Novos tratamentos
podem proporcionar sobrevida de 15 a 20 anos
Dificuldade e lentidão nos movimentos do corpo,
rigidez muscular, tremor e dificuldade para andar. Esses são os sintomas de uma
doença bastante temida pela terceira idade: o Mal de Parkinson. Trata-se de uma
doença degenerativa, crônica, que acomete o sistema nervoso central, causada
pela diminuição da produção da dopamina, um neurotransmissor importantíssimo
para a execução de diversas funções cerebrais como o controle dos movimentos,
em uma região do cérebro chamada substância negra – responsável pela sua
produção no sistema cerebral de controle motor. Essa condição é consequência da
morte contínua dos neurônios dessa região do cérebro. Com o avanço, pode
acometer outros sistemas cerebrais.
De acordo com o assessor médico da FQM
(Farmoquímica) e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto, o surgimento e avanço
dos sintomas são progressivos. “Com o tempo, além dos sintomas iniciais relatados,
ocorre alteração da deglutição, dificuldade de mobilidade (pessoa pode ficar
acamada), alteração da fala, quedas frequentes. Pode desenvolver depressão e
alterações psiquiátricas também”, esclarece.
Idade avançada e histórico familiar são os
principais fatores para o surgimento da doença. Mas, a exposição a agrotóxicos,
vida rural e traumas cranianos repetitivos também contribuem para o
desenvolvimento da doença de Parkinson. Entretanto, o especialista alerta que
outras causas podem levar ao desenvolvimento dos sintomas. “As Síndromes
Parkinsonianas são doenças que têm as mesmas características da doença de
Parkinson. Mas, são decorrentes de outras causas, como medicamentos, acidente
vascular cerebral (AVC) e outros. Algumas delas têm tratamento e reversão,
diferentemente da doença de Parkinson”, explica Dr. Lorenzatto.
Apesar de não haver cura, o Parkinson tem
tratamento. O acompanhamento médico reduz os sintomas e melhora a qualidade e
expectativa de vida do acometido. “As pessoas com doença de Parkinson
geralmente morrem por pneumonia, escaras, infecções e não diretamente pela
doença. Com o advento de novos tratamentos, a expectativa de vida aumentou.
Hoje em dia temos pacientes com sobrevida de 15 a 20 anos em comparação a sete
anos de antigamente”, diz.
O tratamento do paciente com a doença é
multidisciplinar e inclui sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e
acompanhamento nutricional. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é
necessária. Mas, é importante ressaltar que cada paciente tem evolução e necessidades
diferentes.
Dr. Lorenzatto ainda orienta que pacientes com
doença de Parkinson devem adotar mudanças nos hábitos de vida, como uma boa
alimentação e a prática de exercícios físicos. Esses hábitos são extremamente
importantes para a melhora do quadro.
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