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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Acessibilidade Digital: por que o futuro tem tudo a ver com inclusão?


Imagine que você é uma mãe com uma criança de colo e precisa pagar uma fatura do banco. Assim que abre o aplicativo pelo celular, a ferramenta exige que você vire o aparelho na diagonal. Difícil, não? Agora, pense que seu smartphone está com a tela rachada e você precisa clicar em um botão bem onde está a falha. Podemos ir além: e se você perdesse a visão de um dia para o outro e precisasse de um leitor de telas para utilizar o computador?

Falar em acessibilidade significa ter empatia, colocar-se no lugar do outro - não como um gesto de bondade, mas reconhecendo no outro alguém como você, que precisa se comunicar, estar conectado com o mundo e ter as mesmas oportunidades. E mesmo sabendo que, uma em cada sete pessoas no mundo possui algum grau de deficiência, acessibilidade digital não é só para esse grupo de pessoas, como você já deve ter percebido.

O artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão, instituída em julho de 2015, diz que os sites devem ser acessíveis para todos. Entretanto, um levantamento realizado pela BigData Corp, empresa especializada em Big Data, e o Movimento Web Para Todos (MWPT), apenas 1% dos domínios que estão ativos no Brasil são compreensíveis para grupos com deficiência.

Mesmo com essa obrigatoriedade, boa parte das empresas ainda é resistente à implementação de projetos de acessibilidade. Os motivos são variados, mas, de modo geral, existe um consenso de que essa tarefa é mais difícil (e cara!) do que é realmente. Na verdade, se apenas seguirmos os princípios básicos da programação, já estaremos bem adiantados, mas há algumas diretrizes em que podemos nos basear, como é o caso das WCAG (Web Content Accessibility Guidelines).

Quer um bom exemplo de tecnologia inclusiva e que pode inspirar muitos projetos? O YouTube Kids. Com interfaces conversacionais, imagens de fácil identificação e mecanismos de busca intuitivos, até uma criança que ainda não aprendeu a ler sabe procurar e encontrar o que quer na plataforma.

É importante lembrar que o conceito de acessibilidade deve fazer parte de todo o planejamento de conteúdo e programação em todos os canais de comunicação que a companhia irá disponibilizar. Não adianta pensar no assunto somente na fase final, exigindo uma reformulação de diversos setores.

Outra medida simples é elaboração das heading titles, que hierarquizam as informações. Mesmo para quem não possui nenhuma deficiência, a hierarquização da informação permite compreender o conteúdo de uma maneira mais fácil. Para deficientes visuais, por outro lado, isso ajuda os leitores de tela. Com uma simples alteração na programação, é possível incluir a descrição do link no próprio link, como por exemplo “clique aqui para fazer o download do e-book”. Pense no quanto você estará facilitando a vida de quem navega pelo seu site. Além de, claro, isso ser ótimo para dar mais relevância para o seu site nas ferramentas de busca.

Não se esqueça de que há potenciais consumidores atrás das telas que esperam ter a melhor experiência no seu site. Torná-lo mais acessível é fundamental para transmitir segurança, confiança e estabelecer uma relação mais próxima com o cliente. Assim, acessibilidade digital tem tudo a ver com um futuro mais próspero e inclusivo!





Marcelo Pires - sócio-diretor da Neotix Transformação Digital. Designer de formação, escultor nas horas vagas, trabalha com Design aliado à Tecnologia há mais de 20 anos. Especialista em usabilidade, é o responsável pela direção de criação de projetos interativos na Neotix, caminhando pelas áreas de tecnologia, inovação, design, UX e transformação digital.
Neotix Transformação Digital
http://www.neotix.com.br/

A embalagem é o produto


Há décadas uma questão assombra aqueles que, como eu, sabem da importância que a embalagem tem para os negócios. Nós sempre nos perguntamos por que as empresas brasileiras não percebem este valor, e por que ainda não utilizam este recurso para potencializar o desempenho do produto no mercado.
Pesquisas realizadas por escolas e instituições do setor concluíram que os profissionais estão, em sua maioria, dedicados à redução de custos da embalagem, ao invés de se dedicarem a utilizá-la de forma melhor: aproveitando a contribuição que o investimento feito pela empresa neste item pode proporcionar, como por exemplo, a utilização da embalagem como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet.
A embalagem é uma poderosa ferramenta de competitividade que não pode mais ser utilizada apenas para carregar o produto: ela precisa ajudar a impulsionar o negócio da empresa.
Não faço aqui uma crítica aos profissionais de embalagem, que muitas vezes são forçados pelas demandas de seus empregadores. O nó da questão deste artigo diz respeito ao porquê das empresas brasileiras não utilizarem todo o potencial de suas embalagens e, na maioria das vezes, nem sequer perceberem o valor que elas têm.
Demorou, mas finalmente encontrei uma hipótese que pode nos levar a um entendimento melhor sobre esta questão: precisamos mudar a mentalidade que se estabeleceu nas empresas, que as fazem enxergar a embalagem apenas como um custo, um insumo de produção como os demais. Um entendimento equivocado, que faz com que as companhias entendam como produto apenas aquilo que elas fabricam, ou seja, aquilo que vai dentro da embalagem, fabricada numa outra empresa que fica longe e está cadastrada em seu departamento de compras.
Eles não sabem que, para o consumidor, a embalagem e o conteúdo constituem uma única entidade indivisível, conhecida pelo nome de produto. Portanto, produto para o consumidor quer dizer embalagem e seu conteúdo, uma vez que uma coisa não existe sem a outra. É neste entendimento truncado que reside o nó da questão.
Não é fácil mudar mentalidades arraigadas e, para isso, todo o setor de embalagem, as empresas e profissionais que atuam na cadeia, precisam se dedicar a mudança do “mindset” pois, como ensinou o venerável sábio chinês Lao Tsé, “mais vale acender uma vela que maldizer a escuridão”.
Não adianta ficar reclamando que as empresas não dão valor para a embalagem e que estão obstinadamente dedicadas a redução de seu custo. Precisamos acender uma vela e lembrar em todas as oportunidades que, para o consumidor, o produto e a embalagem constituem uma única entidade indivisível. Além de lembrar a todos que esta entidade participa e interfere na percepção de valor que o consumidor forma sobre o produto. Quem sabe assim encontramos um ponto de partida para tentar desatar o nó.


Fábio Mestriner - consultor da Ibema Papelcartão. Designer, professor do curso de pós-graduação em Engenharia de Embalagem do IMT Mauá e autor dos livros Design de Embalagem – Curso Avançado, Gestão Estratégica de Embalagem e Inovação na Embalagem – Método Prático.

Começa matrícula dos convocados no Vestibular das Fatecs

 Foto: Gastão Guedes


Candidatos que integram a primeira lista dos convocados do Vestibular das Fatecs devem fazer sua matrícula nos dias 15 e 16

Os convocados da primeira lista do processo seletivo das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo devem fazer sua matrícula nesta quarta e quinta-feira (15 e 16). A relação dos candidatos selecionados para o primeiro semestre de 2020 está disponível na Fatec e também no site www.vestibularfatec.com.br.

Caso as vagas não sejam preenchidas na primeira chamada, a segunda lista será divulgada somente na Fatec no dia 17 de janeiro.


Calendário

A matrícula deve ser feita na secretaria da Fatec onde o vestibulando pretende estudar, no horário determinado pela unidade de ensino, nos dias relacionados abaixo, desde que não seja feriado municipal na cidade onde a faculdade está localizada. Perderá direito à vaga quem não fizer a matrícula na data determinada ou deixar de apresentar os documentos exigidos.


15 e 16 de janeiro:    matrícula da 1ª lista dos convocados;
17 de janeiro:            divulgação da segunda lista, nas Fatecs;
20 de janeiro:            matrícula dos candidatos da segunda lista.

Se as vagas não forem preenchidas após a segunda chamada, outra lista deverá ser divulgada na Fatec. Cabe ao candidato comparecer na unidade em que deseja estudar para acompanhar a convocação.


Documentos para matrícula

Para efetivar a matrícula, o candidato deve entregar uma foto 3x4 recente e uma cópia acompanhada do original de cada um dos seguintes documentos: certificado de conclusão do Ensino Médio ou equivalente; histórico escolar completo do Ensino Médio ou equivalente; certidão de nascimento ou casamento; carteira de identidade (RG); cadastro de pessoa física (CPF) e documento de quitação com o serviço militar, para brasileiros maiores de 18 anos, do sexo masculino.

O candidato que ingressou no Sistema de Pontuação Acrescida pelo item escolaridade pública deve apresentar histórico escolar ou declaração escolar, comprovando que cursou integralmente o Ensino Médio ou EJA na rede pública municipal, estadual ou federal, com detalhamento das escolas onde estudou.

Caso o candidato pretenda obter aproveitamento de estudos em disciplinas já concluídas em outro curso superior, deve apresentar a documentação referente à carga horária, ementa e programa da disciplina cursada e histórico escolar da instituição de origem. Para mais detalhes, consulte o manual do candidato.




Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou pelo site www.vestibularfatec.com.br



Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 300 municípios paulistas. Nas Etecs, o número de matriculados nos Ensinos Médio, Técnico integrado ao Médio e no Ensino Técnico ultrapassa 208 mil estudantes. As Fatecs atendem mais de 85 mil alunos nos cursos de graduação tecnológica



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