Fevereiro é um mês marcado pela campanha “Fevereiro Roxo”, dedicada à conscientização sobre o Lúpus e a Fibromialgia; doenças reumatológicas, crônicas, que, embora sejam muito diferentes, afetam principalmente mulheres jovens. A iniciativa visa informar a população sobre os sintomas, a importância do diagnóstico precoce e as formas de manejo dessas condições, promovendo melhor qualidade de vida para os pacientes.
O Lúpus
Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune, inflamatória e crônica, que pode
afetar múltiplos órgãos e sistemas, incluindo pele, articulações, rins, coração
e pulmões. Os sintomas variam, mas comumente incluem lesões de pele, incluindo
o conhecido “rash em asa de borboleta” na face, sensibilidade ao sol, dor e
inchaço nas articulações, febre, cansaço e perda de peso.
Estima-se
que cerca de 65 a 70 pessoas a cada 100.000 no Brasil sejam afetadas pelo
Lúpus, com uma prevalência maior em mulheres, especialmente na faixa etária de
15 a 45 anos. A causa exata do Lúpus ainda não é completamente compreendida,
mas fatores genéticos, hormonais e ambientais (como infecções e exposição à luz
solar) desempenhem um papel no seu desenvolvimento.
O
diagnóstico é clínico e laboratorial, sendo necessário realizar exames para
confirmar a presença de autoanticorpos típicos da doença e uni-los aos sinais e
sintomas específicos para chegar ao diagnóstico corretamente. Já o tratamento
envolve o uso de medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios e
medicamentos para controle de sintomas, com o objetivo de minimizar a atividade
da doença e prevenir danos aos órgãos. A conscientização sobre o Lúpus é
crucial para que as pessoas reconheçam os sinais da doença e busquem tratamento
adequado de forma precoce, garantindo uma boa qualidade de vida.
A
fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor muscular generalizada e
crônica, sem evidências de inflamação nos locais de dor. Os sintomas incluem
sono não reparador, cansaço, distúrbios de humor, como ansiedade e depressão,
além de alterações na concentração e memória. Estima-se que a fibromialgia
afete cerca de 2,5% da população mundial, sem distinção de nacionalidade ou
condição socioeconômica, sendo mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos.
O
diagnóstico preciso é fundamental para o início de um tratamento adequado, que
pode incluir exercícios físicos, terapias cognitivas e uso de medicamentos para
controle da dor e dos sintomas associados. A participação ativa do paciente da
tomada de decisão sobre o tratamento é crucial para um melhor resultado clínico
e melhora da qualidade de vida.
Enfatizo que a campanha Fevereiro Roxo desempenha um papel crucial ao disseminar informações sobre essas duas doenças, incentivando a população a reconhecer os sintomas e buscar atendimento médico especializado o mais cedo possível. O reumatologista é o médico especializado nos tratamentos dessas condições; e o diagnóstico precoce com o tratamento adequado são fundamentais para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
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