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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Perda urinária: quando se preocupar?


A perda urinária, também conhecida como incontinência urinária, é um problema mais comum do que se imagina e pode afetar pessoas de todas as idades.

No entanto, não é normal perder urina, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros.

Caso esteja ocorrendo com relativa frequência, ainda que em pequenas quantidades, o problema deve ser investigado e tratado.

Algumas situações exigem atenção especial: 

  • Perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforço físico: pode indicar fraqueza nos músculos do assoalho pélvico.
  • Urgência urinária: sentir uma necessidade súbita e forte de urinar, muitas vezes acompanhada de perda de urina.
  • Incontinência urinária noturna: acordar à noite diversas vezes para urinar ou fazer xixi na cama.
  • Dificuldade para controlar a bexiga: não conseguir segurar a urina por muito tempo.
  • Dor ao urinar: pode indicar uma infecção urinária ou outro problema.
  • Sangue na urina: sinal de alerta que deve ser investigado imediatamente.

 

Principais causas 

As causas da perda urinária podem variar, como no caso de enfraquecimento do assoalho pélvico decorrente de gravidez e parto; diminuição dos níveis de hormônios femininos, na menopausa, afetando a bexiga e a uretra; ou perda da força e função de músculos e nervos da bexiga por conta do envelhecimento.

Algumas questões de saúde podem estar envolvidas. Em caso de obesidade, o excesso de peso pode pressionar a bexiga e causar incontinência. Doenças como a esclerose múltipla e o mal de Parkinson podem afetar o controle da bexiga. Algumas cirurgias também podem causar danos aos nervos que controlam a bexiga.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da incontinência urinária envolve uma avaliação médica completa, que inclui informações sobre sintomas, hábitos e histórico médico; exame físico da região abdominal e pélvica, além de exames complementares, como teste de urina, ultrassonografia, urofluxometria e outros, dependendo da suspeita.

O tratamento da incontinência urinária depende da causa e da gravidade do problema. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Fisioterapia: exercícios perineais para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
  • Medicamentos: para tratar a bexiga hiperativa ou relaxar os músculos da bexiga.
  • Dispositivos médicos: cones vaginais, eletroestimulação da musculatura do assoalho pélvico e outros dispositivos podem ser utilizados.

 

Tratamento cirúrgico

Muitas vezes, será necessária a correção cirúrgica. Neste caso, diversas são as técnicas e formas de cirurgia, sempre visando o melhor resultado com o menor tempo de recuperação. 

“Uma das opções é a cirurgia vaginal, que é considerada minimamente invasiva por utilizar um orifício natural do corpo da mulher: a vagina. Por este meio, é possível acessar o assoalho pélvico e realizar a correção necessária”, afirma o Dr. Alexandre. 

Segundo o especialista, a cirurgia permite que haja manipulação mínima na cavidade pélvica, promovendo pronta recuperação e não deixando cicatriz aparente.


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