o Ministério da Saúde está criando um Grupo de Trabalho sobre o câncer de boca que irá elaborar diretrizes visando qualificar e articular a Rede de Cuidados para prevenção e controle da doença. Também será lançado um Guia de Orientações para atenção Odontológica no Contexto da Covid-19 que prevê que o diagnóstico de câncer de boca deve ser visto com uma ação prioritária para que o cuidado não seja postergado.   

O Ministério da Saúde também está investindo nos cuidados em saúde bucal no contexto da pandemia, liberando incentivo financeiro de quase R$ 190 milhões para reorganização e manutenção dos consultórios odontológicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros Odontológicos Especializados (CEO). O objetivo é estimular a retomada segura dos atendimentos durante e após a pandemia do coronavírus e, ainda, reforçar junto aos dentistas a necessidade de reconhecer os sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce do câncer de boca e outros agravos de saúde bucal.

 

POLÍTICA NACIONAL 

Instituída em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) tem como objetivo promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira. A normativa é dividida em eixos prioritários, que englobam o acesso e o acolhimento na rede pública de saúde, o planejamento familiar, o incentivo ao acompanhamento da paternidade desde a gestação, a prevenção de violências e acidentes e o cuidado em relação às doenças prevalentes na população masculina. 

 

 

Marina Pagno
Ministério da Saúde


Dia Mundial de Combate ao Diabetes: pacientes com a doença sem controle podem ter complicações em procedimentos odontológicos

O dia 14 de novembro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A data é importante para reforçar as medidas de controle e prevenção à doença, caracterizada pelo aumento da taxa de glicose no sangue. Pessoas diabéticas com a doença sem monitoramento podem, por exemplo, apresentar uma série de complicações em certos procedimentos odontológicos invasivos.

O ideal para pacientes submetidos a tais procedimentos, como cirurgias de extração e de implante dentário, é que eles estejam com a glicose regulada, não apenas para melhor recuperação, mas também para sua saúde de um modo geral. “Mas sabemos que este controle pode ser difícil para muitos. O paciente que não consegue controlar sua glicemia pode sim realizar procedimentos odontológicos invasivos, desde que procure um especialista no assunto a fim de prevenir possíveis problemas”, frisa Janaína Medina, presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

O cirurgião-dentista deve estar atento a um possível atraso na cicatrização e eventuais quadros de infecção local após cirurgias em pacientes com a glicose descompensada. Ainda é importante entender que processos infecciosos em pacientes diabéticos podem contribuir para desencadear e perpetuar quadros de descontrole glicêmico. “A grosso modo, quando temos infecção, há morte celular (pus). Desta forma, mais açúcar acaba sendo liberado para a corrente sanguínea”, acrescenta Janaína.

Como já é de praxe, o cirurgião-dentista deve fazer uma anamnese detalhada e conhecer os hábitos e as medicações que o paciente faz uso, além de reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia e hiperglicemia.

É aconselhável ainda sempre aferir a glicemia antes das consultas e podem ser indicados alguns exames de sangue como hemoglobina glicada”.


Diabetes e saúde das gengivas

Outra complicação bucal frequente que merece atenção dos diabéticos são as doenças gengivais. A periodontite, por exemplo, decorre da inflamação da gengiva e dos tecidos que suportam os dentes. Ela acontece pela presença de bactérias somada à higiene deficiente e a sua severidade está relacionada à resposta imunológica do paciente.

“O paciente diabético descompensado tem alterações em sua resposta imunológica que levam à dificuldade no processo de cicatrização. Se ele apresentar a periodontite, terá um quadro mais complexo do que o de pessoas não diabéticas. Todo e qualquer paciente diabético deve realizar consultas de rotina para prevenção”, reforça Janaína.

Para evitar complicações e manter a doença sob controle, é importante que a pessoa diabética mantenha a higienização bucal em dia e cultive hábitos saudáveis, tais como evitar consumo de cigarros e o excesso de bebidas alcoólicas e doces, além de praticar atividades físicas e seguir uma dieta equilibrada. 

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Três problemas na coluna que comprimem o nervo

Dependendo do local e da forma que ocorre a compressão, pacientes podem apresentar sintomas distintos

 

Quando falamos em compressão de nervos, a primeira patologia da coluna que pensamos é na hérnia de disco. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente esta doença atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros. Entretanto, este é apenas um dos problemas na coluna que podem resultar em um nervo comprimido. 

 "Existem várias doenças que podem acometer um corpo vertebral e resultar na compressão de raízes nervosas, como no caso da hérnia de disco. Nesta doença, o núcleo gelatinoso de um dos discos intervertebrais se desloca, podendo pinçar um dos nervos da coluna”, comenta Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião, especialista em coluna do Hospital Sírio-Libanês. 

Quando há o diagnóstico de um nervo comprimido, o paciente pode apresentar sintomas, como dores nas costas, formigamentos, fraqueza muscular, dor irradiada para os membros, perda do controle da bexiga ou do intestino, dificuldade para caminhar ou para permanecer por muito tempo em uma mesma posição, sensação de queimada e fisgada ou choque na coluna, glúteos, pernas ou planta do pé. 

Conheça outros três problemas na coluna que podem causar a compressão de um nervo: 


Artrose Facetária 

As articulações facetárias, responsáveis por proporcionar estabilidade, mobilidade e suporte para a coluna, podem se degenerar por um trauma, envelhecimento natural ou até mesmo outra patologia da coluna, como espondilolistese. Essa degeneração pode resultar em uma pressão nos nervos  da coluna.

"Quando é feito este diagnóstico, o paciente costuma sentir dores na parte inferior da coluna ou na região do pescoço, além de espasmos musculares e até a diminuição da flexibilidade da coluna", explica o especialista


Osteofitose, o famoso “bico de papagaio” 

A osteofitose é caracterizada quando alterações ósseas surgem nas vértebras por causa da desidratação do disco intervertebral. Quando há uma sobrecarga na articulação doente, o organismo provoca uma expansão óssea na tentativa de estabilizar e absorver a sobrecarga daquele segmento, favorecendo a aproximação das vértebras e tornando possível a compressão das raízes nervosas.

O nome 'bico de papagaio' se refere a semelhança dos osteófitos na coluna, já que sua curvatura lembra do bico da ave. Essa doença tem várias causas, como o tabagismo, estresse, alcoolismo e até a má postura. Há casos em que a osteofitose aparece como uma resposta do organismo à artrose", conta o médico.


Estenose espinhal

Outra condição que ocorre devido ao envelhecimento é a estenose espinhal, que é caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral. Com o passar dos anos, o crescimento excessivo do osso ou de tecidos adjacentes podem estreitar a abertura dos ossos da coluna vertebral que acomodam fibras nervosas, que se ramificam a partir da medula espinhal, resultando na compressão do nervo.

"Quando a dor na coluna é frequente, uma investigação médica é necessária. O diagnóstico correto e precoce pode fazer toda a diferença no tratamento. Sentir dor não é normal, por isso, procure atendimento especializado", finaliza o cirurgião.

 



Dr. Cezar Augusto Alves de Oliveira – Neurocirurgião – Especialista em Coluna. Dr. Cezar de Oliveira é o chefe das equipes da Neurocirurgia nos hospitais: Sírio-Libanês, AACD, Hcor, Rede São Luiz, Edmundo Vasconcelos e Santa Catarina. Possui especialização pela Harvard Medical School, com Prof. Chief Peter M. Black; fez residência médica, com especialização em cirurgia da coluna, no Centro Médico da Universidade de Nova Iorque, no Departamento de Neurocirurgia, com o Prof. Dr. Paul Cooper. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, graduado pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e cursou o Internato Eletivo em Neurocirurgia, no Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Instagram: @drcezardeoliveira  


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