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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Setembro Amarelo: Sete principais causas que as pessoas sinalizam antes de cometer o suicídio


Desde 2015, setembro se tornou o mês da conscientização do suicídio, um dos principais problemas de saúde pública no mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), no Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa atenta contra a própria vida e, pelos números oficiais fornecidos pela entidade, são cerca de 25 brasileiros mortos por dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio já tem taxa de mortalidade superior às vítimas de HIV.

Existem diversos fatores que desencadeiam esses episódios. Suas raízes ainda são profundas e muito estudadas pelos psiquiatras, e seus motivos diferem de indivíduo para indivíduo. Abaixo, estão algumas das principais causas e sinais que um suicida pode dar antes de tirar a própria vida:



Depressão e doenças mentais: indivíduos com esses quadros devem sempre receber uma atenção maior, pois é considerada uma doença silenciosa. É imprescindível que o diagnóstico seja feito o quanto antes;



Drogas: o uso de drogas ilícitas também pode desencadear o problema. Nos casos onde pessoas depressivas fazem o uso de álcool ou drogas, a vigilância deve ser redobrada, pois a combinação de ambos os fatores resulta no maior número de mortes no mundo inteiro;



Insatisfações: frases como: "eu quero sumir", "não aguento mais" e, principalmente, "eu queria morrer" podem ser um pedido de ajuda inconsciente. É necessário se atentar àqueles que externam seus sentimentos;



Adolescência: já conhecida por ser uma das fases mais atribuladas e difíceis da vida, a adolescência mascara muitos sinais de suicídio, que acabam sendo confundidos por amigos e familiares como um comportamento normal da idade. Devemos ter muito cuidado com esses jovens, oferecendo ajuda quando for preciso;



Mudanças: a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento, a mudança de casa ou trabalho, podem desestruturar um indivíduo e dar espaço a pensamentos negativos. Esses episódios podem gerar perda de interesse em atividades e eventos, levando a um quadro depressivo e ao possível suicídio;



Falsa melhora: Muitas pessoas que já tentaram o suicídio alegam ter melhorado para tranquilizar familiares e amigos a fim de diminuir suas preocupações e, enfim, poderem colocar em prática o ato. Cuidado redobrado!



O mito do suicídio: Uma das frases mais ouvidas por aí e de que um suicida não ameaça, e isso é um engano. Quem quer tirar a própria vida fala do ato e deixa sinais, sim.


É preciso falar sobre o assunto não só em setembro e sim durante todo o ano, de forma transparente, sem banalizar, julgar, condenar e opinar diante a essa situação. Se conhece alguém nessa situação, incentive-o a procurar um profissional especializado para que possa receber todo o suporte necessário.






Milene Rosenthal é co-fundadora da TelaVita, marketplace de saúde e psicóloga especializada em Terapia Cognitiva com certificações em Cybercounsellor pela Universidade de Toronto.


Ginecologista Erica Mantelli ressalta os cuidados e a importância da amamentação para a mãe e o bebê


No Brasil, só 41% das crianças são amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses, como a OMS recomenda.


O aleitamento materno exclusivo é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) até os 6 meses de vida do bebê, sendo continuado após esse período por até 2 anos ou mais, com a adição de suplementos alimentares. No Brasil, só 41% das crianças são amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses, como a OMS recomenda.

“A amamentação é um processo importantíssimo para o bebê. Além de fortalecer os laços entre a criança e a mãe, o leite materno tem um papel fundamental para o desenvolvimento do sistema imunológico do recém-nascido, já que o protege contra doenças e alergias”, reforça a ginecologista e obstetra Dra. Erica Mantelli. 

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmou que a alimentação exclusiva com leite materno no começo da vida faz mesmo muita diferença no desenvolvimento do organismo do bebê.

Algumas mães são mais sensíveis ao ato de amamentar, e podem sofrer no início por conta da mama inchada, das fissuras e do ingurgitamento mamário. É pelo leite materno que o bebê recebe fontes de nutrição, proteção, estimulação e conveniência nos primeiros meses de vida. 

De acordo com a medica, é preciso ter alguns cuidados durante a gestação para que no pós-parto essa fase seja menos conturbada. “É importante que a mulher utilize loção hidratante apenas nas mamas, evitando a aréola e os mamilos. O sutiã tem que se adequar ao novo tamanho e peso, para evitar que a mamãe sinta dor nos ombros, nas mamas e evitar o aparecimento de estrias. O indicado é usar sutiã com boa sustentação, alças mais largas e fácil de ser aberto”, ressalta. 

Para que as aréolas fiquem mais resistentes e menos propensas à rachaduras e machucados, é indicado que a gestante tome sol por cerca de 15 minutos (antes das 10h ou depois das 16h) ou um banho de luz, que pode ser feito com uma lâmpada de 40 watts com distância de 15 cm da pele. 

O processo de aleitamento pode ser bastante difícil inicialmente, porém, com o passar dos dias, as dores tendem a melhorar. “Nos casos em que a mãe sentir desconforto e dor na hora da mamada é importante que ela seja avaliada para corrigir a posição e a pega, além de receber orientações para evitar o surgimento de machucados que possam predispor às infecções como, por exemplo, a mastite. É preciso conversar sempre com o médico responsável e procurar ajuda especializada em caso de dúvidas ou dificuldades”, completa Erica Mantelli.





Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra. Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


Cuidado paliativo: 5 dúvidas esclarecidas pelo especialista


Ao longo de sua carreira, o médico geriatra e paliativista do Grupo Oncoclínicas André Filipe Junqueira dos Santos se acostumou a realizar o acompanhamento de pacientes ao longo do tratamento oncológico, com foco no controle de seus sintomas, conforto e qualidade de vida.

O médico, que ganhou em 2017 o Prêmio de Educação e Desenvolvimento Internacional em Cuidados paliativos (IDEA-PC), da American Society of Clinical Oncology (ASCO), esclarece a seguir cinco dúvidas sobre os Cuidados paliativos:


No que consiste o cuidado paliativo?

A atual definição de cuidado paliativo é de 2002, feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se de uma abordagem que promove a qualidade de vida para pacientes e familiares diante de uma doença que ameaça a continuidade da vida, isso através da prevenção e alívio do sofrimento.
Isso requer uma avaliação precoce para tratar a dor e qualquer problema de natureza física, social e espiritual. O cuidado paliativo integra tratamentos em qualquer área da medicina, inclusive na pediatria, mas tendo mais impacto em situações como doenças como o câncer.


Quando o cuidado paliativo deve entrar em cena?

Sempre que uma pessoa enfrente uma doença que ameace a sua vida os Cuidados Paliativos devem participar dos cuidados oferecidos a essa pessoa, sendo que em caso de piora da saúde dessa pessoa e consequentemente uma possibilidade maior dela falecer, os Cuidados Paliativos devem assumir um papel maior no tratamento oferecido.

Um ponto essencial a ser esclarecido é que a morte é um evento que vai ocorrer para todos, porém como desejamos morrer é algo que evitamos falar. A visão de cuidado paliativo está na mudança da maneira de morrer. Às vezes não é possível evitar a morte do paciente. Mas quando o cuidado paliativo é bem feito, consegue modificar o fim de vida para que ele tenha o menor sofrimento possível e possa trabalhar outros aspectos, vivenciar outros momentos que a pessoa não teve a oportunidade de realizar.

A chave de tudo é entender que os cuidados continuados envolvem uma serie de fatores e que a doença continuará sendo tratada para que o paciente viva da melhor forma possível com essa condição - e apesar dela. Isso não significa uma sentença de morte, é apenas um complemento das estratégias para uma vida plena. E o momento de buscar essa alternativa depende de uma decisão particular do paciente, apoiada por toda a equipe multidisciplinar envolvida no tratamento.


No caso do paciente com câncer, há uma recomendação específica relativa ao cuidado paliativo?

O objetivo maior de qualquer tratamento é curar o paciente, com o menor impacto possível das terapêuticas adotadas em sua vida. Quando falamos de Cuidados paliativos e câncer, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) recomenda cuidados paliativos para todos os pacientes com câncer avançado ou em caso de sintomas de difícil controle, sendo que esse atendimento deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, concomitante ao atendimento oncológico, sendo o ideal ser iniciado em até oito semanas depois do diagnóstico da doença em fase avançada.

Inicialmente o Cuidado Paliativo pode atuar no controle de sintomas e apoio emocional, porém caso a doença infelizmente progrida, ela irá crescer dentro do tratamento, procurando conciliar o tratamento oncológico disponível com os desejos da pessoa acometida por uma doença em fase avançada. O cuidado paliativo precoce na oncologia já foi provado em ter impacto na qualidade de vida e em alguns casos aumentar também a sobrevida.

Dessa maneira, a chave do paliativo é o equilíbrio. Unir o conhecimento do médico e de toda a equipe com os valores do paciente. Por exemplo: qual o benefício diante de uma quimioterapia para tratar um câncer em estágio avançado? O tratamento pode ajudar a ganhar tempo de vida, mas eventualmente resultar em efeitos colaterais que o paciente não quer.


Basta um médico com formação em cuidado paliativo para cuidar de um paciente?

O cuidado paliativo é muito novo no Brasil. E infelizmente ainda não temos regulamentação juridica e nem suporte financeiro. Independente disso, ele é considerado desde 2012 pelo Conselho Federal de Medicina como área de atuação e já existem cursos no Brasil que oferecem capacitação.

É um trabalho que exige uma relação de confiança plena e é impossível ser feito apenas pelo médico. É preciso de uma equipe com vocação e treinamento para atuar nesse trabalho. Esse grupo é formado geralmente por um médico, enfermeiro e psicólogo como equipe mínima, sendo sempre possível ter a presença de nutricionista, fisioterapeuta e outros profissionais de saúde.

Isso porque não existe um ser humano capaz de lidar sozinho com uma pessoa nessa condição. Oferecer o cuidado paliativo requer uma visão de fortalecimento.

Dentro do Grupo Oncoclínicas, no modelo de Cuidados Continuados, o atendimento é feito sempre em conjunto, com a presença em um mesmo ambiente de todos os profissionais. Esse é o grande diferencial: ter uma equipe inteira à disposição do paciente e da família num lugar só e ao mesmo tempo. É uma forma de acolhimento maior e permite uma interação muito maior entre a equipe, o paciente e a família.


Existem dados que mostrem o quanto os cuidados paliativos influenciam na resposta do paciente, seja no aumento da vida ou na aceitação da morte?

No Brasil não temos grandes trabalhos que avaliem isso e contribuam para a criação de uma forma de medir o impacto dessa atividade no país. Mas na literatura internacional já existem trabalhos que comprovam três resultados comuns no momento em que a equipe agrega o paliativo ao tratamento do paciente: aumento da qualidade da vida, alívio dos sintomas e melhora do gerenciamento dos recursos de saúde.

Ou seja, você evita a realização de tratamentos que para aquela pessoa não estão adequados as suas expectativas e valores. Uma frase que sempre falamos em cuidado paliativo é: "Não é que não existe mais nada que fazer, o que muda é a maneira de fazer". Ao invés de apontar a cura como único tratamento, trabalhamos com outras opções para essas pessoas.





Grupo oncoclínicas 


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