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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Agosto de 2016



Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao imperador Augustus, um dos mais sanguinários da antiguidade. Os romanos não gostavam deste mês e acreditavam que um enorme dragão passeava pelos céus nesta época. 

Crendices à parte, o fato é que o mês de agosto tem sido marcado por tragédias contra a humanidade. No dia 24 de agosto de 1572, Catarina de Médici, por questões políticas e controle do trono, ordena a matança dos protestantes na França. 

Esta matança que teve início em Paris ficou conhecida como o Massacre de São Bartolomeu, e acabou com mais de 100 mil huguenotes. Contam que o rio Sena tinha tantos cadáveres que ninguém comeu seus peixes durante meses. 

No dia 1º. de agosto de 1914 teve início a 1ª. Guerra Mundial, com milhões de vítimas. Em agosto de 1939, a Alemanha decide invadir a Polônia, iniciando a 2ª. Guerra Mundial em 1º. de setembro. 

Em 02 de agosto de 1939, Albert Einstein escreveu uma carta ao então presidente americano Roosevelt, sobre a possibilidade de se criar uma bomba atômica, partindo de cadeia de reações nucleares em uma massa de urânio. Foi então criado um grupo de cientistas, militares e políticos, sob o nome de Projeto Manhattan, cujo objetivo era produzir a primeira bomba atômica. Em 06 de agosto de 1945, sob as ordens do presidente americano Harry Truman, explode a 1ª. Bomba atômica na cidade de Hiroshima.  

O capitão Robert Lewis, copiloto do avião que jogou a bomba, ao ver o resultado, disse: Meu Deus! O que fizemos? Três dias depois, em 09 de agosto, a 2ª. bomba é jogada em Nagasaki. As estimativas são de que morreram mais de 250 mil pessoas em Hiroshima e 150 mil em Nagasaki, somente na ocasião da explosão. Depois, com os efeitos da radiação, muito mais gente morreu, mas não se tem o número certo. 

Anos mais tarde, Albert Einstein lamentou sua carta recomendando a criação da bomba atômica e disse estar alarmado com a hipótese de uma nova guerra atômica, pois ela aniquilaria a Terra.
O Brasil começa o mês de agosto de 2016 mergulhado em uma profunda crise econômica, política e moral. Por outro lado, vivemos um período de muitas revelações e transformações profundas, acreditamos, para melhor. 

Também teremos a votação final do impeachment de Dilma, as Olimpíadas no Rio de Janeiro e, apesar de tantos problemas, talvez exista mesmo um enorme dragão passeando nos céus, como diziam os antigos romanos. 

Importante lembrar que o dragão representa a sabedoria, a energia do fogo, o poder indomável da natureza e a transformação. É aquele que destrói para reconstruir. Neste momento, precisamos dele e de tudo o que representa.


Célio Pezza - colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza


Basquete é o esporte favorito dos chineses



As Olimpíadas já estão aí, batendo na nossa porta. O Rio de Janeiro será o palco dos jogos e, portanto, é sempre interessante saber um pouco mais sobre os esportes, os atletas e os países participantes da competição. A China, em especial, é uma potência esportiva e acaba disputando o ouro dos jogos. Sendo assim resolvi falar sobre uma modalidade que é bastante popular no país: o basquete.

Desde o início deste ano, temos observado as investidas do governo Chinês em famosos jogadores brasileiros. Mas, o futebol está longe de ser a paixão nacional desse país.  Na realidade, os chineses vibram mesmo com um belo jogo de basquete.

O esporte, que surgiu em solos canadenses, foi introduzido na China em 1895, apenas quatro anos depois de se tornar um grande fenômeno nas terras do Tio Sam. Contudo, não demorou para o Lán Qiú (篮球), como o esporte é chamado no país, assumir o protagonismo e dominar muitos campus universitários e escritórios da liderança. Por muito tempo, o basquete foi a única coisa “ocidental” permitida pelo governo comunista, isso porque o partido o considerava como um jogo que reforçava os valores do trabalho duro e em equipe. Mesmo assim, por décadas, o esporte foi jogado em relativa obscuridade.

Para compensar a estatura relativamente limitada da maioria dos participantes, por muito tempo, os chineses adotaram um estilo próprio de jogo.  Tudo mudou no início dos anos 2000 com a chegada de Yao Ming, um chinês com nada mais, nada menos do que 2,29m de altura! Yao se tornou uma sensação internacional e um verdadeiro fenômeno na China. Seus conterrâneos sentiam orgulho do país e não perdiam um jogo. Para se ter uma ideia, em 2003, em seu primeiro jogo contra o superstar da NBA Shaquille O'Neal, Yao atraiu mais de 200 milhões de telespectadores na China, quase o dobro da audiência americana no Super Bowl.

Mas, a popularidade do basquete no país não se deve exclusivamente a Yao. Afinal, não há nenhum jogo ao menos parecido com esse, o que acaba por despertar ainda mais o interesse pelo esporte. Muitos chineses simplesmente adotaram o hábito de jogar uma partida quase que diariamente, seja depois da escola, do almoço ou no início da manhã, só para relaxar ou se preparar para o dia. Para as crianças, se tornou uma forma de trabalho em equipe e de conexão com os outros, que eles não podem obter a partir de uma família sem irmãos.

Presente há tanto tempo no país, hoje, o basquete segue tanto os critérios ocidentais presentes em grandes campeonatos internacionais, quanto as características estritamente chinesas. Enraizou-se no DNA do país, tornando-se motivo de orgulho do povo, assim como o ping-pong e o badminton.

Com tanto amor pelo esporte é claro que a seleção chinesa de basquete não iria ficar de fora das Olímpiadas. No final do ano passado, a equipe conquistou o Campeonato Asiático e garantiu sua vaga para a competição. Agora, o que nos resta, é ficar na torcida!




Sumara Lorusso - formada em letras e tradução pela Unibero e tem fluência em mais de cinco idiomas, incluindo o Mandarim. É presidente da Nin Hao, escola referência no ensino do idioma, há dez anos no mercado.

7 dicas para combater a ansiedade comportamental



Vivemos cada vez mais em um mundo tecnológico e acelerado e uma das  consequências disso é a ansiedade. Ela atinge grande parcela da população nos dias de hoje e é considerada por muitos especialistas o mal do século. Mas será que é possível, sem remédios e ajuda psicológica, superar esse mal para atingir um estado de bem-estar e tranquilidade maior?

Para o Prof. Eduardo Martins, cardiologista, pesquisador de Conscienciologia há 22 anos e autor do livro “Higiene Consciencial – Reconquistando a Homeostase no Microuniverso Consciencial” da Editora Editares, que será lançado em julho, a ansiedade da vida moderna é comportamental, dominável e um dos principais agentes poluidores da consciência. “As pessoas ansiosas são desconectadas da realidade, estão sempre conectadas no celular, no futuro e perdem o aqui e agora, o presente e não percebem as pessoas e situação que estão ao seu redor”, explica. Segundo o médico, os ansiosos criam apriorismos, que nada mais é do que tirar conclusões erradas por não analisar direito as situações, se colocando em contextos delicados até mesmo na forma de lidar com as pessoas.

Uma dica do especialista para identificar a ansiedade é olhar a sua agenda e observar se tem espaços livres ao longo dos seus dias e, se tiver, se você logo já pensa em preenche-los, procurando alguma coisa para fazer. “O ansioso acredita que só tem valor quando está produzindo. Se ele não produz, está mal, sentindo um vazio. Isso é chamado de ócio depreciativo e é extremamente negativo. O ócio pode ser criativo, porque quando você dá um tempo para sua mente, encontra ideias e respostas”, comenta.

Dentro da abordagem conscienciológica, um temperamento ansioso pode coexistir há múltiplas vidas (milênios), necessitando de um “basta” nesta vida, diante dos inúmeros aceleradores advindos da modernidade. Tais aceleradores (celular, internet, comunicação ultra rápida), fez surgir a epidemia de síndromes do pânico, transtornos de ansiedade generalizado, e outras doenças que encontram no temperamento ansioso o substrato para crescer e dominar a pessoa.

Confira 7 dicas para incorporar no seu dia-a-dia e combater a ansiedade:

1 - Parar, parar e parar. Segundo o Prof. Eduardo Martins, a coisa mais importante para superar a ansiedade é simplesmente parar, fazer as coisas com calma, refletir. “Hoje em dia as pessoas se vangloriam sobre como não têm tempo para nada como se isso fosse uma coisa boa, mas não é. Uma dica é reservar um período na semana para esse momento de break da rotina, sem celular, sem televisão, talvez lendo um livro simplesmente por ler”, explica.

2. Dê a devida atenção ao seu sono. Com os smartphones e as redes sociais, quando as pessoas vão para a cama, elas ficam conectadas até mais tarde e acabam dormindo consideravelmente menos do que o organismo precisa para descansar. “Hoje em dia o sono é banalizado e ignorado. Esse modo contínuo de operar a vida e a cabeça vai entrando pela madrugada afora e o resultado disso é estresse, mesmo quando a pessoa não identifique e acredite que está tudo bem”, conta. O médico explica que a longo prazo, as consequências de uma ‘simples’ carga de sono diminuída podem ser doenças como hipertensão e diabetes, então prestar atenção à quantidade de horas que você dorme é importante para sair desse estado de ansiedade.

3. Tenha uma agenda pessoal. Seja para fazer academia, uma caminhada, acupuntura ou praticar Ioga, é importante ter uma agenda pessoal para que a pessoa entre em contato consigo mesma. “Os ansiosos geralmente são tão acelerados que entram em contato com todo mundo, mas falham em se conectar com seu interior e encontrar equilíbrio”.

4. Se organize à noite para a manhã do dia seguinte. Parece simples, mas muita gente não coloca essa organização prévia em sua rotina e esse tipo de ação é muito importante para que não haja preocupações durante o sono, já que está tudo certo para o dia seguinte, e também para que as manhãs sejam mais tranquilas, ajudando o dia a transcorrer de maneira mais calma e equilibrada.

5. Seja mais perceptivo consigo mesmo. Comece com perguntas simples que não costumamos fazer na correria do dia-a-dia como ‘eu estou contente com o que eu faço profissionalmente?’, ‘eu estou contente com meu relacionamento afetivo?’. “Se perguntando essas coisas simples, você consegue identificar se essas áreas de sua vida estão relativamente alinhadas e também se sua ansiedade pode ter uma causa externa. O especialista explica que se a resposta for não para alguma dessas questões, a autoestima da pessoa fica prejudicada e ela compensa acumulando tarefas. Depois de identificar o que está errado, ela começa a pensar em uma solução e dar mais valor para si mesma, assim as coisas começam a entrar nos eixos. 

6. Organize os ambientes. Seja seu ambiente de trabalho ou sua casa, organizar os espaços significa organizar também sua mente. “Se a pessoa vive na bagunça, ela vai vivenciar a ansiedade sempre. A desorganização leva a uma desconexão da realidade e, à medida que a pessoa se desconecta, ela fica mais ansiosa”, explica o especialista.

7. Repita todas as dicas acima até que elas se tornem um hábito. É importante levar as dicas a sério, por mais simples que elas pareçam, e repeti-las até que se tornem hábitos. “Eu acredito que o trinômio compreensão – esforço – repetição é a chave para diminuir a ansiedade. A pessoa compreende que ela é ansiosa, aplica novos hábitos em sua vida que podem ajudar com o problema e se esforça para encarar os desafios, mesmo que erros e dificuldades apareçam em algum momento, e levar isso a sério até que passem a fazer parte de sua rotina.  A saúde, seja física ou mental, é a repetição dos hábitos saudáveis”, finaliza.

No livro, o Prof. Eduardo indica a técnica da Imobilidade Física Vígil como principal técnica ansiolítica para o holossoma (conjunto dos veículos de manifestação da consciência). Através desta técnica, a pessoa fica parada durante 3 horas, numa poltrona confortável, sem se mexer. Segundo o autor, é definitiva e ajuda a consciência a superar de vez o comportamento ansioso.

O Prof. Eduardo alerta que quando a pessoa passa todos os dias nervosa, preocupada ou acreditando que alguma coisa vai acontecer, sem conseguir relaxar, ela pode sofrer de Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), e aí há a necessidade de uma avaliação médica e psicológica para definir o tratamento, já que o estágio seguinte à TAG é a síndrome do pânico. 



Eduardo Martins Balthazar - médico cardiologista, consciencioterapeuta, voluntário da Conscienciologia e pesquisador da consciência desde 1994. Formado em Medicina pela UNI-RIO e Cardiologia pelo Prontocor (MG), é ergometrista titulado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Participou do programa Internacional Scholarship da Cleveland Clinic, em Ohio, EUA. Atualmente é médico do corpo clínico do hospital Ministro Costa Cavalcanti e associado ao corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
 

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