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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Seroma: vamos entender o que é.

O que é seroma?

 

O seroma é uma complicação pós-cirúrgica caracterizada pelo acúmulo de líquido seroso, um fluido transparente e amarelado, que surge em cavidades formadas pelo trauma cirúrgico.  

Ele geralmente se localiza entre a pele e os tecidos mais profundos, especialmente após procedimentos que envolvem descolamento, como cirurgias plásticas e oncológicas.  

Esse líquido é produzido pelo corpo como parte do processo de cicatrização, mas, em excesso, pode levar ao desenvolvimento do seroma. 

 

Como o seroma se forma? 

Durante a cirurgia, a manipulação dos tecidos cria espaços vazios, que podem ser preenchidos por esse líquido.  

Esse processo, embora natural, pode resultar em um acúmulo que se torna problemático.  

Algumas cirurgias apresentam mais predisposição para o surgimento do seroma, como abdominoplastias, lipoaspirações, mamoplastias (de aumento ou redutora), de retirada de tumores e reconstruções mamárias pós-mastectomia. 

 

Fatores de risco 

Certos fatores podem aumentar as chances de desenvolver seroma. Procedimentos que envolvem grandes áreas de descolamento, drenagem inadequada durante a cirurgia e infecções no local operado são alguns deles.  

Além disso, pacientes com idade avançada, pele menos elástica ou histórico de complicações pós-cirúrgicas podem estar mais suscetíveis. O uso de técnicas cirúrgicas mais invasivas é outro fator a ser considerado. 

 

Sintomas típicos e sinais de alerta 

Nem sempre o seroma apresenta sintomas, mas, em alguns casos, é possível notar sinais como inchaço localizado que não regride, sensibilidade ou dor na região afetada, sensação de massa ou área flutuante sob a pele e até vermelhidão e aumento de temperatura, indicando uma possível infecção.  

Caso perceba algum desses sinais, é fundamental procurar seu médico para evitar complicações maiores. 

 

Prevenção 

Embora o seroma possa surgir mesmo em condições ideais, há formas de minimizar os riscos.  

Escolher um cirurgião experiente é essencial, assim como seguir rigorosamente as orientações do pós-operatório. O uso de malhas compressivas e a restrição de esforços físicos excessivos durante a recuperação são medidas importantes. Manter o acompanhamento médico regular também faz parte da estratégia de prevenção. 

O seroma, apesar de ser uma complicação relativamente comum, pode ser tratado e prevenido com os avanços da medicina moderna e cuidados adequados.  

Para quem está planejando uma cirurgia ou já passou por uma, o acompanhamento com um médico experiente é indispensável para garantir uma recuperação tranquila e segura. Além disso, entender os fatores de risco e seguir as orientações do profissional contribui significativamente para evitar essa complicação. 

 

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka - Cirurgião Plástico. Perito concursado da Secretaria da Justiça de São Paulo – Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo. Membro Efetivo da Câmara Técnica em cirurgia plástica – CFM. Conselheiro Responsável da Câmara Técnica do Cremesp. Coordenador da Comunicação do Cremesp.


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