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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Aval do Sebrae para garantir crédito já beneficia pequenos negócios gaúchos atingidos pelas cheias

Presidente do Sebrae, Décio Lima, durante a assinatura
dos primeiros contratos para concessão de crédito
a pequenos negócios gaúchos. 
Grégori Bertó

Contratos foram assinados nesta quinta-feira (29) e fazem parte do Acredita e integra a Ação Sebrae pelo Rio Grande do Sul


O presidente do Sebrae, Décio Lima, e os ministros da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, participaram, nesta quinta-feira (29), da cerimônia de assinatura dos primeiros contratos para concessão de crédito a pequenos negócios gaúchos com garantias do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), gerenciado pelo Sebrae. A meta é um aporte de garantias no Fundo de Aval para realizar R$ 1 bilhão em crédito para os pequenos negócios, com 100% de cobertura em cada operação e isenção de taxas, voltado para atender os empreendedores gaúchos que ainda sofrem as consequências das enchentes no estado.

“Quando damos a garantia, os juros caem porque não há risco. E quando a gente pulveriza nos diversos agentes, provocamos uma competição no sistema financeiro, reduzindo ainda mais as taxas de juros. Além disso, há ainda a segurança que o micro e pequeno empreendedor vai ter, pois nós somos os avalistas”, explicou o presidente do Sebrae, Décio Lima.

O ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, destacou os esforços para que os recursos cheguem a todos que possuem algum empreendimento no estado.
“Desde o início, temos conversado com o Sebrae para trazer o recurso a esses empreendedores. Estamos muito felizes com a presença do presidente Décio Lima aqui”, destacou.

Uma das empreendedoras beneficiadas com o aporte é Juliana Berenice da Costa, proprietária da Charme Lingerie e Moda Praia, um pequeno negócio em Campo Bom (RS). Ela está tomando, pela primeira vez, um crédito no valor de R$ 50 mil, com aval do Fampe, para investir no e-commerce após seu faturamento ter sido afetado pelas enchentes. “Eu mantenho a loja pela fidelização que eu tenho com as clientes, mas sinto a necessidade de entrar nesse segmento”, conta. “Foi muito rápido conquistar o empréstimo, sem grandes burocracias. Nós somos bons pagadores, mas se o banco não acreditar, não adianta”, continuou Juliana, que receberá um voucher de R$ 2,5 mil para a contratação de uma consultoria especializada em negócios do Sebrae.

Letícia Pimentel da Silva, de Esteio, é sócia-proprietária da Granplast, uma pequena indústria de embalagens recicladas. Ela contou que durante as chuvas não teve como acessar a empresa e perdeu muitos fornecedores e clientes. A empreendedora explicou como pretende utilizar o crédito conquistado com o aval do Sebrae. “Vamos fazer investimentos em máquinas novas, em melhorias na tecnologia para um aumento de produção e de faturamento”, afirmou. “Os juros estão bem dentro do nosso orçamento e como não vamos precisar dar nada como garantia, está sendo muito bom”, completou.

Agricultura familiar

Durante o evento, dois representantes de cooperativas de produtores rurais também assinaram contratos de financiamento com o aval do Sebrae por meio do Fampe. “A disponibilização desse aval para as cooperativas da agricultura familiar mostra que o Sebrae quer fazer um trabalho social de maior profundidade chegando aos rincões do Brasil”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Uma delas é a Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre, com sede em Nova Santa Rita (RS) e abrangência em todo o estado com a produção de leite, arroz orgânico, suco da uva, mel e feijão. Djones Roberto Zucolotto, que integra a direção da entidade com cerca de 1 mil cooperados, explicou que os recursos chegaram em boa hora.

“Foram três eventos seguidos de estiagem aqui no Rio Grande do Sul, onde as nossas famílias sofreram muito. E, recentemente, as enchentes. Esse recurso vem justamente neste momento que vamos precisar de um capital de giro para continuarmos produzindo e comercializando para o mercado institucional, com alimentação escolar pelo PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar] e nos PAAs [Programa de Aquisição de Alimentos] para o Exército, para os institutos federais e hospitais”, disse.


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