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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Concessionárias orientam motoristas sobre prevenção do câncer de próstata

Durante o mês de novembro as concessionárias CCR ViaOeste e CCR RodoAnel divulgarão mensagens nos painéis eletrônicos ressaltando a importância dos exames preventivos


As concessionárias CCR ViaOeste e CCR RodoAnel, através do Instituto CCR, estão apoiando o Movimento Novembro Azul, que tem como foco a sensibilização para prevenir o câncer de próstata. Durante todo o mês de novembro, os motoristas que trafegam pelo sistema Castello-Raposo e trecho oeste do Rodoanel serão alertados sobre a importância dos cuidados para evitar este tipo de câncer por meio de mensagens veiculadas nos painéis eletrônicos existentes nas rodovias. 
 

Outra iniciativa é a distribuição de folhetos contendo informações e orientações. O material será entregue principalmente aos caminhoneiros durante os atendimentos que são oferecidos na base fixa do Programa Estrada para a Saúde, localizada no km 57 da rodovia Castello Branco, sentido Capital, em São Roque. 


De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer) o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.


O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte.  A estimativa do INCA é que mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata sejam registrados no país em 2020, com mais de 15 mil mortes. 


Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento. A detecção pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.

Judiciário avança em ação nacional para identificação civil de pessoas presas


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu novos passos na estratégia nacional de identificação civil de pessoas privadas de liberdade com a aquisição de mais de 4,5 mil kits de identificação biométrica. Os kits começam a chegar no Brasil no final de dezembro e serão distribuídos a todo o país, com a expectativa de que a ação nacional de identificação para emissão de documentos esteja em funcionamento até julho de 2021.

 

A ação vai potencializar políticas de cidadania voltadas a esse público, como inclusão em programas de saúde, educação e trabalho, promovendo, assim, uma reinserção social mais efetiva. Em 2019, o CNJ editou a Resolução nº 306, que estabelece diretrizes e parâmetros para a emissão de documentação civil e para a identificação civil biométrica das pessoas privadas de liberdade. O objetivo é estruturar uma ação de longo prazo a partir da troca de experiências entre os estados, o que inclui fluxos e integração de sistemas.

 

Os kits serão recebidos em duas etapas. A primeira leva, de 800 unidades, chega ao Brasil no final de dezembro, enquanto a segunda, com 3,7 mil unidades, será recebida em 22 de março de 2021. Os aparelhos serão encaminhados a Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Federais e secretarias estaduais de administração penitenciária. A definição da quantidade de kits, processos, fluxos e logística foi discutida em planos de trabalho desenvolvidos com cada unidade da federação ao longo do último ano. Atualmente, os planos passam pelos últimos ajustes, incluindo a definição da quantidade de kits que vão para cada órgão.

 

A iniciativa é conduzida pelo CNJ por meio do programa Fazendo Justiça, parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil) e com apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para superação de desafios estruturais no ciclo penal e no socioeducativo. No campo da biometria, há importante colaboração com o Tribunal Superior Eleitoral para alimentação do Banco Nacional de Dados de Identificação Civil (Lei n. 13.444/2017).

 

"As ações do CNJ dão uma diretriz para as unidades da federação de acordo com peculiaridades locais, com objetivo de uniformizar ao máximo o fluxo de emissão de documentação, assim como a biometrização. Para tanto, é preciso fortalecer ações locais, com reuniões com poderes locais para empreender esforços de conhecer realidades regionais e adotar melhor estratégia possível", explica o juiz auxiliar do CNJ com atuação no Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, Fernando Mello.

 

Além da coleta por meio dos kits biométricos, o CNJ também está promovendo a integração dos bancos de dados já existentes em 13 estados. Entre os impactos projetados, estão pelo menos 290 mil novas identificações cadastradas por ano, com redução nas falhas de identificação e gestão interestadual otimizada a partir de base de dados nacional.

 

Documentação civil 

 

A emissão de documentos terá o apoio do Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), que possui novas funcionalidades para elaboração de listas de pessoas egressas e pré-egressas. Levantamento realizado pelo Depen em 2017, mostrou que, de cada dez pessoas presas, oito não possuem documentos pessoais no prontuário dos estabelecimentos prisionais.

 

De posse desta lista, de acordo com o fluxo estabelecido com os estados, as secretarias de administração penitenciária poderão solicitar a emissão de documentos em série no portal da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), entidade que desde 2019 tem parceria firmada com CNJ na garantia da emissão dos documentos e sua gratuidade.

 

Na cerimônia de assinatura do acordo, em 2019, o presidente da Arpen Brasil, Arion Toledo, afirmou que o acordo é importante para os custodiados, mas também para a sociedade que irá receber os egressos após o cumprimento de penas. “As pessoas precisam estar documentadas para terem emprego. A identificação documental a partir da biometria permitirá uma melhor reintegração, tirando os cidadãos das margens da sociedade.”

 

Também foram firmadas parcerias com institutos de identificação estaduais e com outros órgãos da administração federal, como Receita Federal, para fluxos de regularização e gratuidade na emissão de CPF; Ministério da Defesa, para segunda via do certificado de reservista; e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que, pelo Comitê Gestor Nacional do Compromisso Nacional pela Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica, atente populações vulneráveis, como as pessoas privadas de liberdade.

 

Como explica a coordenadora do núcleo de biometria e documentação do Fazendo Justiça, Ana Teresa Iamarino, o processo é integrado entre todos os atores por meio da utilização do SEEU. “Com este pano de fundo, foram desenvolvidas estratégias que fortalecem o projeto e garantem o acesso de dezenas de milhares de pessoas que saem todos os anos das unidades prisionais a políticas sociais.”

 

A estratégia de emissão de documentos já está em teste nos estados com implantação completa do SEEU ou que tenham prevista a instalação do Escritório Social – estrutura que facilita o acesso de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares à rede de serviços de apoio e que poderão apoiar no processo de emissão de documentação. Até o final do ano, o fluxo estará pactuado em 17 estados, sendo concluído em todo o país até meados de 2021. Também estão em elaboração manual de utilização do SEEU e videoaulas sobre o fluxo, garantindo a continuidade e a sustentabilidade da estratégia ao longo do tempo.

 

"A emissão de documentos se insere em conjunto mais amplo de estratégias da metodologia de mobilização de pessoas pré-egressas, articulada pelos Escritórios Sociais. Neste período de 180 dias antes de sair da unidade prisional, a proposta é que as unidades prisionais realizem um conjunto de atividades, individuais e em grupo, para orientação e construção de um plano de saída, organizando projetos de vida pós-encarceramento para retomada de laços familiares e sociais", explica o coordenador do eixo de Cidadania do Fazendo Justiça, Felipe Athayde Lins de Melo.

 




Iuri Tôrres

Agência CNJ de Notícias


Procura pelo processo de mentoring cresce entre executivos e profissionais liberais

O método, que já foi aplicado em mais de mil formações, permite que especialistas ajudem outros profissionais a conquistarem destaque no mercado em que atuam


Compartilhar conhecimento e contribuir com o crescimento de profissionais e organizações para se destacarem no mercado em que atuam. Esse é o propósito de pessoas que já conquistaram autoridade em suas carreiras e que agora desejam ajudar os demais a chegarem no mesmo ponto, ou até mesmo, ir mais longe.

Esse processo, que cresce e vem ganhando adeptos a cada ano, chama-se Mentoring. De acordo com o fundador e CEO da Global Mentoring Group, Claudio Brito, a metodologia adotada pela empresa, e que é oferecida aos futuros mentores durante as aulas de formação, é baseada nos grandes centros mundiais de estudo e desenvolvimento como MIT, Stanford, Harvard e nos processos de aceleração de startups do Vale do Silício.

Essa técnica é indicada para estimular pessoas que estão em início de carreira, quem precisa se destacar no cargo em que ocupa, um colaborador que acabou de ingressar em uma corporação ou alguém que vai enfrentar novos desafios na empresa ou fora dela. “Também pode ser aplicado em casos de sucessão, como aposentadoria ou desligamento de colaboradores”, revela o CEO.

Por todos esses motivos, o processo deve ser conduzido por um especialista que tenha a certificação, que o habilita a lidar com todas as situações que o mentee vai trazer, além de vasta experiencia naquela área. “O mentoring apresenta ferramentas e soluções mais completas. Por atuar na mesma área, esse profissional é mais experiente e qualificado, portanto possui mais condições de auxiliar o mentorado a obter melhores resultados e insights, seja na carreira, ou em algum projeto que envolva retorno financeiro”, aponta Claudio.

E todo esse cenário se desenha a partir de uma estratégia ágil, eficiente, assertiva e inteligente que conduz o mentee a conquistar suas metas, evidenciando e estimulando as competências dele. É, sobretudo, um processo em que o mentor se coloca à disposição para encontrar soluções.

Bruno Lorenti Santana, de 35 anos, possui formação acadêmica em administração e agronegócio, mora em São Joaquim da Barra, uma cidade do interior da cidade de São Paulo e desde 2019, vem atuando na área de desenvolvimento humano, principalmente na área de vendas. Já ministrou treinamento para as marcas Brooksfield, Via Venetto, e Emagresee. Ele decidiu participar da formação em mentoring da Global Mentoring Group por ser uma ferramenta que oferece uma transformação mais profunda e eficaz, se comparado a outros métodos. “Apostar nessa formação é uma forma estratégica para se diferenciar e alcançar um posicionamento elevado. Além disso, as aulas trazem dicas práticas do mercado. Fui atraído pelo desafio dos trinta dias para montar o curso on line e a mentoria em grupo. Também trabalhamos com base no conteúdo de referências neste segmento como Jim Collins e Harvard, o que confere ainda mais credibilidade e segurança inclusive para quem deseja realizar um projeto para escalar o seu negócio”, destaca.

O carioca Paulo Roberto Martins, 52 anos, especialista em gestão empresarial e MBA em educação corporativa, além de cinco formações em coach, participou da formação para validar o modelo de mentorar que ele já vinha seguindo. “Desde o início da pandemia, já venho realizando algumas mentorias tanto individuais, quanto em grupo em grupo”, destaca.

Para obter conhecimento e dar mais subsídio ao programa de mentoring que será implantado na empresa em que trabalha, Caren Navas, de 41 anos, moradora da cidade de Barueri, dedicou um final de semana inteiro para conhecer mais detalhes da formação proposta pela Global. “Atuo na área comercial de uma distribuidora de gás há mais de dez anos e, com as ferramentas que obtive na imersão, estarei mais habilitada para participar de mais esse projeto, o que será fundamental para a minha carreira”, destaca.

Baseado no processo de Mentoring aplicado dentro do principal Curso de Harvard, os participantes desta formação têm acesso a um framework prático. Todo o conteúdo aplicado no processo vem levando centenas de profissionais mundo afora para o próximo nível em suas carreiras.

Grandes empresas têm programas estruturados e aplicações variadas de Mentoring, atingindo constantemente resultados de excelência.

 

 

Claudio Brito - mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group,  um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology. Para saber mais, acesse https://globalmentoringgroup.com/ ou pelo @ claudiombrito ou @globalmentoringgroup

 

Novembro Branco

 Precisamos falar sobre o câncer de pulmão


Oncologista brasileiro que foi o primeiro fora dos EUA a receber prêmio concedido a profissionais que transformam a realidade do câncer ao redor do mundo – o Partners in Progress da ASCO –, Carlos Gil Ferreira diz que a doença ainda é um estigma social e a incidência do tumor tem crescido entre mulheres e pacientes não tabagistas

 

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, é o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte que podem ser evitadas.

Apesar da abrangência e gravidade, é um tema estigmatizado e pouco abordado. Por isso é importante falar sobre o assunto e fazer um trabalho de conscientização. Com esse intuito, desde 2017 há uma campanha para alertar a população: o Novembro Branco. Segundo Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas, esse tipo de campanha é importante porque essa doença é silenciosa e, portanto, acaba por ser descoberta em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. “A maioria (80%) dos pacientes diagnosticados com a doença é ou já foi fumante. Por isso, quem é tabagista precisa fazer uma tomografia anual para controle”, diz o médico.

Segundo o oncologista, um dado que tem chamado a atenção é o crescimento de ocorrências de câncer de pulmão em não fumantes, jovens e, principalmente, em mulheres. “Ainda não se sabe exatamente o porquê desse aumento, talvez seja algo ligado ao cromossomo X. Portanto, mulheres com sintomas respiratórios persistentes devem procurar avaliação de um pneumologista ou clinico geral”, afirma Carlos Gil.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns e que devem ser investigados são tosse e rouquidão persistentes, dificuldade de respirar, dor no peito, fraqueza e perda de peso sem causa aparente. “Podem ser sintomas que não são causados por câncer, mas se forem persistentes, é muito importante procurar um médico e fazer uma investigação”.

 

Tratamento

A imunoterapia é um dos tratamentos mais promissores nos últimos anos. “A técnica visa estimular o próprio organismo a combater o tumor ao facilitar o reconhecimento das células malignas pelo sistema imunológico. A abordagem é interessante porque, antes dela, para a maioria dos pacientes com câncer de pulmão havia somente a quimioterapia”, diz o médico.

 

 Covid19

Segundo o oncologista, durante a pandemia de Coronavírus muitos pacientes deixaram de fazer exames, o que causou um retardo nos diagnósticos. Por outro lado, foram descobertos casos de câncer de pulmão em pessoas que não se imaginavam com câncer, mas fizeram exames por conta do Covid19 e anteciparam o diagnóstico da doença.

 

 


Dr. Carlos Gil Ferreira - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). Desde 2018 é Presidente do Instituto Oncoclínicas e Diretor Científico do Grupo Oncoclínicas. No âmbito nacional e internacional foi Membro Titular da Comissão Científica (CCVISA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No âmbito internacional é membro do Career Development and Fellowship Committee e do Bylaws Committee da International Association for the Research and Treatment of Lung Cancer (IALSC);Diretor no Brasil da International Network for Cancer Treatment and Research (INCTR); Membro do Board da Americas Health Foundation (AHF). Editor do Livro Oncologia Molecular (ganhador do Prêmio Jabuti em 2005) e Editor Geral da Série Câncer da Editora Atheneu. Já publicou mais de 100 artigos em revistas internacionais.


Especialista esclarece sobre a doença que levou a óbito o ator Tom Veiga,intérprete do Louro José, e que já é a segunda maior causa de mortes no mundo

 Responsável pelo protocolo de AVC do Hospital Icaraí, Guilherme explica que quanto mais cedo for realizada a intervenção médica após o início do sintoma, melhores as chances de reversão do quadro


Intérprete do Louro José no programa "Mais Você", da Rede Globo, o ator e humorista Tom Veiga faleceu em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, provocado por um aneurismo, , conforme apontou laudo do Instituto Médico Legal do Rio. O acidente Vascular Cerebral (AVC), uma lesão na região do cérebro, já é a segunda maior causa de morte no mundo.  Neurologista e gerente médico do protocolo de AVC do Hospital Icaraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Guilherme Torezani explica que várias artérias nutrem o nosso cérebro e, em dado momento, ocorre uma obstrução que compromete o fluxo de sangue, onde o mesmo deixa de ser entregue para uma região cerebral. Essa região, conforme sofre a perda de sangue, para de funcionar.

Segundo Guilherme, uma vez identificado o AVC, existem muitos procedimentos a serem feitos na medicina moderna. Porém, segundo o especialista, quanto mais cedo for realizada a intervenção médica após o início do sintoma, melhores as chances de reverter  a isquemia e evitar sequelas.  "Os médicos têm poucas horas para poder fazer um medicamento e aplicar procedimentos que revertam essa obstrução da artéria, o que faz com que o sangue volte a circular naquela região que havia perdido o fluxo sanguíneo". 

O profissional elucida que a cada um minuto, passada a obstrução da artéria, cerca de dois milhões de neurônios vão morrer na região acometida. Portanto, essa é a importância de saber identificar a situação em tempo hábil, visto que perdendo-se tempo, perde-se também neurônios.

"Tem uma máxima que diz que tempo é cérebro. Deve-se correr com esse paciente para um hospital que seja capacitado para atender e realizar a intervenção guiada corretamente, dentro de um protocolo, com respaldo na literatura médica", explica, acrescentando que muitas vezes um paciente tem um sintoma em casa e, como não está acompanhado por alguém, ou mesmo quando se identifica o sintoma, demora-se muito tempo para tomar uma atitude, achando que a situação vai passar normalmente, e nisso se perde muito tempo. 

O neurologista explica que o tempo de intervenção para se fazer um medicamento na veia, que reverta o quadro, é de até quatro horas e meia, porém é necessário que a equipe responsável tenha capacidade técnica para intervir adequadamente.  "Comparamos muito com uma equipe de pit stop na Fórmula 1. Nos anos 80, demoravam muito tempo para trocar a roda e fazer a manutenção do carro. E, analisando um vídeo atual, vemos como o serviço está otimizado. No hospital, com uma equipe treinada, em que cada um sabe o que tem que ser feito no fluxo, com tudo já sedimentado, a intervenção se dá em tempo muito mais hábil", afirma. 

 

Iniciativa internacional de combate ao AVC 

O Hospital Icaraí está inserido em um grupo de vários países que compõem a Iniciativa Angels, uma coordenação internacional de vários centros médicos que se capacitam em atender pacientes com AVC. A equipe de neurologia desenvolveu um protocolo de tratamento agudo ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).  A equipe, treinada continuamente para estar à frente do protocolo, conta com o acesso à alta tecnologia e exames avançados, como angiotomografia arterial e ressonância magnética, que permitem tratar o AVC com mais tempo de evolução. 

Segundo Guilherme Torezani, gerente médico do protocolo de AVC do Hospital Icaraí, a unidade hospitalar procurou alinhar a estrutura tecnológica que possui - com recursos de ressonância, tomografia e hemodinâmica - ao treinamento intensivo de suas equipes, desenvolvendo assim o protocolo de AVC no hospital.  

"O treinamento das equipes visa gerenciar tanto o tratamento na fase aguda quanto no período de reabilitação no hospital. A finalidade é oferecer o melhor para o paciente, de forma que ele não seja apenas tratado adequadamente, mas que as complicações que possam ocorrer sejam gerenciadas pontualmente. Entendemos o impacto que nós, profissionais de saúde, podemos ter na vida do paciente que tem o sintoma neurológico e que muitas vezes não encontra um local de referência para ser tratado", diz. 

Ele explica que o treinamento é multidisciplinar, englobando não somente profissionais de saúde direta, como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e fonoaudiólogos, mas também componentes das equipes operacionais e administrativas, como recepcionistas e seguranças: "No hospital, todos vão aprender a conhecer os sinais de um AVC e comunicar as equipes diretas para que se os pacientes em sala de espera - ou mesmo os que estão internados por qualquer outro motivo -  tiverem algum aspecto diferente que aponte a manifestação da doença, isso possa ser sinalizado rapidamente para que se consiga fazer a intervenção de forma mais adequada", relata. 

Guilherme conta que o protocolo de AVC já vem sendo adotado mundialmente há algum tempo, se mostrando eficaz nos tratamentos da lesão neurológica, o que fez com que o Hospital Icaraí buscasse aplicá-lo como modelo em suas instalações e atividades médicas. 

 

A tecnologia potencializando o tratamento 

De acordo com  Guilherme, o Hospital Icaraí oferece a possibilidade de tratamento por ressonância, pois não são todos os casos que possuem indicação do uso na fase aguda - que é uma adição tecnológica muito importante.  

"Vamos ter a disponibilização da terapia de trombectomia mecânica, que permite que se consiga intervir além das quatro horas e meia e ainda assim tratar o paciente, colocando-o na sala de hemodinâmica e fazendo a intervenção direta por meio da retirada do trombo de dentro da artéria, desobstruindo o fluxo de sangue", explica Guilherme. 

"Trata-se de mais um recurso que temos de alta tecnologia. E, claro, contamos com uma rede de terapia intensiva extensa, com quatro CTI's, e uma unidade coronariana que conseguem tratar o paciente com todo suporte de monitoramento e de neurocirurgia 24 horas por dia, mitigando possíveis complicações. Todo o protocolo é pautado em evidências científicas", completa. 

  

Novembro azul: mês luta pelo combate ao câncer de próstata

Especialistas falam sobre a doença, que deve acometer quase 70 mil brasileiros neste ano. Confira ainda qual o papel da alimentação e atividade física no combate e prevenção à enfermidade

 

Novembro chegou e, com ele, a campanha para prevenção e combate ao câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Este também é o segundo tipo que mais mata e deve atingir 65.840 brasileiros só neste ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca.

Thiago Vilela Castro, urologista do Hospital Anchieta de Brasília, explica que o câncer de próstata dificilmente manifesta sintomas (somente na fase mais avançada) e, por isso, o rastreamento é tão importante. "Em geral, ele deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos de idade, com o toque retal e o PSA. Naqueles que têm fatores de risco ou história familiar, o rastreamento começa aos 45 anos."

O especialista ressalta que o PSA, isoladamente, não é capaz de identificar todos os casos de câncer de próstata, deixando passar cerca de 30% dos diagnósticos. "Por isso o toque retal e o acompanhamento anual com urologista são tão importantes", enfatiza o médico. "É importante frisar que o diagnóstico precoce torna o tratamento minimamente invasivo, com menos efeitos colaterais e mais chances de cura", conclui.


O homem encara o câncer de forma diferente?

Segundo Renata Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, APBr, geralmente os homens supervalorizam a atividade sexual, o que influencia no impacto psicológico causado pelo diagnóstico de um câncer de próstata e na maior incidência de depressão e ansiedade nessa população.

"As implicações e incertezas advindas do diagnóstico de câncer de próstata intensificam as reações emocionais, como medo, insegurança e choque", pontua a especialista. "A possibilidade da impotência sexual atinge a essência da masculinidade e abala a autoestima", acrescenta.

A psiquiatra ressalta que, por esse motivo, é importante que todos os pacientes com esse diagnóstico recebam tratamento afetivo-emocional. "O tratamento deve oferecer qualidade de informações, auxílio psicológico, formação de grupos de apoio para autoaceitação e, em muitos casos, uso de medicações antidepressivas, de acordo com o quadro apresentado, para assim melhorar a qualidade de vida, aumentando as chances de recuperação do paciente", aponta Renata. 



Estilo de vida

Manter hábitos saudáveis é uma das principais formas de evitar o câncer de próstata, assim como os outros tipos da doença. Isso inclui ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, como explica o nutrólogo Allan Ferreira.

"Manter o peso ideal, praticar exercícios com frequência, não fumar, reduzir o consumo de alcoólicos, assim como consumir uma menor quantidade de alimentos processados e aumentar o consumo de vegetais e frutas, contribuem para uma vida mais saudável e para a redução do risco de qualquer câncer, incluindo o de próstata", exemplifica.

Neila Oliveira, personal trainer da Evolve Gymbox, reforça a importância da atividade física para prevenir a enfermidade. "Alguns estudos comprovam que a obesidade e o sedentarismo podem favorecer o desenvolvimento de tumores na próstata. Eles também comprovam que a atividade física reduz em 25% a chance de se desenvolver um câncer", destaca.


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Idosos precisam se manter ativos fisicamente e autônomos neste momento, afirma especialista em fisioterapia

A professora doutora do Unipê explica a importância de que a população idosa se mantenha ativa na quarentena, em todos os aspectos da vida, e dá dicas de atividades para o período que ainda estamos vivendo

 

Com a pandemia e a quarentena, foi necessário que todos se mantivessem em casa, especialmente a população idosa, um dos grupos de risco para a Covid-19. Mas, ao seguir as orientações do isolamento social para a prevenção do contágio com o coronavírus, muitos deixaram de realizar atividades físicas no período, e tantos outros ainda seguem em quarentena. Por isso, a professora doutora Olívia Galvão, do curso de Fisioterapia do Unipê – Centro Universitário de João Pessoa, explica no que pode acarretar esta falta de movimentação e como revertê-la.

A diminuição da mobilidade por longos períodos, especialmente na população idosa, pode acarretar diminuição da força muscular, equilíbrio, menor flexibilidade, redução das amplitudes de movimento articular, diminuição da capacidade cardiorrespiratória, e todas essas alterações decorrentes da redução da mobilidade nos idosos podem trazer consequências como quedas e outros agravos mais sérios a saúde.

Nesse sentido, pesquisas* apontam que 30% dos indivíduos com idade igual ou maior a 65 anos apresentam relato de queda anualmente – 70% delas ocorrem no interior da residência. Por isso, os idosos devem ficar atentos, não apenas a se manterem ativos**, mas também evitar outros fatores de risco encontrados em seus domicílios, como pisos escorregadios e molhados, cadeiras instáveis, calçados inapropriados, ambientes escuros, entre outros.

A especialista Olívia Galvão comenta sobre como pode ser revertido este cenário: “Diante desse momento atípico de isolamento social, os idosos devem tentar manter uma rotina de exercícios físicos diários, mesmo em seus domicílios, a exemplo de uma caminhada, uma dança, alongamentos musculares”.

Olívia ainda destaca a importância não só de se manterem ativos fisicamente, realizando atividades da vida diária de forma independente e sem a ajuda de outras pessoas. “É importante também que idosos preservem sua autonomia, que é a habilidade de controlar, de lidar e de tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. Assim como estar inserido em uma rede social de apoio”, afirma a professora doutura do Unipê.

Outras atividades que podem realizar são as lúdicas, como jogos de tabuleiro, memória, palavras-cruzadas, entre outras. Aprender a usar novas tecnologias, a exemplo de redes sociais, também é uma opção para manter os laços de afetividade com familiares e amigos neste momento.    

Já para os idosos que faziam tratamento fisioterapêutico antes da pandemia e não estão podendo mais sair de casa para ir ao atendimento presencial, a recomendação da especialista é de que eles recebam orientações do seu fisioterapeuta para realizar alguns exercícios em casa sob a supervisão de outra pessoa.

A professora do curso de fisioterapia ainda destaca: “É importante que as pessoas idosas procurem o fisioterapeuta não apenas para tratar doenças e sequelas já instaladas, mas que busquem a fisioterapia como medida para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Pois a fisioterapia, nesses casos, tem o objetivo de manter o idoso independente funcionalmente e autônomo, promovendo um envelhecimento saudável”.



*Para os dados de quedas:

FERRETTI, Fátima; LUNARDI, Diany; BRUSCHI, Larissa. Causas e consequências de quedas de idosos em domicílio. Fisioterapia e movimento, Curitiba, v. 26, n.4, p. 753-762, dez., 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502013000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 30 de outubro de 2020. https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000400005.

REBELATTO, José Rubens; MORELLI, José Geraldo da Silva. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. 2. ed. ampl. Barueri, SP: Manole, 2007.

FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

**Sobre conceito de envelhecimento ativo e autonomia:

OMS. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2005.

 

 

Centro Universitário de João Pessoa – Unipê p

www.unipe.edu.br


Hipotireoidismo acomete 18 milhões de brasileiros1,2

Estudo aponta que pacientes diagnosticados com doença, que afeta o funcionamento da glândula tireoide, não se tratam corretamente

 

O hipotireoidismo afeta em média 18 milhões de brasileiros1,2 e 25% dos pacientes diagnosticados afirmam tratar de forma inadequada ou até mesmo não tratar a doença3. Estes são alguns dos principais dados do estudo “Hipotireoidismo em Foco” realizado com mais de 2000 pacientes pelo Instituto Minds4Health a pedido da Sanofi. Nele, foram discutidos dados da doença desde o autocuidado até a frequência à consulta ao médico. Este cenário alarmante pode ser modificado com a prevenção e o cuidado periódico com a saúde, principalmente entre as mulheres, já que por conta das alterações hormonais, a cada um homem com hipotireoidismo, há até oito mulheres afetadas pela doença4

“Apesar de não haver cura para o hipotireoidismo, ele pode ser controlado com o uso de reposição hormonal e a adoção de hábitos saudáveis, que incluem a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física. Daí a importância de consultar um especialista, fazer os exames necessários e seguir as recomendações à risca para que o médico consiga prescrever a dosagem adequada da medicação para o seu caso. Cuidado contínuo é a chave para se ter uma vida normal”, diz Dr. Eduardo Issa, Diretor Médico da Sanofi – Unidade de Negócios General Medicines.

Outro dado mostrado pela pesquisa é que o maior desejo das pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo é compreender a doença. Entre as pessoas diagnosticadas que já ouviram falar na enfermidade, 35% não sabe exatamente do que se trata e 1/3 dessa população afirma nunca ter feito um exame de sangue que detecta os níveis do hormônio estimulante da tireoide, o TSH3.

 

A tireoide e o hipotireoidismo

A Tireoide é a glândula que regula a função de alguns órgãos importantes do corpo humano, como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela também produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), garantindo o equilíbrio do organismo e do metabolismo. Localizada na parte da frente do pescoço, é muito conhecida por ter a forma de uma borboleta. Entre as múltiplas funções benéficas ao organismo, a glândula atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes e na regulação dos ciclos menstruais, assim como na fertilidade, manutenção do peso ideal, memória, concentração, humor e controle emocional.5

Quando a produção dos hormônios é insuficiente, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Neste momento, ocorre o hipotireoidismo, condição que pode surgir em qualquer etapa da vida e pode não ser tão facilmente diagnosticada.

 

Sinais, sintomas e tratamentos

Os sinais e sintomas do hipotireoidismo são facilmente interpretados como alterações comuns da rotina, como ganho de peso, infertilidade, queda de cabelo, unha quebradiça, fadiga em excesso, perda de memória, sonolência, cansaço, alterações no humor, pele seca, pés e mãos gelados, prisão de ventre e anemia.6

Segundo 65% dos respondentes da pesquisa “Hipotireoidismo em Foco”, o diagnóstico foi feito após procurarem o médico para um check-up geral. Por isso, na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, que podem medir os níveis do hormônio estimulador da tireoide (TSH) e do hormônio da tireoide (T4). O hipotireoidismo ocorre quando o TSH está elevado e os níveis de T4 estão baixos. No tipo da doença chamado de subclínico, o TSH estará alto, mas o T4 pode estar normal. Neste caso, o médico avalia os níveis de TSH para confirmar o quadro ao paciente.7

Caso seja identificada a necessidade do tratamento, ele é de longa duração, com reposição hormonal da tiroxina (T4), feita por meio de comprimidos de reposição sintética do hormônio6. Todavia, a eficácia da terapia oral depende, principalmente de dois fatores: o jejum de uma hora após a ingestão do comprimido e o retorno periódico do paciente ao médico para avaliação e, caso necessário, ajuste de dose8.

O Dr. Eduardo Issa ainda diz que seguir este passo a passo é fundamental para diagnosticar a doença e tratá-la de forma assertiva. “Entender os próprios sintomas e estar alerta a esses acontecimentos do dia a dia podem indicar algo ainda mais crucial. Se não tratado pode levar o paciente a ter hipertensão, problemas cardiovasculares, elevação de triglicerídeos, infertilidade e depressão.7

“Além disso, existem alguns mitos sobre o hipotireoidismo, como o fato de ser uma doença predominantemente feminina e que é tratável apenas com a adesão de uma alimentação balanceada, ou que até mesmo a paciente ficaria para sempre infértil. Essas não são informações verídicas, porém muito populares, por isso, a orientações médica é essencial. Procure um profissional para que avalie os sintomas e ofereça um tratamento adequado ao seu caso9.”

 



Sanofi

 


Referências

  1. Olmos RD et al. Gender, race and socioeconomic influence on diagnosis and treatment of thyroid disorders in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Braz J Med Biol Res. 2015. Aug;48(8):751-8. doi: 10.1590/1414-431X20154445.
  2. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação, IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em 06 de maio de 2020.
  3. Instituto Minds4HealtH. Hipotireoidismo em foco. São Paulo, 2019.
  4. Brenta G, Vaisman M, Sgarbi JA, Bergoglio LM, Andrara NC, Bravo PP, et al. Diretrizes clínicas práticas para o manejo do hipotireoidismo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013;57(4):265-99.
  5. O que É a Tireoide? Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/#:~:text=A%20tireoide%20%C3%A9%20uma%20gl%C3%A2ndula,)%20e%20T4%20(tiroxina). Acesso
  6. Chaker L, Bianco AC, Jonklaas J, Peeters RP. Hypothyroidism. Lancet. 2017 Sep 23;390(10101):1550-1562.
  7. Entendendo a Tireoide: Hipotireoidismo. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/entendendo-tireoide-hipotireoidismo/. Acesso em 12 de agosto de 2020.
  8. Castro MPR, Soares JCC. Como diagnostricar e tratar_Hipotireoidismo. RBM. 2014 dez;71(12):100-5. Acesso em 12 de agosto de 2020.
  9. Portal da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Disponível em: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/. Acesso em 12 de agosto de 2020.

 

Terapia multidisciplinar pode aumentar a expectativa de vida de pacientes com Parkinson

Novos tratamentos podem proporcionar sobrevida de 15 a 20 anos


Dificuldade e lentidão nos movimentos do corpo, rigidez muscular, tremor e dificuldade para andar. Esses são os sintomas de uma doença bastante temida pela terceira idade: o Mal de Parkinson. Trata-se de uma doença degenerativa, crônica, que acomete o sistema nervoso central, causada pela diminuição da produção da dopamina, um neurotransmissor importantíssimo para a execução de diversas funções cerebrais como o controle dos movimentos, em uma região do cérebro chamada substância negra – responsável pela sua produção no sistema cerebral de controle motor. Essa condição é consequência da morte contínua dos neurônios dessa região do cérebro. Com o avanço, pode acometer outros sistemas cerebrais.

De acordo com o assessor médico da FQM (Farmoquímica) e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto, o surgimento e avanço dos sintomas são progressivos. “Com o tempo, além dos sintomas iniciais relatados, ocorre alteração da deglutição, dificuldade de mobilidade (pessoa pode ficar acamada), alteração da fala, quedas frequentes. Pode desenvolver depressão e alterações psiquiátricas também”, esclarece.

Idade avançada e histórico familiar são os principais fatores para o surgimento da doença. Mas, a exposição a agrotóxicos, vida rural e traumas cranianos repetitivos também contribuem para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Entretanto, o especialista alerta que outras causas podem levar ao desenvolvimento dos sintomas. “As Síndromes Parkinsonianas são doenças que têm as mesmas características da doença de Parkinson. Mas, são decorrentes de outras causas, como medicamentos, acidente vascular cerebral (AVC) e outros. Algumas delas têm tratamento e reversão, diferentemente da doença de Parkinson”, explica Dr. Lorenzatto.

Apesar de não haver cura, o Parkinson tem tratamento. O acompanhamento médico reduz os sintomas e melhora a qualidade e expectativa de vida do acometido. “As pessoas com doença de Parkinson geralmente morrem por pneumonia, escaras, infecções e não diretamente pela doença. Com o advento de novos tratamentos, a expectativa de vida aumentou. Hoje em dia temos pacientes com sobrevida de 15 a 20 anos em comparação a sete anos de antigamente”, diz.

O tratamento do paciente com a doença é multidisciplinar e inclui sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento nutricional. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é necessária. Mas, é importante ressaltar que cada paciente tem evolução e necessidades diferentes.

Dr. Lorenzatto ainda orienta que pacientes com doença de Parkinson devem adotar mudanças nos hábitos de vida, como uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos. Esses hábitos são extremamente importantes para a melhora do quadro.


Novembro Azul: depressão após o diagnóstico do câncer de próstata

O diagnóstico do câncer de próstata pode provocar um sofrimento psíquico significativo nos homens. O medo da morte e da dor, assim como a preocupação com a sexualidade e com possíveis alterações no funcionamento familiar, interferem sensivelmente no modo de pensar do paciente e alteram sua maneira de enxergar a vida. Estes sentimentos podem ser gatilhos para a aparição de episódios de transtornos de humor ou, até mesmo, para o desenvolvimento da ideação suicida.

O câncer de próstata é o tumor mais frequente entre homens com mais de 50 anos. No Brasil, ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre pessoas do sexo masculino, sendo responsável por 10% de todas as mortes causadas pela doença, atrás somente do câncer de pele não melanoma. Durante o 1º ano de diagnóstico do tumor, os pacientes apresentam taxa de incidência 77% maior de transtornos de humor quando comparada à população saudável. Esse risco persiste em até 47% dos enfermos mesmo após 1 ano de acompanhamento da doença.

Saber lidar e tratar corretamente os quadros de transtorno de humor pode melhorar significativamente o desfecho dos pacientes, resultando em mais qualidade de vida e maior adesão ao tratamento. Contudo, é necessário entender a variação do risco de suicídio por sexo, idade e tipo de tumor. No caso do câncer de próstata, é necessária uma avaliação do ponto de vista psiquiátrico principalmente em relação à depressão e ansiedade, provenientes da preocupação com a sexualidade, que podem envolver não apenas a disfunção erétil, mas também a incapacidade de sentir prazer ou de se satisfazer sexualmente o parceiro ou parceira.

A opção terapêutica vai depender da gravidade do quadro. O melhor a se fazer é direcionar o paciente para uma avaliação com um médico psiquiatria a fim de entender a melhor alternativa terapêutica. Caso outros membros da família já sofram com transtornos de humor, existe uma maior probabilidade de que ele desenvolva quadros semelhantes.

A conscientização e as campanhas relacionadas ao “Novembro Azul” são de extrema importância para rastrear o risco de desenvolvimento dessas doenças secundárias em pacientes oncológicos. Dessa forma, conseguimos tempo hábil para encaminhar esses homens aos serviços de saúde mental e, consequentemente, aumentar as chances de sucesso no tratamento.

 



Dr. Sivan Mauer - médico psiquiatra especialista em transtornos do humor. O profissional é mestre em pesquisa clínica pela Boston University School of Medicine, dos Estados Unidos, e doutor em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).


Vulnerabilidade social aumenta propensão de partos prematuros, impactando especialmente mulheres negras e indígenas

Condição financeira e social dificulta acesso à saúde, à informação e a um pré-natal adequado, expondo mulheres mais pobres aos riscos da prematuridade

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, ocorrem cerca de 15 milhões de nascimentos prematuros, ou seja, um em cada dez bebês nascem nessas condições por ano. No Brasil, são aproximadamente 340 mil nascimentos, levando o país ao décimo lugar com mais partos prematuros no mundo. 

Apesar de não haver um estudo único que relacione diretamente a prematuridade à condição social e a cor da pele das mulheres, não é difícil identificar essa relação quando se contextualiza diversas pesquisas. Nesse sentido, é preciso avaliar com profundidade e sensibilidade a questão. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os 10% mais pobres do país, 75,2% são negros, sendo que há mais de 7,8 milhões de pessoas vivendo em casas chefiadas por mulheres negras. 

Abaixo da linha da pobreza, estão 63% das casas comandadas por mulheres negras com filhos de até 14 anos, com US$ 5,5 per capita ao dia, cerca de R$ 420 mensais, o que evidencia sua condição de maior vulnerabilidade. Para mulheres brancas e com filhos, a proporção de casas abaixo da linha da pobreza é de 39,6%. Portanto, elas também estão expostas ao problema, vale ressaltar.  

Considerado este dado, um segundo estudo - realizado pela Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz) -  aponta que grávidas negras realizam menos consultas do que o indicado pelo Ministério da Saúde e, quando conseguem cumprir com todo o protocolo do pré-natal, as consultas são mais rápidas e recebem menos orientação sobre o início do trabalho de parto e sobre possíveis complicações na gravidez.  

Segundo pesquisadora Maria do Carmo Leal, as chances de uma mulher negra não receber analgesia chega a ser o dobro de uma mulher branca. Além disso, do grupo de mulheres que recebem o corte no períneo, em 10,7% das mulheres pretas não foi aplicada a anestesia local para a realização do procedimento, enquanto no grupo das mulheres brancas a taxa de não recebimento de anestesia foi de 8%.

Entre outras constatações ouvidas em salas de maternidades pela pesquisadoras, premissas racistas e sem base científica como  “Mulheres pretas têm quadris mais largos e, por isso, são parideiras por excelência”, “negras são fortes e mais resistentes à dor” direcionavam as decisões no centro médico. A matéria completa sobre essa pesquisa, que inclusive conta com a participação de diversos personagens, foi realizada pela Agência Pública e pode ser conferida neste link

Por fim, um terceiro estudo, conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com outras 12 universidades do país, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e com o Ministério da Saúde, as mães negras apresentaram o segundo maior percentual de bebês prematuros (7,7%), atrás apenas das indígenas (8,1%).  Esse dado é referente ao ano de 2010 e revisa para cima os números do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Sistema Único de Saúde (SUS), que apontava uma taxa de prematuridade de 7,2%. 

“Compilando todos essas pesquisas, fica claro que mulheres negras e indígenas são mais expostas à pobreza e a pobreza dificulta acesso à saúde, à informação e a um pré-natal adequado,  expondo mulheres mais pobres aos riscos prematuridade. Soma-se a este fato as fortes percepções racistas trazidas pela pesquisa da Fiocruz. Queremos mostrar a importância e a urgência que essa pauta merece. Todas as mães precisam ter acesso a um pré-natal de qualidade e informações sobre a gravidez”, explica Denise Leão Suguitani, fundadora e Diretora Executiva da ONG Prematuridade.com.  

Para Denise, a prematuridade é uma questão que pode ser evitada com um acompanhamento adequado e, ainda que haja o parto prematuro, certamente podemos intervir para diminuir os danos à saúde desses bebês. “Um parto é considerado prematuro quando acontece antes de 37 semanas de gestação. São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. Nesse sentido, o pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e completa. O resumo é que podemos interferir positivamente nesse quadro e vidas podem ser salvas”, finaliza. 


Novembro Roxo

O debate envolvendo a relação da vulnerabilidade social à propensão de prematuridade é mais uma das ações envolvendo o Novembro Roxo, mês de sensibilização global para a causa, conduzidas no Brasil pela ONG Prematuridade.com, única instituição do País de apoio aos bebês prematuros e suas famílias. Durante todo o mês está previsto uma série de iniciativas e atividades sob o slogan “Juntos pelos prematuros, cuidando do futuro”.


Sobre a ONG Prematuridade.com

A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com – nasceu em 2011 a partir de um blog de experiência de mães e profissionais com a prematuridade e suas consequências. Em pouco tempo, os conteúdos se tornaram cada vez mais relevantes, ganharam espaço e surgiu o desejo de que o assunto fosse debatido com urgência. Em novembro de 2014 foi fundada, por Denise Leão Suguitani, a ONG Prematuridade.com, com sede em Porto Alegre (RS), a única organização a atuar na causa em âmbito nacional.

O trabalho da ONG se baseia em ações dedicadas à prevenção do parto prematuro, à capacidade de educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas ao interesses das famílias de bebês prematuros e dos profissionais que cuidam deles. Atualmente são cerca de 4 mil famílias cadastradas, mais de 100 voluntários em 19 estados brasileiros e um Conselho Científico Interdisciplinar de excelência. Mais informações: https://www.prematuridade.com/

 

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