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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Novembro Vermelho: Especialista destaca importância da prevenção e avanços no tratamento do câncer de bo

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Segundo o INCA, estima-se que o país tenha diagnosticado 15 mil casos novos nos últimos dois anos


Durante o Novembro Vermelho, o Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) chama a atenção para o impacto do câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, e ressalta a importância da prevenção, detecção precoce e tratamento avançado. O câncer de boca atinge estruturas como lábios, gengivas, bochechas, palato, língua e o assoalho da boca, sendo considerado o quinto tumor mais comum entre homens no Brasil. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2022 e 2024, foram estimados 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe no Brasil, dos quais 11.180 ocorreram em homens e 4.010 em mulheres. O câncer de boca afeta principalmente pessoas acima de 40 anos, sendo o tabagismo e o consumo excessivo de álcool os principais fatores de risco. A infecção pelo vírus HPV, a falta de higiene bucal, uma dieta pobre em frutas e vegetais e a exposição ao sol sem proteção também aumentam o risco de desenvolvimento da doença. 

“A detecção precoce é fundamental no câncer de boca, mas, infelizmente, a maioria dos casos ainda é diagnosticada em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e reduz as chances de cura. Sintomas como feridas na boca que não cicatrizam, manchas vermelhas ou brancas, nódulos no pescoço, dores persistentes na garganta e dificuldade para mastigar devem ser levados a sério e tratados imediatamente,” alerta o Dr. Fábio Feio, oncologista do IPC. 

O diagnóstico é confirmado por meio de uma biópsia, enquanto exames como tomografia, ressonância magnética e PET-CT ajudam a avaliar a extensão da doença. “A tecnologia tem permitido avanços consideráveis no tratamento. A radioterapia com a técnica de IMRT (Radioterapia com Feixes Modulados) é um exemplo. Esse método permite uma dose mais precisa de radiação no tumor, aumentando a eficácia e diminuindo os efeitos colaterais nos tecidos saudáveis ao redor,” explica Dr. Fábio. 

Nos casos avançados ou metastáticos, a imunoterapia tem se destacado como opção. Esse tratamento ajuda a fortalecer o sistema imunológico, promovendo a morte das células tumorais e aumentando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. “A imunoterapia está trazendo novas esperanças para os pacientes, oferecendo uma resposta mais duradoura, especialmente quando combinada com a quimioterapia,” destaca o especialista. 

Para reduzir as chances de desenvolver câncer de boca, o IPC recomenda a vacinação contra o HPV para crianças entre 9 e 14 anos, evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool, manter boa higiene bucal, usar preservativos durante relações sexuais e realizar consultas regulares com o dentista. 

Com o diagnóstico precoce, tratamentos modernos e um estilo de vida saudável, é possível controlar e até mesmo evitar o avanço do câncer de boca, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e maior longevidade dos pacientes.


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