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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Os benefícios da estratégia alimentar low carb no tratamento da gota

Doença inflamatória na articulação está associada à síndrome metabólica, condição que é combatida de maneira eficaz com a restrição do consumo de carboidratos

 

De acordo com análise publicada na revista científica “Arthritis & Rheumatology”, os casos de gota tiveram um aumento alarmante nas últimas três décadas em todo mundo. O estudo publicado em 2020 mostra que, entre 1990 e 2017, o número de pessoas que sofrem com a doença aumentou 5,5%, chegando a 41 milhões. A gota é uma doença inflamatória aguda e dolorosa, que ocorre frequentemente em uma articulação de cada vez apenas, sendo o dedão do pé um dos locais mais afetados. 

O médico e diretor-presidente da Associação Brasileira Low Carb (ABLC), José Carlos Souto, destaca os benefícios da estratégia alimentar low carb no tratamento da gota, especialmente pela reversão da síndrome metabólica. Além disso, um estudo apresentado em um congresso da American College of Rheumatology mostrou que 74 pacientes com sobrepeso ou obesos que foram submetidos durante seis meses à dieta Atkins (com alta quantidade de proteína e com pouco carboidrato) apresentaram diminuição dos níveis de ácido úrico, substância que é fator de risco e condição necessária para o aparecimento da gota.

Para entender como a estratégia low carb pode auxiliar no tratamento da gota, é preciso compreender os diversos fatores envolvidos no seu surgimento. O ácido úrico está intrinsecamente relacionado com a gota. Como explica Souto, a doença inflamatória ocorre quando há uma precipitação de cristais de ácido úrico dentro da articulação. "Por esse motivo as pessoas com gota quase sempre tem ácido úrico elevado", afirma. 

O ácido úrico, por sua vez, é um subproduto do metabolismo das purinas, compostos cuja origem são bases nitrogenadas presentes no DNA de seres humanos, animais e vegetais. O diretor-presidente da ABLC explica que por estarem presentes em grande quantidade nos alimentos que nós consumimos tradicionalmente (como carnes e frutos do mar) tem-se empregado uma dieta pobre em purinas a pacientes que tenham gota ou ácido úrico elevado. 

Contudo, conforme Souto, os ensaios clínicos randomizados já realizados sobre esse tipo de dieta indicam sua ineficácia clínica no combate à gota. " Isso acontece porque já foi demostrado que na atualidade que cerca de 80% do ácido úrico que os seres humanos produzem resulta de purinas endógenas (produzidas pelo próprio corpo) e não de purinas oriundas da alimentação", esclarece. 

Além disso, uma dieta pobre em purina, ou seja, que restrinja carnes e frutos do mar, acaba sendo uma estratégia alimentar rica em alimentos refinados, como carboidratos, que são metabolizados em glicose (açúcar) no organismo. A situação se complica, conforme o diretor-presidente da ABLC, quando é sabido, de acordo com estudos, que o consumo de açúcar produz elevações agudas nos níveis de ácido úrico. Assim, uma dieta pobre em proteínas não é apenas ineficaz no tratamento da gota, como pode favorecer o seu aparecimento. 

Souto afirma que a relação entre o açúcar e o ácido úrico é explicada pela maneira como a frutose (que corresponde a 50% da molécula de açúcar) é metabolizada no fígado. "São necessárias grandes quantidades de ATP para metabolizá-la e adenosina, presente no ATP, é uma purina, contribuindo para o aumento agudo dos níveis de ácido úrico no sangue", diz. 

Deve-se ressaltar que, apesar de estar associada à gota, o ácido úrico não é a única causa da doença inflamatória. Aliás, conforme o diretor-presidente da ABLC, apenas 10% das pessoas com ácido úrico elevado desenvolverão gota. "Não se sabe porque isso acontece, mas há indícios de que pessoas que têm inflamação crônica apresentam uma tendência a desenvolver doenças de natureza inflamatórias, ficando mais suscetíveis a apresentar gota quando têm o ácido úrico elevado", explica. 

Levando-se em conta que o quadro de inflamação crônica do organismo, decorrente do acúmulo de gordura visceral, é característico da síndrome metabólica, pode-se afirmar que essa condição favorece o desenvolvimento da gota em pessoas que tem propensão genética a apresentar o ácido úrico elevado. De acordo com Souto, a síndrome metabólica relaciona-se com a gota também pela capacidade de aumentar a quantidade de ácido úrico no organismo. "Quem sofre de síndrome metabólica costuma apresentar insulina elevada. Este hormônio atua sobre os rins diminuindo a excreção do ácido úrico, aumentando seus níveis no sangue", conta. 

Um dos fatores responsáveis pelo aumento de gordura visceral, que vai gerar a obesidade, responsável pela inflamação crônica e a síndrome metabólica, é o excesso de glicose (açúcar) no sangue. Dessa maneira, segundo o diretor-presidente da ABLC, o açúcar contribui dobrado para o surgimento da gota: além de favorecer a produção de ácido úrico pela forma como a frutose é metabolizada no sangue, é responsável pelo acúmulo de gordura visceral que leva à síndrome metabólica. 

Depreende-se daí a importância da dieta low carb no auxílio ao tratamento da gota. Mesmo sendo uma prática alimentar na qual as proteínas estão até mais presentes, ela favorece a melhora da síndrome metabólica e da resistência à insulina por meio do emagrecimento. "Assim, com o passar do tempo, os níveis de ácido úrico tendem a se reduzir e a gota tende a desaparecer", afirma Souto, ressaltando que há indivíduos que tem níveis geneticamente elevados. “Para estas pessoas, caso apresentem crises repetidas de gosta, o tratamento farmacológico medicamentoso se fará necessário em muitas ocasiões”, conclui.


Olimpíada expõe desafio de atletas pós-covid

Recuperar a forma física pode ser um dos momentos mais complicados para o esportista
Créditos: Envato


Falta de ar, cansaço excessivo e dores no corpo são algumas das dificuldades físicas que podem permanecer após o vírus


A pandemia comprometeu a rotina dos atletas que treinavam para a Olimpíada de Tóquio, impôs treinos a distância, além de ter provocado o cancelamento da competição em 2020. Mas a dificuldade é ainda maior para quem contraiu o coronavírus. Brenno Oliveira Fraga Costa, goleiro da seleção brasileira de futebol, e Maique Tavares, pivô do time de basquete, são exemplos de atletas que tiveram covid-19 e sofreram com as sequelas da doença. Falta de ar, cansaço e dores no corpo foram alguns dos problemas relatados, o que complicou a volta aos treinos.

“Os pacientes apresentam baixa reserva funcional porque, durante a fase inflamatória, o organismo consome muito oxigênio e, pela demanda estar extremamente aumentada, o músculo trabalha em excesso. O que acaba gerando mecanismos de compensações para suprir essa necessidade, fazendo evoluir o processo de fadiga muscular”, explica a fisioterapeuta do Hospital Marcelino Champagnat, Flávia Makoski. 

Além dos sintomas persistentes, com uma doença imprevisível como a covid-19, os atletas também estão suscetíveis a complicações que podem levar a quadros mais graves, como inflamação no coração, chamada de miocardite - quando envolve o músculo cardíaco -, ou pericardite - quando acomete a sua membrana externa. Isso, embora seja raro, pode acometer atletas jovens, levando à dor no peito, palpitações, falta de ar e perda importante da capacidade física. “Em indivíduos mais velhos, que desenvolvem quadros mais graves, ou caso o atleta já tenha a artéria do coração comprometida, pode ocorrer a trombose e até causar o infarto”, explica o especialista em medicina do esporte, Pedro Murara.


Retorno gradual

Após passar um período isolado por conta da contaminação pelo vírus, recuperar a forma física pode ser um dos momentos mais complicados para o esportista. “O comprometimento e o tempo de retorno dependem do grau de complexidade que o atleta desenvolveu durante a fase de sintomas. Observamos que a evolução varia muito, já que alguns conseguem retornar em poucos dias e outros levam meses”, comenta a fisioterapeuta. 

O recomendável é que o atleta fique pelo menos sete dias assintomático antes de retomar os treinos. É importante respeitar a volta gradual. “No primeiro momento, os exercícios permitidos são muito leves, e depois a intensidade, duração e complexidade vão aumentando de maneira gradual, conforme tolerância do atleta. E sempre observando se permanece sem sintomas que levantem qualquer suspeita de complicações”, orienta o médico. 

Apesar da ansiedade para voltar à ativa, é preciso cuidado com a reintrodução das atividades, observando e respeitando os limites do corpo para responder melhor aos estímulos, já que a gravidade da covid-19 também pode interferir no retorno à prática esportiva. “Todo período de recuperação deve ser acompanhado por um médico, pois assim ele consegue observar o processo de evolução do paciente, e solicitar os exames importantes para descartar outras complicações mais graves”, finaliza Murara.

 

A telemedicina conseguirá sobreviver no Brasil?

Foto: Adrian Clark / CC BY-ND 2.0
Se a pandemia do novo coronavírus acelerou o desenvolvimento de ferramentas que otimizaram o atendimento médico à distância no Brasil, o momento atual é de maturação deste mercado. Considerando o hype cycle iniciado por aqui ao longo de 2020, o período é de consolidação de práticas e de conhecimento. 

A gente entende que o Brasil está mais lento neste processo. No mundo, a telemedicina está em um platô de produtividade. Aqui, só com o gatilho da pandemia, as leis brasileiras passaram a liberar a teleconsulta. Isso gerou um pico de expectativas por parte das operadoras de saúde, das empresas de software quanto e dos próprios pacientes com a demanda reprimida”, contextualiza Marcos Sonagli, diretor médico da startup Amplimed

Neste período inicial, segundo o especialista, predominava a ideia de que a telemedicina seria solução “para tudo”, o que estimulou a multiplicação dos players atuantes no setor.  De lá para cá, boa parte das noções já se transformaram e expectativas como a da redução de custos a partir da telemedicina já ganham contornos mais realistas. E sabe-se que nem todo mundo desejará seguir sendo atendido via teleconsulta.  

As próprias operadoras de saúde sofreram fraudes: pacientes que assinam o plano de teleconsulta e põem outra pessoa para ser atendida, por exemplo'', diz Sonagli. Furos assim passaram a ameaçar não só a receita das empresas, mas também a renda dos médicos, causando a suspensão de atendimentos por falta de pagamento. Além disso, os empecilhos burocráticos e as grandes complexidades características do mercado de healthcare no País devem apresentar desafios redobrados na nova fase da telemedicina brasileira.  

Se, por um lado, após o boom inicial, algumas decepções vieram à tona; por outro, o aprendizado acumulado pelo setor já gerou saberes sólidos que vem sendo reorientados a fim de garantir vida longa ao atendimento médico à distância. “Aí entram serviços específicos como telerradiologia, telepatologia, retornos e consultas de baixa complexidade”, observa o diretor médico. 

No tão aguardado período pós-pandemia, a telemedicina brasileira sofrerá novos ajustes e adaptações. “Se, após a pandemia, vier uma lei proibindo a teleconsulta, a telemedicina pode morrer precocemente. Acredito que isso não acontecerá e que virão novas necessidades como o surgimento de especialistas virtuais: médicos que precisarão ter capacidade de transmissão de conhecimento, gerar empatia e ter uma performance técnica para um novo modelo de reconhecimento de casos, sem o exame físico”, conclui Sonagli.

 


Amplimed (plataforma de gestão médica com ferramenta de telemedicina integrada) 
www.amplimed.com.br


O papel do médico de família na medicina moderna

“Dr., marquei consultas com clínico geral, cardiologista, endocrinologista e ginecologista para fazer um ‘check-up’ completo e saber como está minha saúde geral.”


Muitas vezes, somos procurados pelos pacientes com essa demanda, sendo um dos motivos mais frequentes em consultas no centro médico. O sentimento expresso na fala acima pode ser o ponto de partida para explicarmos de que forma um médico de família pode ajudar seus pacientes a cultivarem e manterem a saúde ao longo de todas as fases da vida.

Nesse aspecto, quantos destes possíveis problemas podem ser corretamente diagnosticados e tratados através de uma consulta convencional de “check-up”?

Quando me refiro à consulta convencional, faço referência àquela avaliação objetiva no consultório médico, com duração média de 15 a 20 minutos, composta de entrevista clínica sucinta, exame físico e alguns pedidos de exames complementares, como dosagem de colesterol, glicemia, teste ergométrico, endoscopia e demais exames frequentemente realizados hoje em dia.

As queixas mais comuns que levam uma pessoa a procurar um médico, como, por exemplo, fadiga, dor de cabeça, insônia, ansiedade, dores musculares e articulares, perda de apetite, dor abdominal, alterações intestinais e tantas outras, podem ter diversas causas.

Um mesmo quadro de diarreia e dor de cabeça, por exemplo, pode ter causas muito diferentes, como apenas o estresse desencadeado por um problema familiar, ou excesso de trabalho em home office, até mesmo o câncer ou complexas doenças autoimunes. E, na maioria das vezes, o correto esclarecimento dessas condições, ou do risco efetivo de uma pessoa adoecer, não poderá ser realizado por meio de uma bateria de exames, até mesmo pelos mais completos.

Isso nos leva a algumas questões importantes. Quais os riscos de se ampliar as baterias de testes para exames mais específicos e numerosos, expondo os pacientes à radiação das tomografias, à sedação dos exames endoscópicos ou ao trauma tecidual das biópsias?

E quanto às limitações de interpretação destes exames que, por muitas vezes são inconclusivos e levam a solicitação de mais exames? Sem mencionar os custos deste modelo de abordagem, que torna o acesso à saúde um desafio, mesmo aos grupos de maior poder aquisitivo.

Ainda, em tempos de pandemia da Covid-19, todos os cuidados neste sentido são redobrados, uma vez que os pacientes deixaram, por um longo período, de fazer os acompanhamentos necessários. Nesse aspecto, torna-se fundamental garantir a segurança do paciente.

Então, como ir além do check-up? Qual subespecialidade consultar? Quais exames mais específicos solicitar? Hoje, entendemos que tanto o adoecimento quanto a recuperação e a manutenção da saúde dependem de uma delicada e complexa relação entre a bagagem genética do indivíduo, sua história de vida, seus hábitos atuais e o ambiente onde vive.

Ou seja, para tomar as melhores decisões e ter os melhores resultados é preciso ir além e conhecer a pessoa, o ser humano por trás do paciente (em toda a sua complexidade). E esta não é uma tarefa simples. Não pode ser realizada em uma única consulta e requer muito conhecimento, treino e experiência. É justamente neste ponto que entra o médico de família.

A Medicina de Família é a única especialidade médica que se propõe a entender amplamente e cuidar do paciente em todas as fases da vida, considerando o ambiente familiar e todos os demais contextos sociais, culturais e ambientais que impactam a saúde. Atua desde o planejamento familiar e a vida intrauterina, passando pela infância, o início da vida adulta, auxiliando no envelhecimento saudável e, até mesmo, com os cuidados na finitude da vida.

Para se tornar médico de família, após concluir a graduação, o médico necessita completar de 2 a 3 anos de residência, passando por treinamento em diversas áreas médicas e em todas as modalidades de assistência: ambulatorial, domiciliar e hospitalar.

Esse especialista é treinado para oferecer ao seu paciente os cuidados básicos para a prevenção e tratamento das principais condições de saúde relacionadas a todos os órgãos e sistemas do corpo, como, por exemplo, prevenção e tratamento inicial das principais doenças cardiovasculares, do diabetes, de doenças neurológicas como cefaleia e acidente vascular cerebral, condições relacionadas à saúde mental como ansiedade e depressão, além de cuidados básicos com o desenvolvimento da criança, do adolescente, com a saúde da mulher e a promoção do envelhecimento saudável.

Vale frisar que a proposta não é substituir a atuação de outros especialistas que cuidam do paciente, e sim agregar ao cuidado uma compreensão global da saúde que vai além do escopo de uma doença ou de um órgão específico, ajudando a coordenar o cuidado, facilitando e otimizando a atuação dos diversos especialistas, preenchendo eventuais lacunas que não tenham sido abordadas e ajudando a conciliar tratamentos e estratégias traçadas por outros médicos.

Mais do que investigar o que acontece com o organismo do paciente no momento da avaliação, o médico de família segue seu paciente ao longo de todas as fases de sua vida, construindo uma relação sólida e um entendimento sobre a totalidade daquela pessoa que vai se aprofundando com o tempo. Assim, permite definir, com cada vez mais clareza, o que realmente importa para sua saúde, ajudando seu paciente a fazer as melhores escolhas, de um modo que nenhum exame complementar ou recurso tecnológico jamais poderá fazer.




Dr. Ricardo Zanardi - médico especialista em Medicina de Família e Clínica Médica na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


Home office: confira dicas para manter a postura correta e evitar problemas no futuro

Freeletics
Especialista da Freeletics mostra como a postura errada pode trazer consequências por toda a vida

 


 

Com a popularização do home office no último ano, um fator que deve ser foco de atenção dos profissionais são as longas horas passadas em uma cadeira. Ao longo do dia, muitas pessoas podem ficar mais de oito horas sentadas. Isso significa que há pouco ou nenhum tempo para intervalos de alongamento.

 

Segundo o Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida, e o time de eSports Fnatic, que acabam de firmar uma parceria com o objetivo de melhorar a performance de jogadores por meio de treinos de condicionamento físico e mental, muitas pessoas ainda lutam para integrar intervalos regulares e movimento em seu dia de trabalho. “Sem mencionar a linha tênue entre trabalho e vida pessoal e o tempo cada vez maior na frente das telas”, destaca Brad Bowie, diretor de condicionamento físico do Fnatic. 

 

Para o especialista, é preciso estar sempre atento à postura e aos hábitos ao longo do expediente em casa. “A maneira como uma pessoa se senta é muito importante, e pode influenciar em consequências por toda a vida”, completa. 


 

O que acontece com o corpo quando uma pessoa fica sentada por mais de cinco horas seguidas?

 

Evolutivamente, nossos corpos seguiram o “caminho de menor resistência” — o ato de obter efeitos máximos de nossas ações enquanto despende a menor quantidade de energia. “Quando nos sentamos em uma única posição por mais de cinco horas seguidas, nosso corpo vai encontrar a maneira mais fácil de mantê-lo ali, gastando o mínimo de energia ao fazê-lo”, explica Bowie.

 

Isso significa que o corpo se estabelecerá em uma posição que começará a encurtar certos músculos e, por consequência, alongar outros. “Quando a pessoa finalmente se levantar, esses músculos permanecerão nessa posição, dificultando para alternar entre sentar, ficar em pé, andar, esticar o braço, dobrar-se — todas as posições que o corpo deve assumir”, destaca. 

 

A curto prazo, isso pode gerar algum desconforto durante a transição por meio das posturas. A longo prazo, no entanto, isso pode levar a dores consistentes, desequilíbrios posturais ou lesões.


 

Lidando com os riscos de problemas posturais

 

“Cada pessoa é diferente porque nem todos se sentam da mesma maneira ou passam pelos mesmos fatores estressantes enquanto estão sentados. Alguns profissionais trabalham com os braços bem abertos e abaixados na mesa, enquanto outros podem ter apenas uma perna tocando o chão e a outra dobrada até o peito ou sob o outro joelho”, explica Bowie. “Cada postura apresenta diferentes fatores de estresse no corpo. Na posição sentada, os músculos posturais disparam para manter os quadris retos, o tronco ereto e a cabeça voltada para a frente”, pontua. 

 

Segundo o especialista, assim que esses músculos começarem a se cansar, o corpo encontrará uma posição em que esses músculos possam descansar e se tornar mais eficientes para continuar com a tarefa — nesse caso, permanecer sentado.

 

Esta posição é conhecida como “Síndrome Cruzada Superior” e é caracterizada pela parte superior do corpo sendo arredondada para a frente e o pescoço estendido para compensar o movimento.


 

Como vencer a Síndrome Cruzada Superior?

 

Bowie recomenda: fazer pausas. “É a chave para entender que pausas regulares de postura são necessárias para desfrutar de atividades por longos períodos”, alerta. 

 

Além disso, o especialista também indica investir tempo em exercícios corretivos. “Eles devem ser uma combinação entre fortalecer os músculos que se alongaram (músculos da parte superior das costas e da frente do pescoço) e mobilizar os músculos que encurtaram (peitoral, deltoide anterior, ‘lats’, bíceps e cervical extensores)”, completa. 


 

O que fazer se é preciso trabalhar sentado o dia todo?

 

Segundo Bowie, o organismo se desenvolve quando é movido por várias posturas por dia. “Para qualquer pessoa que tenha um trabalho típico das 9h às 18h, eu recomendaria trabalhar em intervalos de micro e macro posturas ao longo do dia”, alerta.

 

Uma quebra de micro-postura é aquela em que se pode fazer movendo os membros e extremidades para aumentar o fluxo sanguíneo.”Pode ser qualquer coisa, desde sacudir as mãos ou esticar as pernas enquanto estiver sentado. Esses tipos de intervalos podem ser feitos a cada 10-20 minutos”, explica o especialista.

 

Uma quebra de macro-postura é caracterizada pela mudança completa da postura, e ajuda a quebrar o ciclo que o ato de sentar gera no corpo. “Esses tipos de intervalos são melhor utilizados a cada 30 minutos, na melhor das hipóteses, e ao menos a cada 60 minutos, na pior das hipóteses”, complementa.

 

Para Bowie. no geral, as pessoas devem mudar sua mentalidade em relação ao ato de trabalhar sentado. “Como sentar é fácil e é tanto uma postura de trabalho quanto uma de descanso, seus efeitos nocivos podem surgir sorrateiramente”, pontua. “Muitas vezes não percebemos que é um problema até que seja tarde e gere uma lesão ou dor consistente. Ouça o seu corpo ao longo do dia e tente mover-se o máximo possível”, finaliza.

 



 

Fnatic

Fnatic.com

 

 

Freeletics

 www.freeletics.com


Brasil teve 2,6 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre, aponta Mapa da Fraude da ClearSale

Estudo faz o mapeamento completo do cenário de ataques virtuais ao consumidor digital de janeiro a junho


Na linha do aumento na digitalização no hábito de consumo dos brasileiros, os segmentos de e-commerce, vendas diretas, telecomunicações e mercado financeiro sofreram mais tentativas de fraudes no primeiro semestre de 2021. Foram, nos seis primeiros meses do ano, 2,6 milhões de transações potencialmente fraudulentas, segundo aponta o Mapa da Fraude divulgado nesta quarta-feira (21) pela ClearSale, referência em soluções antifraudes.

Para traçar este mapeamento completo deste panorama, a empresa analisou mais de mais de 182 milhões transações, considerando apenas pagamentos via cartão de crédito.

Em reais, foram R$ 2,6 bilhões em fraudes tentadas no primeiro semestre, sendo a maior parte delas no comércio virtual, onde os fraudadores atuaram com força depois que a maior parte das pessoas entrou em isolamento social em 2020 e passou a fazer mais compras pela internet.

A categoria de produto mais fraudado segue sendo a dos celulares, respondendo por 5,1% das tentativas de fraude, seguido por produtos eletrônicos (4,9%) e games (4,2%).

“O aparelho celular tem valor líquido muito grande no mercado secundário, podendo ser facilmente revendido para gerar lucro rápido. Por isso ele costuma liderar a lista de produtos com mais tentativas de fraude”, explica o diretor de marketing e soluções da ClearSale, Omar Jarouche.


Regiões

A região Norte, assim como em todo ano passado, segue com o maior índice de tentativas de fraude sobre a quantidade total de transações: no primeiro semestre, 4,3% dos pedidos na região foram alvo de ataques. Na sequência, aparecem Centro-Oeste com 2,4% e Nordeste com 2,3% e, por fim, Sudeste e Sul completam com 1,9% e 0,9%, respectivamente.


Outros mercados

A expertise da ClearSale também possibilita enxergar o cenário de fraudes na análise de transações em setores como mercado financeiro, telecom e vendas direta.

No mercado financeiro, isto é, nas transações relativas a bancos, financeiras, fintechs e administradoras de cartões de crédito, foram analisadas quase de 21 milhões de propostas e as tentativas de fraude chegaram a 667 mil. Ou seja, 3,2% de todas as transações nesse setor foram golpes tentados em processos como abertura de contas, emissão de cartões, empréstimo pessoal e CDC por meios digitais.

O setor de telecomunicações também foi analisado. Nele, a ClearSale revisou mais de 8,5 milhões de propostas e contratos no primeiro semestre e verificou 463 mil tentativas de fraudes, ou seja, 5,4% do total. Entre os golpes nessa área, destacam-se o uso indevido de dados, desvio de equipamentos, venda indevida de produtos ou serviços, redução indevida de fatura e upsell de serviços não contratados, entre outros.

Por fim, quando o assunto são vendas diretas, ou vendas porta a porta, foi possível analisar 1,5 milhões de transações e atestar 31 mil tentativas de fraudes, ou seja, 2,1% dos pedidos. Nesse segmento, os principais tipos de fraude são cadastro indevido de novos consultores, realização de pedidos falsos e uso indevido de dados de terceiros.


Dicas úteis de segurança

Links estranhos

Desconfie e ensine seu cliente a desconfiar de qualquer link de origem desconhecida.


Cuidado com as senhas

Use senhas fortes, nada de senhas óbvias.


Promoções e phishing

O phishing nada mais é do que o meio que os fraudadores mais utilizam para roubar senhas e dados de contas. Para realizá-lo, fraudadores costumam forjar links para oferecer produtos e serviços a preços muito baixos. A dica: se realmente preciso do ítem no link em questão, vá até a página da loja e compre por lá. Isso evita que você caia em páginas falsas, pague pelo produto e nunca receba.

"O consumidor está mais esperto, mas o fraudador também se sofisticou mais. Por isso é preciso redobrar a atenção", afirma Omar Jarouche.

 


ClearSale


Você realmente precisa ‘ter’ um carro?

 

Mudança de comportamento. Esse deve ser um dos maiores legados da pandemia. Foram muitas as adaptações pelas quais precisamos passar. Mudamos o jeito de comprar, de vender, de pagar, de trabalhar, de estudar, de receber atendimento médico e até de nos relacionar com amigos e familiares.

 

Com a restrição de circulação, o trabalho remoto e a possibilidade de um futuro completamente diferente da realidade que vivíamos até pouco tempo, estamos repensando uma série de condutas, costumes e até de custos.

 

A necessidade de ter um carro, por exemplo, vem perdendo o nível de prioridade para uma parcela da população. As pessoas aprenderam a solucionar muitas das atividades cotidianas de maneiras diferentes. Se antes a ida ao supermercado para fazer as compras do mês dependia da disponibilidade do carro, agora elas são entregues pelo app preferido pelo consumidor.

 

As pessoas estão passando por uma mudança de mindset. Começa a ser notado um movimento de valorização do uso e não da posse de determinados itens. Se antigamente ter um carro era sinônimo de poder, agora o conceito é outro. O automóvel se tornou um facilitador das atividades cotidianas, mas não é preciso tê-lo, apenas utilizá-lo.

 

Junto com esse conceito, também é possível notar na sociedade o enaltecimento da possibilidade de usufruir de um pacote de serviços e de benefícios que venham junto com o veículo. Não por acaso, uma saída que vem atraindo a atenção de quem já abriu os olhos para essa mudança de hábitos são os serviços de assinatura.

 

No caso dos veículos, há serviços que oferecem não só a escolha da marca e do modelo, como a personalização dos acessórios e outros itens. Alguns, inclusive, adicionam entre as alternativas de customização, a possibilidade de blindagem do automóvel.

 

A empresa também fica responsável por realizar a melhor negociação, cuida de burocracias – como emplacamento, documentação, pagamento de impostos e multas, assim como da realização de manutenções e reparos. Tudo que o cliente tem a fazer é, simplesmente, abastecer o veículo para circular pela cidade. Os valores que seriam empregados na compra, manutenção, segurança e outras necessidades com o veículo podem ser investidos pelo cliente, resultando em rendimentos interessantes em vez de ficar imobilizado em um suposto bem, que só desvaloriza com o passar dos anos.

 

Você realmente precisa ‘ter’ um carro?

 


Marcel Ribeiro - gestor do Drive Select, marca que oferece carros premium por assinatura a pessoas físicas e profissionais liberais – www.driveselect.com.br

 

Viajar ganha novo significado no pós-pandemia

“Viajar! Perder países! / Ser outro constantemente, / Por a alma não ter raízes / De viver de ver somente!”, bradava Fernando Pessoa em um de seus poemas mais conhecidos, escrito em 1933. Quase cem anos mais tarde, os versos do poeta se renovam em um espírito aventureiro que parece ser compartilhado por tantos de nós, depois de tantos meses impossibilitados de ver muito além dos metros quadrados de nossas próprias casas e apartamentos.

Uma série de estudos feitos em todo o mundo têm demonstrado que, conforme a vacinação avança, as pessoas começam a olhar novamente para além de suas esquinas. Isso se traduz em uma nova onda de buscas por passagens, hospedagens e passeios. Mas se engana quem pensa que tudo será como antes, porque as viagens pós-pandemia devem servir a propósitos muito mais profundos e duradouros que simplesmente “perder países”. Pesquisas nos Estados Unidos revelaram que ficar perto da família é a prioridade para a maioria dos entrevistados: 32% mencionam esse tipo de viagem como o mais importante.

Os efeitos de mais de um ano de conexões majoritariamente virtuais serão os propulsores de viagens à procura do afeto e do acolhimento humanos. Durante esse tempo, fomos capazes de compreender a importância da socialização para nossa saúde mental. Agora, prestes a ficarmos livres do necessário distanciamento social, procuraremos experiências que nos permitam fortalecer laços com aqueles que amamos.

Enquanto o Google registrou 131% de aumento nas buscas por viagens solitárias entre 2016 e 2019, neste momento, a tendência é outra. Estar perto, compartilhar risadas, paisagens e refeições, aproveitar a companhia de amigos e familiares podem parecer objetivos singelos, mas adquiriram um imenso significado para quem tem sentido o impacto da solidão na rotina do dia a dia, antes tão cheia de rostos e vozes.

Sentir-se só é um fardo ainda mais pesado para um povo como o brasileiro, acostumado aos apertos de mãos, beijos no rosto e abraços espontâneos. E essa não é uma observação empírica ou hipotética, mas uma estatística devidamente mensurada. O Instituto Ipsos ouviu mais de 23 mil pessoas em 28 países e descobriu que, no Brasil, metade das pessoas afirmam ter sentido solidão “muitas vezes”, “frequentemente” ou “sempre” ao longo da pandemia.

A procura por novas experiências que permitam esticar as pernas e expandir a mente - de preferência acompanhado - é, então, uma fagulha de esperança para muitos. Há, atualmente, uma atmosfera que é, ao mesmo tempo, de suspensão e expectativa. Mesmo com a vacinação a passos lentos no país, a demanda por viagens já começa a apresentar tendência de alta, até mesmo no Google Trends. O mesmo aconteceu no fim de 2020, quando o número de casos estava mais baixo e a Covid-19 parecia dar uma trégua, o que gerou um pico de pesquisas pelo termo “pacote de viagem”. Isso significa que estamos só aguardando condições seguras para nos lançarmos a jornadas de descobertas e coletividade.

Com o fim da pandemia, nossa necessidade de convivência pode nos levar por agradáveis caminhos rumo à reconexão com o próximo. Excursões em grupo, por exemplo, podem estar no horizonte de muitos de nós como uma forma de dividir essa maravilhosa sensação de estarmos novamente no mundo. Tomaremos pelas mãos quem nos é caro e os levaremos para ver e experimentar tudo aquilo de que fomos privados pelo vírus. Fomos todos transformados pelo trauma e pelos inúmeros sacrifícios que precisaram ser feitos em 2020 e 2021.

Não há como descolar nosso futuro dessas vivências que foram, em maior ou menor grau, dolorosas para todos. São justamente elas, portanto, que nos levarão a um novo estágio do nosso aprendizado enquanto seres sociais e ávidos por explorar novas fronteiras físicas e metafóricas. Vacina no braço, será hora de, descobrindo novos destinos e possibilidades, lado a lado com quem nos fez tanta falta durante esses tempos, reencontrarmos aqueles que somos de verdade.

 


Adonai Aires de Arruda Filho - diretor da Serra Verde Express, da BWT Operadora, da pousada Caraguatá, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais (Abottc) e também diretor do Curitiba Região e Litoral Convention & Visitors Bureau (CCVB), entidade que presidiu por dois mandatos

 

Como garantir migração segura para a nuvem


A migração para nuvem é inevitável, em maior ou menor escala. Com todos os benefícios - escalabilidade, flexibilidade, disponibilidade, atualização, novos recursos disponíveis no momento da disponibilização entre muitos outros – intrínsecos nessa mudança, as empresas serão mais competitivas, o que acarreta uma melhora significativa na satisfação de seus clientes.

Porém, mesmo com todas as provas da eficiência de ambientes cloud, ainda vemos, com uma certa frequência, a preocupação das empresas em relação à segurança de migrar suas operações. Isso talvez seja reflexo de uma confusão nos conceitos e no que seria uma solução verdadeiramente em nuvem.

Existem muitos provedores que fazem “hosting” de aplicações concebidas para uso on-premise e vendem o serviço como solução em nuvem. Esse cenário realmente não é o ideal, uma vez que essas plataformas/aplicações não foram pensadas para os desafios de um ambiente totalmente cloud, o que resulta em brechas de segurança. É importante entender que este tipo de solução não pode ser considerada nuvem.

Por outro lado, temos soluções que foram pensadas, desde sua concepção, para serem apoiadas em ambiente cloud e utilizam recursos e microsserviços compatíveis. Elas possuem em seu código nativo todos os mecanismos de segurança, o que praticamente elimina os riscos associados a vazamento de dados.

Poucas - ou nenhuma - medidas de segurança de soluções nativas em nuvem estão presentes em ambientes hosted. É importante entender se o provedor trabalha com soluções nativas ou se está criando “instâncias” dedicadas e “hosteadas” em data centers remotos. A segunda opção realmente pode trazer riscos de segurança, já que não conta com todas as camadas de segurança necessárias. Acrescentar todas as medidas corretas em um ambiente hosted, dedicado para uma empresa, tornaria o serviço economicamente inviável.

Ao optar por uma solução cloud, devemos observar se os seguintes pontos estão bem formatados (e, consequentemente, seguros):

  • Physical Security
  • Servidores e Storage
  • Rede e Segurança
  • Gerenciamento
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  • Aplicações

Além disso, deve-se solicitar aos provedores a apresentação de todos os resultados dos testes realizados, tais como Varredura de Rede trimestrais (Qualys / Tenable) e Penetration Tests anuais. Com base nessas evidências, é possível tomar uma decisão mais segura, minimizando os riscos associados à segurança.

Muitas companhias ainda questionam a segurança de migrar para a nuvem no Brasil. Mas estamos bem! Vejo no país a presença dos maiores players de cloud do mundo. Além disso, instituições (mercado financeiro, por exemplo) que tradicionalmente não permitiam que dados fossem armazenados fora do Brasil revisaram seu entendimento e agora possuem acordos com outros países e aprovam esta prática.

Isso demonstra que soluções nativas em nuvem são seguras, independentemente da localização.

As soluções em nuvem se tornarão cada dia mais presentes. Atualmente, a infraestrutura é um custo associado ao negócio e exige das empresas áreas dedicadas ao suporte desse ambiente. O uso de soluções em nuvem permite o foco no negócio e nos clientes, e na otimização da força de trabalho. O caminho é inevitável, então devemos trilhá-lo da melhor maneira!



André Fernandes - diretor de Pré-vendas da NICE

 

Avanço da tecnologia transforma a relação do brasileiro com o dinheiro

Relatório da Kantar IBOPE Media mostra as principais mudanças no setor financeiro durante a pandemia

 

O mercado financeiro nacional vem se transformando nos últimos anos e a entrada de players digitais chacoalhou a forma de atender o cliente. A digitalização, no entanto, acelerou por conta da pandemia de covid-19. Diante das orientações de distanciamento social, serviços como cashback, PIX e QR Code se popularizaram e transformaram a forma como o brasileiro se relaciona com o dinheiro. 

É o que revela a edição de julho do Data Stories, conteúdo temático lançado mensalmente pela Kantar IBOPE Media. Batizado de “Smart Banking: a nova relação com o dinheiro e o saldo da inovação”, os principais insights do relatório destacam o novo comportamento do consumidor e os cuidados na hora de gastar dinheiro.

 

Novos comportamentos 

A pandemia de Covid-19 provocou uma crise em termos sanitários e econômicos. O cenário de incertezas fez com que o brasileiro passasse a poupar mais. De acordo com a Kantar IBOPE Media, hoje 81% das pessoas gastam dinheiro com mais cuidado do que o faziam antes da pandemia. Esse tipo de comportamento apresentou um crescimento de 32% em relação aos dados de cinco anos atrás. 

Outra mudança está relacionada à aplicação do dinheiro. As poupanças não são mais o principal meio de poupar dinheiro na cabeça dos investidores. Com a digitalização dos serviços bancários e o acesso facilitado a corretoras de investimento, cresceu a quantidade de pessoas que buscam alternativas e comparam as opções disponíveis no mercado. A quantidade de pessoas que declaram sempre procurar a melhor opção em serviços e aplicações cresceu 42% nos últimos cinco anos.

Esse hábito, inclusive, é mais visível entre a Geração Y (26-40 anos), uma vez que 60% das pessoas dentro dessa faixa etária estão preocupadas com suas aplicações. A Geração X (41-60 anos) e os Baby Boomers (60-75 anos) aparecem em seguida, com 56% e 49%, respectivamente. A Geração Z (18-25 anos), por sua vez, é a menos prevenida, com 48%. 

Ainda dentro deste contexto, é importante destacar que o dinheiro físico está sendo usado cada vez menos, com queda de 11% em 2020. Por outro lado, as carteiras virtuais apresentaram aumento: 4,4% dos internautas que fizeram algum pagamento, declararam ter realizado a ação por aplicativos, sendo a Geração Z a mais adepta, com 7% realizando ao menos uma compra dessa forma.

 

Outros fatores de impacto 

Nem só dinheiro movimenta o mercado financeiro. Antes de contratar um serviço, os brasileiros levam em consideração diferentes fatores. O principal deles é o atendimento prestado. Um contato mais próximo e eficiente é importante para 54% dos entrevistados pela Kantar IBOPE Media, tendo maior peso para a Geração Z (61%). 

A taxa de juros, por sua vez, ocupa a segunda posição. Um banco que pratica valores amigáveis é relevante para 42% dos brasileiros. Esse fator é observado, principalmente, pela Geração X (46%). 

Ainda há outros dois pontos que pesam na escolha ao fechar um negócio financeiro: a quantidade de serviços oferecidos pela internet (15%) e a recomendação de pessoas próximas (13%). Ambos são mais observados pela Geração Z, com 23% e 24%, respectivamente. 

Confira mais na edição de julho do Data Stories, disponível no site da Kantar IBOPE Media.

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Conheça os principais vistos de residência para Portugal

O número de brasileiros que buscam imigrar para Portugal é cada vez maior, mas para fazer essa mudança dentro da lei é preciso conhecer as formas de entrar no país que são regulares. Nesses casos são necessários vistos de residência, uma vez que o de estudo normalmente possui vigência de um ano.

O primeiro deles é o Visto D2, destinado àqueles que vão realizar alguma atividade profissional subordinada e também para empreendedores. Para abrir um negócio em Portugal é importante fazer um planejamento, além de ter uma conta bancária aberta no país, pois é a estrutura mínima solicitada por essa modalidade de visto. Quem opta por ele pode reagrupar os familiares, levando também cônjuge e filhos, tendo também a possibilidade de reagrupar pais e ou sogros.

O Gold Visa, ou ARI, para aqueles que desejam abrir uma empresa já com um investimento inicial, pode garantir, além da residência, a nacionalidade portuguesa, que precisa ser solicitada pelo aplicante. No entanto, é importante ressaltar que para conseguir esse visto é necessário injetar uma grande quantia em dinheiro e contratar um advogado e uma empresa imigratória para o planejamento documental e processual, tal qual o visto D2.

Outra modalidade é o D3, para profissionais da área docente, cultural ou altamente qualificados. Nesse caso, é importante ressaltar que os contratos desses profissionais devem ser de tempo superior a 9 meses, seja na área de ensino, magistério, cargos de destaque em grandes corporações ou como subordinado em empresas do país.

Apesar de algumas modalidades de visto de estudo possuírem duração máxima de um ano, existe também a possibilidade do D4 e D5, utilizados para fins de investigação, estágio, voluntariado e também para estudantes intercambistas de ensino secundário. Vale lembrar que ele é válido somente para as situações em que o ofício terá duração superior a um ano, é um dos mais solicitados pelos jovens que decidem estudar em Portugal.

O D6, um pouco mais burocrático, trata do reagrupamento familiar, para membros da família do titular de um visto. Eu, nesses quatro anos de pesquisa e conhecimento da Lei de Estrangeiros, não conheci ninguém que o tenha pedido ou obtido. De praxe, o titular do visto entra em Portugal com os membros da sua família, que serão reagrupados aqui. Os familiares entrar na categoria de turistas e assim, o protocolo tem sido nesses anos.

A última modalidade para residência em Portugal é o famoso e badalado visto D7, que eu mesma utilizei para migrar para Portugal. É destinado a aposentados, pensionistas e pessoas com renda passiva. Para os aposentados e pensionistas, o visto é aplicável independentemente da categoria civil, federal ou forças armadas.

A renda passiva pode ser utilizada por aqueles que tenham investimentos bancários, bens móveis ou imóveis que estejam alugados em nome do aplicante e declarados em imposto de renda. A geração da receita, ou seja, que não seja necessário trabalhar para o recebimento é considerada renda passiva. É importante ressaltar que pessoas com empresas e sócios no Brasil também são elegíveis no D7, porque eles não trabalham diretamente neste negócio.

Muitas pessoas não sabem, mas esse visto também pode ser utilizado por pessoas que realizam atividades religiosas. Aqueles que exercem ofícios religiosos podem solicitar a documentação diretamente com a instituição religiosa, que será a responsável e deverá prestar todo o suporte necessário para imigração.

Todas as informações sobre as modalidades de imigração para Portugal também podem ser encontradas no site da VSF Global, empresa responsável pela captação dos documentos no Brasil. E para finalizar, uma questão que eventualmente ocorre por aqueles que estão começando a pesquisar sobre imigração para Portugal, perguntam se há como pedir o visto estando em terras lusitanas e a resposta é não. O visto de residência, seja ele qual for deve ser solicitado no país onde o solicitante more legalmente, ou seja, se é brasileiro e mora em outro país que não seja Portugal, solicite naquele país. Nesse caso, poderá obter informações sobre vistos pelo site do MNE, portal diplomático do governo português.

 


Cristina Maya - YouTuber e criadora do Vamu Ver!, marca nacional registrada em Portugal pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o nº 616476. É formada em Letras, lecionou língua inglesa no Brasil. Estudou e morou nos EUA. Atualmente, promove postagens sobre dicas de viagens, além de tutoriais voltados para Portugal, país onde reside. Ela e seu companheiro, que possui dupla cidadania, chegaram a Portugal em fevereiro de 2018 com malas, cinco animais com visto de residência D7 e com muita esperança de dias melhores no novo país. Por meio das mídias sociais do Vamu Ver!, Cristina fornece informações sobre dicas de viagens, gastronomia e compartilha o dia a dia em Portugal e as experiências de uma brasileira no exterior. Por meio de parcerias com agências de viagens e hotéis, ela consegue oferecer descontos para a sua viagem e estadia, além de vídeos com passo a passo de quem quer visitar ou morar legalmente, em Portugal.

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A importância do acolhimento na volta às aulas


O retorno às aulas é um momento de grande expectativa para pais e alunos, especialmente nos anos iniciais da Educação Infantil. As crianças anseiam por reencontrar colegas e professores, e para voltar às atividades e brincadeiras. Esse sentimento é ainda mais forte para os alunos novos, que irão se deparar com um ambiente desconhecido.

Este é um momento marcante para os alunos, pais e toda a família, mas a volta das férias não é tão simples e requer também uma preparação especial. As crianças, após passarem um longo período em casa, com horários mais flexíveis, precisam de um tempo para voltarem à rotina e para isso o apoio da família é fundamental. Ao preparar a criança e conversar sobre o momento do retorno às aulas, voltar aos poucos à rotina de horário para dormir e acordar e organizar o material para o primeiro dia, os pais podem transmitir à criança a segurança e alegria da volta às aulas.

Nos primeiros dias, é comum o choro ao chegar na escola, principalmente para os de menor idade, pois é um novo período de adaptação, separação e ansiedade (para muitos pais também). Neste momento, a comunicação entre pais e filhos é muito importante e algumas posturas ajudam a criança a se sentir mais confiante, como deixar claro que os pais em breve voltarão para buscá-la, que vai ser um tempo gostoso com a professora e os amigos, enfim, demonstrar confiança na escola incentivando a criança a confiar também. Quando o aluno se sente seguro no ambiente escolar a (re) adaptação acontece com mais facilidade.

A comunicação com a escola também é um fator de suma importância, para que os professores e demais colaboradores possam auxiliar a criança nesta volta às aulas. Muitas vezes, situações familiares atípicas, perdas, luto, mudanças, podem causar nas crianças alguma ansiedade e este sentimento possivelmente é expressado por meio de alterações no comportamento. Sendo assim, os pais não devem deixar de conversar com a equipe da escola e comunicar algum fato diferente ou situação que esteja causando desconforto, para que a criança (e a família) tenham a atenção especial que necessitam neste momento.

As aulas serão retomadas neste segundo semestre ainda em situação de Pandemia, portanto protocolos de segurança ainda demandam especial atenção. Distanciamento social, uso de máscaras, utilização de álcool em gel, lavagem constante das mãos e não compartilhar objetos são cuidados que devem ser incentivados para que possamos em breve voltar à nossa rotina habitual.

Ao final dos primeiros dias de aula deste novo semestre é importante que os pais dediquem um tempo de qualidade aos seus filhos, perguntar como foi o dia, escutar o que eles têm a dizer, deixando que eles compartilhem sua experiência na escola e sintam seu apoio. Caso tenham alguma dúvida ou insegurança, os pais não devem hesitar em procurar a escola, expressar seus sentimentos ou preocupações, para que juntos possam solucionar qualquer situação. A parceria escola-família é fundamental para o bem-estar emocional, acadêmico e social do aluno e ela se constrói a partir de uma relação de confiança mútua, trocas de experiências, empatia e um trabalho conjunto.

Iniciaremos uma nova etapa aqui no Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré ansiosos por receber de volta os alunos e suas famílias, com desafios a enfrentar, mas confiando no Deus que tem nos sustentado até aqui, crendo que Ele nos capacita a cada dia, e cuida de cada detalhe.

 


Vanessa Ann Davies Moreira - coordenadora da Educação Infantil e 1ºano do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré Internacional.

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