A dor cervical é uma das queixas mais comuns em todo o mundo, a Organização Mundial da Saúde alerta que 80% da população já teve ou terá dor na coluna. De acordo com o Dr. Allan Ono, especialista em ortopedia no Hospital Ortopédico AACD, entre as principais causas desse incômodo, destacam-se os fatores emocionais, como o estresse e a ansiedade, seguidos por problemas posturais e ocupacionais.
Segundo o médico, o problema surge devido ao desequilíbrio muscular, especialmente no músculo trapézio, um dos mais fortes do corpo humano. O músculo, que se estende do crânio até a coluna, tende a se contrair em momentos de tensão, preocupação ou estresse. A falta de relaxamento dessa musculatura provoca uma compressão biomecânica do crânio contra a coluna, o que aumenta a pressão nos discos intervertebrais (estruturas que atuam como amortecedores para a coluna).
“A tensão emocional agrava os sintomas da hérnia de disco cervical, pois durante períodos de maior estresse, a musculatura cervical encontra maior dificuldade em relaxar. Esse processo intensifica a compressão dos discos intervertebrais, aumentando a dor e a possibilidade de complicações, como torcicolo e até mesmo hérnia de disco,” explica o ortopedista. Ono ainda alerta que, apesar das semelhanças nos sintomas, é importante diferenciar a dor cervical irradiada para os membros de outras condições graves, como o AVC. Qualquer paciente que apresente dor ou formigamento súbito nos membros superiores deve procurar atendimento médico imediatamente.
“O controle
do estresse e da ansiedade é fundamental tanto para o tratamento não cirúrgico
quanto para o pós-operatório da hérnia de disco cervical. Técnicas como
meditação, higiene do sono, evitar o excesso de redes sociais e programas
violentos, e buscar apoio psicológico e psiquiátrico em casos mais graves, são
medidas que contribuem para uma melhor qualidade de vida e redução da dor
cervical”, observa o médico.
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