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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Pediatra faz recomendações sobre o uso excessivo de telas e seus impactos no desenvolvimento infantil

O uso excessivo de telas por crianças tem se tornado uma preocupação crescente entre pais, educadores e profissionais de saúde. Com o aumento da exposição a dispositivos como smartphones, tablets e televisões, especialistas alertam para os riscos que o tempo prolongado diante das telas pode causar ao desenvolvimento cognitivo, emocional e físico das crianças.

De acordo com o pediatra Douglas Lopes, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, "hoje sabemos que o uso excessivo de telas pode prejudicar muito o desenvolvimento cognitivo das crianças. A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que o tempo prolongado diante de dispositivos eletrônicos, principalmente à noite, pode causar dificuldades de atenção e concentração, prejudicando o rendimento escolar. Além disso, problemas de sono associados ao uso de telas impactam negativamente a memória, dificultando a retenção de informações e comprometendo o aprendizado. É importante estarmos atentos a esses efeitos, porque a saúde cognitiva das nossas crianças está diretamente ligada ao uso equilibrado dessas tecnologias".  

Estudos recentes reforçam que a exposição precoce e prolongada a telas está associada a atrasos no desenvolvimento da linguagem, déficit de atenção, distúrbios do sono e até mesmo problemas emocionais, como ansiedade e irritabilidade. Além disso, a luz emitida pelos dispositivos interfere na produção de melatonina, hormônio essencial para a regulação do sono, o que pode levar a noites mal dormidas e prejuízos no desenvolvimento cerebral.  


Recomendações práticas para um uso saudável das telas

Para minimizar os riscos associados ao uso de telas, o pediatra Douglas Lopes reforça a importância de estabelecer limites e priorizar atividades que estimulem o desenvolvimento integral das crianças. Ele explica que "para minimizar esses riscos, a recomendação é limitar o tempo de telas. Para crianças de dois a cinco anos, o ideal é, no máximo, uma hora por dia, sempre com supervisão. Já para crianças de seis a dez anos, até duas horas por dia. Mais do que reduzir o tempo, é essencial que os pais incentivem outras atividades, como leitura, brincadeiras ao ar livre e interações sociais, que ajudam no desenvolvimento saudável da atenção, memória e aprendizado. Lembre-se: o equilíbrio é a chave para proteger o desenvolvimento das crianças", alerta o médico. 

Além de limitar o tempo de exposição, os especialistas recomendam que os pais e cuidadores:  

- Escolham conteúdos adequados à faixa etária, priorizando materiais educativos e evitando conteúdos violentos ou superestimulantes.  

- Promovam a interação durante o uso das telas, assistindo ou jogando junto com as crianças e mediando o conteúdo.  

- Estabeleçam momentos livres de telas, como durante as refeições, antes de dormir e em atividades familiares.  

- Sirvam como modelos, reduzindo seu próprio uso de dispositivos e priorizando momentos de convívio offline.  


O papel da família no desenvolvimento infantil

A interação entre pais e filhos é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. Pesquisas mostram que o uso excessivo de telas por adultos também pode afetar a conexão com os filhos, reduzindo a qualidade das interações verbais e não verbais. Por isso, é essencial que as famílias busquem um equilíbrio entre o uso de tecnologias e atividades que promovam o vínculo afetivo e o desenvolvimento saudável.


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