Pesquisar no Blog

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Terapia multidisciplinar pode aumentar a expectativa de vida de pacientes com Parkinson

Novos tratamentos podem proporcionar sobrevida de 15 a 20 anos


Dificuldade e lentidão nos movimentos do corpo, rigidez muscular, tremor e dificuldade para andar. Esses são os sintomas de uma doença bastante temida pela terceira idade: o Mal de Parkinson. Trata-se de uma doença degenerativa, crônica, que acomete o sistema nervoso central, causada pela diminuição da produção da dopamina, um neurotransmissor importantíssimo para a execução de diversas funções cerebrais como o controle dos movimentos, em uma região do cérebro chamada substância negra – responsável pela sua produção no sistema cerebral de controle motor. Essa condição é consequência da morte contínua dos neurônios dessa região do cérebro. Com o avanço, pode acometer outros sistemas cerebrais.

De acordo com o assessor médico da FQM (Farmoquímica) e neurologista, Dr. Willians Lorenzatto, o surgimento e avanço dos sintomas são progressivos. “Com o tempo, além dos sintomas iniciais relatados, ocorre alteração da deglutição, dificuldade de mobilidade (pessoa pode ficar acamada), alteração da fala, quedas frequentes. Pode desenvolver depressão e alterações psiquiátricas também”, esclarece.

Idade avançada e histórico familiar são os principais fatores para o surgimento da doença. Mas, a exposição a agrotóxicos, vida rural e traumas cranianos repetitivos também contribuem para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Entretanto, o especialista alerta que outras causas podem levar ao desenvolvimento dos sintomas. “As Síndromes Parkinsonianas são doenças que têm as mesmas características da doença de Parkinson. Mas, são decorrentes de outras causas, como medicamentos, acidente vascular cerebral (AVC) e outros. Algumas delas têm tratamento e reversão, diferentemente da doença de Parkinson”, explica Dr. Lorenzatto.

Apesar de não haver cura, o Parkinson tem tratamento. O acompanhamento médico reduz os sintomas e melhora a qualidade e expectativa de vida do acometido. “As pessoas com doença de Parkinson geralmente morrem por pneumonia, escaras, infecções e não diretamente pela doença. Com o advento de novos tratamentos, a expectativa de vida aumentou. Hoje em dia temos pacientes com sobrevida de 15 a 20 anos em comparação a sete anos de antigamente”, diz.

O tratamento do paciente com a doença é multidisciplinar e inclui sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamento nutricional. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é necessária. Mas, é importante ressaltar que cada paciente tem evolução e necessidades diferentes.

Dr. Lorenzatto ainda orienta que pacientes com doença de Parkinson devem adotar mudanças nos hábitos de vida, como uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos. Esses hábitos são extremamente importantes para a melhora do quadro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados