Medo da dor e falta de esclarecimento ainda estão entre os motivos
que afastam as mulheres de exames importantes, afirma médica
Em 28 de maio
comemora-se o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, data que lembra a
população feminina sobre a importância de exames preventivos para detectar
precocemente doenças como câncer do colo do útero, osteoporose e câncer de
mama. Apesar disso, 40% das brasileiras, com idade entre e 50 a 69 anos, não
realizam mamografia anualmente, segundo o último levantamento do IBGE.
Para a médica
radiologista da UDDO Diagnósticos Médicos, Silvana Habib, o medo de sentir dor
durante a mamografia e a crença em mitos sobre o perigo da radiação emitida
pelo mamógrafo ainda estão entre os motivos que impedem parte das mulheres de
se submeter ao exame. Para auxiliar quem ainda teme algum procedimento ou tem
dúvidas sobre quais devem ser realizados em cada etapa da vida, a doutora
destaca seis informações fundamentais.
1- A mamografia não
favorece o desenvolvimento de câncer na tireoide.
“Muitas mulheres se
sentem inseguras com a radiação emitida no exame, mas a quantidade utilizada é
mínima e não oferece riscos. Também é importante saber que a compressão da mama
no momento do exame causa um desconforto suportável, e no caso da mamografia
digital, que é a utilizada na UDDO, o tempo de realização é menor, pois a
imagem da mama é imediatamente identificada no monitor”, explica a médica. Ela
lembra ainda que o exame deve ser realizado anualmente por mulheres com idade
acima dos 40 anos, e, quando há casos da doença na família, dez anos antes da
idade em que a parente descobriu a doença.
2- Mulheres que não
iniciaram a vida sexual também podem realizar exames de imagem com foco no
aparelho reprodutor.
Assim como a
ultrassonografia transvaginal, o exame via abdominal verifica alterações no
tamanho do útero e ovários, espessura do endométrio e presença de nódulos que
podem indicar mioma. “A ultrassonografia abdominal é uma alternativa para
mulheres não se sentem à vontade com a verificação via vaginal, mas precisam
investigar algum sintoma suspeito envolvendo o aparelho reprodutor”, lembra
Silvana.
3- A ultrassonografia
transvaginal pode ser realizada no período da menstruação.
“Como se trata de um
exame que verifica questões anatômicas, a presença do sangue não altera o
resultado, no entanto, a bexiga deve estar vazia na hora do procedimento.
Apesar de ser considerado um exame invasivo, a ultrassonografia transvaginal
não causa dor e o gel utilizado no aparelho não provoca reação alérgica.
Trata-se se um exame rápido e que deve ser realizado anualmente”, orienta a
especialista.
4- A densitometria óssea
deve fazer parte do check-up da mulher.
“Além de ser um exame
por excelência para o diagnóstico precoce da osteoporose – doença que atinge
principalmente a população feminina no período pós-menopausa –, a densitometria
óssea também é capaz de analisar a massa corporal da paciente, indicando o
percentual de gordura e massa magra, incluindo músculos, órgãos internos e
água. O exame, que faz parte da medicina nuclear e não é invasivo, também é
eficaz para identificar deficiência nutricional ou de massa óssea em
adolescentes e acompanhar o controle da obesidade em pacientes com diabete”,
destaca a doutora.
5- A ultrassonografia de
tireoide pode ser realizada em qualquer idade e não oferece riscos.
“Localizada na região do
pescoço e responsável pela produção de hormônios tireoidianos, a glândula
tireoide pode apresentar diversas alterações, tais como diminuição de tamanho
(hipotireoidismo) e crescimento anormal (hipertireoidismo), além do
aparecimento de nódulos, que podem ser detectados através da ultrassonografia
da tireoide. Geralmente o exame é indicado quando há alterações nos níveis dos
hormônios tireoidianos, mas também pode fazer parte dos exames radiológicos de
rotina”, esclarece a médica.
6- Mulheres que fazem
parte do grupo de risco para o desenvolvimento do câncer de mama devem iniciar
os exames preventivos mais cedo.
“Além dos fatores de
riscos relacionados ao estilo de vida, como obesidade, sedentarismo e
tabagismo, há características endócrinas e genéticas que também estão
relacionadas ao aumento do risco de desenvolver câncer de mama”. Entre elas, a
médica destaca a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos de
idade), a menopausa tardia (após os 54 anos), histórico da doença na família,
primeira gravidez após os 30 anos e nuliparidade (não ter tido filhos).
Mulheres com essas características devem redobrar a atenção.
Todos os exames citados
devem fazer parte do check-up anual da mulher e são realizados pela UDDO
Diagnósticos Médicos, grupo de clínicas focado em radiologia e medicina
nuclear, que atende cerca de 50 mil pessoas ao ano e possui quatro unidade na
cidade de São Paulo.
UDDO