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terça-feira, 3 de setembro de 2024

TP-Link avalia impacto da descentralização nas redes sociais

Recentemente, a polêmica envolvendo o Twitter, agora conhecido como X, e a sua situação no Brasil trouxe à tona a discussão sobre alternativas descentralizadas para redes sociais. Alessandro Campos, diretor de marketing da TP-Link, empresa líder global em produtos de rede, faz a análise técnica

 

A polêmica envolvendo a rede social X trouxe à tona a discussão sobre alternativas descentralizadas para redes sociais. O protocolo AT (Authenticated Transfer Protocol), conhecido como AT Proto, tem sido apontado como uma solução para o cenário atual. O AT Proto é um protocolo federado projetado para aplicações sociais distribuídas em larga escala. Diferente das redes sociais centralizadas, onde todos os dados são controlados por uma única entidade, o AT Proto permite a descentralização dos dados, distribuindo-os em repositórios de dados pessoais. Isso possibilita que os usuários controlem suas informações, tornando mais difícil a remoção de conteúdo por ordens judiciais, uma vez que os dados não estão concentrados em um único servidor. 

O cenário atual apresenta um movimento de migração de usuários de plataformas centralizadas para alternativas como o Blue Sky, que utiliza o AT Proto. Um dos benefícios desse tipo de rede é a dificuldade em censurar ou remover conteúdo, já que os dados estão distribuídos entre vários servidores. 

A descentralização, no entanto, traz desafios para os provedores de internet (ISP) e autoridades que tentam bloquear o acesso a essas plataformas. Três métodos principais podem ser utilizados: 

O ISP pode bloquear o domínio da plataforma, impedindo que o nome de domínio seja convertido no endereço IP correspondente. No entanto, usuários podem contornar esse bloqueio utilizando DNS over HTTP (DoH), que permite resolver o domínio de forma segura e privada, dificultando o bloqueio. 

Ao invés de bloquear o domínio, o ISP pode bloquear diretamente o endereço IP da plataforma. Porém, essa abordagem pode ser ineficaz se a plataforma usar vários IPs ou rotacionar seus servidores frequentemente. 

Uma alternativa seria solicitar aos provedores de nuvem, como Google ou Amazon, que interrompam a distribuição de conteúdo da plataforma em seus serviços de CDN (Content Delivery Network). Isso, contudo, envolve negociações complexas e não garante uma solução definitiva. 

A descentralização traz vantagens em termos de privacidade e controle para os usuários, mas também complica as tentativas de bloqueio por parte de governos e autoridades. As estratégias de bloqueio precisam ser cada vez mais sofisticadas para lidar com a natureza distribuída dessas redes.

O fato de alguns usuários ainda conseguirem utilizar o X é porque nem todos os provedores de internet realizaram o bloqueio via DNS ou IP em seus concentradores. Nesse site é possível visualizar alguns provedores que já fizeram o bloqueio e alguns que ainda estão em pleno funcionamento com as plataformas do X: Link 

Como o comunicado foi realizado na última sexta (30/08) nem todos tiveram tempo hábil para fazer o procedimento, de acordo com alguns provedores de internet a ANATEL recomendou algumas maneiras de realizar o bloqueio no comunicado, sendo ele por IP e DNS os mais rápidos e práticos para que os provedores façam em seus concentradores. 

Em relação do uso do WI-FI corporativo ou residencial, não tem impacto no uso do X, em ambos pode ou não ter o uso da plataforma, dependendo se o provedor já realizou o bloqueio ou não.

O ideal é realizar o bloqueio tanto por IP quanto por DNS, uma vez que se for realizado somente por DNS o usuário pode contornar utilizando outro DNS que não tenha o domínio do X listado em bloqueio, dessa forma a união das duas opções se torna mais eficiente. 


TP-Link
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