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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Prorrogada segunda fase da campanha contra a febre amarela na cidade de São Paulo



Término da etapa agora está previsto para o próximo dia 2 de março em 23 distritos das zonas Sul, Leste e Sudeste


         A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Saúde de São Paulo decidiu prorrogar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre amarela na capital até o próximo dia 2 de março. Iniciada em 25 de janeiro, a etapa tem como público-alvo moradores de 23 distritos das zonas Sul, Leste e Sudeste da capital paulista.

         Até segunda-feira (19), 1.705.622 pessoas tinham sido vacinadas nessas regiões. Desse total, 1.652.265 receberam a dose fracionada e 53.357 a chamada dose padrão. A meta estabelecida pela SMS é a de vacinar toda a população destes distritos, mas até o momento a ação cautelar atingiu pouco mais de 43% dos moradores dessas regiões.

         A SMS orienta a população dos distritos da segunda fase da campanha que ainda não receberam a vacina para que procure a unidade mais próxima de sua residência para retirar a senha de atendimento.

         Para saber qual a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência de seu endereço, basta consultar o Busca Saúde (http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/). Veja o passo a passo de como consultar:

1. Escolha fazer a busca por endereço e digite o seu endereço com número;

2. Clique na opção - Moro neste endereço; 

3. Na caixa da direita, opção Exibir no mapa, não selecione nenhum item/filtro. Caso tenha algum item/filtro selecionado, retire-o;

4. Clique em Buscar”;
 
5. O mapa irá mostrar seu endereço e a unidade de referência. Na coluna da esquerda, a unidade de referência sempre aparecerá com uma estrela amarela. Quando clicamos em cima da estrela amarela, aparecem os dados da unidade - nome, endereço, telefone e horário de funcionamento.


         A tabela inclui os 35 postos da zona Norte que foram direcionados para atendimento dos moradores da região que não se vacinaram na etapa anterior. Além das unidades com foco na prestação de serviço aos moradores da zona Norte, a região conta ainda com dois postos de referência para viajantes que vão se deslocar para áreas com recomendação da vacina em território nacional: UBS Vila Palmeiras e AE Tucuruvi. 

Histórico de vacinação na capital
         A SMS iniciou as ações preventivas contra a febre amarela em setembro de 2017, quando a campanha começou no distrito Anhanguera, na zona Norte da capital. A medida levou em consideração a proximidade da região com os chamados corredores ecológicos e foi ampliada para outros distritos da zona Norte em outubro, após a confirmação de epizootia no Horto Floresta, a primeira no município.

         Desde então, a pasta adotou estratégias para expandir a cobertura vacinal na capital paulista. Além da ação na zona Norte, em dezembro foram incluídos alguns distritos da zona Sul e o de Raposo Tavares, na zona Oeste. Apenas a chamada primeira fase da campanha imunizou mais de 1,9 milhão de pessoas até 24 de janeiro.

         A estratégia da SMS deve incluir outros distritos da capital nos próximos meses, levando em consideração a localização dos distritos e sua proximidade com áreas de risco de contato com o vírus da febre amarela.



Será que cachorros e gatos podem ter febre amarela?



Especialista da Zoetis fala sobre doenças transmitidas pelos mosquitos aos animais de companhia


Os cães e gatos não são considerados suscetíveis à infecção pelo vírus da febre amarela, ao contrário de macacos e seres humanos. Eles também não são reservatórios do vírus, ou seja, não ficam com o vírus no organismo sem apresentar os sintomas de doença. Por isso, seus tutores podem ficar tranquilos.

“O mosquito transmissor pode até picar os pets, mas o vírus transmissor da febre amarela não se instala no animal. O máximo que pode acontecer com eles é sentir coceira após a picada”, explica o médico veterinário e Gerente Técnico e de Pesquisa Aplicada para Animais de Companhia da Zoetis, Alexandre Merlo.

“Vale lembrar que os pets também não pegam dengue. O mecanismo que impede esses animais de adquirirem essas doenças é desconhecido até o momento”, acrescenta. 


Outras doenças transmitidas por mosquitos

Alexandre alerta que os pets podem pegar outras doenças por meio da picada de mosquitos: a leishmaniose e a dirofilariose. A leishmaniose é uma doença infectocontagiosa transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos. 

Seus sintomas incluem descamação da pele, pelos quebradiços, nódulos na pele, úlceras, febre, atrofia muscular, fraqueza, anorexia, perda de apetite, vômito, diarreia e lesões nos olhos. 

Já a dirofilariose também é transmitida para o animal por meio de um mosquito. Conhecida popularmente como verme do coração, como seu nome sugere, é provocada por vermes (Dirofilaria immitis) que se alojam no coração e nas artérias pulmonares dos cães. “A doença não apresenta sinais clínicos no início, portanto, o tutor pode demorar para perceber que o seu cão está doente”, observa o especialista. 

Ambas as doenças são zoonoses, ou seja, podem ser transmitidas para o ser humano. Para evitar esses dois males, ele explica que a prevenção é o melhor remédio. “Há vacinas e antiparasitários que ajudam na prevenção dessas doenças. Procure sempre o médico veterinário para mais informações”, conclui.





Zoetis


A vacina contra a febre amarela dura apenas dez anos ou a vida toda?



O infectologista da Maternidade da Pro Matre Paulista, Lívio Dias, esclarece a questão


Com tantas informações e novidades diárias sobre febre amarela, a população tem muitas dúvidas como, por exemplo, em quais casos a vacina é contraindicada, o que fazer para se proteger dos mosquitos que a transmitem e, principalmente, por quanto tempo a vacina é válida. O infectologista da Maternidade Pro Matre Paulista, Dr. Lívio Dias, afirma que a antiga orientação das autoridades de saúde era de que a vacina tinha validade de dez anos. Porém, após uma série de estudos e pesquisas na área, a Organização Mundial da Saúde reconheceu que uma dose da vacina garante imunidade pela vida toda.

“A recomendação de dose única de dose única por enquanto se aplica apenas à dose padrão. Para a dose fracionada, que equivale a um quinto de uma dose padrão, a validade é de pelo menos oito anos e é possível que a pessoa tenha que se vacinar novamente no futuro, estudos nesse sentido estão em andamento”, afirma o especialista.

Confira abaixo outras dicas do profissional:

Quais as dicas para as pessoas que não podem tomar a vacina?
Usar roupas claras e compridas, evitar usar perfumes, pois podem atrair o mosquito, usar repelentes, evitar visitar as áreas de risco e sempre fechar janelas e portas, principalmente se a pessoa morar em uma área com ocorrência de casos de febre amarela. No caso de bebês com menos de dois meses, quando o uso de repelente não é indicado, a recomendação é usar um mosquiteiro em volta do berço e manter o ambiente fechado e fresco.

As gestantes não devem se vacinar em nenhuma situação?
Usualmente as gestantes não devem ser vacinadas para a febre amarela. Em situações especiais de risco, que deverão ser avaliadas individualmente, a vacina pode ser indicada para gestantes. Vale reforçar que as medidas protetoras contra a picada do mosquito transmissor deverão ser utilizadas, particularmente, por aqueles com impossibilidade de receber a vacina.

- Se a mulher se vacinou e não sabia que estava grávida, quais os riscos que ela corre e o que deve fazer?
Ainda que não recomendada na rotina para mulheres grávidas, quando utilizada na gestação, a vacina não demonstrou correlação com malformações do bebê e nem maior risco de abortamento. Caso tenha recebido a vacina inadvertidamente durante a gestação, o ideal é informar ao médico para que ele faça um acompanhamento adequado.

Na amamentação, qual a recomendação em relação à vacina para febre amarela?
Mães amamentando bebês com menos de seis meses de vida, como regra geral, não devem ser vacinadas. Porém, aquelas que vivem ou necessitam circular em áreas de risco, poderão ter que se vacinar. Nessa situação, a amamentação deverá ser interrompida por dez dias após a aplicação da vacina. Mães que amamentam bebês maiores de seis meses não necessitam interromper o aleitamento, caso recebam a vacina.

Qual a diferença entre a febre amarela urbana e a silvestre?
Do ponto de vista dos sinais, sintomas e do vírus causador, trata-se da mesma doença. O que as difere é a forma de circulação e o mosquito transmissor. No ciclo urbano o Aedes aegypti é o principal mosquito vetor. No ciclo silvestre, a febre amarela é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Com a introdução da vacina em 1937 e com grandes campanhas de erradicação do vetor, conseguiu-se o controle e a eliminação da doença de ciclo urbano, sendo os últimos casos registrados no Acre em 1942.




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