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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Dr. Filippo Pedrinola alerta sobre o ganho de calorias ao ingerir bebida alcoólica


Médico endocrinologista explica o porquê de as bebidas alcoólicas atrapalharem no processo de perda de peso e desaceleração do metabolismo


O consumo de bebida alcoólica, mesmo que socialmente ou esporadicamente, costuma trazer uma dúvida: será que álcool engorda? Uma questão aflige principalmente quem está controlando o peso e tem algum evento social ou festa, por exemplo. Infelizmente, a resposta a essa pergunta é sim, álcool ajuda a ganhar peso.

Toda bebida alcoólica vem do processo de destilação ou fermentação a partir do açúcar. Durante esse processo de transformação da molécula de açúcar (4 cal.) em álcool (7 cal.) há um ganho de três calorias. O que significa que o álcool não só é mais calórico que o açúcar, como tem quase o dobro de calorias.

De acordo com o Prof. Dr. Filippo Pedrinola, médico endocrinologista, o metabolismo acaba sendo bastante afetado pelo consumo do álcool durante o processo de emagrecimento: “Quando há a ingestão da bebida alcoólica, além de consumir o dobro das calorias do açúcar, o metabolismo vai priorizar a eliminação do álcool do organismo. Isso significa que ele acaba deixando de lado o processo normal de queima calórica do corpo, proveniente dos alimentos que ingerimos, como se atrasasse o metabolismo”.

Pesquisas também sugerem que o álcool parece “amplificar” a percepção do apetite, podendo influenciar em uma série de hormônios responsáveis pela sensação de saciedade inibindo, por exemplo, a ação do GLP 1 e das leptinas.


Nem sempre a bebida alcóolica é dos males o pior

Em alguns casos, dependendo de como a bebida é preparada em coquetéis, as calorias são ingeridas em dobro. Uma caipirinha, por exemplo, contém açúcar, uma batida pode conter leite condensado, há quem misture vodca com energético que, além da caloria, ainda tem o problema do excesso de cafeína.

Mesmo entre as pessoas que já sabem disso, muitas até acreditam em mitos que afirmam que certas bebidas alcoólicas podem ser mais inofensivas e com menos calorias. Essa fama foi colocada no gin, por exemplo. Trata-se de uma impressão falsa, pois o coquetel mais clássico com essa bebida, o gin tônica, não levar açúcar e tem um paladar mais leve e fresco.

“O problema do gin tônica é que a água tônica, principal ingrediente, é um dos refrigerantes mais calóricos que existem. O quinino em sua composição demanda uma grande adição de açúcar para que o sabor fique mais equilibrado. Existem alternativas para reduzir essa caloria, como utilizar água tônica com zero açúcar ou substituir o açúcar branco de uma caipirinha por adocante. Não podemos afirmar que estas versões dos coquetéis alcoólicos não engordam, porém são opções mais adequadas para o consumo de quem está controlando o ganho de peso”, declara Pedrinola.

Para emagrecer com saúde e não deixar o álcool atrapalhar o processo, o ideal é sempre evitar o excesso de bebida, consumindo com moderação e buscando fazer misturas que tenham o mínimo de açúcar possível.






Dr. Filippo Pedrinola - criador do protocolo Medicina de Estilo de Vida, é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) com residência médica em clínica e endocrinologia no Hospital das Clínicas de São Paulo. Após período de um ano do Fellowship Program do Cedars Sinai Medical Center da University of California em Los Angeles (UCLA), concluiu doutorado em endocrinologia pela Faculdade de Medicida da USP. É membro da The Endocrine Society dos Estados Unidos, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (ABESO). Possui certificação em medicina mente-corpo pelo Body-Mind Institute da Harvard Medical School, pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) e pela University of Texas em Arlington (UTA). Além de estar à frente de suas clínicas médicas próprias, faz parte do corpo clínico do Hospital Albert Einsten e do Hospital BP Mirante, neste último é Coordenador do Núcleo de Bem-Estar e Terapias Integrativas.


Clínica Prof. Dr. Filippo Pedrinola
Endereço: Rua Viradouro, 63 – 2º andar – Itaim Bibi, São Paulo/SP
Telefone: (11) 3073-0113
Dra. Halana Filgueiras – instagram.com/dra.halana
Dra. Nathália Coronel – instagram.com/dra.nathaliacoronel
Dra. Ariane Wunderlich Gregório – instagram.com/dra.arianegregorio

Dia Mundial do Câncer de Rim – Doença silenciosa que afeta mais homens do que mulheres


·         Sintomas podem incluir presença de sangue na urina, dor lombar e nódulo na região lombar1

O Dia Mundial de Conscientização para o Câncer de Rim é celebrado anualmente, em 21 de junho, com objetivo de alertar sobre essa doença silenciosa que em 20 a 30% dos casos já é diagnosticada em estágio avançado2.
Isso acontece pois o câncer de rim não costuma causar sintomas nos estágios iniciais. Muitas vezes, o diagnóstico é feito quando a lesão atinge 10 cm de diâmetro ou mais. Outras vezes, o câncer de rim é descoberto acidentalmente, durante a realização de exames de check-up, como em uma ultrassonografia do abdômen³.
Eventualmente, alguns sinais aparecem e é preciso ficar atento. Os principais são: presença de sangue na urina, mesmo que em pequena quantidade; dor lombar em um dos lados; ou nódulo na região lombar1. Além disso, outros sintomas relacionados a vários tipos de câncer também podem surgir, como fadiga, perda de apetite, perda de peso espontânea e anemia1.
O câncer de rim afeta mais homens do que mulheres, e a maioria das pessoas é diagnosticada entre 65 e 74 anos2. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, em 2018, foram identificados mais de 6 mil novos casos de câncer de rim no Brasil4. Entre os fatores de risco, estão histórico familiar, tabagismo, obesidade, pressão alta, predisposição genética e exposição ao tricloroetileno1.
Os tratamentos variam de acordo com a extensão do tumor.
Recentemente, o Brasil recebeu a aprovação de uma imunoterapia, em combinação com uma terapia-alvo, para o tratamento de pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado (CCRa).
Estudos demostraram que a combinação reduziu a progressão da doença ou morte, e duplicou a taxa de resposta objetiva em comparação com sunitinibe, em pacientes com CCR avançado5.  



Merck
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Referências

1 - American Cancer Society. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/kidney-cancer/detection-diagnosis-staging.html. Acessado em maio de 2020.

2 - Ljungberg B, Campbell S and Cho H. The Epidemiology of renal cell carcinoma. European Urology. 2011;60:615-621

3 - Instituto Vencer o Câncer. Câncer de rim | Sintomas. Disponível em https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-rim-tipos-de-cancer/cancer-de-rim-sintomas-2/?catsel=tipos-de-cancer. Acessado em junho de 2020.
5 - Motzer R, Penkov K, Haanen J. Avelumab plus Axitinib versus Sunitinib for Advanced Renal-Cell Carcinoma. Engl J Med 2019; 380:1103-1115


Tempo frio e seco pode piorar sintomas da asma


Domingo, 21 de junho, inicia o inverno no Brasil e, em Goiás, clima seco e frio pode ser gatilho para desencadear seus sintomas. Na mesma data, é celebrado o Dia Nacional de Controle da Asma, oportunidade em que profissionais fazem o alerta para a importância de cuidados contínuos. Asmáticos também fazem parte do grupo de risco da Covid-19


A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas sofrem com a asma no mundo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem com a doença. Segundo o Datasus, o banco de dados do Sistema Único de Saúde, ocorrem no Brasil, em média, 350 mil internações anualmente em decorrência da asma, uma doença que não tem cura. 

De acordo com a médica pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira,  a procura por  serviços de emergência por problemas respiratórios aumenta de 20% a 30% nessa época do ano em que a umidade fica baixa. Ela alerta para que os sintomas não sejam subestimados, considerando que os asmáticos não controlados podem piorar com o tempo frio e seco. 

Fernanda, que atende em consultório no centro clínico do Órion Complex, alerta que muitos não dão a devida atenção à doença. “É muito frequente que a pessoa subestime seus sintomas, pois tem épocas que a doença pode ser leve e os sintomas desaparecem e tem momentos em que pode piorar muito, necessitando atendimentos de emergência, e os pacientes muitas vezes só procuram atenção médica na hora das crises”, faz o alerta na semana que antecede do Dia Nacional de Controle da Asma (21 de junho).

Ela lembra que, dentre os complicadores do novo coronavírus (Sars-Cov-2), estão as doenças respiratórias, por isso os asmáticos estão no chamado grupo de risco para a Covid-19. Fernanda Miranda salienta que essas pessoas devem seguir as orientações recomendadas para todos os doentes crônicos. “É preciso restringir o convívio social e, quando possível, desenvolver atividades na forma de home office. Devem ser vacinados contra gripe e pneumonia pneumocócica e seguir as recomendações determinadas pelo Ministério da Saúde em caso de febre e sintomas respiratórios.”

A médica diz que, se for preciso o tratamento da asma pode ser ajustado, conforme recomendações feitas do médico, o que não pode haver é a suspensão dos remédios. “Não se deve suspender nenhuma medicação por conta própria. É preciso evitar lugares fechados e com aglomeração de pessoas, manter-se hidratado, evitar exposição ao ar frio, não fumar e manter seu calendário vacinal em dia”, ressalta a pneumologista.

Os sintomas da asma são falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, tosse e chiado no peito. “Por serem sintomas comuns a outras doenças, pode ser confundida e haver demora no seu diagnóstico, principalmente quando a pessoa convive com os sintomas não buscando atenção médica. Às vezes os sintomas podem desaparecer sozinhos, mas a asma continua lá, uma vez que não tem cura”, ressalta a pneumologista.

Fernanda Miranda salienta que alguns momentos a doença pode aparecer com mais frequência. “Esses sintomas variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada e com as atividades físicas”. A médica explica também que existem gatilhos que podem desencadear a doença. “São fatores que quando o asmático é exposto a eles podem piorar muito a asma ou fazer aparecer sintomas como exposição a ácaros, fungos, pólens, pêlos de animais de estimação, fezes de barata, infecções virais, fumaça de cigarro, poluição ambiental e ao ar frio”.


Tratamentos

Entre os tratamentos mais comuns está a popular “bombinha”: um remédio inalatório administrado através de um dispositivo. “Os médicos preferem usar o termo dispositivo porque retira a ideia de que o remédio é ruim (bomba). Também faz o paciente entender melhor que dispositivo é a maneira como o medicamento será aplicado, já que ele armazena os diferentes tipos de remédios (broncodilatadores e corticoides inalatórios)”, conta a especialista.

Segundo ela, a maioria dos pacientes com asma é tratada com dois tipos de medicação: a controladora ou de manutenção que serve para prevenir o aparecimento dos sintomas e evitar as crises de asma e, a de alívio ou de resgate, para aliviar os sintomas quando houver piora da doença. “A asma varia de asmático para asmático e varia também ao longo do tempo em um mesmo indivíduo. Por isso, o tratamento deve ser individualizado. Um mesmo tratamento pode ter sua dose modificada conforme a necessidade”, afirma Fernanda.


Pandemia: especialista alerta sobre a síndrome de burnout



Exaustão extrema. Essa é a principal característica da síndrome de burnout. Classificada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ela afeta fisicamente, emocionalmente e mentalmente o indivíduo. Também conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional, a resposta dessas três principais dimensões são o sentimento de desinteresse pelo trabalho, além de uma sensação de ineficácia e falta de produtividade.

“Embora, inicialmente, tenha sido associada a profissionais ligados a um estresse elevado diariamente, como médicos, bombeiros, enfermeiros e policiais, hoje, sabemos que essa síndrome pode impactar a vida de trabalhadores que atuam em quaisquer áreas”, explica a psicóloga Nayara Teixeira, gerente técnica na MAPA Avaliações.

Segundo ela, a doença é recorrente em pessoas que possuem perfis de trabalho workaholics (trabalhador compulsivo), que, por se esforçarem muito, se esquecem de momentos de descontração ou outras atividades do dia a dia. “São profissionais em estado de alerta constante.”

Apesar de estar muito associada ao ambiente de trabalho, a síndrome pode surgir diante de tarefas excessivas, em outros âmbitos da vida, que exijam esforço físico, mental ou emocional, seguido de escassas ocasiões de relaxamento. Pesquisas e artigos publicados pela Harvad Business Review apontam quem em momentos de tantas adaptações, isolamento social e incertezas sobre o cenário, como o que o mundo vive atualmente, o risco de desenvolver a síndrome de burnout aumenta e o alerta sobre a doença deve ser redobrado. 

Pessoas que levam jornadas duplas como mães ou pais que precisam focar no trabalho e, ao mesmo tempo, nas tarefas de casa, devem redobrar a atenção em relação aos sintomas da doença. “Devemos estar atentos, principalmente durante a pandemia, onde ocorre a sobrecarga de trabalho em muitos lares brasileiros”, ressalta a psicóloga.

Entre os sintomas podem ser destacados o sentimento de incapacidade, esgotamento físico e mental, angústia, ansiedade, problemas de sono, nervosismo, tonturas, cansaço excessivo e até mesmo pensamentos suicidas. “É importante também mencionar outros sintomas como enxaqueca, hipertensão, crises de asma, dores musculares, palpitações, gastrite, entre os incômodos. Muitas pessoas não percebem que se trata de algo que vai além de indisposições emocionais”, alerta.


Burnout, estresse e depressão

Por ser muito parecida com a depressão e o estresse, a síndrome de burnout pode facilmente ser confundida por apresentar sintomas similares. “Por isso, é muito importante se atentar aos sintomas e às diferenças entre elas”, ressalta a especialista.

Ainda de acordo com ela, o estresse pode ser entendido como um estado de tensão emocional que produz um estado psicológico desagradável, ocasionado como uma resposta física e psicológica a tudo que a pessoa sente por estar sobrecarregada, mas não necessariamente irá desencadear a síndrome de burnout. “Quem é estressado tende a relaxar e descontrair após passar pela situação crítica”.

O burnout é ocasionado quando a pessoa se sente estressada e sobrecarregada por muito tempo, mesmo quando não está diante de uma situação crítica. Além de se sentir frustrada e exausta em relação ao trabalho desempenhado, com o tempo, pode se estender a outras áreas da vida, ocasionando a depressão. “A pessoa depressiva apresenta sentimentos de infelicidade com relação à vida como um todo e não somente em uma área”, define a psicóloga.


Diagnóstico e tratamento

A melhor forma de prevenir a síndrome de burnout é utilizar estratégias que diminuam o estresse como, por exemplo, aproveitar momentos de lazer, criar opções para se divertir e distrair os pensamentos, praticar atividades físicas, meditar, reorganizar as tarefas do dia a dia, se cobrar menos e entender que erros fazem parte da rotina. “O descanso adequado é essencial. Manter uma boa noite de sono, por exemplo, é um ritual super importante na prevenção da síndrome”.

O diagnóstico deve ser prescrito por um profissional, após análise clínica do paciente. O tratamento é feito com psicoterapia, podendo ser necessário, em alguns casos, o uso de medicamentos indicados pelo profissional ou o afastamento temporário da rotina de trabalho.

“Em resumo, o burnout é um distúrbio psíquico causado por condições desgastantes, que geralmente demandam muita responsabilidade, e prejudica os aspectos físicos e emocionais do ser humano. É de extrema importância ressaltar, que ao identificar qualquer sintoma, é necessário buscar ajuda médica”, finaliza.




MAPA

Dia Nacional do Combate à Asma: portadores da doença são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus


A doença pode levar à morte e precisa de acompanhamento regular para controle


A asma é uma doença crônica em que ocorre inflamação das vias aéreas, que conduzem o ar para os pulmões. A doença é considerada crônica e atinge quase 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos sofrem com o problema, e somando com crianças e adolescentes as estatísticas aumentam para 20 milhões.

No Dia Nacional do Combate à Asma, celebrado em 21 de junho, é necessário lembrar os cuidados para quem vive com a doença, da atenção aos fatores que podem desencadear uma crise asmática, além de alertar sobre as possíveis complicações durante a pandemia, como explica o pneumologista do Hospital Anchieta, Dr. Daniel Boczar.


Existem diferentes níveis de gravidades de asma?

A asma pode ser classificada de acordo com alguns parâmetros como o controle das limitações clínicas (sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite), necessidade de medicação inalada para alívio dos sintomas, na ausência de limitação das atividades físicas e pela perda acelerada da função pulmonar à espirometria.


A asma está associada a outras doenças respiratórias?

Existem doenças respiratórias que podem levar a dificuldades no controle da doença como: disfunção de cordas vocais, rinossinusite crônica, polipose nasal, apneia do sono e bronquiectasias. Além disso, doenças alérgicas como rinites e dermatites atópicas são frequentemente encontradas nos asmáticos.


Quais os sintomas mais frequentes da asma?

Os principais sintomas da asma são episódios recorrentes de falta de ar, chiado no peito, tosse (mais comum à noite ou ao acordar) e sensação de desconforto torácico.


Quais os fatores de risco da asma?

A ocorrência da asma é um resultado da interação entre fatores genéticos, ambientais e biológicos que provocam e mantêm a inflamação brônquica. Sendo assim, os sintomas geralmente se iniciam após exposição a fatores precipitantes ou agravantes como: infecções respiratórias (resfriados, gripes, sinusites, pneumonias), exposição à alérgenos ambientais ou ocupacionais (polens, fungos, ácaros, pelos de animais, fibras de tecidos etc.), exposição a irritantes (fumo, poluição do ar), medicamentos (aspirina, anti-inflamatórios não hormonais, beta-bloqueadores), alterações climáticas e até mesmo a exercícios.


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da asma é eminentemente clínico, baseado da história clínica e sintomatologia compatível. Entretanto, alguns exames complementares auxiliam na classificação e na quantificação da gravidade, dentre eles destacam-se inicialmente a espirometria, exames de imagem (raios-X de tórax e/ou tomografia computadorizada de tórax) e exames bioquímicos. 


Como funciona o tratamento?

O tratamento da asma envolve o controle do ambiente em que o indivíduo vive além do uso de medicamentos. Existe uma nítida piora com a exposição a uma série de fatores como o tabaco, poeiras domiciliares (ácaros e fungos), infecções, ar frio, exposição ocupacional e alguns medicamentos. O controle destes fatores associado a medidas educacionais são medidas importantes no tratamento. O tratamento medicamentoso é baseado nos dispositivos inalados, as bombinhas. Existem os medicamentos que controlam a doença e medicamentos que aliviam os sintomas da doença utilizados nas crises. É importante que o médico e o paciente saibam reconhecer que os medicamentos e utilizá-los da forma correta.


Como prevenir?

A asma, devido ao fator genético, é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento eficaz que permite a pessoa viver normalmente. Além disso, alguns cuidados ajudam a prevenir e controlar as crises:

- Manter o ambiente limpo, bem ventilado e úmido.

- Lavar as roupas e agasalhos guardados por muito tempo

- Manter poucos objetos de decoração, sem cortinas e tapetes pois acumulam poeira

- Evitar contato com animais como gato e cachorro

- Agasalhar-se de forma adequada para evitar mudanças bruscas de temperatura

- Atentar-se para o uso correto das medicações e dispositivos

- Conhecer bem a doença para saber o momento certo de procurar a emergência

- Evitar exposição à fumaça do cigarro e à poluição

- Vacinação contra o vírus da gripe

- Acompanhamento médico regular, pois a asma é uma doença que não tem cura


É possível relacionar a asma com a Covid-19? Como diferenciar os sintomas das duas doenças?

Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que ocasiona a obstrução da passagem do ar aos brônquios, dificultando o controle da respiração. Como característica de uma doença crônica, a asma pode persistir por um longo período. Os sintomas se iniciam logo na infância, embora a ocorrência tardia tenha sido frequente.

A infecção respiratória por COVID-19 trata-se de uma doença aguda, de início súbito de sintomas relacionados a uma síndrome gripal como febre, dor de garganta, tosse, coriza e que, de acordo com a gravidade, acomete os pulmões levando a falta de ar e queda da oxigenação.

As pessoas portadoras de asma estão incluídas no grupo de risco para complicações causadas pela infecção por coronavírus, podendo apresentar crises graves.




Hospital Anchieta


Hospital Santa Cruz passa a oferecer três tipos de testes para diagnóstico da COVID-19



Identificação do contágio contribui no tratamento adequado e no combate à transmissão; Exames são indicados para pessoas com dores no corpo, febre acima de 38 ºC e tosse seca


O Hospital Santa Cruz passa a oferecer três tipos de testes para diagnóstico da COVID-19. Os métodos Teste Rápido Anticorpos IgG e IgM; e de Sorologia Anticorpos IgA e IgG informam se a pessoa já teve o vírus ou foi exposta a ele, enquanto que o método RT-PCR – Molecular, revela se a pessoa está infectada no momento da realização. Todos eles são realizados na sede do HSC, na Vila Mariana, em São Paulo.


Conheça cada um deles:

O Teste Rápido para detecção quantitativa dos anticorpos IgG e IgM é indicado para pacientes com mais de 7 dias de evolução dos sintomas. O exame detecta a presença dos anticorpos produzidos pelas células de defesa do corpo humano contra o SARS-CoV-2 após contato com o vírus. A análise custa R$ 350 e é feita por coleta de sangue, realizada na Medicina Diagnóstica do HSC, no Pronto Atendimento e nas Unidades de Internação e Pré-cirúrgicas do Hospital. Não há necessidade de agendamento e os exames são feitos por ordem de chegada. Esse teste também é aplicado no Drive Thru do Hospital Santa Cruz e, neste caso, há necessidade de agendamento. O resultado do exame fica pronto em uma hora e tem precisão de 98,9% para IgG e 96,1% para IgM. 

O teste de Sorologia Anticorpos IgA e IgG pesquisa a presença dos anticorpos IgA e IgG, produzidos pelas células de defesa do corpo humano contra a COVID-19 após o contato com o vírus. Realizado por meio de coleta de sangue, é recomendado para pacientes com mais de 10 dias de sintomas e tem sensibilidade de 100% para IgA e 92% para IgG. O exame pode ser feito na Medicina Diagnóstica do HSC, no Pronto Atendimento e nas Unidades de Internação e Pré-cirúrgicas, por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento. O resultado do exame, que custa R$ 395 é disponibilizado em cinco dias úteis.

O teste pelo método RT-PCR - Molecular é feito somente em pacientes pré-cirúrgicos, por meio de amostras coletadas da nasofaringe. Sua confirmação é obtida pela detecção do RNA do SARS-CoV-2. A coleta pode ser feita do 3º ao 10º dia após o início dos sintomas - depois desse prazo, a quantidade de RNA tende a diminuir, dificultando o diagnóstico. O exame custa R$ 300 e o resultado é disponibilizado em três dias úteis.

"A identificação do contágio contribui no tratamento adequado e no combate à transmissão. Os testes são indicados para pessoas que apresentaram ou apresentam sintomas como dores no corpo, febre acima de 38 ºC e tosse seca, e devem ser realizados dentro do período determinado para cada um deles, evitando resultados com falso negativo", afirma a farmacêutica-bioquímica Norma Ohki Nacaguma, coordenadora laboratorial do Hospital Santa Cruz.

Todos os exames exigem pedido médico e não necessitam preparo especial. O pagamento pode ser feito em dinheiro ou cartão de crédito e débito, e o resultado é disponibilizado no site do HSC.


  

Fumaça da fogueira e dos fogos de artifícios podem agravar quadros de Covid-19


Especialistas alertam que tradição junina deve ser evitada nesse São João por conta do risco de desencadear doenças respiratórias e crises alérgicas
 

Fumaça pode provocar uma crise alérgica ou agravar quadro de quem está com doença respiratória como a Covid-19

A fogueira e os fogos de artifícios não são bem-vindos neste São João. Por conta da pandemia do novo Coronavírus, algumas cidades, como Juazeiro e Camaçari, proibiram essas tradições juninas na festa desse ano. Outros municípios não chegaram a vetar, mas recomendam que a população não acenda fogueira ou solte fogos. De acordo com especialistas, essas medidas são justificadas, já que a fumaça pode prejudicar a saúde de quem tem alguma doença respiratória, como a Covid-19.
"A fumaça de fogueira e o cheiro da combustão dos fogos de artifício causam irritação nas vias aéreas, podendo desencadear mecanismos biológicos que facilitam a entrada da Covid-19 no organismo ou agravar o quadro de pacientes que já estejam infectados", explica a médica clínica da S.O.S. Vida Patrícia Bagano. Mesmo quem está com um quadro leve ou recuperado da Covid-19 pode ficar vulnerável a uma complicação por conta da fumaça, já que o novo Coronavírus atinge o sistema respiratório, deixando-o mais sensível.
Além dos pacientes com Covid-19, quem é alérgico ou tem um histórico de doenças respiratórias também deve evitar as tradições juninas, já que a fumaça é um importante fator de risco. "Não é determinante, mas a fumaça pode desencadear falta de ar, broncoespasmo e causar uma inflamação, facilitando os quadros de alergia, como rinite e asma", explica o infectologista da S.O.S. Vida Matheus Todt.
Ele ressalta que nesse período de pandemia é aconselhável evitar qualquer fator que possa iniciar uma crise para não deixar a pessoa mais suscetível a doenças virais. "Pegar outra doença pode deixar a via aérea inflamada, o que reduziria a imunidade do paciente, deixando-o mais vulnerável a outra enfermidade respiratória, como o novo Coronavírus", acrescente o infectologista.

Doenças respiratórias - O mês de junho, quando começa o inverno no Brasil, já é um período mais propenso as doenças respiratórias, já que o tempo mais frio aumenta a umidade do ar e faz com que as partículas em dispersão aérea fiquem mais tempo viáveis. Esse ambiente é mais favorável a propagação de infecções virais, como o novo Coronavírus.
Para o infectologista, a pandemia deve complicar ainda mais esse cenário, já que o aumento de outros quadros virais vai sobrecarregar ainda mais as unidades de saúde. Os especialistas orientam que pessoas com sintomas leves evitem procurar uma unidade de saúde, pois elas podem acabar se contaminando nessas instituições ou no trajeto. A ida à emergência só é recomendada quando a febre alta por mais de três dias, falta de ar e prostração excessiva.  "As pessoas que tem asma ou que já encontram-se infectadas por resfriados, gripes ou outras doenças respiratórias têm inflamação no sistema respiratório e aumento na produção de muco, o que favorece, sim, o contágio por Covid-19", explica a médica clínica Patrícia Bagano. Por isso, a orientação é manter repouso, hidratação e o tratamento em casa.
Além disso, Matheus Todt ressalta a dificuldade de diferenciar essas doenças, que têm sintomas parecidos. A infecção respiratória causada pelo novo Coronavírus provoca sintomas que se assemelham aos apresentados por pacientes acometidos de outras síndromes respiratórias brandas, como a gripe e o resfriado. Os quadros mais comuns apresentam febre, tosse seca, fadiga e dificuldade de respirar. No entanto, existe um sintoma bem característico, que é a anosmia, ou ausência de olfato, que não atinge todas pessoas, mas com sua presença liga o sinal de alerta para essa doença. 
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus Influenza, com grande potencial de transmissão. Os enfermos costumam apresentar tosse, febre, congestão nasal, dor de garganta, dor de cabeça, fadiga e dor muscular. A maioria dos sintomas melhora depois de três a cinco dias, porém alguns podem durar um pouco mais.
Já o resfriado comum é uma infecção viral que acomete as vias respiratórias superiores (nariz e garganta), que costuma ter sintomas mais brandos do que a gripe, que desaparecem em poucos dias.
Os sintomas da Covid-19 e recomendações sobre o tratamento da doença estão detalhados em um ebook produzido pela S.O.S. Vida para orientar sobre cuidados e medidas de prevenção ao novo Coronavírus. A publicação está disponível gratuitamente no site da S.O.S. Vida (https://sosvida.com.br/coronavirus-ebook/).

Educação e fiscalização garantem eficácia da Lei Seca contra mortes no trânsito


A Lei Seca, que completa hoje 12 anos, foi responsável pela redução drástica das mortes e acidentes de trânsito no Brasil. Antes da norma, o consumo de álcool ao volante era o segundo maior responsável por essas mortes. Hoje, é o quarto. A jurista e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles avalia que o endurecimento da legislação, com as várias formas de atestar a alcoolemia, surtiram efeito, mas diz que a imposição do dolo eventual a quem provoca mortes é algo juridicamente difícil de se atestar. “Para que se imponha uma pena de homicídio doloso a quem dirige alcoolizado e mata, é preciso provar que a pessoa agiu não só de forma negligente, mas tinha a plena consciência de que poderia matar alguém e isso, juridicamente falando, é difícil de ser demonstrado. Como consequência, temos penas brandas para quem comete este ato”, afirma.

Por isso, revela a criminalista, os melhores caminhos para a redução da violência no trânsito são a educação e fiscalização. “Só a Educação vai mudar a mentalidade dos motoristas. Ela tem o poder de fazê-los enxergar o risco da imprudência e da negligência. Ampliar a fiscalização nas ruas, avenidas e rodovias brasileiras é outra forma eficaz de salvar vidas”, pontua. Segundo Jacqueline Valles, o grande trunfo da lei é estabelecer várias formas de atestar o consumo de álcool por um motorista, além do bafômetro.

O presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (SINPCRESP), Eduardo Becker, explica que a autoridade policial pode atestar a embriaguez ao volante pelos meios previstos no artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, ou seja, por meio de exame clínico, perícia ou outros meios técnicos ou científicos homologados pelo CONTRAN, como os testes de alcoolemia utilizando o etilômetro (bafômetro) ou ainda por meio de filmagens, meio este previsto a partir de 2012 (Lei 12.760/12). “O consumo de álcool provoca várias reações fisiológicas no corpo humano, alguns deles perceptíveis por sinais aparentes, como a fala arrastada, a déficit de coordenação motora, perda de equilíbrio, aumento do tempo de tomada de decisão (reflexos lentos). Esses sinais podem ser reconhecidos pelo policial quando da fiscalização, permitindo assim seu testemunho sobre o estado do condutor”, explica.

Além destes recursos, vídeos, provas testemunhais, o próprio exame do bafômetro e a avaliação clínica podem comprovar ou até mesmo derrubar a suspeita de que alguém esteja dirigindo sob o efeito do álcool. “O motorista autuado por uma autoridade tem a opção de contestar a autuação passando tanto pelo teste do etilômetro, quanto pelo de dosagem alcoólica, que pode ser feito no Instituto Médico Legal, para comprovar que não fez uso de álcool ou o se o fez, que se encontra abaixo do limite permitido”, completa Becker.

A jurista Jacqueline Valles diz que esta amplitude de possibilidades confere mais rigor e eficácia à lei. “Quem está agindo errado pode ser autuado de diversas maneiras. E quem está agindo corretamente também pode se livrar de acusações se submetendo a exames”, finaliza a jurista.




Últimos dias para tirar dúvidas e ajudar na declaração de Imposto de Renda 2020


Etecs e Fatecs estão fazendo plantões remoto sob a supervisão de professores e as perguntas podem ser enviadas até o fim de junho

 Divulgação
Unidades do CPS continuam atendimento à distância para ajudar o contribuinte a fazer a declaração anual de ajustes


O prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda 2020 encerra-se no próximo dia 30 de junho e os contribuintes que ainda não acertaram as contas com o leão precisam acelerar o passo para cumprir o prazo e ficar em dia com a Receita Federal. Para esclarecer dúvidas no preenchimento do documento de ajustes anual, as Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais continuam com o serviço de plantão remoto e gratuito até o fim do mês.

O atendimento para esclarecimento de dúvidas é feito de forma voluntária, todos os anos, nas unidades do Centro Paula Souza. O serviço é realizado nas próprias escolas e, neste ano, por causa do isolamento social, o plantão ocorre à distância.

A iniciativa é uma oportunidade para os alunos colocarem em prática o conhecimento adquirido em sala de aula. Para a professora do curso de Contabilidade da Etec Fernando Prestes, de Sorocaba, Benedita Faria, além de agregar experiência, esta ação tem muito valor como prestação de serviços: “É um projeto que concilia a demanda dos alunos por uma vivência profissional com a necessidade dos cidadãos por informações técnicas”, ressalta.

Junto com os professores Carlos Almeida, Carlos Corrá e Jovil Franco, a educadora coordena uma equipe com cinco alunos dos cursos técnicos de Contabilidade e Finanças que se revezam nos plantões de segunda a sexta-feira.


Novidades em 2020

A contabilista e coordenadora de projetos do CPS, Janaína Dourado, reuniu algumas dicas para facilitar o preenchimento da declaração. Confira as recomendações da especialista e a relação das unidades que estão fazendo plantões:  
  • Atenção à data de entrega da declaração de ajustes anual. O prazo não deve ser prorrogado de novo;
  • A partir deste ano, o contribuinte não precisa informar o número do recibo da última declaração;
  • A declaração é obrigatória para quem recebeu a média de R$ 2.379,97 por mês ou mais de R$ 28.559,70 no ano;
  • Quem não entregar no prazo é multado em R$ 165,74, valor mínimo da penalidade, podendo chegar a 20% do valor do imposto devido;
  • Guarde os comprovantes de despesas declaradas por cinco anos. Esse é o período que a Receita estipula para a malha fina;
  • Cronograma para restituição e pagamento de imposto devido foi alterado este ano. O primeiro lote de restituição foi pago no dia 29 de maio. Outros quatro lotes serão pagos até o final de setembro. O vencimento da cota única do imposto ou da primeira parcela é dia 30 de junho.

Conheça as unidades do Centro Paula Souza que oferecem plantões remotos para esclarecimento de dúvidas, no site da instituição.

Centro Paula SouzaAutarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 300 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 224 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 85 mil alunos.


Lei Seca faz 12 anos hoje com saldo de pelo menos 41 mil vidas salvas



A Lei Seca, que aplicou a tolerância zero para motoristas que dirigem sob efeito do álcool, completa hoje 12 anos, ostentando uma redução de pelo menos 14% das mortes no trânsito. Em 2010, o consumo de álcool representava a segunda causa das mortes no trânsito. Hoje, é a quarta. “O caráter punitivo e a tolerância zero para a alcoolemia foram fundamentais para a mudança deste cenário e a expectativa é que, cada vez mais, o álcool desapareça deste ranking triste de acidentes”, avalia Alysson Coimbra de Souza Carvalho, coordenador da Mobilização de Médicos e Psicólogos Especialistas em Tráfego do Brasil.

Apesar do consumo de álcool estar entre uma das principais causas de acidentes viários no mundo, poucos países implantaram a tolerância zero para o consumo de bebidas na direção. Alysson Coimbra, que é médico especialista em Medicina do Tráfego, diz que a lei brasileira é exemplar e que o que falta é ampliar a fiscalização para atingir metas mais agressivas de segurança viária. “Não há o que mexer na lei, ela atende bem. O que precisamos é ampliar a fiscalização nas vias de todo o Brasil, ampliar essa ação para além do eixo Rio-São Paulo. O governo precisa investir na fiscalização seja mais efetiva em todos os estados brasileiros. Este é o caminho para salvar ainda mais vidas”, afirma.

O coordenador ressalta que, além do bafômetro, a lei estabelece outras formas de comprovar que um motorista consumiu álcool. “A lei evoluiu justamente para suprir a dificuldade da compra de bafômetros, estabelecendo que outros elementos de fiscalização são aceitáveis: vídeos, exame de sangue e avaliação clínica pela autoridade de fiscalização. Falta de etilômetro não é desculpa para não fiscalizar”, diz o médico.


Histórico

Até 2008, o Brasil não possuía qualquer legislação que reprimisse o consumo de álcool na direção. “O alto número de mortes e acidentes mobilizou a sociedade civil, representada pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego), que iniciou um trabalho de conscientização junto à classe política para a redação de um projeto de lei que coibisse a prática”, lembra o coordenador da Mobilização. O projeto do deputado Hugo Leal (PSD) foi aprovado e entrou em vigor ainda em 2008. “Uma nova mobilização da sociedade conseguiu que, em dezembro de 2012, fosse estabelecida a alcoolemia zero, um marco histórico da Lei Seca. Não existe tolerância com motorista alcoolizado”, afirma.

Para reduzir ainda mais as mortes, em abril de 2018, as imposições da Lei Seca ficaram ainda mais rigorosas. “O cerco se fechou ainda mais com a mudança no Código de Trânsito Brasileiro definindo que o motorista que dirigir bêbado e causar acidente com morte será enquadrado no crime de homicídio culposo (pena de prisão de cinco a oito anos)”, avalia Carvalho.

Para se ter uma ideia do impacto dessa legislação sobre a segurança viária brasileira, um estudo do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) revelou que, entre 2008 e 2016, a Lei Seca teria evitado a morte de quase 41 mil pessoas.

O especialista em Medicina do Tráfego destaca, no entanto, que a Lei Seca, sozinha, não vai deixar o trânsito mais seguro. “Os governantes precisam entender que é preciso usá-la como exemplo para a elaboração de leis efetivas que reduzam significativamente o número de mortes e acidentes no Brasil, nunca se esquecendo também da importante contribuição de Médicos e Psicólogos Especialistas em Tráfego na luta pela preservação de vidas no trânsito do Brasil ”, conclui o especialista.

Teleconsulta à disposição de todos - por que não?



Telemedicina é regulamentada em tempo de pandemia e isolamento social 

Um caminho sem volta o uso da telemedicina


Todo mundo está acostumado com a consulta presencial. Afinal, foi o único modo de fazer consulta que médicos e pacientes aprenderam a vida toda.

Mas o mundo está girando todo acelerado pelas urgências da pandemia e isolamento social ... e todos nós, juntos, estamos mudando conceitos e forma de atendimento.

A telemedicina tem diversas modalidades relacionadas à saúde. Dentre elas há a realização de consultas, triagem, monitoramentos e orientações à distância.

Na consulta médica por vídeo-chamada, autorizada pelo nosso rigoroso Conselho Federal de Medicina, o paciente está em local diferente do médico. E isso gerou muitas vantagens:

1)          manter os pacientes  e médicos protegidos em casa 
2)           
2)     aumentar o alcance da população a vários profissionais dentro e fora de sua cidade

3)     otimizar tempo para médicos e pacientes

4)     diminuir custos de pacientes com deslocamentos

5)     garantir segurança de informações e privacidade maior do que prontuários físicos

Para a Dra. Tanit Ganz  Sanchez, médica otorrinolaringologista,  o diagnostico e tratamentos dos  problemas pouco conhecidos e bastante específicos dos ouvidos, como o zumbido e as hipersensibilidades auditivas (intolerância a sons), a telemedicina ajuda os pacientes que precisam de atendimento e estão impedidos devido ao isolamento social.  “Pudemos ver rapidamente a força da telemedicina e fazer o melhor uso dela no nosso dia a dia. Nossa posição precursora nos estudos e tratamento do zumbido e incômodos auditivos, aliada à carência global de conhecimento sobre esse tema que afeta cada vez mais pessoas, já motivou brasileiros de diferentes regiões do Brasil - e até de outros países – a procurarem nossa ajuda por teleconsulta médica. Isso nitidamente ampliou nosso espectro de atuação, agregando um benefício bidirecional e, mais do que isso, nos deixando mais experientes e confortáveis para realizar as teleconsultas”, diz a especialista.

Mas há quem tenha receio da tecnologia e de não conseguir fazer uma consulta por vídeo-chamada. Esses tendem a sofrer por mais tempo antes de buscar ajuda. Vale lembrar que estamos caminhando todos juntos nessas mudanças e não é necessário ficar sozinho.
Pedir ajuda pode ser mais fácil do que parece, principalmente em tempo de isolamento social e quarentena. Basta entrar em contato com seu médico.  

Muitas novidades ainda estão por vir acerca das maneiras de usar eticamente a teleconsulta médica. O Instituto Ganz Sanchez está empenhado em acompanhar todas as inovações e novidades em telemedicina.

De qualquer jeito, vale lembrar que há muitas décadas, o desenho animado Os Jetsons retratava uma família que vivia no futuro e já fazia teleconsultas médicas! O futuro é hoje.


Autonomia da polícia investigativa: um debate necessário



Ainda que o Brasil possua um insuficiente e disfuncional sistema de investigação preliminar que, como regra, tem por base o questionável modelo do "inquérito policial", a manutenção desse formato, pelo insuficiente Código de Processo Penal brasileiro de 1941, exige repensar o "lugar" e o funcionamento da polícia investigativa (Civil e Federal), impropriamente ainda denominada pela obsoleta legislação nacional de "Polícia Judiciária".  

Por mais que a polícia investigativa brasileira não possua o "monopólio" da apuração das infrações penais, cabe a essas instituições, como regra, a apuração da grande massa de delitos que ocorrem no território nacional, a partir do que há de se exigir condições administrativas, estrutura humana e arranjo técnico-operacional que possibilite o atingimento dos resultados esperados para a persecução penal. 

Não se discute a elevada responsabilidade, complexidade e importância que é conduzir a investigação preliminar no Brasil. Embora vinculada ao Poder Executivo, e normalmente a ele administrativamente subordinada, não resta dúvida de que tanto a Polícia Civil como a Polícia Federal precisam dispor de estrutura e relativa autonomia administrativa e de gestão para que possam bem cumprir os seus afazeres de apurar a materialidade, autoria e circunstâncias de fatos supostamente criminosos. 

Nesse sentido, é de se esperar que agentes policiais não estejam vulneráveis e enfraquecidos na relevante missão de desvendamento de ilícitos, em especial para as investigações que, pelo potencial de impactarem os poderes constituídos, natureza dos crimes apurados e posição dos próprios suspeitos ou investigados, tramitam por certo período em sigilo e não raro envolvem trabalho de "inteligência", inclusive com a possibilidade do uso de meios de obtenção de provas diferenciados e extraordinários. 

Da mesma forma que o Delegado de Polícia pratica atos administrativos com potencial de impactar direitos fundamentais e deve fundamentar a lavratura de uma prisão em flagrante, a representação por uma prisão temporária ou preventiva ou mesmo um indiciamento, não se admite que a vinculação originária das polícias ao Poder Executivo possibilite a prática de atos que, sem qualquer justificativa técnico-operacional, aumentem o risco de ilegal e indevida influência político-partidária para inviabilizar ou mesmo dificultar o cumprimento da missão constitucional dada aos agentes policiais em geral. Ainda que editada sob singular contexto, parte dessa preocupação já está contemplada no parágrafo quinto do artigo 2o da Lei 12.830/13, segundo o qual somente pode haver remoção da autoridade policial de uma determinada investigação por ato fundamentado.  

É nesse contexto que se mostra salutar todo e qualquer aprimoramento legislativo que, longe de consagrar mero ato de "interesse corporativo" na disputa de poder institucional no campo penal, preocupe-se em estabelecer parâmetros efetivos objetivos que permitam que as polícias cumpram seu papel com o menor risco de interferência ilegal alheia ao interesse público. 






Márcio Soares Berclaz - doutor em Direito, é professor de Processo Penal na Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo.


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