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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Brasil orienta evitar viagens à China

Foto: Renata Momoe / ASCOM MS


Com o aumento do nível de alerta global, Ministério da Saúde pedirá a atualização de planos de contingência aos estados. No momento, um caso suspeito do novo coronavírus é monitorado no município de Belo Horizonte


Com o aumento do nível de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, o Ministério da Saúde orienta que viagens para a China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade. A recomendação faz parte das diretrizes publicadas no novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualizado nesta terça-feira (28), com informações para vigilância e assistência da rede pública de saúde. Com quase três mil casos confirmados, segundo o último boletim da OMS, todo o território chinês passa a ser considerado área de transmissão ativa da doença. Com isso, as pessoas vindas desta localidade nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios podem ser consideradas casos suspeitos.
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília (DF), nesta terça-feira (28), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou a orientação da pasta para que as pessoas tenham precaução na hora de viajar. “Nós desaconselhamos e não proibimos as viagens para a China. Não se sabe, ainda, qual é a característica desse vírus que é novo; sabemos que ele tem alta letalidade. Não é recomendável que a pessoa se exponha a uma situação dessas e depois retorne ao Brasil e exponha mais pessoas. Recomendamos que, não sendo necessário, que não se
Até a publicação do boletim, nesta terça-feira (28), um caso suspeito do novo coronavírus da China está sendo monitorado pelo Ministério da Saúde, em Belo Horizonte (MG). A paciente, uma estudante, apresentou sintomas da doença e tem histórico de viagem para Wuhan, na China, epicentro dos casos. Desta forma, o quadro se encaixa na definição de caso suspeito para o novo coronavírus. A paciente está sendo tratada em isolamento e apresenta boas condições de saúde. Exames laboratoriais estão sendo realizados para identificar ou não o vírus.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que o Brasil está preparado para prestar a melhor assistência necessária para a população. “Temos um sistema de vigilância robusto, reconhecidamente robusto, que já passou por três momentos de muita intensidade: SARS, Influenza e zika. Em todas as ocasiões nosso sistema de saúde respondeu muito bem”, destacou o ministro. “Vamos aguardar o que a ciência vai trazer. Não adianta nos antecipar, a realidade da China é uma, mas temos que observar como esse vírus vai se comportar em outros países, em outras culturas, porque isso ainda não está claro”, finalizou o ministro da Saúde.
O Brasil tem capacidade para realizar teste genético para a confirmação do novo coronavírus. O diagnóstico laboratorial específico para a doença inclui técnicas de detecção do genoma viral e, no Brasil, os testes serão realizados por laboratórios referência do Ministério da Saúde, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ), o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Evandro Chagas (IEC).
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, reforçou que a pasta, em conjunto com estados e municípios tem capacidade para atuar na possibilidade de um caso suspeito da doença. “O protocolo está sendo seguido, usando como experiência um legado do nosso sistema de saúde que é robusto. Temos testes para influenza, para outros vírus respiratórios. O Brasil é o único país do hemisfério sul com fábrica de vacina para influenza. Monitoramos todos os vírus respiratórios, que chamamos de vigilância sentinela de síndrome gripal, além de avaliarmos as mutações. O Brasil dispõe de laboratórios centrais em todos os estados do Brasil que estão capacitados”, destacou o secretário.
Para subsidiar os profissionais de saúde, o boletim epidemiológico traz, ainda, orientações em todas as áreas de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), além de deixar clara a definição de casos suspeitos, prováveis, confirmados e descartados.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desatacou, ainda quais ações de higiene a população pode seguir, como medida de prevenção. “Lavar as mãos, evitar espirrar e tossir sem proteger a pessoa que está na sua frente, evitar tocar nos olhos, nariz, boca e evitar tocar pessoas que estejam doentes, pode prevenir. Além disso, é sempre bom ficar em casa se estiver doente para não expor outras pessoas. São orientações típicas de prevenção de vírus”, destacou o ministro da Saúde.
COMITE DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA (COE)

No dia 22 de janeiro, o Ministério da Saúde ativou o Comitê de Operações de Emergência (COE), com objetivo de preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil. Diante dos casos do novo coronavírus na China, o Ministério da Saúde realiza monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro de 2019.
O COE é composto por técnicos especializados em resposta às emergências de saúde pública. Além do Ministério da Saúde, compõe o grupo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Evandro Chagas (IEC), além de outros órgãos. Desta forma, o país poderá responder de forma unificada e imediata à entrada do vírus em território brasileiro.
AÇÕES COMPLEMENTARES

O Ministério da Saúde também solicitou a atualização de planos de contingência aos estados, que têm sete dias para atualizarem os protocolos e medidas de prevenção, de acordo com a realidade local. A implementação de plano de contingência permite a atuação conjunta do Ministério da Saúde, Estados e Municípios, em situações de epidemias e desastres que demandem a ação urgente de medidas de prevenção, com protocolos e procedimentos específicos. O objetivo é conter situações de risco à saúde pública.



Vanessa Aquino
Agência Saúde


O Coaching forma lideranças e melhora a gestão no trabalho



Como este método contribui para sua vida profissional

O Coaching é um processo definido como uma junção de recursos que utiliza técnicas, ferramentas e conhecimentos de diversas ciências como a administração, gestão de pessoas, psicologia, neurociência, recursos humanos, planejamento estratégico, entre outras. A metodologia visa a conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro. O serviço se divide em algumas modalidades como o coaching pessoal, onde o coach auxilia o indivíduo em aspectos como vida, relacionamento e saúde, mas também existe o Coaching Executivo, que compreende em desenvolver lideranças, competências de gestão, melhorando as relações interpessoais, motivação, foco e desenvolvimento de equipes, preparação para promoção, além de acelerar resultados e alinhamento sistêmico dos colaboradores à cultura da empresa.

Madalena Feliciano, gestora de carreira e hipnóloga, explica que em lugares como Europa e Estados Unidos, o uso do coaching executivo já é bastante comum para potencializar o desempenho dos profissionais e que no Brasil está chegando com muita força. “Esse tipo de Coaching voltado ao desenvolvimento de executivos com habilidades diferenciadas e de alta performance, tem sido cada vez mais contratado pelas empresas que precisam destes profissionais de alto nível para alcançar resultados extraordinários. E nesse sentido, com certeza o Coaching Executivo é o mais eficaz! ”

O Coaching Executivo utiliza ferramentas como: desenho do mapa de empatia do gestor, perfil de liderança, autofeedback, roda das competências, perfil de habilidades, roda da mudança de padrão, grade de metas e resultados esperados. O processo desenvolve formas melhores de liderança, o que acarreta em relações melhores no trabalho e crescimento real no resultado.

Os próprios números comprovam. Pesquisa realizada pela PUC - Campinas com executivo que passaram pelo processo de coaching aponta que 100% aperfeiçoaram a capacidade de ouvir, 80% conseguiram ficar mais flexíveis, 90% destes afirmam que sua produtividade no trabalho aumentou. Mais 80% mostraram-se mais abertos às mudanças e por último, 70% conseguiram melhorar o ambiente e os relacionamentos no trabalho.




Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnóloga
Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.



Documentação para admissão: o que você precisa saber e o que é solicitado?


O mais difícil o candidato já  conseguiu, que é ser chamado para uma vaga de trabalho. Agora vem a etapa mais técnica de todo o processo: levar a documentação para admissão.  A burocracia serve para identificar quem é o profissional e elaborar o contrato de trabalho, sempre atendendo os requisitos do Ministério do Trabalho.
 
Isabela Marrero, da equipe de recrutamento e seleção da RH NOSSA,, explica que alguns direitos trabalhistas e contribuições — como salário-família, pensão alimentícia e IRRF — demandam que a empresa tenha informações sobre os dependentes do empregado:

"Alguns benefícios só são fornecidos se a documentação estiver completa. Um bom exemplo é o salário família, que só é fornecido se o candidato tiver filho até 14 anos e estiverem com CPF, carteira de vacinação em dia e devidamente matriculados em uma escola regular. Todos os documentos solicitados são obrigatórios, por este motivo é bom prestar atenção e providenciá-los" explica a especialista.

O que é pedido

Agora que você já sabe para que servem estes documentos, vamos ver a lista do que exigido para esta admissão:
- Exame médico admissional (ASO) original. Quem encaminha é a própria empresa recrutadora.
- Carteira de Trabalho: original e uma cópia simples constando a primeira página, a foto, a sua qualificação, contribuição sindical, contrato de trabalho, registros trabalhista na carteira e alteração salarial. 
- Uma cópia da contribuição sindical que consta na Carteira de Trabalho ou em documento entregue pela empresa. Caso não tenha registro CLT, esta informação não constará.
- Uma cópia do cartão do PIS. É preciso validar o número na Caixa Econômica e enviar o comprovante. Caso não tenha trabalhado em regime CLT, não terá número de PIS. Vale consultar a  qualificação profissional junto à Caixa Econômica e à Receita Federal. Este item é obrigatório trazer com a documentação a via impressa do resultado da pesquisa. Caso tenha alguma pendência, é preciso regularizar.
- Cópia do comprovante de residência (conta de água, luz ou telefone serão válidos).  Se os comprovantes não estiverem em seu nome, será necessário confirmar o grau de parentesco através do RG, Certidão de Nascimento e/ou Casamento. No caso de residência alugada o contrato de aluguel poderá ser apresentado. Caso resida com uma pessoa que não conste o nome em seu RG ou certidão de nascimento, deverá ter a cópia do comprovante de residência no nome da pessoa, junto uma carta de próprio punho assinada por ela e uma cópia do documento com foto, dizendo que o profissional reside na casa dessa pessoa. 
- Uma cópia do RG  e do C.P.F. Pode ser substituído pela CNH ou RG que conste o CPF. 
- Duas cópias do Cartão Nacional de Saúde do SUS  É possível emitir o número do cartão acima através do link encurtador.com.br/fhCHZ ou, em outra opção, diretamente no Posto de Saúde mais próximo de sua residência. Basta comparecer com os documentos originais e cópias: RG, CPF, Certidão de Nascimento ou Casamento e Comprovante de Residência (água, luz ou telefone). 
- Cópia do título de eleitor e último comprovante de votação . Caso não tenha o comprovante, é possível imprimir uma 2ª via no site da Justiça Eleitoral. 
- Cópia do Certificado de Reservista 
- Duas fotos 3×4 recentes. Colocar o nome completo atrás da foto, para identificação. 
- Cópia da Certidão de Casamento ou Declaração de União Estável. Precisa trazer  uma cópia do C.P.F. e RG do cônjuge
- Uma cópia da Certidão de nascimento dos filhos, 
- Cópia do Cartão da Criança que tenha menos de 5 anos.  Trata-se da carteirinha de vacinação. Certificado de conclusão do ensino médio (1 cópia). Poderá ser o histórico escolar como comprovante de conclusão. 
- Protocolo Conta Corrente de conta individual, com nome legível 
 - Cópia do cartão de Banco (a conta deve ser corrente e em nome do profissional, não pode ser conjunta e nem poupança
 
É muita coisa, mas é fácil conseguir.




Fonte: kakoi.com.br


Motoristas de aplicativo sofrem um assalto a cada 82 horas



Especialista em segurança pública comenta a situação alarmante


Na mira dos criminosos, os motoristas de aplicativo no Distrito Federal cobram mais segurança para continuar trabalhando. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), em média, a cada 82 horas, um desses profissionais é vítima de assalto com restrição de liberdade.

Em comparação aos últimos dois anos, o crime aumentou 181%, passando de 38 casos para 107, entre 2018 e 2019. Somente no início de 2020, dois profissionais foram mortos na capital federal: Maurício Cuquejo Sodré e Aldenys da Silva. Os jovens de 29 anos foram encontrados mortos após aceitarem corridas em Brasília. 

Para Leonardo Sant'Anna, especialista em segurança pública, é necessário que as plataformas de corrida resguardem mais seus colaboradores. “Mesmo sendo autônomos, é preciso que as empresas filtrem melhor os clientes que fazem cadastro no aplicativo. Exigem do motorista uma série de documentos e verificações. Por que não fazem o mesmo procedimento com os passageiros também?”, diz Sant’Anna. 

Além de latrocínios (roubo seguido de morte), a categoria está exposta a sequestros relâmpagos. Ao total, já foram registradas 145 ocorrências desse tipo. “Também é preciso que a polícia esteja atenta e fazendo uma segurança maior em áreas já relatadas pelos motoristas como de risco”, conclui Sant’Anna.

Em 2019, o Brasil ganhou 202 mil motoristas por aplicativo no país durante o primeiro trimestre do ano. O trabalho surgiu como alternativa de renda extra e também como fonte única para os desempregados. Atualmente, o desemprego atinge 12,4 milhões de pessoas. 


O empoderamento da Edge Computing na próxima década



Apontada como uma das principais tendências tecnológicas por institutos de pesquisa como Forrester e Gartner, a tecnologia de Edge Computing deve ganhar um impulso ainda maior com a chegada do 5G e implementação de projetos de IoT. A expectativa é que se tenha no mundo 20 vezes mais dispositivos inteligentes conectados à edge do que em funções de TI convencionais até 2023. Tudo isso passará pelo empoderamento da edge computing nesta década, quando veículos autônomos, robôs e drones ganharão mais escala, se beneficiando dos recursos e funcionalidades da plataforma para melhorar a experiência do usuário.

A edge computing consiste em uma complexa arquitetura de rede descentralizada, que disponibiliza múltiplos servidores distribuídos em pontos estratégicos geograficamente, proporcionando agilidade, inteligência, confiabilidade e redução de custos. Dessa forma, as empresas – independente do porte e do setor – conseguem garantir a qualidade do processamento das informações, sem que o serviço seja interrompido, mesmo em momentos de pico, como a Black Friday. Imagine o prejuízo que um e-commerce pode ter se o processo de compra estiver lento? Provavelmente, o consumidor desistirá do produto e o varejista perderá uma grande oportunidade de gerar mais negócios.

A velocidade, um dos principais desafios do mundo atual, pode ser otimizada por meio do encurtamento de distância entre os servidores e os dispositivos. Com a plataforma de edge computing é possível diminuir a latência e o tempo de resposta, assegurando conectividade e alta performance. Resultado: as empresas podem melhorar a experiência do cliente, deixá-lo mais satisfeito e promover a fidelização.

Uma página da web que demore a responder tende a ser abandonada pelo consumidor. Se a página não carrega em até três segundos, 57% a fecham e 80% não tornam a visitá-la. Por isso, a importância de se investir numa tecnologia que traz vantagens não apenas pelo processamento na borda, mas também pelo redirecionamento inteligente da solicitação, levando o dispositivo do cliente a interagir com o servidor que oferece o melhor desempenho.


Com a inteligência inserida na edge, que pode ser o próprio dispositivo, os dados são processados nas camadas iniciais, de modo que o servidor principal só receba dados relevantes, aliviando o tráfego e o consumo de banda larga. Segundo o Gartner, 75% dos dados corporativos serão criados e processados fora do data center e da nuvem centralizada até 2025.

Outra vantagem da plataforma de edge computing é a redução de custos. Como o gerenciamento da rede fica a cargo do provedor, a empresa contratante não precisa pagar por recursos computacionais, que passam a ser otimizados em função do aumento da produtividade.

Devido aos seus recursos, a edge computing tende a dominar vários setores do mercado, englobando quaisquer empresas que utilizam a tecnologia em suas operações de negócios. Em constante evolução, a estimativa da Forrester é que os serviços de nuvem aliados à edge cresçam 50%, principalmente entre os provedores de computação em nuvem, empresas de telecomunicações e data centers, atentos à experiência do usuário.

A mudança gradual para edge computing vai virtualizar o mundo em níveis sem precedentes, combinando o poder de processamento local com o de computação quase infinito que se tem na nuvem. Com a chegada do 5G, a edge computing – mais empoderada - terá um papel fundamental na implementação da hiperautomação, que prevê a automação de tarefas mais complexas que requerem controle humano. Certamente será um passo importante para a criação de espaços mais inteligentes, conectados e seguros.




Marcelo Barradas - diretor comercial da Azion.

Novas diretrizes para o imposto sobre serviços: uma luz no fim do túnel



A estereotipada guerra fiscal emergiu em linhas gerais junto com a autonomia de determinados entes da Administração Pública Direta, com incentivos nos impostos de sua competência e o objetivo de captar a atenção de empresas e investidores. A intenção era que eles enraizasem seus negócios na região, e dessa forma, alavancassem sua economia e a arrecadação tributária.
O embate assevera-se ainda mais no que tange ao ISS. Além da disparidade do que se refere à alíquota, tendo em vista a autonomia dos municípios em regrar esse percentual dentro dos limites estabelecidos, há tempos que a famigerada controvérsia atinente à localidade do recolhimento é de fato uma vertente que onera os contribuintes de forma geral.
Nesse contexto, e com o advento da lei complementar nº 116/2003 que, em conjunto com a CRFB 88 e a EC n° 37/2002, regula as diretrizes  gerais no que se refere às relações desse tributo, foi proporcionada maior roupagem legal à sua cobrança e instituição.
Como exemplo, podemos citar a definição da prerrogativa de competência para os municípios definirem a responsabilidade pelo crédito tributário à terceira pessoa; a alíquota máxima de 5%; definição como fato gerador à prestação de serviços que constam na lista anexa à referida lei.
Já no que tange ao local do recolhimento, a referida legislação segregou diversos tipos de serviço. De modo que a regra geral dispõe que o ISS deve ser recolhido no município onde está sediado, seja pelo prestador ou, na falta dele, no local de sua residência. Porém, há exceções que estabelecem o recolhimento onde o serviço é de fato prestado.
Vale destacar que, na hipótese de o serviço ser proveniente do exterior ou quando sua prestação tenha sido iniciada no exterior, o tributo será devido na sede do tomador ou intermediário. Outra hipótese é que ele seja recolhido no local da instalação dos equipamentos, no caso dos serviços de cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.
Por fim, outra suposição é que ela ocorra no local da demolição para os serviços de demolição; ou ainda no local do município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços de transporte de natureza municipal, entre outros.
Amparado pela defesa de seus próprios interesses e visando aumentar suas respectivas receitas primárias, comumente são vislumbrados entraves entre municípios, que, de um lado, afirmam que o aludido imposto deve ser recolhido no município onde a empresa prestadora do serviço está localizada. De outro lado, há aqueles que defendem o recolhimento do ISS no local onde o serviço foi prestado, emergindo por derradeiro duas tributações atreladas a um mesmo fato gerador concreto, ou seja, com bitributação para o contribuinte.
Atualmente, em razão da problemática mencionada, há municípios em três cenários distintos que pleiteiam e exigem a arrecadação do ISS para si. O município em que os serviços produzidos são disponibilizados ao tomador; aquele em que ocorre a produção dos serviços prestados, e ainda um terceiro que reivindica a receita do ISS por abarcar as sedes administrativas das empresas prestadoras do serviço.
Diante disso, as diretrizes precisam ser conscientemente delimitadas, com regras claramente conhecidas por todos, sem qualquer tipo de possibilidade de interpretação dúbia que favoreça um ou outro município. A situação atual é um evidente desvio de finalidade do legislador que favorece claramente os administradores públicos que burlam a letra da lei, ao utilizar interpretações tortuosas para arbitrariamente compelirem os contribuintes quanto ao recolhimento do tributo.
Uma alternativa que seria factível e que, certamente, desoneraria a bitributação seria o compartilhamento da receita intermunicipal, em situações como as acima descritas, apesar de cabalmente obstado por força da onerosa operacionalização do procedimento citado.
Nesse cenário, o município de São Paulo criou a partir de 2006 o CPOM – Cadastro de Prestadores de Outros Municípios, e o CENE – Cadastro de Empresas Não Estabelecidas, como é chamado em outros municípios, com o propósito de combater a sonegação, prevendo que empresas de outros municípios façam um cadastro prévio e comprovem por meio de um rol probatório, como contas telefônicas, IPTU, entre outras, que possuem o estabelecimento extramunicipal.
Já em hipótese contrária, ou seja, quando a empresa não está cadastrada na referida plataforma, ou não consegue comprovar a sua localidade, o tomador do serviço, isto é, o seu cliente, é compelido a fazer a retenção do ISS. Hipótese ainda em que a referida empresa fica suscetível de ser cobrada no domicílio onde supostamente está instalada. Em outras palavras, paga-se duas vezes o mesmo imposto.
Diante disso, na tentativa de cercear e por fim na referida penumbra, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 2 de dezembro de 2019 uma proposta que prevê a transição para que o ISS, a cargo dos municípios, passe a ser pago para a cidade onde os serviços são de fato prestados. Tal regimento vale para serviços de planos de saúde; planos médico-veterinários; administração de fundos, consórcios, cartões de crédito e débito, carteiras de clientes e cheques pré-datados; e serviços de arrendamento mercantil (leasing).
A proposta original prevê uma transição pela qual, até o fim de 2020, 66,5% do ISS desse tipo de serviço deverá ser destinado ao município do local do estabelecimento do prestador do serviço, e 33,5% ao município do domicílio que contratou. Em 2021, 33,5% do ISS ficará com o município do local do estabelecimento do prestador do serviço, e 66,5% com o município do domicílio do tomador dos serviços. Em 2022, 15% ficará com a cidade do prestador do serviço e 85% com o tomador dos serviços. Já a partir de 2023, 100% do ISS ficará com o município do domicílio de quem contratou o serviço.
A proposta acima, apesar de embrionária, necessitará ainda do crivo do Senado e do Presidente da República, mas pode representar um sinal de elucidação de definição legislativa, a fim de obstar a inevitável e certeira enxurrada de ações, possivelmente derradeira no início do prosseguimento da consignação em pagamento do tributo por parte das empresas, até que a questão relativa ao efetivo destino do tributo seja dirimida de uma vez por todas.




Matheus Marques Borges - advogado da FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software. Contato: matheus.borges@fh.com.br.

FH

Emprego do Futuro: Entenda quais habilidades necessárias farão diferença


Rebeca Toyama aborda tema discutido em Davos na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial e explica a importância da requalificação dos profissionais


A mudança sempre esteve presente em toda nossa evolução, mas de tempos em tempos, passamos por uma grande transformação. À medida em que o mercado de trabalho muda, em tempos de inteligência artificial e alta conectividade, novos dados e desafios trazem uma percepção de como será o trabalho do futuro. Rebeca Toyama especialista em estratégia de carreira, mostra a importância de novas habilidades e a requalificação para acompanhar o ritmo da mudança.

Diante do artigo publicado no último dia 24 na cidade de Davos, Suíça, a reunião Anual do Fórum Econômico Mundial, mostrou que as principais habilidades para se aprender estão ligadas à tecnologia, relações interpessoais que são praticamente impossíveis de automatizar, criatividade, persuasão e colaboração, porém demandam o que está sendo chamado de Revolução de Requalificação.

Ainda segundo o relatório, os empregos emergentes nas áreas tecnológicas ainda são pouco ocupados por mulheres, ficando abaixo dos 30% para empregos de engenharia de dados e nuvem. “Com essas informações, é preciso entender como vamos trabalhar para desenvolver essas habilidades, melhorando a paridade de gênero”, conta a especialista.

Também será necessário desenvolver habilidades de criatividade para que esses profissionais consigam identificar novas lacunas e, consequentemente, novos postos de trabalho. Além disso, intensificar o trabalho de treinamento pode contribuir para que os novos profissionais estejam aptos para exercer cada função.

Atualmente, grandes empresas como Google já investem em requalificação, mas quando se trabalha em uma média, pequena empresa ou se é autônomo, por exemplo, é necessário buscar a ajuda de um profissional que identifique os pontos a serem melhorados. Diante dos dados acima, é possível concluir que os profissionais devem se antecipar e se requalificar, assim adaptar-se às novas funções disponíveis, e resgatar as habilidades que, por enquanto, só os humanos possuem, fenômeno que muitos estão chamando de metamorfose.

“Hoje o meu trabalho é voltado para profissionais, que precisam desenvolver ou aprimorar essas habilidades, para que eles se mantenham em posição de destaque e prestígio dentro do ambiente corporativo. A revolução de requalificação começa quando o profissional entende o que ele precisa melhorar e se readaptar ao futuro”, explica Rebeca Toyama.

A especialista preparou também 6 dicas de como se qualificar e chegar mais perto das habilidades do futuro:

1- Procure atividades que possam estimular a criatividade, sendo individual ou em grupo. Conhecer novos grupos e ampliar o networking;


2- Autoconhecimento para lidar com as emoções, alterações de humor e tudo que envolve o nosso lado psicológico, que as máquinas não têm. Desenvolva a sua Inteligência Emocional e certamente você vai se destacar;


3- Esteja sempre Atualizado. Leia artigos, pesquisas e reportagens de veículos de comunicação com credibilidade. Veja as principais descobertas da sua e outras áreas de atuação e veja o que você consegue fazer para se adequar;


4 - Seja flexível e esteja pronto para mudanças. Tenha em mente que as profissões evoluem e no futuro existirão outras profissões, com outras necessidades;


5- Entenda mais sobre a economia do compartilhamento: há muitas possibilidades profissionais em empresas com este perfil porque este é o presente. Repare nas startups e grandes companhias que compartilham propriedade, mobilidade e experiências de todo o tipo. Há oportunidades ali;
6- As relações interpessoais não são acompanhadas pelas máquinas, embora elas possam, de fato, substituir muitas atividades. Trabalhos que envolvem negociação, treinamento e especificidades baseadas nas habilidades humanas abrem uma janela de oportunidades profissionais.





 Rebeca Toyama é especialista em estratégia de carreira e conscientização financeira. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. É especializada em psicologia transpessoal e eneagrama. Atualmente está cursando mestrado sobre bem-estar e conscientização financeira. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).  Colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.

Receita notifica quase 18 mil empresas por divergência entre a escrituração e a Dirf


Essas pessoas jurídicas, de todo o País, terão prazo
até 30/01/2020 para regularizar a situação

A Receita Federal iniciou nova operação de Malha PJ (pessoa jurídica) por conta de divergências verificadas entre a Escrituração Contábil e Fiscal (ECF) e a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) de quase 18 mil empresas. O objetivo é a regularização dessa situação e esses casos incidem para empresas optantes pelo Lucro Presumido. No total, o valor envolvido é de R$ 1,6 bilhão.
Ao todo, segundo a Receita Federal, foram enviadas 17.934 cartas às empresas de todo o Brasil, compreendendo o período entre 2015 e 2017. As empresas terão prazo até o final deste mês de janeiro para a enviar as informações e corrigir as divergências apuradas. Não havendo a regularização, as empresas poderão ser autuadas com acréscimo de multa (75% a 225%), além dos juros de mora.

Para fazer a autorregularização as empresas têm a possibilidade de recolherem os valores devidos e, para confirmar a veracidade das cartas enviadas, a Receita Federal encaminhará mensagem para a caixa postal dos respectivos contribuintes, que podem ser acessadas por meio do e-CAC (http://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/atendimento-virtual).

De acordo com Maurício Balassiano, diretor de Certificação Digital da Serasa Experian, para acessar o e-CAC e regularizar a situação a empresa precisa estar em dia com seu certificado digital. “Em todo o relacionamento com a Receita, de forma virtual, é preciso possuir um certificado com validade em dia”.




Serasa Experian

53% dos brasileiros entrevistados afirmam não consumir marcas com comportamento preconceituosos ou racistas.


Públicos formados por LGBT+ (81%) e pessoas com deficiência (57%) são os que mais sentem falta de elementos de diversidade nas propagandas.


Cada vez mais marcas abraçam a bandeira da diversidade na publicidade. Mas não basta colocar um casal LGBTQ+ na propaganda de dia dos namorados ou no dia das mães, mostra uma pesquisa realizada pela INSIGHTS & DATA ANALYTICS CROMA. Entre os 1.814 entrevistados, 72% não acreditam na autenticidade das marcas quando falam sobre o tema. Segundo Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma, falta consistência das empresas. “As empresas gastam muito com publicidade, mas fazem isso apenas uma vez por ano. Mas se a empresa apoia a longevidade e diversidade, cadê os velhos no quadro de funcionários? E os LGBT+?” 

Oldiversity® é um estudo que avalia como as marcas estão lidando, ou não, com a longevidade e diversidade de orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência e se estabelece como parâmetro avaliativo inédito de marcas que pensam, preocupa-se, promovem e defendem assuntos ligados à longevidade e à diversidade. Um dos dados mais alarmantes é que 47% dos entrevistados não tem lembrança de fatos ou conteúdos relevantes capazes de conectar marcas a causas ou questões humanas. “Isso abre um debate sobre o quanto o posicionamento, a oferta e a comunicação de marcas e empresas podem estar descolados da realidade, isto é, o quanto as marcas que atuam no Brasil estão ainda distantes de ser Oldiversity®”, alerta Edmar Bulla. 

O brasileiro parece consciente, já que 53% afirmam não consumir marcas com comportamentos preconceituosos. É alto o índice dos que declaram que aceitam a diversidade (78%), mas apenas 47% se identificam com as propagandas que abordam o tema. 

A falta de identificação e baixa associação de marcas, somadas ao despreparo de grandes setores ao lidar com a diversidade, também contribuem para um sentimento geral de descrença, uma vez que 72% não acreditam na autenticidade das marcas. O varejo brasileiro não é visto como preparado para lidar com a diversidade e tampouco parece estar implantando ações para o futuro, na opinião dos entrevistados, já que 78% não creem que as lojas estejam preparadas para atender pessoas com deficiência e 72% pensam que as lojas estão despreparadas para a diversidade.

O problema não é só a publicidade, que, segundo Edmar Bulla, não representa o tecido social brasileiro. “É preciso ter diversidade representada na loja”, diz ele. “Falta compromisso e uma posição mais clara, mas as empresas ficam na retranca, preferem se mantiver neutras por medo de errar. O grande gap diz respeito a pessoas com deficiência. Há um descolamento em relação às necessidades dessas pessoas, que não são atendidas”, diz Bulla, lembrando que no Brasil há quase 13 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência classificada como severa

Na contrapartida, marcas que se posicionam claramente sobre diversidade e longevidade tendem a aumentar significativamente os índices de consideração, preferência, frequência e recomendação de seus produtos e serviços. O brasileiro avalia que a oferta de produtos e serviços não é adequada e, para completar, que a propaganda não representa a realidade. Os resultados do estudo apontam para indicadores preocupantes sobre o forte preconceito e racismo na comunicação das marcas no Brasil, incluindo o atendimento de vendedores e call centers, considerado preconceituoso por 42% do público LGBT+ e 52% desse público acreditam também que a propaganda brasileira é racista, índice maior que o declarado por negros (37%).

Comparando os 42% que se identificam com as propagandas que falam sobre diversidade com os 75% de LGBT+ que declaram o mesmo, pode-se deduzir que a comunicação das marcas está mais clara e avançou mais no que diz respeito à diversidade de gênero e orientação sexual do que com relação a negros (46%) e PcDs (47%). Apesar de pouco mais da metade afirmar que as propagandas deveriam trazer a temática da diversidade à tona e de esse número ser muito mais significativo entre os LGBT+ (74%), é alto o índice (70%) dos que acreditam que o brasileiro, na realidade, não gosta de ver propagandas que mostrem o tema. Se por um lado 78% dos entrevistados aceitam a diversidade, 45% concordam que esse tema é um tabu para as marcas e 51% gostariam de ver ainda mais propaganda Oldiversity®, de outro lado 35% acreditam que as marcas correm muitos riscos quando levantam a bandeira sobre a diversidade. Ainda, 48% defendem que as marcas deveriam ser imparciais.

Resultado ou não de um discurso politicamente correto, o fato é que a propaganda é avaliada por 49% como distante da realidade do brasileiro. Apenas 27% conseguem, de alguma forma, identificar-se com seu conteúdo. Os públicos formados por LGBT+ e pessoas com deficiência são os que mais sentem falta de elementos de diversidade nas propagandas, com 81% e 57%, respectivamente, e os que mais acreditam que a diversidade ainda é um tabu”, comenta Bulla.

Os resultados também evidenciam que a incorporação da diversidade no quadro de funcionários é tão relevante quanto o mix de produtos e serviços, e mais relevante do que patrocínios de eventos temáticos, por exemplo. Empregos para públicos LGBT+, negros, mulheres, PCD´s  são mais importantes que propaganda e 65% não acreditam na adequação de marcas e empresas para atender às necessidades das pessoas.

De modo geral, as pessoas acreditam que há ainda muito preconceito na contratação de funcionários: 62% acreditam que há preconceito em contratar pessoas com deficiência, 56% acreditam que há preconceito em contratar negros e 53% acreditam que há preconceito em contratar LGBT+.






Edmar Bulla - CEO e fundador do Grupo Croma, empresa que oferece design de soluções para inovação em negócios. Graduado pela ESPM possui especialização em Marketing Digital em Harvard, além de formação em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, Pepsico e WPP, ocupando posições globais. Professor e palestrante em eventos no Brasil e exterior, recebeu prêmios durante sua carreira e é convidado para facilitar encontros de inovação, moderar debates em comitês executivos e processos de transformação cultural e digital em grandes empresas.



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