A principal recomendação nesses tempos, além de
atender somente urgência e emergência, é de sempre garantir que pacientes com
sintomas suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ou outra
infecção respiratória, não fiquem esperando atendimento entre os outros
pacientes.
O ideal é disponibilizar uma área separada, e um
espaço bem ventilado, para que os pacientes sintomáticos em espera fiquem
afastados e com fácil acesso a suprimentos de higiene respiratória e das mãos.
Estes pacientes devem permanecer nessa área separada até a consulta.
Idosos ou crianças, com uma ou mais patologia, são
de atendimento prioritário. Estes pacientes recebem um cuidado especial e devem
ser monitorados a todo momento, são atendidos com hora marcada, e não ficam
esperando o atendimento.
Considerando-se as diferenças fisiológicas,
patológicas e psicológicas decorrentes do processo de envelhecimento, é
imprescindível atentarmos para algumas questões durante os procedimentos
odontológicos.
Estes pacientes apresentam baixa resistência ao
estresse, atraso no reparo de feridas, susceptibilidade a infecção,
principalmente naqueles que tomam corticoides e apresentam alterações
sistêmicas (ex: diabetes), hipotensão postural naqueles que tomam
anti-hipertensivos e alterações de coagulação, por exemplo.
É fundamental determinar a capacidade física e
emocional do paciente. A anamnese deve ser eficiente, para que seja possível reconhecer
as alterações sistêmicas e, assim, prevenir complicações e sequelas.
Algumas vezes, tal procedimento pode não revelar
com exatidão a realidade, devido à deficiência de memória dos usuários,
problemas auditivos, dificuldades para entender e responder algumas perguntas.
Assim, o prontuário de família é um recurso de suma importância, porque contém
todo o histórico de saúde daquele indivíduo.
Deve-se também avaliar qual o grau de autonomia e
mobilidade que o paciente apresenta. É prudente verificar se existe alguma
condição sistêmica (acuidade visual, deficiência de memória) que dificulte a
tomada dos medicamentos. Nestes casos, a presença de algum familiar ou cuidador
se faz necessária. É importante avaliar quais são os medicamentos em uso, e
possíveis interações com os fármacos comumente utilizados em odontologia.
A maioria dos idosos tolera bem os procedimentos
quando realizados pela manhã, com exceção feito aos portadores de enfermidade
pulmonar crônica. O ideal é sempre optar por sessões breves e
procedimentos não extensos.
Separei alguns tópicos em relação aos cuidados
necessários para receber esses pacientes:
- Fornecer uma máscara cirúrgica para paciente
com sintomas de infecção respiratória (tosse, espirros, secreção nasal,
etc). Estes pacientes sintomáticos devem utilizar a máscara cirúrgica
durante toda a sua permanência na sua clínica.
- Lenço descartável para higiene nasal na sala
de espera. Deve também uma lixeira com acionamento por pedal para o
descarte.
- Em todas áreas comuns da clínica, prover
dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos (sob as
formas gel ou solução a 70%) nas salas de espera e sempre estimular a
higiene das mãos após contato com secreções respiratórias.
Logo que chegar ao consultório, todo paciente precisa
higienizar as mãos, no lavatório/pia com dispensador automático de sabonete
líquido, e papel toalha, e jogar o papel na lixeira com abertura sem contato
manual.
Todos os profissionais de saúde que atuam naquele
consultório também devem ter os próprios equipamentos de proteção individual
(EPI), sendo que eles não podem circular pelas áreas da clínica usando o
equipamento (EPI).
Em relação ao equipamento de proteção, devem ser
utilizados para a higienização das mãos água e sabonete líquido ou preparação alcoólica
a 70%, óculos de proteção ou protetor facial (face shield), máscara cirúrgica
(N95/PFF2) que deve ser trocadas a cada duas horas, avental, luvas de
procedimento e gorro.
Já em casa, é preciso também realizar alguns
procedimentos como higienizar a escova de dentes com peróxido de hidrogênio a
0,5% (para obtê-lo, misture 150 ml de água destilada com 30 ml de água
oxigenada), deixando-a mergulhada por dez minutos. Não deixe as escovas
próximas umas das outras, guardando-as na posição vertical e com as cerdas para
cima.
Evitar roer unhas, porque prejudica os dentes e
pode ser a porta de entrada do vírus. Alimentos e demais utensílios não devem
ser compartilhados. Lave as mãos com água e sabão antes de escovar os dentes ou
de usar fio dental, e jamais use escova de outras pessoas. Mantenha uma rotina
de hidratação, que é boa para o corpo e para a saúde bucal.
Maria
Carolina L. B. de Oliveira - dentista e graduada pela Universidade São Paulo.
Possui uma clínica odontológica chamada L.B Sorrisos Assistência odontológica
há 11 anos, todos dedicados ao atendimento ao idoso e implantação de próteses
aliado a tratamento estéticos. Devido ao seu atendimento diferenciado, se
tornou referência no segmento em que atua. Para mais informações, acesse:
https://www.facebook.com/LBSorrisos