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terça-feira, 23 de maio de 2017

Outono e inverno são as estações que mais desencadeiam rinite alérgica



A rinite é um processo inflamatório da mucosa nasal, que pode ser agudo quando se trata de infecções virais ou bacterianas. Já nos casos crônicos, destaca-se a rinite alérgica, que tem como sintomas o prurido nasal e/ou ocular, coriza, obstrução nasal e espirros, fora de períodos de resfriados. A rinite alérgica tem uma prevalência por volta de 20% na população brasileira (estudo populacional ISAAC). Como sintomas secundários estão os pruridos de palato de conduto auditivo. A inalação de poluentes por indivíduos com rinite alérgica potencializa o processo inflamatório preexistente na mucosa nasal. 

As estações de outono e inverno são mais favoráveis à piora da rinite alérgica já que há um maior contato com alérgenos e com agentes infecciosos em ambientes internos e de poluentes em ambientes externos. Sabe-se da existência de inversão térmica e maior contato com poluentes nesta época do ano. Os poluentes inalados promovem uma inflamação em uma mucosa nasal previamente inflamada pelo processo da rinite. Por outro lado, as mudanças bruscas de temperatura, em especial do quente para o frio, ocasionam uma diminuição nos batimentos ciliares da mucosa nasal, o que favorece a penetração de agentes infecciosos. “Os vírus tem uma facilitação à penetração na mucosa nasal inflamada do paciente com rinite”, explica a especialista Maria Cândida Rizzo, coordenadora do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Para tratar a rinite é preciso evitar o contato com os alérgenos inalados aos que o paciente apresenta sensibilização (aumento de IgE específico) e usar medicamentos que variam de acordo com a frequência e a gravidade de sintomas, além do uso de imunoterapia específica (vacinas contra os alérgenos que ocasionam sintomas). O tratamento, de modo global, visa a diminuição do processo inflamatório crônico que permeia os quadros de exacerbação de rinite alérgica.





ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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www.asbai.org.br


Tratamento inovador para pacientes com câncer de pulmão se apresenta como uma alternativa segura e oferece redução na progressão da doença



Medicamento é capaz de aumentar em mais de 12 meses a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão[i],a principal causa de mortalidade por câncer no mundo, responsável por 18,2% dos óbitos[ii]


O câncer de pulmão é um dos tumores mais incidentes dentre os mais de 200 tipos existentes. Esse câncer apresenta 2 milhões de novos casos por ano no mundo e é responsável por cerca de 1,7 milhões de óbitos a cada ano[iii], sendo 55% registrados em países emergentes[iv]. Mundialmente, e também no Brasil, é o tipo de câncer mais letal, responsável por mais de 10% das mortes por câncer[v]. Entre os tipos de câncer de pulmão, os principais são os de Não Pequenas Células (85% a 90%), dentre os quais os adenocarcinomas são a maioria (57% do total dos cânceres de pulmão).

O estilo de vida está diretamente relacionado ao surgimento do câncer de pulmão. A principal causa é o tabagismo, mas a doença também está relacionada à exposição à poluição, ao excesso de radiação, ao sedentarismo e à alimentação pobre em frutas e vegetais[vi]. Além disso, os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, pois costumam ser bastante comuns, como tosse, dor no peito, rouquidão, perda de apetite, falta de ar, fadiga e infecções respiratórias. Devido a isso, o diagnóstico pode vir a ser tardiovi e acontecer já em fase de doença avançada. 

Muitos brasileiros, ainda hoje, enfrentam dificuldades na identificação exata de sua patologia. O especialista Dr. Gustavo Faibischew Prado, Coordenador da Comissão de Câncer de Pulmão da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, ressalta: “Existe um conjunto de testes laboratoriais capazes de identificar mutações específicas nas células tumorais do câncer de pulmão e, a partir dos resultados, permitir que direcionemos o tratamento mais eficaz ao paciente. Essas escolhas de medicamentos direcionadas a alvos específicos permite não apenas racionalizarmos o uso dos recursos (definir o tratamento para quem realmente terá benefício dele), como atingirmos maiores taxas de respostas no enfrentamento dessa doença tão agressiva”. 

Este foi o caso de Dona Irondina, de 69 anos. Apesar de nunca ter fumado, a dona de casa descobriu a doença em estágio avançado entre março e abril de 2013, ao sentir a persistência de uma tosse seca, que pensava ser uma pneumonia não curada. Dona Irondina procurou um clínico geral que solicitou uma tomografia, descobrindo uma alteração da imagem que se revelou, após biópsia e exames complementares, um tumor pulmonar em estágio avançado. A primeira opção de tratamento teria sido a quimioterapia, mas recentemente o oncologista de Dona Irondina receitou o medicamento oral afatinibe, por adequar-se melhor ao perfil molecular da pacienteii. “Estou usando o remédio há seis meses e já consigo perceber os resultados. Me sinto muito bem, não tenho tanta falta de ar e consigo me alimentar e dormir sem problemas. Os últimos exames que fiz mostraram redução de mais da metade do tamanho do tumor”, afirma Dona Irondina. 

Segundo o pneumologista, o que diferencia o medicamento das terapias disponíveis no mercado é o mecanismo de ação inédito. “O afatinibe (GIOTRIF®) é um tratamento de 2ª geração (ou seja, uma evolução da primeira geração de medicamentos), capaz de impedir que as células tumorais continuem se multiplicando. É uma terapia dirigida a um alvo específico, a alteração molecular responsável por este tipo de câncer de pulmão. A molécula de afatinibe nunca mais se desliga do receptor que sofre a mutação, bloqueando de forma prolongada a multiplicação dessas células”, explicai.

O medicamento foi lançado no Brasil em 2016 pela Boehringer Ingelheim, uma das principais farmacêuticas do mundo, focada em pesquisa para soluções terapêuticas inovadoras.A chegada do afatinibe traz esperança para os pacientes que buscam uma nova opção de tratamento. “O afatinibe abre novas perspectivas para pacientes com mutação do gene EGFR, por atuar de forma inédita na inibição da doença. Alguns estudos[vii] mostram que a molécula atua com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva do tratamento.”, finaliza Dr. Gustavo. 

O novo princípio ativo tem o potencial de melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes, como Dona Irondina. Aliado ao tratamento medicamentoso, o acompanhamento com outros profissionais também auxilia na reabilitação de pacientes com câncer de pulmão, como pneumologistas, psicólogos, e fisioterapeutas, que atuam na manutenção da saúde mental e funcionalidade do corpo, prevenindo o aparecimento de distúrbios secundários e outras sequelas. Principalmente após o diagnóstico, a participação dessa equipe multidisciplinar é fundamental, pois oferece apoio e suporte ao longo de todo o andamento do tratamento.


Boehringer Ingelheim


[i] Yang JC, Wu YL, Schuler M, et al. Afatinib versus cisplatin-based chemotherapy for EGFR mutation-positive lung adenocarcinoma (LUX-Lung 3 and LUX-Lung 6): analysis of overall survival data from two randomised, phase 3 trials. Lancet Oncol. 2015;16(2):141-51.
[ii] Oncoguia. Tipos de Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células [Internet]. [Acesso em 22 Mai 2017]. Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1577/196/
[iii] Global Burden of Disease Cancer Collaboration. Global, Regional, and National Cancer Incidence, Mortality, Years of Life Lost, Years Lived With Disability, and Disability-Adjusted Life-years for 32 Cancer Groups, 1990 to 2015A Systematic Analysis for the Global Burden of Disease Study. JAMA Oncol. Published online December 03, 2016. doi:10.1001/jamaoncol.2016.5688
[iv] Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio
de Janeiro: INCA, 2015. [Acesso em 22 de Mai de 2017]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf
[v] Boyle P, Levin B, eds. World Cancer Report 2008. Lyon, France: IARC Press; 2008. Disponível em http://www.iarc.fr/en/publications/pdfs-online/wcr/2008/wcr_2008.pdf
[vi] Boehringer Ingelheim Inoncology. LET'S LEARN MEDICAL EDUCATION [Internet]. [Acesso em 22 Mai 2017]. Disponível em: http://www.inoncology.com/medical_education/indication/lung_cancer/general_information.html
[vii] Park K, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open label, exploratory, randomised controlled trial. Lancet Oncol 2016; http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(16)30033-X Published online 12 April 2016

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