Um bom conselho administrativo ou consultivo assume um papel muito relevante na Cia, sendo responsável por tomar decisões inteligentes que potencializem a conquista dos resultados. Cadeiras, realmente, estratégicas, as quais, para que atinjam esse êxito, precisam ser formadas através de um conjunto de cuidados que assegurem uma composição campeã de seus membros em prol de sua máxima performance e sustentabilidade do negócio à longo prazo.
Cada vez mais as organizações vêm compreendendo a
importância da condução deste tema em seus pilares. Em dados divulgados na
pesquisa ‘Pratique ou Explique: Análise Quantitativa dos Informes de
Governança, como prova disso, cerca de 65% das companhias aderiram, em 2023, a
boas práticas de governança – uma das tarefas mais importantes que estes
talentos são responsáveis nesta função.
Porém, o sucesso desta função não se limita à
contratação desses profissionais em si, mas em uma série de características e
habilidades que devem demonstrar para que, juntos, consigam comandar a empresa
em sua melhor trajetória. Neste caso, é primordial, como base analítica, que o
conselho seja formado por executivos / empresários que, verdadeiramente,
acreditem na causa e missões buscadas pela organização, assim como busquem por
profissionais com visões distintas que se contraponham às suas, visando gerar
uma maior pluralidade de ideias que possam ser implementadas.
Essa composição é o que formará um conselho de
verdade, e não em um que apenas cumprirá tabela ou que demonstrará mais
interesses comerciais do que corporativos. Estes membros devem ter um alto
nível de maturidade neste sentido, assim como uma genuína vontade de evoluir
individualmente quanto coletivamente – dispondo de um intenso olhar crítico
sobre as operações, flexibilidade para mudar as estratégias, caso preciso, e
estar disposto a unir forças com todos os membros da empresa nessa trilha.
Aqui, muitos acreditam que um longo tempo atuando
na área do negócio, independente do segmento, é um fator determinante que trará
maior segurança na aplicação dessas habilidades em suas rotinas. Contudo, uma
experiência consistente, na prática, vale e pena muito mais do que a quantidade
de anos exercendo essas responsabilidades. Afinal, quanto maior for a qualidade
de seu serviço, maior será a probabilidade de que acesse as dores e
necessidades do negócio e consiga, com isso, aportar sua bagagem para tomar as
decisões mais assertivas possíveis.
A vocação e paixão pelo trabalho são
características que, muitas vezes, geram mais valor e resultados do que os anos
de experiência na área. E, para encontrar esses conselheiros campeões,
normalmente, existem três caminhos possíveis de serem tomados: “aproveitar” os
talentos internos, buscar por conselheiros externos ou, ainda, contar com o
apoio de uma consultoria especializada na área para encontrar o candidato
ideal.
No primeiro caso, contratar algum profissional da
própria empresa para assumir esse cargo pode ser benéfico para manter o
histórico e visão que já foi construído ao longo de seu tempo na empresa. Entretanto,
partindo da importância de um conselho ser formado por pessoas com visões
distintas, buscar esse candidato externamente pode, justamente, favorecer essa
multiplicidade de olhares sob um mesmo tema, ajudando a identificar
oportunidades de melhorias que possam potencializar os resultados corporativos.
Já a terceira opção desponta como algo ainda mais
assertivo nesta contratação. Por mais que seja ainda um movimento crescente no
Brasil, contar com uma consultoria especializada auxiliará a ter uma análise
mais profunda acerca das competências, histórico e capacidade dos possíveis
conselheiros, enxergando aquele que mais se encaixa à realidade do negócio e
que pode favorecer seu destaque competitivo.
Até hoje, muitas empresas contratam conselheiros
mais por afinidade a esses profissionais, do que por suas reais competências –
algo extremamente perigoso. Afinal, a camaradagem em um ambiente de negócios,
nem sempre, é sinônimo de ter ao lado alguém que tenha e ofereça o que é
esperado para suprir as necessidades e anseios da marca.
Quando integrado ao time, é importante que se sinta útil lá dentro, sendo reconhecido pelos seus esforços compreendendo a relevância de seu conhecimento e expertise para o destaque empresarial. Até porque, muito mais do que uma remuneração atraente, um bom conselho de verdade precisa saber de sua importância como membro, de forma que se empenhem, cada vez mais, para trazer visões e planos assertivos rumo a voos cada vez mais altos.
Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.
Wide
https://wide.works/
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