A campanha “Setembro Amarelo” foi criada em 2013 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) Freepik |
No Brasil, os registros de suicídio se aproximam de 14 mil casos por ano, de acordo com dados da OMS; campanha deste ano tem como tema "Se precisar, peça ajuda!"
Quase
40 pessoas cometem suicídio por dia no Brasil. Os dados, revelados no último
levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019,
acendem um sinal de alerta para um grave problema de saúde pública e para a
importância de cuidar, discutir e promover soluções para saúde mental da
população.
O
dia 10 de setembro se tornou, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao
Suicídio, graças a campanha “Setembro Amarelo”, criada em 2013 pela Associação
Brasileira de Psiquiatria (ABP), e que se consolidou como a maior campanha
anti-estigma do mundo. Neste ano, o lema da iniciativa é “Se precisar, peça
ajuda!”.
A importância da
inteligência emocional na causa
Na
luta contra o suicídio, a inteligência emocional, que tem conquistado cada vez
mais espaço, surge como uma importante aliada na prevenção.
“A
inteligência emocional é a capacidade de identificar, entender e gerenciar não
só as nossas próprias emoções, mas, também, as das outras pessoas”, explica
Rodrigo Nocera, especialista em inteligência emocional e diretor da Febracis
Ribeirão Preto. “Quando desenvolvemos essa habilidade, somos capazes de lidar
com situações desafiadoras de forma mais saudável, buscando apoio e construindo
relacionamentos mais fortes”, complementa.
Segundo
o especialista, a inteligência emocional pode ser trabalhada através de alguns
pilares, como mindfulness, autoconhecimento, empatia e centramento. “Ao
reconhecermos nossos sentimentos e pensamentos, podemos questionar crenças
negativas e desenvolver estratégias mais eficazes para lidar com o estresse, a
depressão e a ansiedade”, destaca Nocera.
“Temos
um objetivo muito claro: transformar vidas. Como escola de negócios, não
estamos preocupados com o número de vendas, mas sim com quantas pessoas mudam
seus hábitos, crenças e mentalidade”, ressalta o diretor.
Juventude tem dados
alarmantes
Segundo
a OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio que HIV,
malária, câncer de mama, guerras e homicídios. O levantamento ainda alerta para
um problema maior: a alta incidência de suicídios entre jovens. Entre jovens de
15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte, atrás, apenas, de
acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Segundo
dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde
em 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade
de adolescentes de 15 a 19 anos, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos.
“Esses
números reforçam a importância de se desenvolver técnicas que auxiliem a
prevenção ao suicídio. A inteligência emocional é um dos pilares para uma vida
mais plena e feliz. Ao investir em nosso desenvolvimento emocional, estamos
investindo em nossa saúde mental e em nosso bem-estar. É uma semente que
precisa ser plantada e, quanto antes isso for feito, mais cedo colheremos
frutos”, finaliza.
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