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sábado, 15 de março de 2025

Tecnologia não precisa ser a vilã: rotina equilibrada de crianças é possível

Equilibrar a rotina das crianças entre diversão offline e online, além de estimular uso consciente da tecnologia, é fundamental para o desenvolvimento 

 

O uso de internet já faz parte do cotidiano dos jovens: em 2023, 95% das pessoas de 9 a 17 anos eram usuários de internet no Brasil, quase a totalidade de pessoas na faixa etária investigada, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil. Um uso em excesso pode ser prejudicial na saúde mental e física, no entanto, moldar esse uso para práticas mais saudáveis é uma boa alternativa para evitar consequências maiores. Assim, estabelecer limites e criar uma rotina produtiva para eles, de forma que exista um equilíbrio entre diversão “no mundo real” e o uso de tecnologia é mais do que necessário.

 

“As preocupações das famílias vão mudando com o tempo. Hoje, precisamos pensar nessa balança. É importante que eles não fiquem alheios à tecnologia, que sem dúvidas já faz parte de suas vidas, mas também que não se excedam no uso. Estabelecer horários fixos para cada atividade é o primeiro passo, pois ajuda eles a entenderem a importância dos limites”, explica Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, rede de ensino de tecnologia e inovação.

 

De acordo com o especialista, durante os dias letivos, os familiares podem, por exemplo, estabelecer um horário para usar a internet e jogar videogame assim que os filhos chegam da escola, pois dessa forma podem extravasar e se divertir após um dia mais intenso de aprendizados.

 

Após um período usando tecnologia, é a hora de se dedicar para estudar e finalizar as tarefas escolares. Em seguida, o uso da tecnologia é restrito e podem ser incentivadas brincadeiras em família, com amigos, brinquedos, jogos de tabuleiro e outros. Um ponto importante é limitar o uso de internet ao período da tarde, reservando a noite para desacelerar com brincadeiras mais leves, leituras e integração com os familiares. 

 

O mesmo serve para quando a família estiver fora de casa e precisar encontrar meios de entreter as crianças. O equilíbrio entre tecnologia e brincadeiras ainda é a peça-chave, mas já existem brinquedos interativos que também estimulam a coordenação motora e o raciocínio, como livros de colorir, livros de encaixe, lousas mágicas, canetinhas laváveis, blocos magnético e outros.

 

“Uma opção também é encontrar brincadeiras, tanto digitais quanto analógicas, que funcionam com um objetivo, pois assim trazem a sensação de propósito e consciência sobre cada ação. A ideia é incentivar as crianças a terem atitudes mais ativas e menos passivas”, comenta Henrique.

 

Tecnologia não é inimiga


Inclusive, é possível combinar ambas modalidades de forma educacional. A tecnologia não precisa ser tratada como uma vilã, e sim, ser utilizada como uma aliada, uma ponte para contribuir no desenvolvimento infantil. Uma das alternativas para chegar a esse cenário tem sido o aprendizado sobre programação e robótica. Com elas, as crianças conseguem desenvolver a criatividade, raciocínio lógico, a comunicação, autoconfiança, senso crítico sobre o uso consciente de tecnologia, além de poderem criar seus próprios games, aplicativos e robôs.

 

“O objetivo ao ensinar programação e robótica é que os pequenos deixem de ser apenas consumidores e se tornem criadores de tecnologia. Desse modo, elas podem enxergar o potencial da tecnologia como algo benéfico e produtivo, assim como as famílias, que vão encontrar meios de desenvolver suas crianças e equilibrar o brinquedo e o teclado de uma só vez”, finaliza o diretor da Ctrl+Play.

  

Ctrl+Play


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